REFLEXÃO DOMINICAL
2º Domingo do Tempo
Comum – Ano A
Is 49,3.5-6; 1Cor 1,1-3; Jo 1,29-34
Prezados
amigos e irmãos em Jesus
Cristo.
1ª PARTE
O profeta
Isaias inicia no texto bíblico de hoje com uma mensagem a Israel: “Tu és o meu Servo, Israel, em que serei
glorificado”. Isso nos lembra vocação e missão.
A passagem
bíblica ocorreu na Babilônia há mais de cinco séculos antes de Cristo onde se
encontrava Israel como prisioneiro com seus sonhos ofuscados. Os babilônicos riam
quando os exilados contavam sobre coisas extraordinárias que Deus fazia.
Apesar da
pequenez de Israel o senhor lembrou dele
e o escolheu como seu servo para ser luz das nações e anunciar a salvação a
todos os povos.
Essa luz, a
salvação, aquele a quem devemos seguir que as Sagradas Escrituras nos
apresentam, apontam para Jesus que durante sua missão e revestido de toda a
simplicidade e humildade é levado à morte na cruz que apesar da aparência de
derrota transformou-se no maior gesto de heroísmo e no maior ato de ternura
e compaixão pela humanidade.
O profeta
falando em nome do Senhor chama a atenção para a vocação e missão que devem ser
assumidas por todos aqueles crentes em Deus, seguidores de Cristo, sejam eles
ministros ordenados da Igreja ou fiéis membros dessa mesma Igreja: “Não basta seres meu
Servo para restaurar as tribos de Jacó e
reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que
minha salvação chegue até aos confins da terra”.
Meus
irmãos no ministério e todos os fiéis da Igreja de Cristo, mesmo sendo irrecusável
a frequencia à Igreja e às manifestações devocionais, somos chamados a uma
participação mais ativa, a sairmos da comodidade do rasinho para lançar as
redes em águas mais profundas; Deixar de ser um simples assistente de Missa e
de outras atividades litúrgicas para uma atitude mais participativa assumindo nossa
vocação de cristãos amando, evangelizando, anunciando Jesus também como luz em
nossa paróquia.
2ª PARTE
Na segunda
leitura aprendemos com Paulo e Sóstenes que a vocação e missão devem ser também
comunitárias. Faço o meu trabalho individualmente e por ele respondo, mas jamais
deverei esquecer de que estar envolvido com Cristo e sua Igreja implica
necessariamente em estar envolvido com toda a comunidade. O próprio Jesus podia
ter realizado sua missão sozinho, pois como Deus não precisa de ninguém.
Entretanto, Jesus tinha um propósito que era ir ao encontro aos povos de todas
as nações e os homens precisavam, então, enxergar o Mestre como um homem
comunitário, que não fazia distinção entre pessoas. Amava e queria a todos,
indistintamente.
Paulo,
evidentemente, trabalhou muitas vezes sozinho na evangelização. Mas com toda a
certeza também evangelizava juntamente com seus discípulos e seguidores como,
nesta carta, Sóstenes.
É
errado e contraria os princípios cristãos pretender exercer a vocação religiosa
como personagem egocêntrica, prepotente, que não partilha nada com ninguém,
pois que essa atitude não combina com Cristo, nem com Paulo, nem com os
juramentos e compromissos que assumimos no batismo e depois nas vocações
escolhidas.
Os
missionários devem sair mais das sacristias e das suas casas, como também devem
fazer as forças vivas da Igreja para encontrar-se com os irmãos próximos e
afastados a fim de lembrá-los de que todos os que receberam o batismo foram
santificados em Cristo e chamados a ser santos.
3ª PARTE
O
Evangelho conclui a reflexão de hoje nos premiando com mais uma das grandes
provas de que Jesus é verdadeiramente Deus feito Homem, o Filho de Deus, o
Cordeiro de Deus.
João
Batista o grande anunciador de Jesus que preparou os seus caminhos, já não mais
sozinho, mas em grupo, ao ver Jesus não titubeou e logo apontou para Ele
dizendo: “EIS O CORDEIRO DE DEUS, QUE
TIRA O PECADO DO MUNDO”.
João
Batista não assumiu para si nenhum mérito pelo seu trabalho missionário, mas
colocou-se na posição de servidor que ao ver Jesus O reconheceu e apresentou
aos que estavam perto com uma força de convicção tão forte que ecoa até hoje
entre os homens do mundo todo para que se convençam de que Jesus, sendo o
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, é, de fato O PRÓPRIO DEUS para desencanto daqueles e de algumas crenças que
vêem em Jesus apenas um ser humano sem divindade.
Irmãos
e irmãs, este é o mesmo Jesus que está presente no mundo inteiro, e de uma
maneira muito especial e extraordinária, com sua presença real, na Eucaristia
fruto do milagre Eucarístico que Ele mesmo instituiu na sua Ceia com os
Apóstolos. E como esse privilégio enriquece os católicos por esse milagroso
evento que se perpetua até hoje e permanecerá para sempre fazendo com que os
corações dos crentes em Jesus abasteçam sua fé num dos Sacramentos mais
profundos que acontece na Santa Missa celebrada por Ele mesmo em todas as Igrejas do mundo.
Queridos,
com a alegria de ver confirmada a minha crença em Jesus vivo, Deus e Homem
verdadeiro, é que desejo a vocês,
Graça e paz, de parte de Deus
nosso Pai.
Diac.
Narelvi.
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