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domingo, 3 de novembro de 2013

A CONVERSÃO DE ZAQUEU




REFLEXÃO DOMINICAL

31º DTC – Ano C – 03.10.2013

Sab 11,22-12,2; 2 Tes 1,11-2,2; Lc 19,1-10



Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

        O Livro Sabedoria relata a “sabedoria” dos israelitas numa linguagem que alcança a todos os povos até hoje porque a Palavra de Deus é universal e eterna.

        Quantas vezes perguntamos “que mundo é este?” levados pela desordem moral que se alastra por todos os paises, principalmente pelo nosso Brasil sujando-se cada vez mais na ruína da desonestidade que começa com tantos políticos e governantes corruptos e incompetentes e se espalha desde grupos perversos das favelas até dos grandes centros; que permite à televisão, aos educadores e tantos outros segmentos da sociedade  desviar as crianças e jovens dos caminhos cristãos traçados por seus pais e pela boa tradição e formação familiar. 

        Mas o autor do Livro da Sabedoria coloca no lugar certo este mundo e com ele seu povo ao falar com Deus reconhecendo que o mundo é Dele e diante da Sua grandiosidade o mundo e nós somos como “um grão de areia na balança, uma gota de orvalho que cai sobre a terra”, isto é, insignificantes. E que mesmo assim o Senhor não olha para nossos pecados, não que os ignore, mas para que com isso tenhamos a oportunidade para nos arrependermos espontaneamente, como num faz de conta de que não está vendo para que o errado se sinta envergonhado e corrija-se.

        Deus é reconhecido como o Criador e como tal não pode odiar o fruto da sua criação. Logo, Deus não odeia o mundo nem a nós. Ao contrário, nos ama.

        Mas irmãos, fazer de conta é uma coisa. Deus vê, Deus sabe de tudo e tem seu critério misterioso para tocar no coração dos pecadores de modo a fazer com que eles percebam seus erros, convertam-se e passem a acreditar mais Nele e voltem a dominar seus ímpetos pecaminosos. “Eles” aqui, somos nós. Viciados no pecado somos chamados primeiramente a admitirmos nossas fraquezas para num segundo passo partirmos para a conversão hoje por Cristo Jesus reconhecendo-nos frágeis pecadores até alcançarmos a fortaleza da honradez e da santidade. Então este mundo será melhor.

2ª PARTE

        São Paulo ao escrever aos Tessalonicenses testemunha que somos chamados por Deus para a prática da virtude o que exige esforço de nossa parte como na lição da primeira parte da reflexão, mas acentuando a importância das preces e orações de nossos irmãos que convivem conosco em comunhão, colocando-se como intercessores orando continuamente por todos nós. Como apóstolo Paulo dá uma lição aos sucessores de hoje que dirigem ministerialmente a Igreja de Cristo chamando-lhes a atenção para a espiritualidade como força primeira da religiosidade.

        Em qualquer situação, Cristo é quem deve ser glorificado mas, cuidado, diz São Paulo, para que não nos entusiasmemos com os falsos profetas que seduzem. Católicos incautos com promessas de riquezas e curandeirismos suspeitos e uma evangelização divorciada da Bíblia, da Tradição e do Magistério da Igreja de Cristo afastam-se a ponto de transformarem-se em odiadores da sua própria Igreja de origem.

3ª PARTE

        Vejam irmãos, o que aconteceu com Zaqueu, um homem rico, chefe de publicanos, cheio de pecados, aproveitador do povo. Ele soube que Jesus – pessoa a quem tinha ouvido falar -, chegaria a Jericó e por curiosidade queria vê-Lo. Procurou o melhor jeito para enxergá-Lo subindo numa árvore.

        Algo se escondia em Zaqueu que o impulsionou àquele momento. E a maravilha acontece!  Zaqueu era de estatura baixa e não usou disso como pretexto para não enxergar Jesus procurando compensar a dificuldade com a alternativa da árvore e sem esboçar nenhum aceno deixou-se ver por aquele homem que se aproximava.  O resto ficou por conta de Jesus que vendo o baixinho lá no alto sentiu logo que ele procurava a conversão e tomou a iniciativa? “Zaqueu desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa”.

        Irmão, certamente você não e tão pecador quanto Zaqueu, mas quem sabe não esteja afastado de Jesus e da Igreja, e dentro de você exista uma chama de interesse de retornar ao Templo para um reencontro com Cristo?

        O comportamento de Zaqueu demonstra que não é difícil, bastando se deixar levar pela curiosidade espiritual que se esconde dentro de cada um. Basta um simples gesto, uma pequena demonstração de boa vontade e Jesus completará nossos anseios chamando-nos como chamou Zaqueu.

        E não deixemos irmãos, que a vergonha desencoraje nossa conversão. Os conhecidos de Zaqueu fizeram maldosamente suas criticas, mas Zaqueu acolheu Jesus em sua casa e foi mais além, doou aos pobres metade dos seus bens e prometeu ressarcir os prejuízos que eventualmente tenha causado.

        O premio que Zaqueu recebeu de Jesus foi a conversão, uma vida nova cheia de paz interior, a alegria de fazer parte dos amigos de Cristo merecendo de Jesus a exclamação «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido».

        Irmãos e irmãs. Talvez não consigamos transformar todos os corações e curar este mundo da maldade agora, de repente. Mas uma coisa é certa como no Livro da Sabedoria, na carta de Paulo e neste Evangelho de Jesus narrado por Lucas, estaremos garantindo nossa amizade com Cristo, nossa Salvação, e como o bem é uma virtude contagiante, juntos, aos poucos, conseguiremos transformar este mundo num mundo melhor, e os povos desta terra numa comunidade de verdadeiros filhos de Deus, irmãos de Cristo, herdeiros do Céu.

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.

Diac. Narelvi.

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