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domingo, 24 de novembro de 2013

CRISTO, REI DO UNIVERSO

SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
34º  DTC – 24.11.2013 – Ano C


2Sm 5,1-3; Cl 1,12-20; Lc 23,35-43


Prezados amigos se irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

            Como o tempo passa! O ano litúrgico também. E nossa vida? Nascemos, crescemos e morremos. Em tudo temos um começo e um fim. Seremos imortais somente no plano transcendental quando estivermos vivendo a experiência da vida depois da morte. Onde? Dois caminhos: Céu ou inferno.

            Não gostamos da segunda opção por isso ela quase sempre não é citada.

            Somos chamados hoje a refletir e tomar consciência da realeza de Jesus. Não a maneira dos reis deste mundo cheios de luxurias, riquezas, lindas coroas, status, mas uma realeza modelada na simplicidade, no amor, na caridade, de quem perdoa e exerce a diaconia fazendo valer o dom da vida.

            O segundo livro de Samuel inicia contando sobre as tribos de Israel que foram se encontrar com Davi em Hebrol e disseram-lhe: “Aqui estamos. Somos teus ossos e tua carne”.  E o Senhor disse a Davi: “Tu apascentará o meu povo Israel e serás o seu chefe”. Davi tornou-se então o rei de Israel.

            Davi como escolhido conseguiu fazer do seu povo um povo feliz, com abundância e paz tão marcados na memória do Povo de Deus que as descendências depois de séculos relembravam a história e sonhavam viver como antigamente. Os profetas já anunciavam um descendente de Davi, Jesus.

            Irmãos e irmãs. Nesse vai e vem do tempo somos convidados a uma reflexão sobre o nosso presente comparando-o com o passado e com o que esperamos para o futuro.

            Um momento especial para pensarmos um pouco mais sobre nossa vida na sociedade, na família, na Igreja, num momento tão mal conduzido pelos reis de hoje que tomam conta dos poderes institucionais, dos meios de comunicações, da educação, de igrejas, pervertendo os valores tradicionais trazendo-nos saudades do tempo em que todos eram bons católicos, tinham suas famílias cristãmente formadas, pais, filhos, irmãos, vizinhos, namorados que se respeitavam e se amavam.

            Queremos viver bem. Queremos que nossos valores sejam confirmados e restaurados, por isso que muitas vezes temos saudades da religiosidade e dos tempos do vovô e da vovó.

            Afinal, somos também descendentes de Davi o grande e ungido rei. E queremos imitar as pessoas boas que plantaram a semente do bem e nos acompanham em nossas caminhadas.

            O ano litúrgico iniciou com o Advento anunciando e esperando Jesus e termina coroando Jesus como rei Universal a quem devemos seguir segundo sua doutrina e seus passos como Deus e profeta de sempre.

            Devemos sim nos espelhar nas maravilhas do passado, mas também podemos fazer do tempo de hoje um tempo de paz e de união restaurando nossa fé em Cristo e sua Igreja com a proteção de Nossa Senhora, em comunhão coesa com os cristãos do mundo todo segundo a vontade de Jesus de se formar um só rebanho e um só pastor,  numa conversão pessoal diária e evangelização que a partir de nossas casas  possam se estender ao mundo todo.

2ª PARTE

            Cristo chegou. Cristo vive entre nós. Cristo é nosso rei.      

            Pos isso que São Paulo manda que nos alegremos e demos graças ao Pai porque somos capazes de participar da luz e da herança dos santos. 

            O Cristo rei tornou visível o Deus invisível permitindo-nos adorá-Lo como Cabeça do corpo representado pela Igreja.

            Jesus é o principio de tudo. É o advento e o fim e nele todos nós nos reconciliamos com Deus e com os irmãos que ainda vivem na terra e os que já se encontram no Céu, e tudo se realiza pelo Sangue de Cristo derramado na cruz.

3ª PARTE

            No Evangelho reconhecemos Jesus como Rei do Universo e somos lembrados do seu ultimo dia na cruz.

            Como podemos entender que um homem como Jesus pudesse resistir a todos os sofrimentos e zombarias somente porque nos amava? “Se é o Cristo, salve-se a si mesmo” desafiaram os soldados, o malfeitor crucificado e muitos chefes que participaram da crucificação.

