1ª leitura Dt 4,1-2.6-8; 2ª Leitura - Tg 1,17-18.21b-22.27; Evangelho - Mc
7,1-8.14-15.21-23
30.8.2015 – Ano B
PARA SER CRISTÃO NÃO BASTA A
LEI, MAS SENTIR E VIVER O AMOR DE DEUS
Amigos e irmãos em Jesus Cristo.
Deuteronômio
No plano humano, como conduzir uma
comunidade politicamente organizada a não ser através de normas que disciplinem
as regras de condutas tanto dos que lideram como dos liderados? E não basta estabelecer as regras, mas também
se faz necessário prever penas para os que descumprem os preceitos.
Pois bem, no plano divino também precisa
de uma legislação. Não precisaria caso
os homens tivessem levado a serio o dom da vida como a recebeu na criação.
A conduta errante dos homens submeteu-os
então a preceitos estabelecidos para que, conhecendo-os, pudessem discernir
sobre o certo e errado. É o que Moisés
dita nesta leitura mandando ao povo de Israel ouvir e cumprir as leis sem nada
dela tirar ou acrescentar, porque provém de Deus.
A Lei de Deus – não qualquer lei de
adoradores de deuses - é para se por em
prática e, em assim sendo, assegurará a formação de uma sadia comunidade ou
nação.
Evangelho
Esse por em prática não significa fundamentalismo seguindo a lei ao pé
da letra sem compreender sua mensagem, nem confundi-la com as citadas tradições
inexpressivas de costumes dos fariseus e todos os judeus como lavar as mãos e
tomar banho antes de comer pães prontamente reclamadas contra os discípulos de
Jesus por inobservância desses costumes.
E não perderam tempo logo chamando a atenção de Jesus.
A resposta de Jesus foi firme
não no sentido de desmerecer o hábito de lavar as mãos e tomar banho, higiene
necessária até hoje, mas contra a priorização de certos costumes e valores que
em relação aos preceitos divinos devem ficar em segundo plano. É olhar para os
que são íntegros, praticam boas obras, anunciam Jesus como Salvador e
corrigi-los pela sua maneira humilde de vestir como se isso fosse mais
importante. Respondeu Jesus: HIPÓCRITAS,
HONRAM COM OS LABIOS, MAS TEM O CORAÇÃO LONGE DE MIM.
O importante irmãos e irmãs,
é usar das leis e regras divinas e religiosas como orientação assimilável e
transformadora da conduta humana para o bem; é compreender o que Deus espera de
nós quando lemos suas leis, por exemplo, a Bíblia.
Não basta o esnobismo de
citações decoradas da bíblia ou carrega-la como taboa de salvação, nem conduzir
imagens de santos ou devoções mais propensas a tradições superficiais. Tudo
isso é importante, mas desde que aproveitados para um conhecimento inteligente
sobre a vontade de Deus e aprofundamento da fé.
Jesus ensina ainda que as
impurezas, os pecados, não é o que vem de fora, mas o que o homem expressa de
dentro do seu coração, da sua consciência. Logo, mesmo sujeitos a essas
intervenções externas precisamos dominá-las e desconsidera-las para peneirar e
fazer sair do coração e da mente somente as coisas boas e úteis.
São Tiago.
Lição sábia vem de São Tiago
chamando a atenção para as coisas que vem do alto, do Pai celeste. Entender e assumir
o papel de cristão católico é não se deixar contaminar pelos erros do mundo nem
por uma religiosidade vazia, mas viver a religiosidade com afinco, de maneira participativa,
não como assistente observador ou mero ouvinte.
Ressalvo que nem sempre a culpa
pela ociosidade participativa vem dos fieis, mas dos próprios dirigentes que
promovem Missas desmotivadas, propositadamente ou inaptamente celebradas
isolando a assembleia que fica entre o presbitério e auxiliares deixando o
tempo passar ansiosos pelo retorno a casa.
Jesus não quer que façam da
sua Eucaristia um desperdício de tempo. É preciso renovar. É preciso crescer.
Os católicos e dirigentes precisam sair da mesmice, do egoísmo, procurar águas
mais profundas, ser luz do mundo dentro e fora da Igreja se quiserem evitar
fugas e fazer o Reino de Deus acontecer no coração dos homens.
Ó Jesus, com todo
meu coração eu me uno a Vós.
Dc Narelvi
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