REFLEXÃO
DOMINICAL
16º
DOMINGO DO TEMPO COMUM – 21.07.2013
Gn
18,1-10ª; Cl 1,24-28; Lc 10,38-42
1ª PARTE
Falamos anteriormente sobre a presença de Deus bem
próxima a nós. Que Deus não é um Ser distante, que não possa ser alcançado e
que nos ama incondicionalmente. Esse amor é também amizade o que nos leva a
te-Lo como amigo assim como Jesus manifestou em Jo 15,15: “Não vos chamo empregados, pois o empregado não sabe o que o patrão
faz; chamo-vos amigos, porque vos comuniquei tudo o que ouvi a meu Pai”.
Tragamos para nossa mente a imagem do velho Abrão descansando perto
do carvalho de Mambré, em sua tenda, tentando aliviar o calor do dia e sentindo
a presença do Senhor nos três homens que se aproximavam levando-o a
antecipar-se para encontrá-los. Abrão agita-se bastante externando sua alegria
ao sentir que aquela visita era um gesto de amizade, e como era de costume foi
logo preparando água para lavar os pés dos visitantes acolhendo-os carinhosamente
oferecendo descanso e alimento para fortalecê-los.
O encanto de Abrão era tanto que enquanto aqueles homens ceavam e
descansavam, ele permanecia apreciando o momento, de pé. E no final recebe do
Senhor a promessa de um filho com Sara.
Nossa vida de certa forma é parecida com a de Abrão. Também temos
nossos momentos de desânimos seja pelo cansaço do trabalho, pelos compromissos
que assumimos, pelo calor como o da nossa Morretes que nos esgota fisicamente.
Mas nada disso derrota o homem que crê. Sempre existe em nós um espaço especial
para a esperança daí porque, mesmo cansados, não devemos deixar que nossos
olhos de fechem tanto a ponto de nos cegar, mas que tenhamos sempre um olhar de
esperança porque Deus de um momento para outro se aproximará de nós quem sabe
até nas pessoas de nossos amigos.
O amigo é um tesouro que quando se aproxima igualmente nos
levantamos para acolhê-lo e abraçá-lo, e de pé nos colocamos em atitude de quem
está pronto para servir com olhar de bondade atento ao que possamos fazer por
eles, principalmente aos mais necessitados.
A quem acolhe os irmãos e está disposto a servi-los, Deus sempre
reserva uma agradável recompensa.
2ª PARTE
Vejam irmãos, como São Paulo manifesta a sua amizade
por Jesus oferecendo-se para completar na sua própria carne os sofrimentos que
por ventura não tivessem atingido o corpo de Cristo. Amizade e solidariedade
que Paulo dedicava à extensão de Jesus
que é a Igreja a quem ele servia.
Hoje, na Igreja, sentimos os sofrimentos de Cristo por
tantas coisas ruins que acontecem na humanidade por indisciplina do próprio
homem, e vergonhosamente, por católicos que se dizem cristãos mas ferem, matam,
roubam, defendem o aborto, o homossexualismo como se fosse conduta promocional
ferindo até a dignidade do próprio homossexual, magoam as pessoas, provocam
anarquias, desrespeitam o Sagrado, criando nas pessoas de bem temor pelo seu
patrimônio, pela sua família, pela sua vida, a ponto de até para a visita do
Papa ao nosso pais fazer com que as autoridades se preocupem com sua segurança
obrigando-se a manter um verdadeiro exército para garantir a segurança um homem
de paz, da magnitude de um representante de Cristo, amigo de todos.
Aproveito do momento da Jornada Mundial da Juventude
para dizer aos jovens e a todos nós que precisamos assumir uma nova postura de
cristãos cada qual fazendo a sua parte
na família, na sociedade e na Igreja, uma vez que em sendo católicos temos a
obrigação moral cristã de defender a nossa fé, a nossa Igreja, como São Paulo
fez, mesmo que para isso tenhamos que nos indispor ou antipatizar, pois que a
defesa de um ideal moralmente correto deve levar ao anuncio de uma vida renovada
para a prática do bem, ensinar aos pobres de espírito e admoestar os de coração
perverso para que se convertam e tornem-se imitadores de Jesus Cristo.
3ª PARTE
Falo para cristãos e principalmente católicos. Todos os
defeitos que apontamos e somos portadores podem ser corrigidos.
Faz parte da nossa formação e educação aprender de
nossos mestres a falar, escrever, a ter uma profissão, a ser religioso, a rezar
e orar, a amar e conviver com os outros. Enfim, precisamos ouvir!
Vejam irmãos e irmãos a grande lição de Jesus dada a
Marta.
Jesus foi acolhido por uma mulher de nome Marta em sua
casa. Porém, Marta esquecendo o protocolo de quem acolhe, deixou Jesus com sua
irmã Maria que se sentou ao seu lado para ouvi-lo. Marta estava mais preocupada
com os afazeres da casa e até reclamou porque sua irmã Maria a deixou só nos
serviços da casa para ouvir Jesus.
A resposta de Jesus nos atinge diretamente. Quantas
vezes deixamos as coisas de Deus pra depois. Pronunciamos muitas vezes o nome
de Jesus mas não o levamos a sério. Temos ao nosso alcance a Bíblia, temos
nossas Missas e celebrações, nossos atos devocionais, temos, enfim, nossos
bispos, presbíteros e diáconos pregando nas Igrejas, em palestras, retiros e
reuniões, escrevendo mensagens, encontros catequéticos e de formação, e quantos
católicos se esquivam sob o pretexto de falta de tempo ou outros interesses perdendo
oportunidade para crescer na sabedoria, educar-se na fé, conhecer melhor sua
Igreja, ou o que Jesus tem a nos ensinar.
A esses Jesus também chama de Marta e admoesta: “Marta, Marta! Tu te preocupas
andas agitada por muitas coisas. Porém, uma
só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor
parte esta não lhe será tirada.”
Irmãos e irmãs. Tudo é importante nessa vida e devemos
aproveitar dos bens materiais que Deus colocou a nossa disposição. Porém,
somente os ensinamentos de Jesus como caminho, verdade e vida lhe darão socorro
para deixar os vícios e pecados e a reencontrar na espiritualidade mediante a
conversão o que de maior importância existe, a melhor parte que nunca lhe será
tirada: A amizade com Jesus!
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.
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