REFLEXÃO DOMINICAL
18º D.T.C. - Ano B
– 02.07.2015
1ª leitura: Ex
16,2-4.12-15; 2ª leitura: Ef 4,17. 20-24
Evangelho: Jo 6,24-35
JESUS É O PÃO QUE SE DÁ EM ALIMENTO
Amigos
e irmãos em Jesus Cristo.
Êxodo:
O livro do Êxodo
revela um momento de dificuldade quando o povo, filhos de Israel, estava
caminhando em fuga do Egito aonde se encontravam há séculos oprimidos pela
escravidão. Liderava o grupo Moisés e Aarão.
Certamente que na
partida toda euforia tomava conta deles porque conseguiram alcançar a tão
esperada liberdade e retorno para sua terra.
Contudo, quase sempre o caminhar dos homens, por mais que entusiasmados
estejam, é prejudicado por espinhos. E a cada passo a mais, o sofrimento do dia
a dia vai desgastando as pessoas fisicamente, psicologicamente, emocionalmente.
E as reações de desânimo começam a tomar conta.
Para eles, não mais
importava o sofrimento passado, mas que naquele momento passavam por situação
difícil, cansados e com falta de comida. E as queixas foram dirigidas
justamente contra quem os conduziam para a liberdade. Chegaram a dizer que
preferiam ter morrido lá no Egito onde pelo menos contavam com abrigo e
sentavam próximos das panelas e podiam saciar a fome com carne. E agora, diziam
eles, estamos enfrentando este deserto sujeito à morte por falta de alimento.
Diante disso o
Senhor disse a Moisés que colocaria aquele povo à prova que foi logo
transmitindo aos seus conduzidos que ao cair da tarde comeriam carne e pela
manhã, pão.
E assim aconteceu.
Codornizes surgiram em grande quantidade e quando o orvalho da manhã evaporou
apareceram substâncias granulosas, finas como a
geada sobre a terra, o
maná do deserto, uma substância alimentar.
Surpresos, os
israelitas perguntaram: “O que é isto”?
Moisés respondeu: «É o pão que o
Senhor vos dá em alimento».
Irmãos e irmãs.
Ainda hoje, apesar da vida religiosa que temos nos sentimos
presos ao nosso passado. Passado de sofrimento causado por tantas
circunstâncias da vida e pela mentalidade de escravos, imaturos, apegados ao
comodismo, até com certa saudade da escravidão do pecado. E alguém nos estende
a mão convidando “vem comigo”! E partimos confiantes numa vida nova e melhor.
Mas impacientes, não aceitamos sacrifícios, renúncias, e
passamos como os israelitas, a falar mal de quem nos proporcionou a liberdade
esquecendo que o Senhor é quem conduz e alimenta, não somente com o pão
material, mas espiritual principalmente.
Os Moisés de hoje também estão nos consolando e
entusiasmando falando sobre o pão que o Senhor nos dá em alimento, o pão da
vida.
Sim, irmãos, confiança em Deus e disposição para recebê-Lo
sempre no pão consagrado como alimento que nos eterniza como pessoas dignas e
santas. É o milagre que nos transforma, tira de um passado ruinoso para novos
caminhos de santidade com a certeza de que no final chegaremos à felicidade
aqui na terra e na pátria eterna que é o Céu.
São Paulo:
Quando São Paulo escreveu aos Efésios, trazia justamente a
ideia de que o crente não pode viver do passado, com seus pensamentos e ações
presos aos maus costumes, crendices, erros, e até uma religiosidade desvirtuada
pelo sincretismo conflitante com a doutrina cristã católica.
Portanto, se você, meu irmão, foi educado na fé católica,
conheceu Jesus, recebeu os Sacramentos, não pode se deixar influenciar pelo
modismo do relativismo religioso.
Tomar rumos diferentes daquele traçado por Jesus através da
sua Igreja, mesmo que continue cristão, pode implicar em grave pecado.
O homem precisa, portanto, buscar a conversão todos os
dias, deixar de ser aquele homem velho para se tornar um cristão renovado,
revestir-se de um catolicidade convicta e bem instruído para não cair nas
ciladas da vida.
Evangelho:
O homem pode descobrir Deus sozinho e isso acontece em
comunidades diversas que ainda não contaram com a presença de missionários. Mas
essa descoberta pode fragilizar por falta de uma melhor orientação e estrutura
espiritualizada.
Para nós cristãos, o mestre que indica o caminho é Jesus
que de propósito escolheu os Apóstolos/bispos, confiando-lhes a Igreja,
formando um grande Povo de Deus.
A
partir daí começamos a descobrir que Igreja
é uma comunidade. O homem não deve viver sua religiosidade no individualismo,
sozinho, como autodidata sob pena de cair no erro protestante da sola
scriptura e da livre interpretação da bíblia causadora da
existência de diversas seitas. “O Espírito disse a Filipe: Aproxima-te para bem perto
deste carro. Filipe aproximou-se e ouviu que o eunuco lia o profeta Isaías, e
perguntou-lhe: Porventura entendes o que estás lendo? Respondeu-lhe: Como é que
posso se não há alguém que mo explique? E rogou a Filipe que subisse e se
sentasse junto dele”. At 8,29-31.
Por isso que naquele dia, a multidão foi ao procurar Jesus
e o encontraram em Cafarnaum, no outro lado do mar.
Jesus os questiona num primeiro momento acusando-os de não
estarem em busca de milagres, mas porque num encontro anterior foram saciados
com pães. E aproveitou para evangelizar lembrando-os de que o alimento material
é indispensável para manter o corpo, mas que existe um alimento muito mais
importante que dura a eternidade que viria do Filho do homem, referindo-se a si
mesmo.
Irmãos e irmãs. Diante das palavras de Jesus, despertou na
comunidade presente a vontade de descobrir como aproximar-se das obras de Deus,
pedindo um milagre. Jesus lembrou-lhes do maná a que se refere a primeira
leitura do Êxodo, como pão dado por Deus e não por Moisés, e ainda que a obra
de Deus está em confiar em Jesus. E mais, Jesus afirmou que era ele o pão da
vida.
Irmãos, Jesus continua como pão da vida na Eucaristia que
somente os católicos têm o privilegio de receber em comunhão.
Não existe segredo. Quem participa das Missas e comunga
Jesus Eucarístico é porque acredita Nele, e nunca mais terá sede. Promessa de
Jesus!
Por isso, não arrisque sua fé. Não repudie as graças que
recebeu de Jesus, não o traia, mas persevere como bom católico e estará
alimentado para o premio maior que será a gloria celeste.
Sou teu, para ti nasci, que queres, Jesus, de mim?
Dc Narelvi
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