REFLEXÃO DOMINICAL
1Rs 17,10-16; Hb 9,24-28; Mc 12,38-44
08.11.2015 – Ano B
1 Livro dos Reis.
A narrativa é de um tempo em que os habitantes de Canaã
adoravam Baal, deus da chuva e da fertilidade.
Os Israelitas não adoravam Baal, mas viam nele uma atração.
Por que então não prestar culto a Baal?
No tempo de Elias quase todo o povo foi vítima das seduções
deste deus. A apostasia foi geral
Qual foi o resultado? Em vez de chuva veio uma seca
prolongada e em lugar da abundância de alimentos, a carestia.
Os ídolos são assim prometem muito e acabam desiludindo.
O rei Acab pediu ajuda aos adivinhos para descobrir
quem teria causado o mal, e logo apontaram para Elias pelas suas profecias.
Elias então foge para não ser preso e morto. Aqui a
introdução para a reflexão da primeira leitura de hoje.
Elias chega a Serepta na casa de uma viúva que tinha
consigo apenas só um punhado de farinha e um pouco de azeite para alimentação
sua e de seu filho.
Elias pede-lhe só um pouco de água e em seguida pede também
um pedaço de pão. E a viúva caridosamente
oferece seu único alimento que tinha e Deus a recompensa e abençoa pela generosidade
e proporciona-lhe alimento para ela e para o filho durante todo o período da
seca.
Irmãos e irmãs. A compaixão de Deus pelos pobres e
pelos que sabem viver a fraternidade é sempre uma realidade.
Os bens materiais são importantes, mas nem sempre a
riqueza pode ser atribuída a vontade de Deus em razão da origem muitas vezes criminosa,
resultado de injustiças e exploração. Por isso Deus tinha preferencia pelos
necessitados da época nas pessoas dos pobres, das viúvas, dos fracos e dos
órfãos, cuja preferencia sem dúvida ainda tem pelos pobres e necessitados de
hoje. DEUS abençoa aqueles que são caridosos para com seus irmãos.
A Palavra de Deus não proíbe a riqueza propriamente
dita, mas reprova quando se acumula riquezas ilícitas, por puro egoísmo e
oprimindo os fracos.
A generosidade da viúva é destacada porque tinha pouco
para atender suas próprias necessidades e de seu filho, mas oferece ao visitante
Elias e por isso é recompensada com abundância para o futuro.
Carta aos hebreus.
Quando falamos em sacerdote logo pensamos naquele que
em nossas comunidades preside a celebração da Eucaristia e ouve a confissão, ou
seja, o bispo e o padre. Contudo, antes deles este titulo se refere a Cristo
como o único verdadeiro sacerdote.
Conforme a leitura de hoje, os sacerdotes antigos
ofereciam seus sacrifícios num templo material construído de pedras. Cristo, ao
contrário cumpre seu sacerdócio não num santuário feito pelas mãos do homem,
mas no Céu.
O sacerdote que ouvimos falar no AT ofereciam sacrifícios
derramando sangue de animais para purificar o povo de seus pecados para cuja
celebração uma vez por ano entrava no Templo para essa celebração. Isso fazia
todos os anos porque não tinha o poder de obter a remissão do pecado. O mal não
era curado pela raiz e os homens continuavam sendo maus e necessitando do rito
de expiação.
Com Jesus mudou! O seu sacrifício foi único, sem
derramamento de sangue de animais, doando seu próprio sangue, e com seu gesto
de amor produzindo uma eficácia total e universal que retroagiu aos primeiros
homens da criação destruindo definitivamente o pecado.
Jesus como homem morreu uma só vez. Por isso o homem
morre uma só vez e depois virá o julgamento.
Quando se fala em Jesus voltar pela segunda vez, fala-se
do Juízo Final, não para um novo sacrifício porque o único sacrifício seu já
aconteceu na cruz, nem para perdoar pecados, mas virá para proclamar sua
vitória, como glorificado, revelando publicamente os salvos e os condenados.
Nesse dia, os que ainda estiveram vivos não passarão pela experiência da morte
e todos ressuscitarão.
Evangelho
O Evangelho divide em duas partes: A primeira fala
sobre as pessoas que se destacavam na sociedade judaica e do seu tempo, os
escribas. A segunda apresenta o gesto generoso de uma viúva.
Os escribas eram especialistas no conhecimento dos
preceitos de Deus e das prescrições para o povo de Israel. Interpretavam a lei
de Deus e puniam aqueles que não a cumpriam.
A esses é que Jesus se dirige com a censura do luxo das
vestes, suas vaidades, da ocupação sempre das melhores cadeiras e lugares nas
sinagogas, exibicionistas, pessoas que se posicionavam como superiores sempre
oprimindo as pessoas mais simples.
Jesus condenava essas condutas de
superioridade e observava no Templo que muitos ricos depositavam grandes
quantias não pelo prazer de contribuir, mas para demonstrar seu poderio econômico.
Observou também que uma pobre viúva deu duas pequenas moedas que praticamente
nada valiam. E então dita a sua conclusão: Aquela viúva doou mais do que os
outros ricos, pois que os ricos doavam o que lhes sobravam enquanto que a viúva,
na sua pobreza, ofertava tudo o que possuía.
Irmãos e irmãs.
Os Baal de hoje ainda são
procurados em detrimento ao Deus único e verdadeiro.
Não basta dizer que há um só
Deus, ou que Jesus é o mesmo em qualquer religião. Existem princípios,
doutrinas, valores, que devem ser respeitados e preservados. Jesus ensina que não
basta dizer “Senhor, Senhor”.
A Palavra de Deus ensina a
caridade, a humildade, o amor ao próximo e a partilha e uma vida em nome do
Senhor Jesus.
Se hoje somos salvos, é pelo
sangue de Cristo derramado na cruz, e porque contamos com a sucessão apostólica
e com o magistério da Igreja através da qual a salvação continua sendo proclamada
e faz transbordar a toda a humanidade graças e bênçãos para que todos possam desde
o julgamento particular e depois no Juízo Final receber os aplausos pela
vitória com Cristo.
Jesus, salvador da humanidade.
Dc
Narelvi
Nenhum comentário:
Postar um comentário