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domingo, 10 de novembro de 2013

DEUS DOS VIVOS E FÉ INCONDICIONAL




 REFLEXÃO DOMINICAL
32º DTC – Ano C – 10.11.2013
II Mc 7,1-2.9-14; 2Ts 2,16 - 3,5 ; Lc 20,27-38

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
        O segundo livro dos Macabeus da liturgia de hoje inicia com uma tragédia humanamente falando insuportável numa época em que vigorava a proibição de comer carne de porco conforme a Lei de Moisés cujo costume, por Jesus Cristo, perdeu sua validade.
        Mas o que se pode destacar nesta reflexão é a obediência incondicional a tudo o que vinha de Deus mesmo que por Moisés. Hoje nós cristãos continuamos aceitando o Antigo Testamento, mas, sobretudo, o Novo Testamento como nova Aliança trazida por Jesus Cristo e é a Ele que seguimos.
        Conta Macabeus sobre um rei que prendeu uma mãe e seus sete filhos e quis obrigá-los a comer carne de porco, alimento que lhes era proibido. Como recusaram obedecer foram maltratados e torturados até a morte com rigores insuportáveis como “golpes de chicote e de nervos de boi” e outras formas severas de suplicio com seus corpos torturados,  desfigurados e dilacerados, um a um na frente de todos.
        O que se vê na leitura é que a família aceitou os sofrimentos por respeito e amor a Deus. Estamos prontos para morrer, disseram, preferindo seguir as leis que aprenderam de seus pais do que o autoritarismo do rei a quem chamaram de “malvado” e defenderam-se dizendo da confiança de seus destinos junto de Deus, o Rei do universo,  para uma vida eterna e ressurreição,  enquanto que ele, o rei não teria essa ressurreição devido ao pecado. 
        Cada um dos membros da família torturada dava ao rei uma resposta de fé. Um deles na sua agonia de morte sintetizou o que todos sentiam: “Prefiro ser morto pelos homens tendo em vista a esperança dada por Deus, que um dia nos ressuscitará. Para ti, porém, ó rei, não haverá ressurreição para a vida!”.
        Irmãos e irmãs. Hoje não somos perseguidos devido a carne de porco, mas como cristãos continuamos sujeitos a “reis” como aquele que querem manipular nossa fé, nossa crença na doutrina de Cristo pela Igreja Católica desvirtuando as lições das Sagradas Escrituras com interpretações que ferem o Magistério da Igreja e tantas outras crenças peculiares ao catolicismo de Jesus querendo impor idéias diferentes com criticas astuciosamente ensaiadas.
        No Brasil felizmente praticamente não encontramos nenhuma disputa  entre cristãos e não cristãos, mas tristemente, entre os próprios cristãos com cada grupo auto intitulando-se “consagrados e verdadeiros” disputando-se entre si e todos contra a Igreja Católica. E como o rei, sabem impor suas idéias não pela violência física, mas pela astúcia da palavra que quando mal intencionada ou mal interpretada fere muito mais e corrompe principalmente aqueles que vivem artificialmente sua religiosidade.
        Os cristãos não seriam tão divididos se a exemplo daquela família soubessem rezar uns pelos outros, defenderem a fé e não traíssem o que aprenderam tradicionalmente de seus pais e dos legítimos sucessores de Cristo.
2ª PARTE
        São Paulo, dirigindo-se aos tessalonicenses fala exatamente sobre a perseverança na fé aconselhando buscar em nosso intimo que ele chama de coração a força para continuar a caminhada cristã em nossas boas ações e palavras. E pede a ele e aos demais pregadores da palavra muitas orações.
        Interessante, ainda, que Paulo suplica também que rezem para ele e seus irmãos conseguiram se livrar dos homens maus e perversos visto que eles não têm fé.  É o que devemos fazer hoje uns pelos outros. Rezar para que não nos deixemos cair na tentação da troca da fé nata pelos interesses materiais e passageiros, da Igreja de Cristo pela igreja dos homens.
        E Paulo ao estimular os tessalonicenses a seguir suas instruções por extensão fala à Igreja de hoje que ouçam seus pastores nas pessoas do Papa, bispos, padres e diáconos e de tantos leigos engajados nos diversos ministérios da Igreja sempre sob a direção de Deus e esperança em Cristo.
3ª PARTE
        Alguns saduceus tentaram provocar Jesus com respeito a ressurreição invocando Moisés sobre o costume do casamento do irmão do falecido com a viúva, como isso seria resolvido com a ressurreição citando o exemplo de uma mulher que ficasse viúva três ou mais vezes.
        Jesus respondeu-lhes revelando que os homens e mulheres casam-se aqui na terra mas que no céu, com a ressurreição, não haverá casamento porque serão todos como os anjos, simplesmente filhos de Deus, isto é, farão parte da comunidade celestial sem necessidade da prática das relações humanas que aqui cercam os homens, sem perder a identidade de cada um. No céu não haverá fome, nem sede, nenhum sofrimento, nem procriação nem qualquer outra necessidade porque terão alcançado a plenitude da vida para gozarem da alegria de conviveram frente a frente com Deus na Trindade e com todos os santos. Somente o amor de uns pelos outros, inclusive entre os que se relacionaram entre si na terra, continuarão.
        Lucas conclui o texto de hoje no v. 38 afirmando que “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”.
        Entende-se aqui irmãos e irmãos, a valia do testemunho da família vitimada pelo rei narrada no II Livro dos Macabeus pela adoração incondicional a Deus, e que a convivência fraterna entre os homens unidos numa só fé e crença e obediência à doutrina cristã e à Igreja rezando uns pelos outros, assegurarão aos crentes que aceitarem Cristo como caminho, verdade e vida, uma vida melhor na eternidade aonde não seremos mais grupinhos particulares de famílias ou de crenças mas uma única comunidade de almas puras em plena comunhão com Deus, não como mortos mas vivos, inicialmente somente com as almas imortais e depois, com a ressurreição, unidas aos seus corpos glorificados. Por isto irmãos e irmãos, que Deus é Deus dos vivos e não dos mortos.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
                                                                                                                                       Diac. Narelvi

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