REFLEXÃO DOMINICAL
Dn 12,1-3; Hb 10,11-14.18; Mc 13,24-32
15.11.2015 – Ano B
Amigos e irmãos em Jesus
Cristo.
Aprendemos a amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo
como a si mesmo. Mas coisas terríveis
chegam aos nossos conhecimentos ainda hoje que nos levam a questionar Deus como
os fenômenos de causa e efeito naturais ou como causas provocadas pelos homens
que praticamente exterminam comunidades inteiras.
Outras
situações igualmente nos desesperam e nos fazem até mesmo odiar tantos
malfeitores carrascos que chacinam pessoas por puro fanatismo religioso, por
ideias politicas, ou pela simples vontade de matar que sobrecarregam nossos
sentimentos a ponto de reprimir nossa capacidade de amar e de perdoar. É o caso
de grupos islâmicos que se autodenominaram de Estado Islâmico, que diferentemente
dos verdadeiros seguidores muçulmanos eles são terroristas e agem conforme
ocorreu nesta semana em Paris, na França. Matança, atrocidades! E clamamos meu
Deus!
Sim clamamos
a Deus porque muita violência se pratica na humanidade mostrando que nem todos
ainda conseguem viver a prática do bem. Isso nos aflige porque não suportamos a
injustiça e como os homens não estão sabendo resolver queremos a intervenção divina
direta contra essas pessoas.
Parece que nos sentimos perdidos. Mas
debruçando na Palavra de Deus, na convivência com Jesus na Eucaristia, somos
reanimados pelo maior dos Mandamentos que ensina a amar incondicionalmente ao
Pai Criador que nos seus atributos da onisciência, onipresença e onipotência acaba
nos convencendo de que na verdade Deus é bom e justo e já mostrou por Jesus
Cristo os caminhos que levam à paz.
Tanto a
primeira leitura como o evangelho de hoje falam justamente sobre o destino dos
homens bons e maus.
Ensina-nos
a Sagrada Escritura que os homens passam por um tempo de angustia, mas que os
justos serão salvos.
Portanto,
existirá um julgamento, ou melhor, todos os homens prestarão contas diante de
Deus. Esse julgamento, chamado de julgamento particular ocorre imediatamente
após a morte.
Quando o
profeta fala em “inscritos no Livro” e “dormem no pó da terra” não pode ser
interpretados literalmente, pois que são expressões metafóricas que na verdade
significam respectivamente todos os merecedores do Céu sem anotação gráfica dos
nomes, e o corpo sepultado. No Juízo Final ocorrerá a revelação publica digamos
assim, dos salvos e dos condenados.
E diz que os sábios é que brilharão
no firmamento, isto é, aqueles que em vida souberam viver, corresponder e
evangelizar de alguma forma colaborando para a Salvação própria e dos homens.
No evangelho, esse final dos tempos
cujo dia ninguém sabe quando poderá acontecer, os sinais do sol, da lua e das
estrelas nada mais são do que simbologias do que os povos da antiguidade tinham
como deuses. Tudo isso desaparecerão,
isto é, deixarão de existir para dar lugar a adoração de um único Deus, valorizando-se
a presença de Jesus na sua glória, vitorioso. Com a vinda de Jesus e crença num
único Deus isso já aconteceu.
Mas o principal da mensagem não é
impor ao crente medo e pavor desse final dos tempos ou do mundo. Não é da
índole de Deus criar pânico nas suas criaturas.
Sendo Deus todo amor, o que prevalece
para nós não é o fim do mundo, mas a preocupação com o dia de hoje, a busca do
bom caminho, de uma vida cheia de paz. É buscar todos os dias a conversão
deixando para trás as tristezas do pecado e olhar para o alto e para frente
guiado pela luz de Cristo para que chegado o momento tenhamos a alegria da
coroa celeste e sejamos, aí sim, na segunda volta de Cristo, apresentados como membros
da família celeste.
Portanto irmãos e irmãs, que nenhum
dos sofrimentos deste mundo, por mais que aos nossos olhos pareçam injustos
destruam nossa fé e nos afastem de Deus. Deus tudo sabe e nossos pensamentos
não são como o pensamento de Deus. A felicidade terrena é possível e o Senhor
quer, mas o que se deve plantar para colher é a felicidade e a graça da
Salvação.
Já não vivemos mais a angustia do
passado nem dependemos dos sacrifícios de animais cujos cultos são incapazes de
apagar os pecados. Hoje vivemos o tempo e Cristo que como sumo sacerdote ofereceu-se
em sacrifício por todos nós uma única e definitiva vez. Por Ele somos salvos.
Por Ele a humanidade como ovelhas aprendeu que deve unir-se ao único pastor
Jesus Cristo que leva a única oferenda ao Pai e como diz Paulo, resta-nos
aguardar até que os inimigos sejam postos debaixo de seus pés.
Os que deliberadamente praticam o mal
como os terroristas do “Estado Islâmico” e todos os demais endemoniados estão
usando do seu livre arbítrio e se não converterem-se pagarão pelo seu ato no
inferno.
Façamos irmãos e irmãs a nossa parte,
pois Deus está fazendo a dele.
Coração sacratíssimo e
misericordioso
de Jesus, dai-nos a paz!
Dc Narelvi
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