            Mas dentre eles o que antes era malfeitor, um dos ladrões, aproveitou do momento e tocado por profundo arrependimento com esforço defendeu Jesus e pediu seu perdão: “Para nós é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal. Lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”. E sua recompensa veio no mesmo momento: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.

            Irmãos e irmãs. Dimas é o exemplo da oportunidade para a conversão, arrependimento e perdão. Que este ultimo dia do ano litúrgico não seja para nós o ultimo dia de nossa vida. Foi mais uma etapa de Cristo na Igreja Católica a demonstrar que temos um inicio e um fim, o alfa e ômega.

            O inicio já experimentamos com o dom da vida, nosso nascimento. Teremos um  fim dos tempos terreno com nossa morte que esperamos seja também litúrgica.  Morte que não assusta os que estão em plena harmonia com o Senhor mantida pela comunhão com Cristo nas Missas, nos Sacramentos, com Maria e em tudo o mais que nos liga devotamente a religiosidade cristã e ao Divino Mestre.

            Estaremos no próximo domingo iniciando o tempo do Advento. Novo tempo. Mais uma vez a Igreja Católica em nome de Cristo chama-nos à conversão. Basta você responder: “Aqui estamos. Somos teus ossos e tua carne” e o milagre do amor de Cristo acontecerá.   

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.

Diac. Narelvi.

domingo, 17 de novembro de 2013

SEJAMOS IRMÃOS ANIMADOS PELA FÉ.



REFLELXÃO DOMINICAL

33º DTC – Ano C – 17.11.2013

Ml 3,19-20a; 2Ts 3,7-12; Lc 21,5-19

Prezados amigos  e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

         Malaquias não quer dizer necessariamente um nome próprio e significa “o meu mensageiro”, digamos, um pseudônimo de um profeta anônimo do antigo testamento pela metade do séc. V aC (480 e 450 aC), num tempo em que embora reconstruído o templo o povo ainda sofria os efeitos “da apatia religiosa e falta de confiança em Deus”.Essa falta de entusiasmo refletia no culto que ia perdendo a empolgação e multiplicavam as desordens das condutas.

        Refere-se a um dia do julgamento, não necessariamente o Juízo Final, mas um  “Dia do Senhor” numa linguagem profética quando Deus vai trazer a salvação definitiva ao seu povo.

         Na profecia de Malaquias a visão que temos é de um fim do mundo com o julgamento final quando o Senhor virá ardente como uma fornalha e os soberbos e malfeitores serão queimados como palhas e nada sobrara deles enquanto que os justos, os tementes a Deus, para eles nascerão o sol da justiça trazendo a salvação, dizem os versículos.

         Queridos irmãos. Trazendo para o dia de hoje, Jesus reconciliou os povos entre si e diante de Deus. Houve, assim, uma reconstrução do Plano de Salvação. Fomos salvos por Jesus Cristo.

         Entretanto, apesar de passados dois milênios da nova e definitiva Igreja de Cristo aqui na terra quantos deslizes aconteceram. Altos e baixos moveram a crença cristã. E como uma grande nação que formamos podemos sentir que muitas comunidades encontram-se desanimadas, perdidas, até duvidando do amor de Deus e da sua divina providência.

         Como está a frequencia dos católicos nas Missas, nos Sacramentos, pastorais e movimentos da Igreja? Como estão as vocações religiosas? O diaconato está sendo promovido? Os diáconos permanentes existentes estão sendo aceitos pelos irmãos do clero e pelos irmãos leigos? E as freiras? As próprias lideranças estarão fazendo o que o Papa Francisco tanto pregou?

         Vocês, irmãos, já visitaram as pequenas comunidades da sua paróquia para sentir como são celebradas as Missas, os Cultos, as pastorais? Num bom numero delas o desânimo está presente e decadente!   Perda de fé? Falta de estímulos?

         Porém ainda contamos com inúmeros lideres ordenados e leigos que estão confiando em Deus numa espera vigilante e ativa de braços abertos para a intervenção  libertadora e salvadora de Deus. E isso hoje, agora, sem esperar pelo final dos tempos, pois se assim deixarmos, poderá ser tarde!

         Deus não quer que o homem prepare-se somente para o fim do mundo que certamente acontecerá, mas quer que todos saiam já do desânimo, retomem as forças no Evangelho, transformem as Missas, Cultos e outros encontros devocionais em momentos fortes e entusiasmados, e que cada um faça parte da comunidade em que vive vivendo em comunhão fraterna, para que todos os recantos sejam transformados numa nova terra de paz.

