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domingo, 14 de setembro de 2014

PELA CRUZ JESUS NOS SALVOU

REFLEXÃO DOMINICAL
Exaltação à Santa Cruz
Evangelho: Jo 3,13-17
14.07.14 – Ano A
PELA CRUZ JESUS NOS SALVOU.

Continuando sobre a exaltação da Santa Cruz, o Evangelho de hoje fala sobre a necessidade de Jesus ter sido levantado na cruz.
É compreensível para nos pensarmos sobre o porquê Jesus ter sido morto na cruz. Ele, como Deus, podia muito bem ter evitado esse sacrifício. Contudo, Jesus também era ao mesmo tempo homem encarnado, e obediente ao Pai.  E naquela época Jesus não foi o único a ser crucificado, outros também o foram, e culpados e inocentes.
Entretanto, Jesus tem um contexto diferente, especial.
Não podemos alcançar todos os pensamentos e desígnios de Deus, mas cremos Nele por Jesus Cristo e pelo Espírito Santo.
Um fato é verdadeiro: Deus não nos criou pecadores, mas fomos nós que nos tornamos pecadores, e pelo pecado veio a morte.
Portanto, Deus já sabia do que os homens seriam capazes de fazer, não por destinação, mas porque Deus vê o passado, presente e futuro como um momento único.
Portanto já no Genesis se fala em morte e todos os homens descendentes de Adão e Eva passaram e passarão por essa experiência.
Desde o inicio sacrifícios eram feitos oferendas usando de animais, até que por um único homem aconteceu a ultima oferenda: o Cordeiro de Deus, Jesus.
Por isso dissemos que Jesus teve um contexto diferente e especial.
O pecado tomou conta da humanidade. Os sacrifícios e a morte passaram a fazer parte deste mundo.
Deus, pela sua infinita bondade e misericórdia, resolveu que a salvação, o fim da morte, deveria acontecer com a participação do próprio homem. Escolheu Maria para através dela se encarnar na pessoa de Jesus, e através Dele outros homens foram preparados para a Missão, a iniciar pelos Apóstolos. E todos morreram e apesar da martirização deles, dos discípulos e seguidores, nenhum deles conseguiu salvar a humanidade. Serviram de instrumentos de Deus, sim,  mas não Salvadores, atributo somente de Jesus.  
Mas Jesus foi revelado como o Filho de Deus, o Messias prometido, o Salvador, e assim anunciado desde o inicio e reconhecido por muitos durante a história da salvação.
A perseguição a sua pessoa foi um gesto de rejeição dos homens contra o Filho de Deus, o próprio Deus, daí as profecias e anúncios sobre a necessidade da morte e da morte do próprio Jesus.
Certamente que Jesus tinha poder para mudar o  caminho do calvário. Porém, o seu convívio como homem era deste mundo. Em tudo igual a nós, menos no pecado.
Portanto, o fim da vida humana de Jesus teria que acontecer como a de todos, com a única diferença de que Ele era Deus e sua morte e morte na cruz tinha um efeito predestinado que era trocar a sua vida pela vida dos homens. Não naquele momento como vida natural, mas uma nova vida espiritual, liberta do pecado.
Jesus então precisou deixar-se morrer para redimir os pecados do mundo, e também assegurar, agora sim, uma vida corporal eternizada pela ressurreição. Jesus morre como homem, e no terceiro dia ressuscita porque é Deus. E Deus não morre.
Na primeira leitura Moises relata o aparecimento das serpentes venenosas e Deus manda fazer uma serpente de bronze e coloca-la na ponta de uma haste e levanta-la.
Quem olhasse para ela, era curado do veneno e se salvava. Era já uma visão de Jesus, levantado numa cruz. Assim, todos os homens feridos pelo pecado e angustiados pelo perdão, sabedores de que em toda a humanidade, desde o inicio, somente Jesus tinha  o antidoto para a cura do pecado – o perdão -, passaram a olhar para a Cruz de Cristo.
A cruz, instrumento de tortura e morte dos sentenciados por seus crimes, transformou-se, pela crucificação de um inocente, Jesus, num dos maiores, senão o maior, símbolo da cristandade. Não é a cruz que salva, mas é pela cruz que lembramos Jesus. Assim como não é Maria quem salva, mas por Maria chegamos a Jesus.  
“Reparemos neste fato notável: Deus não enviou o seu Filho único ao encontro de homens perfeitos e santos; mas enviou o seu Filho único ao encontro de homens pecadores, egoístas, auto-suficientes, a fim de lhes apresentar uma nova proposta de vida... E foi o amor de Jesus - bem como o Espírito que Jesus deixou - que transformou esses homens egoístas, orgulhosos, auto-suficientes e os inseriu numa dinâmica de vida nova e plena. Em resumo: porque amava a humanidade, Deus enviou o seu Filho único ao mundo com uma proposta de salvação. Essa oferta nunca foi retirada; continua aberta e à espera de resposta. Diante da oferta de Deus, o homem pode escolher a vida eterna, ou pode excluir-se da salvação”[i].
“De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele" (Jo 3,17). JESUS FOI OBEDIENTE AO PAI ACEITANDO SUA MORTE NA CRUZ, ATÉ MESMO PORQUE SABIA QUE AQUELE SERIA O PRIMEIRO PASSO PARA A ETERNIDADE CELESTE.
Amemos a Santa Cruz.
Dc Narelvi



[i] http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=804

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