REFLEXÃO DOMINICAL
19 D.T.C – Ano C – 11.08.2013
Sb 18,6-9; Hb 11,1-2.8-19; Lc
12,32-48
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
O Antigo
Testamento quase sempre nos traz narrações de difícil interpretação ao pé da
letra, como a de hoje, fazendo-nos recorrer a trabalho de teólogos que nos
ajudam na reflexão[1].
Assim podemos
situar a passagem com o povo de Israel que lembrava dos momentos difíceis que
passaram pela exploração e opressão, mas que sempre tiveram Deus por protetor e
libertador da escravidão. Isso era lembrado e servia de estimulo para o que
viesse pela frente conforme diz o versículo 6.
No v. 3,
revela que enquanto os egípcios se encontravam envoltos pelas trevas, os
israelitas eram acompanhados por uma coluna de fogo guiando o caminho
desconhecido, conduzindo-os seguramente.
Fatos como
esse de tão importante na vida dos israelenses eram lembrados e festejados
todos os anos numa celebração de comemoração lembrando a historia dos
antepassados para fazer dela animo, encorajamento para enfrentar as
dificuldades futuras sempre acreditando no poder de Deus.
O v. 9 revela
gestos de agradecimentos e de louvor manifestando a mesma confiança que tiveram
seus antepassados.
A lição para
nós cristãos está no acontecimento que comemoramos todos os domingos nas Santas
Missas. Também tivemos um consolador, salvador, guia para sempre que é Jesus
Cristo que por nós se entregou para dar
uma vida nova cheia de esperanças e certezas, um rumo certo a seguir.
O momento de
Jesus presente como homem e Deus entre nós trouxe um novo alento cujas graças
se estenderam aos antepassados e perpetua-se até o final dos tempos.
Então, por
Deus nos ter dado seu próprio Filho revelando quão grande é o seu amor, e
ressuscitando, nos garantiu que igualmente seremos ressuscitados, razão pela
qual comemoramos esse acontecimento nas Missas onde o próprio Jesus é o
sacerdote celebrante que se oferece ao Pai, e nós com Ele também nos
apresentamos como oferenda.
Por isso que
Missa não é um passa tempo, ou celebração que o católico deve comparecer
somente quando tem vontade, mas um ato celebrativo divino de agradecimento e
comunhão com o Senhor que deve ser levado em consideração como um ato de livre vontade
e também de reunião com os irmãos em Cristo ao redor do Altar do Senhor e
justamente no DIA DO SENHOR que é o DOMINGO.
2ª PARTE
A comemoração que refletimos na primeira
leitura implica no exercício da fé.
O v. 1 nos fornece
um conceito de fé simples de ser entendido: “A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera,
a convicção acerca de realidades que não se vêem”.
Você
já imaginou como seria a nossa vida sem fé?
Embora
possamos usar de sinônimos como esperança, certeza, expectativa, FÉ é algo maior porque implica em confiança não
nas coisas materiais, mas espirituais.
Quando
se trata de esperar por algum acontecimento religioso ou espiritual que
interfira em nossa espiritualidade, nosso relacionamento com o Sagrado, é a FÉ que entra em AÇÃO.
Essa
fé meus irmãos, é um dom de Deus que penetra em nossa alma no batismo como um
sinal impresso que não se remove mais.
Contudo,
apesar disso, a fé pode enfraquecer ou adormecer se ela não for mantida,
exercida pelos nossos atos e ações cristãs.
Obtida
a FÉ pela graça de Deus, exige um
compromisso dos pais e padrinhos com relação à criança batizada até que chegue
ao uso da razão e possa caminhar com seus próprios pés, a partir de quando o
exercício da crença deve ser mantida pelos estudos bíblicos, catequéticos,
formações, e principalmente pela SANTA MISSA
E DEMAIS SACRAMENTOS.
A
fé meus irmãos, DEVE SER DESPERTADA
DIARIAMENTE sob pena de morrermos na fé e corrermos o risco de perder a
salvação.
Por
Jesus e pela fé, chegaremos a PÁTRIA
CELESTE.
3ª PARTE
São Lucas em
nome do Senhor Jesus passa o recado: NÃO
TENHAIS MEDO.
Pertencemos ao
rebanho de Cristo que como bom pastos zela por todos nós a ponto de reservar a
cada um, um lugar no Reino.
A grande lição
está na dedicação pelas coisas de Deus, muito mais do que pelas coisas
terrenas. Juntar tesouro para o céu aonde
o ladrão não chega nem será corroído.
Jesus fala em
parábola apresentando uma relação entre patrão e empregado.
O bom
empregado, quando o patrão sai, fica atento ao seu retorno, pronto para
recebê-lo. Mas se estiver dormindo e o patrão bater à porta e não for atendido
demonstrará desleixo e causará aborrecimentos e desagradará o patrão.
Portanto, comporta-se mais adequadamente
aquele que está sempre pronto para acolher a qualquer hora, seja à meia noite
ou às três da madrugada diz o Evangelho.
Na parábola
Jesus se refere a uma relação entre o homem e Deus, e principalmente o ultimo
momento de nossa vida, A MORTE.
A morte é o
limite que separa a nossa vida terrena da celeste. É o momento mais decisivo pelo
qual passamos porque é nesse instante que nos apresentaremos diante do Tribunal
do Senhor para seguirmos o caminho ou no
CEU ou no INFERNO.
E quando será
esse momento, ninguém sabe. Daí a advertência de Jesus: ESTAI PREPARADOS, sempre de prontidão para responder ao chamado final
de Deus.
Por isso o v.
37: “Felizes os
empregados que o senhor encontrar acordados quando
chegar”. Assim como o ladrão não avisa quando
irá chegar, a morte também.
E para que
ninguém duvide da possibilidade real de perder sua alma para o inferno o v. 48
é esclarecedor: “Porém,
o empregado que não conhecia essa vontade e fez
coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi
dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!”, isto é, será chicoteado muito mais.
E desse
destino ninguém escapara, e todos, religiosos, ministros ordenados,
comprometidos com movimentos e pastorais, leigos, cada um tem uma medida de
compromisso com a vida religiosa, familiar, social, e acima de tudo com DEUS
que saberá julgar cada um segundo seus merecimentos.
Sabemos que Deus é misericordioso. Mas o
católico deve levar mais a sério o compromisso que assumiu já no batismo.
Podemos ver pela experiência quantos
cristãos católicos chegam ao final do seu tempo sem uma participação efetiva na
vida da Igreja, dos Sacramentos, e até mesmo no seu leito de enfermidade sem
que ninguém da família ou por si mesmo lembre de chamar o sacerdote para o
Sacramento da Unção dos Enfermos.
Como disse,
Deus é misericordioso e tudo fará, por Jesus, para que ninguém se perca e todos
estejam juntos no Céu. Contudo, mesmo
assim não estamos dispensados de fazer a nossa parte.
Irmãos: Viver a religiosidade com
responsabilidade cristã e participando das Missas, manter a fé, estar sempre
pronto para o final do tempo terreno atento para o momento em que o Senhor virá
bater à nossa porta, isto tudo é o que Jesus quer dizer com FICAI
PREPARADOS.
Louvado seja N.S.
Jesus Cristo.
Diac. Narelvi
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