REFLEXÃO DOMINICAL
1º Domingo do
Advento – Ano A – 01.13.2013
Is 2, 1-5; Rm
13,11-14ª; Mt 24,37-44
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
Iniciamos
hoje mais um ciclo do ano litúrgico, o ano A.
Somos
chamados mais uma vez à vigilância.
Somos
tentados à rotina até mesmo na vida religiosa e este é o momento para
retomarmos nossas forças e sairmos do comodismo, da passividade cristã que nos
afasta da luta pelo ideal cristão.
Isaias fala sobre
o ponto mais alto da montanha, “o monte do Senhor” como morada de Jahwéh. É uma referência que deve
nos levar a Deus no sentido de que todos devemos concentrar nossos ideais, nossas
esperanças, naquele que está acima de tudo. O topo da montanha nos lembra o Céu
de onde Deus se estende de cima para baixo como que uma sombra real que alcança
e cobre toda a natureza tendo o homem em primeiro plano.
Esse alcance
divino então nos atrai para que ninguém sinta-se excluído. A montanha é alta,
mas Deus é o Senhor e nenhuma distância nos separa Dele. A sombra viva de Deus
não se dirige apenas a uma determinada pessoa, mas a todos porque todos somos
seus filhos.
Na visão
profética de Isaias mostra-nos a unidade dos homens em torno do único Deus.
Temos nossa própria vida humanamente falando, nossa personalidade, nossa
maneira de ser, porém, formamos um só Corpo criado por Deus para servi-lo,
adora-lo, e sob sua proteção caminharmos juntos para uma nova e feliz vida de
mãos dadas, unidos fraternalmente com o propósito de retomar mais uma vez,
neste reinicio do ano litúrgico, os passos do Advento que irão aos poucos nos afastando da passividade que fracassa, para
nos conduzir a uma vida plena e vitoriosa para a qual fomos convidados como
participes do Plano de Deus. Daí o convite: “Vinde, todos
da casa de Jacó, e deixemo-nos guiar pela luz do
Senhor”.
2ª PARTE
O Apóstolo
Paulo dirige-se aos romanos lá do inicio do catolicismo cristão recomendando-os
a despertarem para a fé aspirando a salvação, aconselhando-os a abandonar as
imoralidades que levam ao pecado.
Como
criaturas de Deus, também tivemos um nascimento, um encontro com Cristo no
batismo como cristãos recém-nascidos, com um longo caminho a ser seguido. Basta
cada um relembrar dos momentos de alegrias e dificuldades pelos quais passaram.
O nascimento batismal foi primordial, mas os passos seguintes dependem de nós.
Hoje a
mensagem de Paulo não é diferente. Como crentes católicos devemos despertar
para um mundo de luz abandonando o mundo das trevas do pecado que contaminam a
moral e os bons costumes e denigrem nossa imagem de cristãos. Egoísmo,
injustiça, mentiras, hipocrisias, infidelidades, relativismo religioso,
bebedeiras, orgias sexuais, rivalidades, são algumas das maldades humanas que
prejudicam nossa fé.
Quando Paulo
fala que a noite já vai adiantada e o dia vem chegando, claramente aponta que o
passado escuro deve ser substituído por um novo dia de luz para reencontro com Jesus
na busca da Salvação.
O que se
espera do católico como crente nato, é que toda a sua atitude, toda a sua vida,
esteja revestida do amor de Cristo.
3ª PARTE
O Evangelho narrado por Mateus
compara nossa vida como no tempo de Noé quando os homens viviam distraidamente,
rotineiramente, faziam o que bem entendiam sem preocuparem-se com as
consequencias até que veio o dilúvio e os pegou de surpresa com a enorme
destruição à exceção de Noé e sua família que se protegeram na arca.
Irmãos e
irmãs. Não estaremos hoje igualmente levando nossa vida descomprometidamente?
Não estaremos deixando moldar nossas condutas pelos maus exemplos dos
incrédulos, dos corruptos, das imorais novelas que levam ao desamor à vida, dos
exemplos dos pervertidos que, como criminosos, se orgulham de suas prisões ou de
indivíduos que ocupando os meios de comunicações, orgulhosamente exibem suas
misérias morais? E até mesmo religiões cristãs multiplicam-se para, lendo a
mesma bíblia, falarem linguagens diferentes?
Somos
convidados à conversão a todo o momento. Nós, crentes católicos, precisamos enaltecer
a Igreja de Cristo que está sendo vilipendiada em seus valores apostólicos
pelos opositores.
É missão do
fiel leigo junto com os ministros ordenados e religiosos, aproveitar o chamado
do advento para fortalecer o que está correto e mudar o que está errado. E não
podemos permanecer como se um “novo dilúvio” não pudesse acontecer pegando
muita gente de surpresa.
Leiam,
irmãos, os versículos 40-44 sobre o que poderá ocorrer. A proposta de Cristo é:
“Portanto, ficai atentos! porque não sabeis em que dia virá o Senhor”. De nada adianta fechar a porta da casa com o ladrão dentro.
Irmãos
e irmãs. A oportunidade é agora! Renovem seu amor por Cristo, reassumam seu
lugar nas Santas Missas, vivam os Sacramentos, sejam fiéis à Igreja Católica;
bispos e padres renovem seus votos e permitam aos diáconos permanentes que
ocupem seus lugares na Igreja para que o tripé ministerial se complete, e que
todos ouçam Cristo e o Papa Francisco para que toda a Igreja continue cada vez
mais próxima do Povo de Deus à luz do Santo Evangelho.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi
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