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domingo, 26 de janeiro de 2014

RESPEITO AOS ESCOLHIDOS




REFLEXÃO DOMINICAL
3º DTC – Ano A – 26.01.2014
Is 8,23b-9,3; 1Cor 1,10-13.17; Mt 4,12-23

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
A Profecia de Isaías aconteceu pelos anos 700 aC e sua primeira parte foi tema para o Natal apontando para a vinda de Jesus que já se encontra conosco como grande luz a iluminar nossas vidas.
         Uma parte histórica fala sobre as tribos de Zabulon e Neftali que ocupavam a Galiléia, região norte de Israel e sofriam violências, perseguições devidas a ataques dos exércitos assírios, uma situação dramática.
         Foi quando Isaias profetizou um sinal de esperança, um brilhar de luz crescente até eliminar as trevas centradas na situação política da época na expectativa de um rei com a missão de mudar o panorama de sofrimentos do povo que esperavam fosse de efeito imediato. Mas o relato conduzia a outra expectativa de luz, Jesus que não aconteceu para aquelas tribos mesmo porque não mantinham afinidade com Deus e não tinham como entender a profecia, mas demorou cerca de 700 anos.   
         A historia apresentada ensina que muitas vezes queremos que as profecias, a vontade de Deus, aconteçam agora, imediatamente para que possamos contemplá-las. Mas desconhecemos os desígnios de Deus. Não sabemos quando que Deus fará acontecer todas essas coisas pois Ele é quem sabe do momento oportuno. Resta-nos confiar e esperar!
2ª PARTE
         Na Carta de Paulo já estamos vivendo a presença de Cristo não mais com expectadores de um tempo novo, mas vivendo esse tempo com luz que já ilumina a todos.
         Está claro na carta que Paulo sabe sobre disputas internas entre os cristãos a ponto de criar conflitos. E já no v. 10 é enfático: “Que sejais todos concordes uns com os outros e não admitais divisões entre vos”.
         Vejam, irmãos, o assunto não diz respeito a uma ou outra pessoa, mas grupos de pessoas que mesmo permanecendo em Cristo fazem suas igrejinhas particulares fazendo escolhas de lideres para segui-los em detrimento dos outros. Ah, “Eu sou de Paulo”, “Eu sou de Apolo”, "eu sou de Cefas”, “Eu sou de Cristo”. E o que é pior, muitas vezes levados mais pela simpatia do que pela sinceridade e espiritualidade.”
         Quantos de nós testemunhamos preferências pelas condutas recreativas ou obreiras de dirigentes espirituais só porque um joga futebol, outro joga cartas, outro é construtor, outro é cavaleiro, outro partilha uns tragos, ou outros pertencem ao mesmo partido político, sem colocar em relevo o que seria mais importante, o que fazem pelo bem das almas, pela unidade da igreja, pela partilha, pela fraternidade, pela defesa da Igreja, do clero, dos paroquianos, dos doentes, dos necessitados, dos vocacionados, ou até aqueles que se satisfazem proclamando-se Carismáticos, do Apostolado, Mariano, Ministro Extraordinário da Eucaristia, membros de comissões da Igreja, catequistas, vivendo um ministério isolado cada um por si e como se fossem melhores do que os outros, sem levar em contra o principal que é estar a serviço do Evangelho e da Igreja.
           São Paulo pergunta no v. 13: “Será que Cristo está dividido”? E ainda pergunta: alguns desses “lideres” foi crucificado por amor aos irmãos?
         A lição que tiramos da carta de Paulo é de que todas as funções e ministérios da Igreja Católica são importantes e necessárias e demos graças a Deus que a igreja se preocupa com a distribuição de missões aos bispos, presbíteros e diáconos, e a todos os fiéis, mas espera-se que o individualismo, a soberba, o orgulho e o egoísmo não prejudiquem as tarefas para que todos, como verdadeiros irmãos em Cristo, colaborem pelo Reino como um só povo,uma só congregação paroquial colocando acima de tudo os ensinamentos os Santos Evangelhos e a voz que vem tradicionalmente dos Apóstolos. E como lição derradeira, todos devemos nos convencer de que estamos aqui para pregar a boa nova da salvação sem valer-se dos recursos da oratória ou de outras circunstâncias intelectuais para ofuscar a cruz de Cristo e sua própria força.Cristo, sempre em primeiro lugar.
         E se algum irmão for tentado a oprimir ou excluir da Igreja de alguma forma pessoas de boa vontade, não é feio denunciar ao superior na hierarquia da Igreja, pois foi isto que fizeram pessoas da família de Cloé a Paulo conforme v. 11 para que cessem as contendas.
3ª PARTE
         Mateus narra Jesus deixando Nazaré para morar em Cafarnaum no território de zabulon e Neftali na Galiléia dos pagãos, cumprindo a profecia de Isaias que lemos na primeira leitura, quando soube que João estava preso.
         Jesus como a luz profetizada pregou aos que se encontravam nas trevas tirando-os da escuridão da morte.
         Conversão, foi o que Jesus pediu. E enquanto caminhava dizendo que o Reino de Deus estava próximo começou a formar seu grupo de apoio enxergando logo os irmãos de sangue Pedro e André, pescadores: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”, e eles aceitaram! Mais adiante Jesus viu Tiago, filho de Zebedeu e seu irmão João que igualmente aceitaram o chamado.
         Foi o começo do grupo dos doze Apóstolos. Todos foram chamados e deixaram tudo, trabalho e família porque acreditaram em Jesus e enquanto caminhavam por todos os lugares aprendiam e ensinavam sobre o Evangelho do Reino. 
         Irmãos e irmãs podem imaginar a felicidade que tomou conta dos escolhidos por Jesus? Sofreram por causa do Evangelho? Sim, sabemos que sim! Mas foi esse Colégio Apostólico recém constituído sob a liderança de Jesus e mais tarde de Pedro que conservou viva a memória de Cristo e a Salvação confiada à Igreja católica.
         É interessante observar  que Jesus não quis cumprir sua missão sozinho embora pudesse. Mas iniciou com doze homens pecadores, pobres, de pouca ou quase nenhuma cultura mas que acabaram transformando-se nos maiores conhecedores e pregadores do Reino. Ora, quem motivou o pecado após a Criação foram os homens. Nada mais justo, portanto, do que Deus incluir também os homens  a serviço da conversão.
         Os Apóstolos aceitaram o chamado de Jesus e deles saíram os bispos católicos.  Assim foram chamados os diáconos e presbíteros (padres) e dentre eles me incluo como diácono tristemente aguardando espaço na Igreja da diocese da minha residência mas esperançoso porque Jesus não abandona os por ele escolhidos.
         Irmãos e irmãs. Assim caminha a Igreja de Jesus que passa por dificuldades, dúvidas, contendas conforme a família de Cloé denunciou a Paulo, mas tudo se superando pela providência divina sendo que pela força do Espírito Santo  e a promessa da presença de Jesus em nosso meio até o final dos tempos,  apresenta um balanço espiritual  com superávit incomparável revelador de que a sobrevivência por mais de dois mil anos, logo nascida com Jesus e com ele até a eternidade, prova a sua legitimidade cristã e continua aberta para o Plano de Deus  e sob a direção do queridíssimo Papa Francisco mostrando caminhos novos para que a Bíblia e a Tradição sob a sabedoria do Magistério da Igreja levem todos os povos à unidade e à Salvação.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.

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