2ª PARTE

         São Paulo sugere que aos tessalonicenses que sigam o exemplo dos apóstolos.

         Refletimos acima sobre o desânimo de um lado, e a confiança em Deus de outro para crescimento na fé.

         Pois bem! Paulo adverte que a confiança em Deus deve se traduzir também em ação. As lideranças de um modo geral, que estão envolvidas religiosamente nas comunidades, não podem permanecer na ociosidade (v.7).

            O Apostolo faz comparação com o trabalho humano como necessário para a sobrevivência. Até é severo ao citar que Quem não quer trabalhar, também não deve comer” (v. 10)

         A lição serve também para a vida religiosa, seja dos bispos, padres, diáconos e todos os que pertencem a Igreja de Cristo. E já naquele tempo ouvia dizer sobre “os que viviam à toa, muito ocupados em não fazer nada” numa alusão àqueles que deveriam integrar-se mais ativamente à sua comunidade.

         Hoje irmãos, será diferente?
3ª PARTE

         São Lucas no Evangelho reforça a orientação ao comentar a respeito do Templo naquele tempo quando muitos admiravam a arquitetura, os enfeites . . .

         E Jesus aparece no texto afirmando a fragilidade do templo material sujeito à destruição colocando-se, Ele, acima de tudo, numa atitude claríssima de que mesmo sendo importante o Templo, é a Jesus que devemos colocar acima de tudo.

          A beleza do Templo e da própria apresentação litúrgica é de grande importância inclusive para dar mais dignidade a Deus. Mas nada disso valerá se Cristo não for colocado como presença central, maior da  celebração e nos corações dos celebrantes.

         Até o próprio Jesus não pode ser confundido com os jesus inventados pelos homens com pregações de falsas doutrinas.

         O Evangelho descreve uma serie de dificuldades e transtornos a que se submeterão os crentes não somente como pessoas, mas dentro da sociedade como estado e da própria natureza com seus fenômenos naturais.  Aflições e sofrimentos entre os homens e dentro da própria família.

         Em muitas ocasiões dessas seremos chamados a testemunhar nossa fé.  Resistiremos às tentações e às provocações e sofrimentos, ou fugiremos  covardemente das fileiras de Cristo?

         Jesus diz que permanecendo firmes é que ganharemos a vida. E firmeza significa fidelidade a Cristo e sua Igreja sem dividi-los por linguagens evangélicas e doutrinárias diferentes, mas mantendo-se como comunidade UNA como aquela formada por Jesus e os Apóstolos dos quais somos tradicionalmente sucessores. Sejamos irmãos animados pela fé.

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.

Diac. Narelvi.

