REFLEXÃO DOMINICAL
23º DTC – Ano A – 07.09.14
Evangelho: Mt 18, 15-20: O SENHORIO DA IGREJA
São incontáveis as religiões do mundo. Antigas e
novas.
Isto significa que o homem, em todos os tempos,
jamais conseguiu viver sem crença, buscando através das suas intuições
conduzidas pela cultura contemporânea, sem nenhum conhecimento teológico a não
ser o acreditar em algo sobrenatural superior. Essa crença não podemos dizer
que surgiu aleatoriamente, mas como fruto de uma semente plantada por um Deus único
e verdadeiro na criação humana agindo
por milhares e milhões de anos sobre os homens primitivos até chegar até nós.
Vamos dar um salto na história para chegar ao cristianismo, já com os homens tomados pelo
sopro divino da vida e conhecedores da ciência do bem e do mal, e mesmo que
ainda misturando deuses com Deus já era chegado o momento de conhecerem a
verdade.
Jesus é o próprio Deus encarnado que junto com o
Espírito Santo forma a Trindade Santa do Pai, Filho e Espírito Santo, sem
divisão divina entre si porque mesmo em três pessoas ou funções, trata-se do
mesmo e único Deus.
Os homens foram criaturas perfeitas porque Deus
sendo perfeito não poderia ser autor da
imperfeição. Logo, o erro foi iniciativa do próprio homem que por conta
própria, em desobediência, preferiu ouvir a voz da tentação do demônio pela
arrogância de ser tal qual ou até superior ao próprio Deus.
Justa, então, a iniciativa de Deus Pai envolver na
conversão dos pecadores os próprios homens contaminados pelo pecado. Seu
primeiro passo foi tornar-se também, Homem.
E assim se fez na pessoa do Filho Jesus, segunda pessoa da Trindade,
encarnando-se pelos meios naturais da gestação em Maria por obra do Espírito
Santo. Nasceu então Jesus, Deus e Homem verdadeiro como redentor da humanidade.
No momento certo buscou doze ajudantes, discípulos chamados de Apóstolos,
ensinou-lhes e os colocou a serviço do Reino. Mas o que seria do Reino de Deus
se a Missão se esgotasse na pessoa dos doze, pois que certamente morreriam?
Como Mestre conhecedor de tudo, e para que seu Plano de Salvação não estagnasse
com a morte dos apóstolos, confiou-lhes continuidade da Igreja por ele fundada
no pequeno grupo. Para isso deu-lhes poderes para, na consumação do plano
terrestre, depois da sua morte e ressurreição, tudo continuasse neste mundo até
que todos fossem convertidos e salvos com o trabalho missionário sob a proteção
de Jesus.
A primeira autoridade dos apóstolos foi representar
Cristo aqui na terra: “Em verdade vos digo, tudo o que
ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será
desligado no céu”. E iniciando com os apóstolos nasceu a Igreja afirmando “onde
dois ou três estiveram reunidos em seu nome, eu estará no meio deles”.
E assim foi crescendo e multiplicando o numero de fiéis, e escolhidos os
bispos (o mesmo status dos apóstolos), presbíteros e diáconos.
O Evangelho de hoje já inicia falando sobre o pecado e como ser livrado.
Fala primeiro em correção particular. Se o pecador não ouvir, então deverá ser
apresentado e submetido a uma ou duas pessoas e a decisão de duas ou três testemunhas.
E se mesmo assim o pecador não ceder, deverá o caso ser levado à Igreja.
Vejam, irmãos, a Igreja como detentora da palavra final a tal ponto que
se nem mesmo à Igreja o pecador aceitar a conversão, somente lhe restará e pena
eterna da condenação. E quando se fala
em Igreja, não se fala em qualquer um, nem aos rabinos, ou pastores evangélicos,
ou médiuns ou filósofos, ou outra liderança qualquer, mas à Igreja Cristã, a
Igreja Católica, por seus ministros legítimos que receberam diretamente de
Jesus Cristo o poder de perdoar os pecados. Daí o Sacramento da Confissão.
Jesus não sentencia os pecadores ou penitentes, mas os adverte, ensina o
caminho da conversão, e não somente por sete vezes, mas setenta vezes sete, isto
é, sempre. Deus por si mesmo e pela Igreja e seus ministros estão abertos para
em nome de Jesus reconduzir os pecadores para uma vida convertida, como crentes
sinceros e fieis à doutrina cristã católica. Por isso sua afirmação de que,
formada a Igreja, mesmo que por alguns poucos, Jesus ensina que a oração em
conjunto pedindo a graça do amor e da conversão, Deus atenderá.
Por isto irmãos, não percam os dons de Deus e a presença do Espírito
Santo que já está em vocês desde o batismo infantil e todos os Sacramentos, que
somados às devoções populares, a confiança no santo ou santa de sua devoção,
principalmente de Maria, que formam o grande tesouro espiritual e religioso que
Jesus plantou em seus corações.
Não exclua Jesus da sua vida.
Dc Narelvi
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