DEIXAR TUDO NAS COSTAS DE DEUS
Diac. Narelvi
“As pessoas vivem como bem entendem, são felizes como querem. Não cabe a ninguém julgar, e sim a Deus”
“As pessoas vivem como bem entendem, são felizes como querem. Não cabe a ninguém julgar, e sim a Deus”
Apareceu na internet e nas redes
sociais a seguinte declaração atribuída a um renomado apresentador de TV cujo
nome omito por falta de certeza da sua autoria: “Quem precisa de cura são as
pessoas que abandonam seus filhos nas ruas, pessoas que maltratam crianças
indefesas, pessoas que machucam inocentes, quem precisa mesmo de cura são as
pessoas que dizem que estão a serviço de Deus e abusam sexualmente de crianças
e adolescentes. Esses monstros em forma de gente precisam de cura. As pessoas
vivem como bem entendem, são felizes como querem. Não cabe a ninguém a julgar,
e sim a Deus!”
Teria sido uma reação a um Projeto de
Decreto Legislativo nº 234/11 que corrige uma restrição absurda contida na
Resolução 1/99 do Conselho Federal de Psicologia, aprovada pela CDH apelidado
pejorativamente como “Cura Gay”, cujo apelido está totalmente fora do contexto
do mérito do projeto. Hoje esse projeto foi retirado de tramitação a pedido do
próprio autor e possivelmente outro venha a ser apresentado.
Embora o autor tenha razão quanto à sua declaração incompleta das bestialidades humanas necessitadas de “curas”, numa evidencia de que o seu ponto de vista é que gay tem que ser gay de qualquer jeito, desconhecendo o justo e coerente objetivo do PDL, cujo assunto pretendo abordar oportunamente, comete enorme equivoco ao concluir que “As pessoas vivem como bem entendem, são felizes como querem. Não cabe a ninguém a julgar, e sim a Deus!”
Daí porque a introdução que servirá para encaminhar minha critica sobre o limite da liberdade e do envolvimento do nome de Deus como que se a ideia fosse: Façam as besteiras que quiserem e deixem o problema para Deus.
Na área da espiritualidade ou religiosidade (ou teologicamente), as coisas não são bem assim.
Sabemos que os atributos de Deus são: Onisciência: Sabe todas as coisas; Onipresença: Ele está em todos os lugares; Onipotência: Ele tem todo o poder.
Mas isso é motivo para transferirmos a Deus o que é da nossa responsabilidade? Seriamo-nos bonequinhos nas mãos de Deus, ou pequeninos robôs programados por Ele? Temos o direito de fazer tudo o que quisermos livremente, sem nenhum senso de reprovação?
Somos livres constitucionalmente ou biblicamente falando. Porém, a liberdade tem seus limites.
Desde a criação do homem, Deus concedeu à humanidade representada por Adão e Eva o livre arbítrio e tudo o que foi criado lhe foi dado. Mas Deus criou também a árvore da ciência do bem e do mal e preveniu que não podiam comer dos frutos dessas árvores (Gn 2,9;17).
Significa que o homem não pode fazer tudo o que quer, que sua liberdade não pode extrapolar àquilo que é possível e vejam que Deus explicou as consequências da desobediência: “Se comeres, com certeza morrerás”.
Portanto, irmãos, temos o livre arbítrio, mas a liberdade cessa quando avança o sinal de Deus.
Desde sempre o homem julgou. À sua maneira, mas julgou. E continua julgando hoje com maiores experiências de vida.
O direito é um exercício nato que provoca reação em todos os seres. Os homens têm até seus tribunais para julgar seus direitos feridos.
Podemos até pinçar da Bíblia recomendações para que no julgamento não se cometa injustiça, para que não se faça acepção de pessoas, para que não seja parcial, para que haja equidade, recomenda antes examinar-se a si mesmo (Lv 19, 15;35; Dt 1,17; Sl 1,5; Ecl 18,20; MT 7,2 etc. etc.). São algumas provas de que os homens podem julgar.
