REFLEXÃO
DOMINICAL
31º DTC –
Ano C – 03.10.2013
Sab
11,22-12,2; 2 Tes 1,11-2,2; Lc 19,1-10
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
O Livro
Sabedoria relata a “sabedoria” dos israelitas numa linguagem que alcança a
todos os povos até hoje porque a Palavra de Deus é universal e eterna.
Quantas vezes
perguntamos “que mundo é este?” levados pela desordem moral que se alastra
por todos os paises, principalmente pelo nosso Brasil sujando-se cada vez mais na
ruína da desonestidade que começa com tantos políticos e governantes corruptos
e incompetentes e se espalha desde grupos perversos das favelas até dos grandes
centros; que permite à televisão, aos educadores e tantos outros segmentos da
sociedade desviar as crianças e jovens
dos caminhos cristãos traçados por seus pais e pela boa tradição e formação
familiar.
Mas o autor
do Livro da Sabedoria coloca no lugar certo este mundo e com ele seu povo ao
falar com Deus reconhecendo que o mundo é Dele e diante da Sua grandiosidade o
mundo e nós somos como “um grão de areia na balança, uma gota de
orvalho que cai sobre a terra”,
isto é, insignificantes. E que mesmo assim o Senhor não olha para nossos
pecados, não que os ignore, mas para que com isso tenhamos a oportunidade para
nos arrependermos espontaneamente, como num faz de conta de que não está vendo
para que o errado se sinta envergonhado e corrija-se.
Deus é reconhecido
como o Criador e como tal não pode odiar o fruto da sua criação. Logo, Deus não
odeia o mundo nem a nós. Ao contrário, nos ama.
Mas irmãos,
fazer de conta é uma coisa. Deus vê, Deus sabe de tudo e tem seu critério
misterioso para tocar no coração dos pecadores de modo a fazer com que eles
percebam seus erros, convertam-se e passem a acreditar mais Nele e voltem a
dominar seus ímpetos pecaminosos. “Eles” aqui, somos nós. Viciados no pecado
somos chamados primeiramente a admitirmos nossas fraquezas para num segundo
passo partirmos para a conversão hoje por Cristo Jesus reconhecendo-nos frágeis
pecadores até alcançarmos a fortaleza da honradez e da santidade. Então este
mundo será melhor.
2ª PARTE
São Paulo ao
escrever aos Tessalonicenses testemunha que somos chamados por Deus para a
prática da virtude o que exige esforço de nossa parte como na lição da primeira
parte da reflexão, mas acentuando a importância das preces e orações de nossos
irmãos que convivem conosco em comunhão, colocando-se como intercessores orando
continuamente por todos nós. Como apóstolo Paulo dá uma lição aos sucessores de
hoje que dirigem ministerialmente a Igreja de Cristo chamando-lhes a atenção
para a espiritualidade como força primeira da religiosidade.
Em qualquer
situação, Cristo é quem deve ser glorificado mas, cuidado, diz São Paulo, para
que não nos entusiasmemos com os falsos profetas que seduzem. Católicos
incautos com promessas de riquezas e curandeirismos suspeitos e uma
evangelização divorciada da Bíblia, da Tradição e do Magistério da Igreja de
Cristo afastam-se a ponto de transformarem-se em odiadores da sua própria Igreja
de origem.
3ª PARTE
Vejam irmãos,
o que aconteceu com Zaqueu, um homem rico, chefe de publicanos, cheio de
pecados, aproveitador do povo. Ele soube que Jesus – pessoa a quem tinha ouvido
falar -, chegaria a Jericó e por curiosidade queria vê-Lo. Procurou o melhor
jeito para enxergá-Lo subindo numa árvore.
Algo se
escondia em Zaqueu que o impulsionou àquele momento. E a maravilha
acontece! Zaqueu era de estatura baixa e não usou disso como pretexto para não enxergar Jesus procurando compensar a dificuldade com a alternativa da árvore e sem esboçar nenhum aceno deixou-se ver por aquele homem que se aproximava. O resto ficou por conta de Jesus que vendo o baixinho lá no alto sentiu logo
que ele procurava a conversão e tomou a iniciativa? “Zaqueu desce depressa, que Eu hoje devo
ficar em tua casa”.
Irmão, certamente você não e tão pecador quanto Zaqueu,
mas quem sabe não esteja afastado de Jesus e da Igreja, e dentro de você exista
uma chama de interesse de retornar ao Templo para um reencontro com Cristo?
O
comportamento de Zaqueu demonstra que não é difícil, bastando se deixar levar
pela curiosidade espiritual que se esconde dentro de cada um. Basta um simples
gesto, uma pequena demonstração de boa vontade e Jesus completará nossos
anseios chamando-nos como chamou Zaqueu.
E não deixemos
irmãos, que a vergonha desencoraje nossa conversão. Os conhecidos de Zaqueu
fizeram maldosamente suas criticas, mas Zaqueu acolheu Jesus em sua casa e foi
mais além, doou aos pobres metade dos seus bens e prometeu ressarcir os
prejuízos que eventualmente tenha causado.
O premio que
Zaqueu recebeu de Jesus foi a conversão, uma vida nova cheia de paz interior, a
alegria de fazer parte dos amigos de Cristo merecendo de Jesus a exclamação «Hoje
entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com
efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido».
Irmãos e irmãs.
Talvez não consigamos transformar todos os corações e curar este mundo da
maldade agora, de repente. Mas uma coisa é certa como no Livro da Sabedoria, na
carta de Paulo e neste Evangelho de Jesus narrado por Lucas, estaremos
garantindo nossa amizade com Cristo, nossa Salvação, e como o bem é uma virtude
contagiante, juntos, aos poucos, conseguiremos transformar este mundo num mundo
melhor, e os povos desta terra numa comunidade de verdadeiros filhos de Deus, irmãos
de Cristo, herdeiros do Céu.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.
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