domingo, 10 de novembro de 2013

DEUS DOS VIVOS E FÉ INCONDICIONAL




 REFLEXÃO DOMINICAL
32º DTC – Ano C – 10.11.2013
II Mc 7,1-2.9-14; 2Ts 2,16 - 3,5 ; Lc 20,27-38

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
        O segundo livro dos Macabeus da liturgia de hoje inicia com uma tragédia humanamente falando insuportável numa época em que vigorava a proibição de comer carne de porco conforme a Lei de Moisés cujo costume, por Jesus Cristo, perdeu sua validade.
        Mas o que se pode destacar nesta reflexão é a obediência incondicional a tudo o que vinha de Deus mesmo que por Moisés. Hoje nós cristãos continuamos aceitando o Antigo Testamento, mas, sobretudo, o Novo Testamento como nova Aliança trazida por Jesus Cristo e é a Ele que seguimos.
        Conta Macabeus sobre um rei que prendeu uma mãe e seus sete filhos e quis obrigá-los a comer carne de porco, alimento que lhes era proibido. Como recusaram obedecer foram maltratados e torturados até a morte com rigores insuportáveis como “golpes de chicote e de nervos de boi” e outras formas severas de suplicio com seus corpos torturados,  desfigurados e dilacerados, um a um na frente de todos.
        O que se vê na leitura é que a família aceitou os sofrimentos por respeito e amor a Deus. Estamos prontos para morrer, disseram, preferindo seguir as leis que aprenderam de seus pais do que o autoritarismo do rei a quem chamaram de “malvado” e defenderam-se dizendo da confiança de seus destinos junto de Deus, o Rei do universo,  para uma vida eterna e ressurreição,  enquanto que ele, o rei não teria essa ressurreição devido ao pecado. 
        Cada um dos membros da família torturada dava ao rei uma resposta de fé. Um deles na sua agonia de morte sintetizou o que todos sentiam: “Prefiro ser morto pelos homens tendo em vista a esperança dada por Deus, que um dia nos ressuscitará. Para ti, porém, ó rei, não haverá ressurreição para a vida!”.
        Irmãos e irmãs. Hoje não somos perseguidos devido a carne de porco, mas como cristãos continuamos sujeitos a “reis” como aquele que querem manipular nossa fé, nossa crença na doutrina de Cristo pela Igreja Católica desvirtuando as lições das Sagradas Escrituras com interpretações que ferem o Magistério da Igreja e tantas outras crenças peculiares ao catolicismo de Jesus querendo impor idéias diferentes com criticas astuciosamente ensaiadas.
        No Brasil felizmente praticamente não encontramos nenhuma disputa  entre cristãos e não cristãos, mas tristemente, entre os próprios cristãos com cada grupo auto intitulando-se “consagrados e verdadeiros” disputando-se entre si e todos contra a Igreja Católica. E como o rei, sabem impor suas idéias não pela violência física, mas pela astúcia da palavra que quando mal intencionada ou mal interpretada fere muito mais e corrompe principalmente aqueles que vivem artificialmente sua religiosidade.
        Os cristãos não seriam tão divididos se a exemplo daquela família soubessem rezar uns pelos outros, defenderem a fé e não traíssem o que aprenderam tradicionalmente de seus pais e dos legítimos sucessores de Cristo.
2ª PARTE
        São Paulo, dirigindo-se aos tessalonicenses fala exatamente sobre a perseverança na fé aconselhando buscar em nosso intimo que ele chama de coração a força para continuar a caminhada cristã em nossas boas ações e palavras. E pede a ele e aos demais pregadores da palavra muitas orações.
        Interessante, ainda, que Paulo suplica também que rezem para ele e seus irmãos conseguiram se livrar dos homens maus e perversos visto que eles não têm fé.  É o que devemos fazer hoje uns pelos outros. Rezar para que não nos deixemos cair na tentação da troca da fé nata pelos interesses materiais e passageiros, da Igreja de Cristo pela igreja dos homens.
        E Paulo ao estimular os tessalonicenses a seguir suas instruções por extensão fala à Igreja de hoje que ouçam seus pastores nas pessoas do Papa, bispos, padres e diáconos e de tantos leigos engajados nos diversos ministérios da Igreja sempre sob a direção de Deus e esperança em Cristo.
3ª PARTE
        Alguns saduceus tentaram provocar Jesus com respeito a ressurreição invocando Moisés sobre o costume do casamento do irmão do falecido com a viúva, como isso seria resolvido com a ressurreição citando o exemplo de uma mulher que ficasse viúva três ou mais vezes.
        Jesus respondeu-lhes revelando que os homens e mulheres casam-se aqui na terra mas que no céu, com a ressurreição, não haverá casamento porque serão todos como os anjos, simplesmente filhos de Deus, isto é, farão parte da comunidade celestial sem necessidade da prática das relações humanas que aqui cercam os homens, sem perder a identidade de cada um. No céu não haverá fome, nem sede, nenhum sofrimento, nem procriação nem qualquer outra necessidade porque terão alcançado a plenitude da vida para gozarem da alegria de conviveram frente a frente com Deus na Trindade e com todos os santos. Somente o amor de uns pelos outros, inclusive entre os que se relacionaram entre si na terra, continuarão.
        Lucas conclui o texto de hoje no v. 38 afirmando que “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”.
        Entende-se aqui irmãos e irmãos, a valia do testemunho da família vitimada pelo rei narrada no II Livro dos Macabeus pela adoração incondicional a Deus, e que a convivência fraterna entre os homens unidos numa só fé e crença e obediência à doutrina cristã e à Igreja rezando uns pelos outros, assegurarão aos crentes que aceitarem Cristo como caminho, verdade e vida, uma vida melhor na eternidade aonde não seremos mais grupinhos particulares de famílias ou de crenças mas uma única comunidade de almas puras em plena comunhão com Deus, não como mortos mas vivos, inicialmente somente com as almas imortais e depois, com a ressurreição, unidas aos seus corpos glorificados. Por isto irmãos e irmãos, que Deus é Deus dos vivos e não dos mortos.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
                                                                                                                                       Diac. Narelvi

domingo, 3 de novembro de 2013

A CONVERSÃO DE ZAQUEU




REFLEXÃO DOMINICAL

31º DTC – Ano C – 03.10.2013

Sab 11,22-12,2; 2 Tes 1,11-2,2; Lc 19,1-10



Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

        O Livro Sabedoria relata a “sabedoria” dos israelitas numa linguagem que alcança a todos os povos até hoje porque a Palavra de Deus é universal e eterna.

