Evangelização

Artigos

Perguntas e Respostas

Comentário sobre os temas nas respectivas postagens

Para outros comentários e sugestões clicar o link COMENTÁRIOS DIVERSOS

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

ESTÃO CONFUNDINDO AS COISAS. "Rolezinho"



        Quosque tandem abutere “anarquistas” patientia nostra?[1]


             Sabemos que a Constituição assegura os direitos e deveres individuais e coletivos, como a livre manifestação do pensamento,  liberdade de consciência e de crença e seus cultos religiosos, a livre expressão da atividade intelectual, artística, cientifica e de comunicação, de locomoção, de reunião, mas também assegura além dos direitos, as obrigações, a intimidade, a vida privada, a honra, a imagem das pessoas, a casa como asilo inviolável, o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, o direito de propriedade, etc. pois que “Todos são iguais perante a lei ... inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.


        Também não se olvide que o Poder Judiciário está aí para  apreciar e julgar as rebeldias que a Constituição e leis apontam como “qualquer descriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”. Portanto, esses direitos são recíprocos e não podem ultrapassar ou invadir direitos dos outros indivíduos.

        Preparo, aqui, para falar sobre movimentos populares que estão deflagrando no país ferindo o estado democrático de direito.

        Sabemos que os movimentos populares foram responsáveis por transformações sociais e pelo direito de cidadania que com seus ideais asseguraram a democracia e defendem uma sociedade mais justa e solidária. Reconhecidamente é um exercício da própria democracia cuja mobilização leva à praça publica reivindicações, manifestações de apoio e também de repúdio a favor ou contra o governo e seus governantes, extensivas até mesmo aos indivíduos da mesma sociedade.

        Entretanto, o que vemos no momento, são desvios da sua finalidade com manifestações algumas sérias e outras banais das quais se aproveitam os baderneiros e anarquistas com infiltração de bandidos e arruaceiros que de cara limpa ou protegidos por máscaras e até armados maculam a legitimidade dos movimentos a tal ponto que já passamos a vê-los com maus olhos, antipatia e receio.

        O resultado negativo dessas passeatas com danos ao patrimônio público e particular, e à própria integridade física das pessoas, todos conhecemos porque aterrorizam a comunidade ultrapassando e desrespeitando os limites dos direitos alheios provocando a necessária intervenção policial que alternativa outra não tem ante as provocações, de agir com seus aparatos estratégicos que levam fatalmente ao uso da força.

           Sem dúvida que os movimentos, manifestações ou passeatas fora dos limites da lei e da razoabilidade, aproveitadas até por políticos e partidos políticos de sangue antidemocrático para demagogicamente levarem vantagens, estão a merecer uma séria advertência, de que na medida em que a conduta comportamental dos participantes passe a crescer desenfreadamente sob a influência da desordem anarquista, o efeito poderá levar a outros caminhos não desejados e contrários à vontade do povo, abrindo as portas para os regimes totalitários ou autoritários, não podendo ser esquecido o da ditadura brasileira.     

        E agora, com toda essa confusão, vem os adolescentes e jovens
brincar de uma maneira tão imprópria, inventando o apelidado “rolezinho” nos Shopping Centers onde se encontram centenas deles depois de combinado pela internet e escolhido o estabelecimento para “divertirem-se”, dizem eles, fazendo correrias dentro do recinto.
        Que brincadeira é essa que se transforma em confusão, provoca medo e cenas de pânico, perturba a ordem, irrita os clientes e frequentadores normais, põem em risco o patrimônio, as mercadorias, os proprietários dos estabelecimentos comerciais e a própria segurança? Como eles se selecionam?

        Não resta nenhuma dúvida de que esse propósito não tem nenhuma lógica de entretenimento e já começou de forma perigosa tanto que baderneiros já  se infiltram com seus hinos de guerra, invasão, práticas de crimes, uso de drogas, saques, expulsão dos clientes que fogem amedrontados,  colocando em risco não somente o patrimônio, mas a integridade física e moral dos cidadãos.

        Nada justifica essa “brincadeira” que revela estupidez.        Desculpem-me a ironia, mas se a intenção deles é brincar, por que não estabelecem grupos menores, por exemplo, de vinte ou trinta participantes, para se encontrarem na casa de moradia de um deles e lá dentro gritarem, pularem, correrem, entrarem e saírem dos quartos, salas, cozinhas, escadas, banheiros, sob os olhares felizes e contentes de seus pais?

        Lamentavelmente são tantos os maus exemplos jogados em cima do povo e de um modo especial sobre as crianças, adolescentes e jovens, desde governantes, meios de comunicações e formadores de opinião, com endeusamento da riqueza, do liberalismo inconsequente, da imoralidade, do desajuste familiar, do menosprezo à vida, que muitos adolescentes e jovens não têm mais respeito por seus pais e educadores e são direcionados à desobediência e descomprometimento com a vida, e chamados a gozarem suas faixas etárias nos moldes da libertinagem, das novelas e dos big brothers espalhados por aí,  aprendendo que vale mais o interesse de cada um rejeitando a disciplina estatal democrática, a educação dos pais e orientações religiosas, num achismo de que tudo é livre ...

        Infelizmente os desvios de formação e educação estão fazendo com que constantemente, no Brasil, precisemos da intervenção policial e das autoridades judiciárias para defender e garantir os direitos contra as minorias que pelo desrespeito e violência querem impor suas regras sem limites contra as pessoas de bem.

        Resta-nos também fazer nossos movimentos para que nosso futuro que será realidade com os jovens de hoje, seja melhor, quem sabe tentando endireitar as veredas de nossa casa. 

  Diac. Narelvi


[1] Texto original: “Quosque tandem abutere Catilina patientia nostra”,  frase de Cícero em seu discurso proferido no ano 63 aC acusando Lucio Sergio Catilina, que pode ser traduzida como “até quando Catilina abusarás da nossa paciência?”



Nenhum comentário:

Postar um comentário