REFLEXÃO DOMINICAL
7º DTC – Ano A - 23.02.2014
Lv 19,1-2.17-18; 1Cor 3,16-23; Mt
5,38-48
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
O Cristão
sabe que Jesus veio a este mundo para salvar a humanidade. Salvar do que? Da condenação eterna, do pecado, do inferno,
e ganhar a recompensa do Céu junto de Deus!
E já no
inicio do texto bíblico de hoje, Livro do Levitico, Deus manda Moises anunciar
aos filhos de Israel e, evidentemente a toda a humanidade, que todos são
chamados a serem santos, assim como o Senhor é Santo, cuja atitude implica em
amar o próximo como a ti mesmo, sem ódio, sem a covardia da vingança.
Vejam
irmãos, que o v.17 toca num assunto que os cristãos têm receio de por em
prática: o de chamar a atenção daqueles que trazem ódio no seu coração. Aliás,
ponto falho de alguns católicos pela má formação religiosa e falta de compromisso religioso.
Todos são
chamados a Evangelizar, a servir a Jesus e a Igreja. Por isso somos uma
comunidade de irmãos que caminha junto para não se desviar do rebanho nem do
seu pastor Jesus. Temos nossas pastorais, ministérios, grupos, que se formam
dentro das comunidades justamente para aperfeiçoar conhecimentos e se tornar
útil e preparado para a pregação da Palavra.
O convite
é bastante entusiasta: SEDE SANTO! Existirá motivação maior do que esta para
quem se encontra deprimido, em estado de pecado?
Certamente
que esse chamado de atenção ou advertência deve vir revestida de humildade,
carinho, compreensão, delicadeza, para que não se transforme em palavra de
algoz.
São Paulo
lembra que tudo o que existe nos foi dado a usufruir, a natureza e tudo o que a
completa. Mas que nós somos de Cristo e se somos de Cristo somos de Deus. Logo,
na verdade, usufruímos de tudo o que está ao nosso alcance, mas assim como nós,
tudo pertence a Deus.
Assim, o
universo todo é um santuário de Deus e nós, partes deste mundo, somos também
Santuários de Deus onde nosso corpo abriga nossa alma. Por isso que no v. 16
Paulo pergunta: “sabeis que o Espírito de Deus mora em vós”?
Logo,
continua São Paulo, se destruirmos o Santuário de Deus que está em nós
perderemos nossa imunidade contra o pecado e seremos destruídos.
Somos
formados de CORPO e ALMA. Esse conjunto é que forma o Santuário. Embora o corpo tenha uma vida
temporária até a morte e depois virá a ressurreição, enquanto estivermos vivos
o corpo tem uma missão especial de abrigar a alma internamente, mas
externamente tem sua função de caminhar, pegar, crescer, abraçar, movimentar-se
mais rapidamente ou lentamente, parar, sentir, proteger nossos órgãos, pensar e
agir, tudo sob impulso da alma.
Daí,
então, respeitar o corpo faz parte da vida tanto que é sobre ele que recebemos
as exéquias com as bênçãos próprias, ao mesmo tempo em que entregamos a alma
separada a Deus.
Ainda vivemos sob mistérios. Não
sabemos tudo sobre as coisas deste mundo, mas o suficiente para confiar em Deus
que deve ser exaltado e glorificado a todo o momento. Afinal, Jesus entendendo
as dificuldades humanas não deixou o mundo a mercê do pensamento de cada um mas
quis logo após concluir a sua missão, organizar uma comunidade que começou com
os doze apóstolos e uma Igreja dotada da garantia da presença de Jesus durante
todos os tempos, Igreja que cresceu com os crentes católicos ouvindo seus
pastores bispos, padres (presbíteros) e diáconos que mesmo sem jamais
julgarem-se maior do que Jesus, estão habilitados pelo sacramento da ordem a
falar em Seu nome, com a bíblia, a tradição e o magistério da Igreja.
No Livro
do Levitico aprendemos que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e o
próximo como a si mesmo. É a lição do amor incondicional.
Agora, no
Evangelho, Mateus inicia lembrando o costume antigo do “olho por olho, dente
por dente”, e ainda aconselha a não enfrentar os malvados, a oferecer a outra
face ao agressor, a entregar seus bens se for demandado, a andar dois
quilômetros se alguém forçar a caminhar um, nem virar as costas a quem pede emprestado.
Difícil
compreender. Seria preciso um bom tempo de palestra para que esse pensamento de
Jesus pudesse ser assimilado. Mas no v. 44 as coisas ficam mais esclarecidas:
“Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!”. Que desafio!
Irmãos,
Jesus não quer dizer que fiquemos cegos diante das injustiças, dos
aproveitadores, dos que agridem fisicamente e moralmente, daqueles que ofendem...
O que
Jesus ensina é que não devemos odiar e sim perdoar os ofensores. Isto não
significa abdicar dos nossos direitos.
Sim, é
difícil! Mas existe uma expressão muito conhecida: “ame o pecador, odeie o
pecado”.
Existe
uma diferença entre procurar justiça para nossos direitos e o perdão.
Se alguém
rouba seu veículo, você o processa. Correto! Se alguém ofende sua moral, você o
processa. Correto! Agora, odiar essas pessoas que infringem a lei, é errado. Aqui
reside a virtude que Jesus espera de cada um: amar até os inimigos. E rezar por
aqueles que nos perseguem e ofendem.
Devemos
reconhecer que se para nós essas atitudes são difíceis, para Deus não é.
Contudo, não é impossível amar e até rezar pelos inimigos uma vez que somos
Filhos de Deus, e estamos sob sua direção e sob o comando do mandamento amar a
Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Então não temos
escolha, a não ser amar e perdoar.
Afinal,
termina Jesus, amar somente os que nos amam que recompensa teremos? E cumprimentar somente os nossos amigos e
irmãos, o que existe de extraordinário nisso?
O convite
de Jesus no v. 48 convence de que viver o amor em plenitude nos leva a chegar a
perfeição: “Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.
Com muita
caridade, oração, Missa e Sacramentos e um constante exercício de
espiritualidade, tenha certeza, irmãos, chegaremos lá com a graça de Deus!
Com Jesus e Maria.
Diac. Narelvi.
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