        Quantas vezes perguntamos “que mundo é este?” levados pela desordem moral que se alastra por todos os paises, principalmente pelo nosso Brasil sujando-se cada vez mais na ruína da desonestidade que começa com tantos políticos e governantes corruptos e incompetentes e se espalha desde grupos perversos das favelas até dos grandes centros; que permite à televisão, aos educadores e tantos outros segmentos da sociedade  desviar as crianças e jovens dos caminhos cristãos traçados por seus pais e pela boa tradição e formação familiar. 

        Mas o autor do Livro da Sabedoria coloca no lugar certo este mundo e com ele seu povo ao falar com Deus reconhecendo que o mundo é Dele e diante da Sua grandiosidade o mundo e nós somos como “um grão de areia na balança, uma gota de orvalho que cai sobre a terra”, isto é, insignificantes. E que mesmo assim o Senhor não olha para nossos pecados, não que os ignore, mas para que com isso tenhamos a oportunidade para nos arrependermos espontaneamente, como num faz de conta de que não está vendo para que o errado se sinta envergonhado e corrija-se.

        Deus é reconhecido como o Criador e como tal não pode odiar o fruto da sua criação. Logo, Deus não odeia o mundo nem a nós. Ao contrário, nos ama.

        Mas irmãos, fazer de conta é uma coisa. Deus vê, Deus sabe de tudo e tem seu critério misterioso para tocar no coração dos pecadores de modo a fazer com que eles percebam seus erros, convertam-se e passem a acreditar mais Nele e voltem a dominar seus ímpetos pecaminosos. “Eles” aqui, somos nós. Viciados no pecado somos chamados primeiramente a admitirmos nossas fraquezas para num segundo passo partirmos para a conversão hoje por Cristo Jesus reconhecendo-nos frágeis pecadores até alcançarmos a fortaleza da honradez e da santidade. Então este mundo será melhor.

2ª PARTE

        São Paulo ao escrever aos Tessalonicenses testemunha que somos chamados por Deus para a prática da virtude o que exige esforço de nossa parte como na lição da primeira parte da reflexão, mas acentuando a importância das preces e orações de nossos irmãos que convivem conosco em comunhão, colocando-se como intercessores orando continuamente por todos nós. Como apóstolo Paulo dá uma lição aos sucessores de hoje que dirigem ministerialmente a Igreja de Cristo chamando-lhes a atenção para a espiritualidade como força primeira da religiosidade.

        Em qualquer situação, Cristo é quem deve ser glorificado mas, cuidado, diz São Paulo, para que não nos entusiasmemos com os falsos profetas que seduzem. Católicos incautos com promessas de riquezas e curandeirismos suspeitos e uma evangelização divorciada da Bíblia, da Tradição e do Magistério da Igreja de Cristo afastam-se a ponto de transformarem-se em odiadores da sua própria Igreja de origem.

3ª PARTE

        Vejam irmãos, o que aconteceu com Zaqueu, um homem rico, chefe de publicanos, cheio de pecados, aproveitador do povo. Ele soube que Jesus – pessoa a quem tinha ouvido falar -, chegaria a Jericó e por curiosidade queria vê-Lo. Procurou o melhor jeito para enxergá-Lo subindo numa árvore.

        Algo se escondia em Zaqueu que o impulsionou àquele momento. E a maravilha acontece!  Zaqueu era de estatura baixa e não usou disso como pretexto para não enxergar Jesus procurando compensar a dificuldade com a alternativa da árvore e sem esboçar nenhum aceno deixou-se ver por aquele homem que se aproximava.  O resto ficou por conta de Jesus que vendo o baixinho lá no alto sentiu logo que ele procurava a conversão e tomou a iniciativa? “Zaqueu desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa”.

        Irmão, certamente você não e tão pecador quanto Zaqueu, mas quem sabe não esteja afastado de Jesus e da Igreja, e dentro de você exista uma chama de interesse de retornar ao Templo para um reencontro com Cristo?

