REFLEXÃO DOMINICAL
17º DOMINGO Tempo Comum – Ano C – 28.7.2013
1ª leitura: Gn 18,20-32
Queridos
amigos e irmãos em Jesus
Cristo.
No Gênese lemos sobre Sodoma e
Gomorra, duas cidades contaminadas pelo pecado. A primeira vista, em se
tratando de nomes de cidades, não nos impressionamos muito, afinal, são apenas
dois lugares regionalmente falando.
Entretanto, esses nomes na verdade
representam comunidades, coletivos dos que lá residem. São as pessoas que
formam agrupamentos para viverem juntos com seus usos, costumes, ideais,
perspectivas de vida civil e religiosa principalmente em plena fraternidade.
No caso, os habitantes de Sodoma e
Gomorra perderam seus valores culturais, morais e doutrinários. Foram,
portanto, os homens que erraram e fizeram perder a dignidade, o respeito
próprio, o desajuste social e religioso afastando-se de Deus. O pecado foi
generalizando e banalizado até que tomou conta de todos. No caso, toda a cidade
pecou!
Começamos, então, a entender que
para os crentes em Deus na pessoa do Pai e em Jesus Cristo na
pessoa do Filho, qualquer vilarejo, qualquer núcleo habitacional, qualquer
reduto aonde os homens se juntam para formar comunidade deve ter acima de tudo
a presença e o respeito a Deus. Por isto lembramos do salmo 32,12: “Feliz é a
nação que tem o Senhor por seu Deus...”
A lição deve ser aplicada nos dias
de hoje também na minha e na sua cidade.
O pecado é um mal contagiante que
quando praticado por um sem nenhuma correção aos poucos vai contaminando os
outros, como uma laranja podre depositada numa caixa junto com as sadias.
Deixada lá, todas apodrecerão. Mas se retirada, todas se manterão puras.
Sodoma e Gomorra nos chamam a
atenção também para o fato de que o Senhor Deus que nos ensinou e nos libertou
pune os teimosamente irrecuperáveis, porém, não sem antes chamá-los à conversão
e preservar os justos.
Abraão se coloca como intercessor na
defesa dos justos para que não venham a sofrer castigo pelos pecadores. E até
pechincha com Deus apresentando sua reivindicação primeiramente com cinquenta
justos: “Se houvesse cinquenta justos na cidade, acaso iríeis exterminá-los?”, tendo Deus respondido que não.
Mas como Abraão suspeitava que o numero de justos era bem menor foi reduzindo o
pedido para 45, 40, 30, 20 e finalmente 10 justos.
Como
em Sodoma e Gomorra nem 10 justos havia, foram destruídas com a morte de todos
os habitantes. De lá se salvou apenas alguns da família de Lot que soube
acolher os mensageiros de Deus que o orientou a fugir para outro lugar antes da
destruição.
A
lição que tiramos é que o nosso primeiro pecado que veio de Adão e Eva, o pecado
original, teve o seu mal cortado pela raiz no momento do nosso batizado. A partir daí, a fraqueza humana levou a novos
pecados que a Providencia Divina solucionou enviando o Messias.
Porém, sendo o pecado é como uma doença, a cura vem de Nosso Senhor Jesus Cristo que
ensinou o necessário confiando aos seus legítimos sucessores a continuidade do
Plano de Salvação. Mesmo assim, nem sempre conseguem atingir o alvo dos frágeis
na fé que se deixam levar pelos momentos e conveniências que demoniacamente são
lançados contra o Povo de Deus pelos movimentos anticristãos, pelas vergonhosas
e imorais novelas, pelos escandalosos
depoimentos de “celebridades” que confessam
suas podridões morais e sexuais para justificarem suas sujas condutas, homens
que deveriam representar democraticamente o povo roubam o povo, mulheres
preocupadas com movimentos feministas esquecendo do dom de ser mulher e mãe,
homens deixando de ser homens para viver um homossexualismo mais forçado do que
natural, decadentes nos vícios das bebidas e drogas destruindo-se a si mesmos e
a família, projetos de matanças de crianças ainda no ventre materno, crimes
e crimes tomando conta de nossas cidades... Meu Deus, estaremos nos transformando em Sodoma e
Gomorra?
Irmãos,
esses questionamentos são procedentes, mas não definitivos. Acabo de assistir o
início da vigília dos jovens na Jornada Mundial com testemunhos espetaculares e
emocionantes dessa turma embalada pelo exemplo do condutor espiritual de nossa
Igreja, o Papa Francisco que lançou alguns desafios aos jovens que prontamente
aceitaram. Esperamos uma nova Igreja com um batalhão de jovens servidores de
Cristo dispostos a mudar o mundo, a começar pelas nossas pequeninas paróquias, nas
suas casas, nas escolas, faculdades, locais de lazer e de trabalho, sem jamais
deixar de abastecer seus corações nas celebrações da Igreja.
Tenho
certeza que estamos preparando muitos “Lots” acolhedores de nossos missionários
e prontos para engajarem-se na Missão de Cristo e salvar as nações, a começar cada
um pela sua. As trombetas soarão
nos ouvidos de todos e para todos.
Queridos,
com a força de Cristo e a luz do Espírito Santo podemos fazer com que a
desgraça do pecado seja eliminado dos nossos corações e quem aceitar a proposta
de uma nova vida não será destruído e alcançará a alegria de uma vida plena
aqui na terra formando uma família dignamente cristã e uma sociedade melhor
estruturada, e como premio, será coroado
na vida eterna.
Louvado
seja N.S. Jesus Cristo.
Diac.
Narelvi.
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