SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
34º DTC – 24.11.2013 – Ano C
2Sm 5,1-3; Cl
1,12-20; Lc 23,35-43
Prezados amigos se irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
Como o tempo passa! O ano litúrgico
também. E nossa vida? Nascemos, crescemos e morremos. Em tudo temos um começo e
um fim. Seremos imortais somente no plano transcendental quando estivermos vivendo
a experiência da vida depois da morte. Onde? Dois caminhos: Céu ou inferno.
Não gostamos da segunda opção por
isso ela quase sempre não é citada.
Somos chamados hoje a refletir e
tomar consciência da realeza de Jesus. Não a maneira dos reis deste mundo
cheios de luxurias, riquezas, lindas coroas, status, mas uma realeza modelada
na simplicidade, no amor, na caridade, de quem perdoa e exerce a diaconia
fazendo valer o dom da vida.
O segundo livro de Samuel inicia contando sobre as tribos de Israel que foram se encontrar com Davi em
Hebrol e disseram-lhe: “Aqui estamos.
Somos teus ossos e tua carne”. E o
Senhor disse a Davi: “Tu apascentará o
meu povo Israel e serás o seu chefe”. Davi tornou-se então o rei de Israel.
Davi como escolhido conseguiu fazer
do seu povo um povo feliz, com abundância e paz tão marcados na memória do Povo
de Deus que as descendências depois de séculos relembravam a história
e sonhavam viver como antigamente. Os profetas já anunciavam um descendente de
Davi, Jesus.
Irmãos e irmãs. Nesse vai e vem do
tempo somos convidados a uma reflexão sobre o nosso presente comparando-o com o
passado e com o que esperamos para o futuro.
Um momento especial para pensarmos
um pouco mais sobre nossa vida na sociedade, na família, na Igreja, num momento
tão mal conduzido pelos reis de hoje que tomam conta dos poderes institucionais,
dos meios de comunicações, da educação, de igrejas, pervertendo os valores
tradicionais trazendo-nos saudades do tempo em que todos eram bons católicos,
tinham suas famílias cristãmente formadas, pais, filhos, irmãos, vizinhos,
namorados que se respeitavam e se amavam.
Queremos viver bem. Queremos que
nossos valores sejam confirmados e restaurados, por isso que muitas vezes temos
saudades da religiosidade e dos tempos do vovô e da vovó.
Afinal, somos também descendentes de
Davi o grande e ungido rei. E queremos imitar as pessoas boas que plantaram a
semente do bem e nos acompanham em nossas caminhadas.
O ano litúrgico iniciou com o
Advento anunciando e esperando Jesus e termina coroando Jesus como rei
Universal a quem devemos seguir segundo sua doutrina e seus passos como Deus e
profeta de sempre.
Devemos sim nos espelhar nas
maravilhas do passado, mas também podemos fazer do tempo de hoje um tempo de
paz e de união restaurando nossa fé em Cristo e sua Igreja com a proteção de
Nossa Senhora, em comunhão coesa com os cristãos do mundo todo segundo a
vontade de Jesus de se formar um só rebanho e um só pastor, numa conversão pessoal diária e evangelização
que a partir de nossas casas possam se
estender ao mundo todo.
2ª PARTE
Cristo
chegou. Cristo vive entre nós. Cristo é nosso rei.
Pos isso que São Paulo manda que nos
alegremos e demos graças ao Pai porque somos capazes de participar da luz e da
herança dos santos.
O Cristo rei tornou visível o Deus
invisível permitindo-nos adorá-Lo como Cabeça do corpo representado pela Igreja.
Jesus
é o principio de tudo. É o advento e o fim e nele todos nós nos reconciliamos
com Deus e com os irmãos que ainda vivem na terra e os que já se encontram no
Céu, e tudo se realiza pelo Sangue de Cristo derramado na cruz.
3ª PARTE
No Evangelho reconhecemos
Jesus como Rei do Universo e somos lembrados do seu ultimo dia na cruz.
Como podemos entender que um homem
como Jesus pudesse resistir a todos os sofrimentos e zombarias somente porque
nos amava? “Se é o Cristo, salve-se a si
mesmo” desafiaram os soldados, o malfeitor crucificado e muitos chefes que
participaram da crucificação.
Mas dentre eles o que antes era
malfeitor, um dos ladrões, aproveitou do momento e tocado por profundo
arrependimento com esforço defendeu Jesus e pediu seu perdão: “Para nós é justo, porque estamos recebendo
o que merecemos; mas ele não fez nada de mal. Lembra-te de mim, quando entrares
no teu reinado”. E sua recompensa veio no mesmo momento: “ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.
Irmãos e irmãs. Dimas é o exemplo da
oportunidade para a conversão, arrependimento e perdão. Que este ultimo dia do
ano litúrgico não seja para nós o ultimo dia de nossa vida. Foi mais uma etapa
de Cristo na Igreja Católica a demonstrar que temos um inicio e um fim, o alfa
e ômega.
O inicio já experimentamos com o dom
da vida, nosso nascimento. Teremos um
fim dos tempos terreno com nossa morte que esperamos seja também
litúrgica. Morte que não assusta os que estão
em plena harmonia com o Senhor mantida pela comunhão com Cristo nas Missas, nos
Sacramentos, com Maria e em tudo o mais que nos liga devotamente a
religiosidade cristã e ao Divino Mestre.
Estaremos no próximo domingo
iniciando o tempo do Advento. Novo tempo. Mais uma vez a Igreja Católica em
nome de Cristo chama-nos à conversão. Basta você responder: “Aqui estamos. Somos teus ossos e tua carne”
e o milagre do amor de Cristo acontecerá.
Louvado seja N.S.
Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.
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