Existe, logicamente, o julgamento de Deus que não exclui o dos homens conforme se encontra em Mt 7,2; 12,36; Jo 3,19;8,16;9,39; Hb 9,27; Ap 14,7; At 27,24, etc. etc.
Jesus também recomenda aos homens usar de misericórdia no julgamento (Tg 2,13).. Mas também Jesus adverte quem condena outros pelas mesmas coisas que pratica (Rm 2,3). E separa muitas ações como sendo próprias dos homens e próprias de Deus como “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” Mc 12,17.
Pensar como o autor da declaração e até religiosos pensam, são atitudes incoerentes com seus próprios conceitos. No caso, o autor julgou as pessoas que abandonam seus filhos, os que maltratam crianças, machucam inocentes, os pedófilos, até os chamou de monstros.
Por que julgou? Ora, se “as pessoas vivem como bem entendem, são felizes como querem”, então nada de censurável haveria e seria um despropósito recriminá-los por algo que eles simplesmente sentiram vontade de fazer e se sentiram felizes. E eu completaria: porque movimentos contra corruptos, administradores públicos, preços de passagens, ou aborrecimentos com baderneiros, péssimos programas e apresentadores de televisão, se esses gostam de fazer o que pensam e se sentem felizes??? Seria o fim dos julgamentos humanos!
Não podemos ser omissos aos erros humanos e temos o direito e obrigação de manifestar nossas opiniões a favor ou contra comportamentos homossexuais, heterossexuais ou bissexuais, contra os espúrios da sociedade, ou de defender e elogiar o que entendemos ético e saudável para nós ou para a comunidade.
E as religiões, quer queiram ou não, tem sido a maior responsável pela defesa da cidadania, dos bons costumes, da boa moral, dos valores terrenos e imateriais que Deus deixou aos homens, tem total direito e liberdade de se expressar segundo sua doutrina dando ênfase aos cristãos que tem nas Sagradas Escrituras fonte de inspirações para seus ensinamentos que permitem "ensinar”, “refutar”, “corrigir”, “educar na justiça” conforme São Paulo ensina na sua carta a Timóteo (IITm 3,16).
Deus é o julgador final das nossas ações: “Todos nós devemos comparecer diante do tribunal de Deus” Rm 14,10, até mesmo para respondermos pelas nossas omissões de julgamentos dos comportamentos humanos.
Homens e mulheres que pensam assim, assumam a responsabilidade de seus atos, julguem-se e submetam-se a julgamentos uns dos outros e não deliciem-se nos seus erros escondendo-se no pretexto insustentável de deixar o julgamento por conta de Deus “lá” na eternidade, até mesmo porque poderá ser tarde demais arriscando ouvir do Supremo Julgador: “Afastai-vos de Mim, malditos. Ide para o fogo eterno, preparado para o demônio e seus anjos” Mt 25,41.
Embora o autor tenha razão quanto à sua declaração incompleta das bestialidades humanas necessitadas de “curas”, numa evidencia de que o seu ponto de vista é que gay tem que ser gay de qualquer jeito, desconhecendo o justo e coerente objetivo do PDL, cujo assunto pretendo abordar oportunamente, comete enorme equivoco ao concluir que “As pessoas vivem como bem entendem, são felizes como querem. Não cabe a ninguém a julgar, e sim a Deus!”
Daí porque a introdução que servirá para encaminhar minha critica sobre o limite da liberdade e do envolvimento do nome de Deus como que se a ideia fosse: Façam as besteiras que quiserem e deixem o problema para Deus.
Na área da espiritualidade ou religiosidade (ou teologicamente), as coisas não são bem assim.
Sabemos que os atributos de Deus são: Onisciência: Sabe todas as coisas; Onipresença: Ele está em todos os lugares; Onipotência: Ele tem todo o poder.
Mas isso é motivo para transferirmos a Deus o que é da nossa responsabilidade? Seriamo-nos bonequinhos nas mãos de Deus, ou pequeninos robôs programados por Ele? Temos o direito de fazer tudo o que quisermos livremente, sem nenhum senso de reprovação?
Somos livres constitucionalmente ou biblicamente falando. Porém, a liberdade tem seus limites.
