REFLEXÃO DOMINICAL
32º DTC – Ano C –
10.11.2013
II Mc 7,1-2.9-14;
2Ts 2,16 - 3,5 ; Lc 20,27-38
Prezados
amigos e irmãos em Jesus
Cristo.
1ª PARTE
O segundo
livro dos Macabeus da liturgia de hoje inicia com uma tragédia humanamente
falando insuportável numa época em que vigorava a proibição de comer carne de
porco conforme a Lei de Moisés cujo costume, por Jesus Cristo, perdeu sua
validade.
Mas o que se
pode destacar nesta reflexão é a obediência incondicional a tudo o que vinha de
Deus mesmo que por Moisés. Hoje nós cristãos continuamos aceitando o Antigo
Testamento, mas, sobretudo, o Novo Testamento como nova Aliança trazida por
Jesus Cristo e é a Ele que seguimos.
Conta
Macabeus sobre um rei que prendeu uma mãe e seus sete filhos e quis obrigá-los
a comer carne de porco, alimento que lhes era proibido. Como recusaram obedecer
foram maltratados e torturados até a morte com rigores insuportáveis como “golpes
de chicote e de nervos de boi” e outras formas severas de suplicio com
seus corpos torturados, desfigurados e
dilacerados, um a um na frente de todos.
O que se vê
na leitura é que a família aceitou os sofrimentos por respeito e amor a Deus. Estamos
prontos para morrer, disseram, preferindo seguir as leis que aprenderam de seus
pais do que o autoritarismo do rei a quem chamaram de “malvado” e defenderam-se
dizendo da confiança de seus destinos junto de Deus, o Rei do universo, para uma vida eterna e ressurreição, enquanto que ele, o rei não teria essa ressurreição
devido ao pecado.
Cada um dos
membros da família torturada dava ao rei uma resposta de fé. Um deles na sua
agonia de morte sintetizou o que todos sentiam: “Prefiro ser morto pelos homens
tendo em vista a esperança dada por Deus, que um dia nos ressuscitará. Para ti,
porém, ó rei, não haverá ressurreição para a vida!”.
Irmãos e irmãs. Hoje não somos
perseguidos devido a carne de porco, mas como cristãos continuamos sujeitos a “reis”
como aquele que querem manipular nossa fé, nossa crença na doutrina de Cristo
pela Igreja Católica desvirtuando as lições das Sagradas Escrituras com interpretações
que ferem o Magistério da Igreja e tantas outras crenças peculiares ao
catolicismo de Jesus querendo impor idéias diferentes com criticas
astuciosamente ensaiadas.
No
Brasil felizmente praticamente não encontramos nenhuma disputa entre cristãos e não cristãos, mas
tristemente, entre os próprios cristãos com cada grupo auto intitulando-se
“consagrados e verdadeiros” disputando-se entre si e todos contra a Igreja
Católica. E como o rei, sabem impor suas idéias não pela violência física, mas
pela astúcia da palavra que quando mal intencionada ou mal interpretada fere
muito mais e corrompe principalmente aqueles que vivem artificialmente sua
religiosidade.
Os cristãos
não seriam tão divididos se a exemplo daquela família soubessem rezar uns pelos
outros, defenderem a fé e não traíssem o que aprenderam tradicionalmente de
seus pais e dos legítimos sucessores de Cristo.
2ª PARTE
São Paulo, dirigindo-se aos tessalonicenses fala
exatamente sobre a perseverança na fé aconselhando buscar em nosso intimo que
ele chama de coração a força para continuar a caminhada cristã em nossas boas
ações e palavras. E pede a ele e aos demais pregadores da palavra muitas
orações.
Interessante,
ainda, que Paulo suplica também que rezem para ele e seus irmãos conseguiram se
livrar dos homens maus e perversos visto que eles não têm fé. É o que devemos fazer hoje uns pelos outros.
Rezar para que não nos deixemos cair na tentação da troca da fé nata pelos
interesses materiais e passageiros, da Igreja de Cristo pela igreja dos homens.
E Paulo ao
estimular os tessalonicenses a seguir suas instruções por extensão fala à
Igreja de hoje que ouçam seus pastores nas pessoas do Papa, bispos, padres e
diáconos e de tantos leigos engajados nos diversos ministérios da Igreja sempre
sob a direção de Deus e esperança em Cristo.
3ª PARTE
Alguns
saduceus tentaram provocar Jesus com respeito a ressurreição invocando Moisés
sobre o costume do casamento do irmão do falecido com a viúva, como isso seria
resolvido com a ressurreição citando o exemplo de uma mulher que ficasse viúva
três ou mais vezes.
Jesus
respondeu-lhes revelando que os homens e mulheres casam-se aqui na terra mas
que no céu, com a ressurreição, não haverá casamento porque serão todos como os
anjos, simplesmente filhos de Deus, isto é, farão parte da comunidade celestial
sem necessidade da prática das relações humanas que aqui cercam os homens, sem
perder a identidade de cada um. No céu não haverá fome, nem sede, nenhum
sofrimento, nem procriação nem qualquer outra necessidade porque terão
alcançado a plenitude da vida para gozarem da alegria de conviveram frente a
frente com Deus na Trindade e com todos os santos. Somente o amor de uns pelos
outros, inclusive entre os que se relacionaram entre si na terra, continuarão.
Lucas conclui
o texto de hoje no v. 38 afirmando que “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos,
pois todos vivem para ele”.
Entende-se aqui irmãos e irmãos, a
valia do testemunho da família vitimada pelo rei narrada no II Livro dos
Macabeus pela adoração incondicional a Deus, e que a convivência fraterna entre
os homens unidos numa só fé e crença e obediência à doutrina cristã e à Igreja
rezando uns pelos outros, assegurarão aos crentes que aceitarem Cristo como
caminho, verdade e vida, uma vida melhor na eternidade aonde não seremos mais
grupinhos particulares de famílias ou de crenças mas uma única comunidade de
almas puras em plena comunhão com Deus, não como mortos mas vivos, inicialmente
somente com as almas imortais e depois, com a ressurreição, unidas aos seus
corpos glorificados. Por isto irmãos e irmãos, que Deus é Deus dos vivos e não
dos mortos.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi
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