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domingo, 22 de junho de 2014

DENUNCIAI-O, DENUNCIEMO-LO



Profeta Jeremias


REFLEXÃO DOMINICAL

12º Domingo do Tempo Comum – 22.06.14 – Ano A

Jr 20,10-13; Rm 5,12-15;  Mt 10,26-33
 1ª Leitura: “DENUNCIAI-O, DENUNCIEMO-LO”.
Queridos amigos e irmãos em Jesus Cristo.
       Jeremias exerceu sua missão de 627/626 a.C até 586 a.C. Viveu durante os reinos de Josias em Jerusalém, que morto em combate e sucedido por Joaquim e depois por Sedecias.
       O rei Josias preocupava-se com a defesa política e religiosa do Povo de Deus e chegou a fazer uma importante reforma religiosa com a intenção de acabar no país com os cultos aos deuses estrangeiros. Nesse período Jeremias dirigia suas mensagens ao apelo à conversão, à fidelidade a Jahwéh e à aliança. Morto Josias, Joaquim, seu sucessor provoca um tempo de desgraça e de pecado, para Jeremias um tempo de incompreensão e sofrimento o que fez com que ele reativasse suas mensagens proféticas criticando as injustiças sociais até do rei, a infidelidade religiosa que Joaquim aceitou pelos interesses e alianças políticas cuja atitude demonstrava que a ajuda dos egípcios entendia-se como falta de confiança em Deus.
       Não foi difícil para Jeremias perceber que Judá havia perdido seus limites e se encontrava prestes a uma invasão da Babilônia com sofrimento ao Povo de Deus. Essa profecia foi anunciada por Jeremias aos habitantes de Jerusalém que acabou acontecendo em 597 a.C quando Nabucodonosor invadiu Judá e deportou para Babilônia uma parte da população. Com essa invasão o trono foi ocupado por Sedecias que anos depois voltou à aliança com o Egito, situação que não agradou Jeremias porque se confiava mais nos exércitos estrangeiros do que em Jahwéh, mas não era ouvido e sentia-se vazio, inoperante. E assim um exército egípcio socorre Judá e os babilônios retiram-se deixando o povo eufórico. Quando Jeremias passa a anunciar o recomeço do cerco e a destruição de Jerusalém, não compreendido é acusado de traição e preso. Então acontece a previsão profética. Nabucodonosor toma de fato Jerusalém, destrói a cidade e deporta a sua população para Babilônia[1].

       A reflexão de hoje da 1ª  leitura de Jeremias tem a ver com a história acima extremamente por mim resumida, e o texto bíblico.
       Jeremias era um homem de paz, afeito ao sossego da família e convívio com os amigos, longe de ser homem de violência de qualquer natureza. Mesmo assim Deus o chama para reagir. E Jeremias conta que ouviu ofensas de tantos homens que espalhavam medo ao redor de si. E brada encorajando os perseguidos: “DENUNCIAI-O, DENUNCIEMO-LO”.
       Sabia dos riscos, pois sua conduta era conhecida e poderia ser apanhado a qualquer momento. Mas encorajava-se reconhecendo que o Senhor, como forte guerreiro, encontrava-se ao seu lado, conhecia as suas angustias, e os perseguidores cairiam vencidos e envergonhados.    Foi assim que colocou nas mãos de Deus pedindo justiça.
Irmãos e irmãs. Ainda hoje os homens de todas as  regiões do mundo passam pelas mesmas angustias. Estamos sujeitos a governos e governantes que se revezam periodicamente e a experiência nos mostra de como são volúveis às conveniências políticas internas e externas. E nesses “reinados” o que a nação e o povo esperam é o estabelecimento de uma vivência e convivência de paz e felicidade. Entretanto nem sempre as coisas são assim. Quantos poderosos procuram seus próprios interesses esquecendo-se do respeito à população principalmente a mais pobre. E isso não acontece somente nos segmentos políticos, administradores das coisas terrenas, mas também nos religiosos que têm sob seus ombros a obrigação, responsabilidade moral e espiritual de fazer com que o homem encontre aqui na terra plena felicidade e acima de tudo, o caminho da Salvação eterna nos Céus junto de Deus.
       Isso mostra irmãos, que precisamos de muitos Jeremias para apontar o nariz daqueles que ocupam cargos civis ou religiosos, chamando suas atenções quando desviados da verdade e humildade, proclamando com coragem: “DENUNCIAI-O, DENUNCIEMO-LO”.
       Essa atitude não se avalia como rebeldia, mas de aconselhamento e ajuste para que o Evangelho tenha o efeito que Cristo espera, para que possamos, como Jeremias, recomendar: “Cantai ao Senhor, louvai o Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus”.
Louvado Seja o Senhor
Dc Narelvi


[1] Fonte histórica: Sacerdotes do Coração de Jesus - Dehonianos  http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=416

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