Desde a criação do homem, Deus concedeu à humanidade representada por Adão e Eva o livre arbítrio e tudo o que foi criado lhe foi dado. Mas Deus criou também a árvore da ciência do bem e do mal e preveniu que não podiam comer dos frutos dessas árvores (Gn 2,9;17).
Significa que o homem não pode fazer tudo o que quer, que sua liberdade não pode extrapolar àquilo que é possível e vejam que Deus explicou as consequências da desobediência: “Se comeres, com certeza morrerás”.
Portanto, irmãos, temos o livre arbítrio, mas a liberdade cessa quando avança o sinal de Deus.
Desde sempre o homem julgou. À sua maneira, mas julgou. E continua julgando hoje com maiores experiências de vida.
O direito é um exercício nato que provoca reação em todos os seres. Os homens têm até seus tribunais para julgar seus direitos feridos.
Podemos até pinçar da Bíblia recomendações para que no julgamento não se cometa injustiça, para que não se faça acepção de pessoas, para que não seja parcial, para que haja equidade, recomenda antes examinar-se a si mesmo (Lv 19, 15;35; Dt 1,17; Sl 1,5; Ecl 18,20; MT 7,2 etc. etc.). São algumas provas de que os homens podem julgar.
Existe, logicamente, o julgamento de Deus que não exclui o dos homens conforme se encontra em Mt 7,2; 12,36; Jo 3,19;8,16;9,39; Hb 9,27; Ap 14,7; At 27,24, etc. etc.
Jesus também recomenda aos homens usar de misericórdia no julgamento (Tg 2,13).. Mas também Jesus adverte quem condena outros pelas mesmas coisas que pratica (Rm 2,3). E separa muitas ações como sendo próprias dos homens e próprias de Deus como “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” Mc 12,17.
Pensar como o autor da declaração e até religiosos pensam, são atitudes incoerentes com seus próprios conceitos. No caso, o autor julgou as pessoas que abandonam seus filhos, os que maltratam crianças, machucam inocentes, os pedófilos, até os chamou de monstros.
Por que julgou? Ora, se “as pessoas vivem como bem entendem, são felizes como querem”, então nada de censurável haveria e seria um despropósito recriminá-los por algo que eles simplesmente sentiram vontade de fazer e se sentiram felizes. E eu completaria: porque movimentos contra corruptos, administradores públicos, preços de passagens, ou aborrecimentos com baderneiros, péssimos programas e apresentadores de televisão, se esses gostam de fazer o que pensam e se sentem felizes??? Seria o fim dos julgamentos humanos!
Não podemos ser omissos aos erros humanos e temos o direito e obrigação de manifestar nossas opiniões a favor ou contra comportamentos homossexuais, heterossexuais ou bissexuais, contra os espúrios da sociedade, ou de defender e elogiar o que entendemos ético e saudável para nós ou para a comunidade.
E as religiões, quer queiram ou não, tem sido a maior responsável pela defesa da cidadania, dos bons costumes, da boa moral, dos valores terrenos e imateriais que Deus deixou aos homens, tem total direito e liberdade de se expressar segundo sua doutrina dando ênfase aos cristãos que tem nas Sagradas Escrituras fonte de inspirações para seus ensinamentos que permitem "ensinar”, “refutar”, “corrigir”, “educar na justiça” conforme São Paulo ensina na sua carta a Timóteo (IITm 3,16).
Deus é o julgador final das nossas ações: “Todos nós devemos comparecer diante do tribunal de Deus” Rm 14,10, até mesmo para respondermos pelas nossas omissões de julgamentos dos comportamentos humanos.
Homens e mulheres que pensam assim, assumam a responsabilidade de seus atos, julguem-se e submetam-se a julgamentos uns dos outros e não deliciem-se nos seus erros escondendo-se no pretexto insustentável de deixar o julgamento por conta de Deus “lá” na eternidade, até mesmo porque poderá ser tarde demais arriscando ouvir do Supremo Julgador: “Afastai-vos de Mim, malditos. Ide para o fogo eterno, preparado para o demônio e seus anjos” Mt 25,41.
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