        O comportamento de Zaqueu demonstra que não é difícil, bastando se deixar levar pela curiosidade espiritual que se esconde dentro de cada um. Basta um simples gesto, uma pequena demonstração de boa vontade e Jesus completará nossos anseios chamando-nos como chamou Zaqueu.

        E não deixemos irmãos, que a vergonha desencoraje nossa conversão. Os conhecidos de Zaqueu fizeram maldosamente suas criticas, mas Zaqueu acolheu Jesus em sua casa e foi mais além, doou aos pobres metade dos seus bens e prometeu ressarcir os prejuízos que eventualmente tenha causado.

        O premio que Zaqueu recebeu de Jesus foi a conversão, uma vida nova cheia de paz interior, a alegria de fazer parte dos amigos de Cristo merecendo de Jesus a exclamação «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido».

        Irmãos e irmãs. Talvez não consigamos transformar todos os corações e curar este mundo da maldade agora, de repente. Mas uma coisa é certa como no Livro da Sabedoria, na carta de Paulo e neste Evangelho de Jesus narrado por Lucas, estaremos garantindo nossa amizade com Cristo, nossa Salvação, e como o bem é uma virtude contagiante, juntos, aos poucos, conseguiremos transformar este mundo num mundo melhor, e os povos desta terra numa comunidade de verdadeiros filhos de Deus, irmãos de Cristo, herdeiros do Céu.

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.

Diac. Narelvi.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Todos os Santos e Fiéis defuntos

  
          A Igreja lembra nos dias 1 e 2 de novembro, respectivamente todos os Santos e os fiéis defuntos, dia também conhecido por Finados.   São momentos que ensejam meditações profundas sobre a vida depois da morte.

         As Sagradas Escrituras são ricas em citações sobre a santificação, intercessão, comunhão com os mortos, etc.

         “Irmãos, não queremos que ignoreis coisa alguma a respeito dos mortos, para não ficardes tristes como os outros que não têm esperança." ( 1 Tes 4, 13).

         “Deus não nos chamou para a imoralidade, mas para a santidade”.  (1 Ts 4,7)

         “Que o próprio Deus da paz vos conceda a plena santidade. Que o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados de modo irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” ( 1 Ts 5,23)
         O Catecismo da Igreja Católica no § 2013. «Os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade» (68). Todos são chamados à santidade: «Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48).
         Somos chamados a ser santos. Santos são todos aqueles que morreram  na graça de Deus e estão no Céu, e com eles nos comunicamos através da oração. E se não o vemos, eles nos vêem e intercedem por nós.
         Portanto, santos não são apenas aqueles expostos nas Igrejas ou locais abertos à devoção publica através de imagens que os lembram, e são comemorados em datas escolhidas pela Igreja. Esses são apenas alguns que a Igreja canonizou, isto é, colocou na lista (cânon) dos Santos cuja santidade foi reconhecida. Não significa conforme quem não sabe diz, que os santos “são criados pela Igreja”, visto que na verdade ela apenas reconhece, através de um processo canônico e com a autoridade que tem, que uma determinada pessoa já é santa, já está no Céu desde o momento de sua morte, a exemplo de São Pedro, Santo Antonio, Santa Rita de  Cássia, São Benedito, Santo Frei Galvão, e tantos outros.
         E justamente para lembrar dos santos não canonizados foi que a Igreja instituiu o Dia de Todos os Santos que inclui pessoas inclusive da sua família, se merecedora do Céu.

         No dia de finados todos procuram lembrar dos entes queridos, não necessariamente os católicos, pois que neste dia somos levados a lembrar daqueles que fizeram partes das nossas vidas e nos antecederam na morte, independentemente da crença ou fé que tenham professado, parentes, amigos, conhecidos, namorados, colegas de escola, de trabalho,   enfim, momento de cada um ao seu modo, matar a saudade que sente deles com visitas ao cemitério, lugar de paz. E porque não dizer, para que nos lembremos de que iremos todos para o mesmo lugar: ”somos pó e ao pó voltaremos” (Ec 3,20), e como está em Mt 25,13 “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora”.
         Esforcemo-nos, portanto, para alcançar ainda em vida a perfeição mediante a força que Cristo nos dá, e a morte, então, não será nenhum motivo de medo, de derrota,  mas de glória, pois que é morrendo que se vive para a vida eterna.
Diac. Narelvi