REFLEXÃO DOMINICAL
17º DOMINGO Tempo Comum – Ano C – 28.7.2013
2ª leitura: Gn 18,20-32 e Evangelho: Lc
11,1-13
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo
Afinal, se Deus já nos perdoou e estamos salvos, por
que preocupar-se com o futuro?
Para entender precisamos separar o
antes e o depois.
O antes se refere ao pecado original
que herdamos de Adão e Eva. Como pode?
Nas pessoas de Adão e Eva Deus criou
a humanidade. Embora na bíblia conste que Deus criou o homem Adão e a mulher
Eva e a partir desse principio partem as pregações, podemos entender que em
Adão e Eva estamos todos nós concentrados. Não somos separados desse casal
porque fazemos parte integrante da mesma criação nas suas qualidades e
defeitos. Existe um tipo de hereditariedade, como se fosse doença genética
transmitida de geração a geração por um genes originariamente defeituoso.
No caso, estamos tratando de uma
doença espiritual adquirida voluntariamente pelos nossos primeiros pais que
ficou tão impregnada na criação filosoficamente explicada pela causa e efeito.
Em Adão e Eva está a causa do pecado e em nós seus descendentes, o efeito.
Essa mancha de pecado somente se
apaga pelo batismo motivo da fala de São Paulo em sua carta “Com Cristo fomos sepultados no batismo”.
Portanto o Sacramento do Batismo perdoa o nosso pecado original e nos abre para
uma nova vida. Por isso é chamado de sacramento da iniciação cristã, pois
ninguém é admitido ao cristianismo se não passar primeiramente pelo batismo.
Entendemos aqui a grandiosidade
deste Sacramento no plano da salvação instituído por Jesus: "Aquele que não nascer pela água e pelo Espírito não entrará no Reino de Deus" (Jo 3,5); "Me foi dado todo poder no céu e na
terra; ide então e ensinai todas as pessoas, batizando-as em nome do Pai, do Filho
e do Espírito Santo" (MT 28,19).
Entendemos, também, o porquê desde o inicio da Igreja
as crianças são batizadas, para que desde o seu nascimento já possam gozar da
graça batismal e preparadas para a salvação. Destacamos por esse motivo o
triste equivoco de nossos irmãos protestantes que protelam o batismo para a
idade adulta permitindo que as pessoas permaneçam longos anos afastados de
Jesus e da graça sacramental, quem sabe até com risco de perder a salvação se
morrer antes: “Quem crer e for batizado
será salvo, mas quem não crer será condenado”. (Mc 16,16).
Muito embora o batismo fortaleça a
pessoa capacitando-a para resistir ao pecado, o livre arbítrio e a própria
fraqueza humana leva o homem a praticar novos pecados. São os que chamamos de
“pecados originados”, esses sim que tivemos em Jesus Cristo a abertura da porta para a Salvação pela sua
morte na cruz. “Estávamos mortos por
causa do pecado e tivemos vida por Cristo”; “Cristo cancelou nossos pecados na
cruz”.
Na cruz, portanto, Jesus nos libertou
da escravidão do pecado, isto é, abriu as portas para o perdão. Sem essa
entrega de Jesus não seriamos salvos. Pela ferida da fragilidade cometemos
repetitivos pecados que graças ao Sacrifício na Cruz mediante o arrependimento
e confissão a conversão acontece e caminha para um estado de santidade.
No Evangelho vemos que Jesus também
rezava e como bom catequista ensinou o Pai Nosso, a oração do perdão.
Pela insistência da oração, ensina
Jesus, a graça é concedida. E convence ao comparar você procurando um amigo
pedindo ajuda. O amigo com pretextos reclama e evita acolhe-lo. Mas você
insiste e o amigo resiste até que a certa altura, para não ser mais aborrecido,
levanta e atende.
A oração é um bater na porta de
Jesus. Se você bater à porta de Jesus procurando-O, Ele irá atende-lo não para
não ser aborrecido como na parábola, mas porque Ele nos ama mais do que nos a Ele.
Aí está meus irmãos a indicação de
Jesus para a obtenção das bênçãos e graças de Deus: a oração sob qualquer forma
de apresentação. “Pedi
e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto”.
Louvado seja
N.S. Jesus Cristo
E viva o
Papa Francisco que neste momento retorna ao Vaticano.
Diac.
Narelvi
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