REFLEXÃO DOMINICAL
Exaltação à Santa Cruz
Evangelho: Jo 3,13-17
14.07.14 – Ano A
PELA CRUZ JESUS NOS SALVOU.
Continuando
sobre a exaltação da Santa Cruz, o Evangelho de hoje fala sobre a necessidade
de Jesus ter sido levantado na cruz.
É
compreensível para nos pensarmos sobre o porquê Jesus ter sido morto na cruz.
Ele, como Deus, podia muito bem ter evitado esse sacrifício. Contudo, Jesus
também era ao mesmo tempo homem encarnado, e obediente ao Pai. E naquela época Jesus não foi o único a ser
crucificado, outros também o foram, e culpados e inocentes.
Entretanto,
Jesus tem um contexto diferente, especial.
Não
podemos alcançar todos os pensamentos e desígnios de Deus, mas cremos Nele por
Jesus Cristo e pelo Espírito Santo.
Um
fato é verdadeiro: Deus não nos criou pecadores, mas fomos nós que nos tornamos
pecadores, e pelo pecado veio a morte.
Portanto,
Deus já sabia do que os homens seriam capazes de fazer, não por destinação, mas
porque Deus vê o passado, presente e futuro como um momento único.
Portanto
já no Genesis se fala em morte e todos os homens descendentes de Adão e Eva
passaram e passarão por essa experiência.
Desde
o inicio sacrifícios eram feitos oferendas usando de animais, até que por um
único homem aconteceu a ultima oferenda: o Cordeiro de Deus, Jesus.
Por
isso dissemos que Jesus teve um contexto diferente e especial.
O
pecado tomou conta da humanidade. Os sacrifícios e a morte passaram a fazer
parte deste mundo.
Deus,
pela sua infinita bondade e misericórdia, resolveu que a salvação, o fim da
morte, deveria acontecer com a participação do próprio homem. Escolheu Maria
para através dela se encarnar na pessoa de Jesus, e através Dele outros homens
foram preparados para a Missão, a iniciar pelos Apóstolos. E todos morreram e
apesar da martirização deles, dos discípulos e seguidores, nenhum deles conseguiu
salvar a humanidade. Serviram de instrumentos de Deus, sim, mas não Salvadores, atributo somente de Jesus.
Mas
Jesus foi revelado como o Filho de Deus, o Messias prometido, o Salvador, e
assim anunciado desde o inicio e reconhecido por muitos durante a história da
salvação.
A
perseguição a sua pessoa foi um gesto de rejeição dos homens contra o Filho de
Deus, o próprio Deus, daí as profecias e anúncios sobre a necessidade da morte
e da morte do próprio Jesus.
Certamente
que Jesus tinha poder para mudar o
caminho do calvário. Porém, o seu convívio como homem era deste mundo.
Em tudo igual a nós, menos no pecado.
Portanto,
o fim da vida humana de Jesus teria que acontecer como a de todos, com a única
diferença de que Ele era Deus e sua morte e morte na cruz tinha um efeito
predestinado que era trocar a sua vida pela vida dos homens. Não naquele
momento como vida natural, mas uma nova vida espiritual, liberta do pecado.
Jesus
então precisou deixar-se morrer para redimir os pecados do mundo, e também
assegurar, agora sim, uma vida corporal eternizada pela ressurreição. Jesus
morre como homem, e no terceiro dia ressuscita porque é Deus. E Deus não morre.
Na
primeira leitura Moises relata o aparecimento das serpentes venenosas e Deus
manda fazer uma serpente de bronze e coloca-la na ponta de uma haste e
levanta-la.
Quem
olhasse para ela, era curado do veneno e se salvava. Era já uma visão de Jesus,
levantado numa cruz. Assim, todos os homens feridos pelo pecado e angustiados
pelo perdão, sabedores de que em toda a humanidade, desde o inicio, somente
Jesus tinha o antidoto para a cura do
pecado – o perdão -, passaram a olhar para a Cruz de Cristo.
A
cruz, instrumento de tortura e morte dos sentenciados por seus crimes,
transformou-se, pela crucificação de um inocente, Jesus, num dos maiores, senão
o maior, símbolo da cristandade. Não é a cruz que salva, mas é pela cruz que
lembramos Jesus. Assim como não é Maria quem salva, mas por Maria chegamos a
Jesus.
“Reparemos
neste fato notável: Deus não enviou o seu Filho único ao encontro de homens
perfeitos e santos; mas enviou o seu Filho único ao encontro de homens
pecadores, egoístas, auto-suficientes, a fim de lhes apresentar uma nova
proposta de vida... E foi o amor de Jesus - bem como o Espírito que Jesus
deixou - que transformou esses homens egoístas, orgulhosos, auto-suficientes e
os inseriu numa dinâmica de vida nova e plena. Em resumo: porque amava a
humanidade, Deus enviou o seu Filho único ao mundo com uma proposta de
salvação. Essa oferta nunca foi retirada; continua aberta e à espera de
resposta. Diante da oferta de Deus, o homem pode escolher a vida eterna, ou
pode excluir-se da salvação”[i].
“De
fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que
o mundo seja salvo por ele" (Jo 3,17). JESUS FOI OBEDIENTE AO PAI
ACEITANDO SUA MORTE NA CRUZ, ATÉ MESMO PORQUE SABIA QUE AQUELE SERIA O PRIMEIRO
PASSO PARA A ETERNIDADE CELESTE.
Amemos
a Santa Cruz.
Dc
Narelvi
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