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domingo, 27 de outubro de 2013

COMBATI O BOM COMBATE



REFLEXÃO DOMINICAL
30º DTC – Ano C – 27.10.2013
Eclo 35,15b-17.20-22ª; 2Tm 4,6-8.16-18; Lc 18,9-14

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
         Como sempre, mais uma vez a Sagrada Escritura direciona o homem para a igualdade, fraternidade, para a humildade e para a vitória.
         Quando refletimos sobre as leituras bíblicas dominicais não estamos  lendo jornais ou revistas ou ouvindo e assistindo programas de televisão cujos escritores na maioria das vezes querem superar o Sagrado para fazer valer o mundano ou fé interesseira em “curas milagrosas” ou riquezas.
         Daí a importância do cristão de acompanhar, sim, os periódicos dos noticiários e tudo o mais que faz parte da cultura humana, porém, sem jamais deixar de colocar em primeiro plano  os Ensinamentos de Deus para que sua cultura não seja irracional.
         O Eclesiástico ensina que Deus tem a todos num mesmo  nível. Para Ele as raças, os pobres ou ricos, os inteligentes ou ignorantes, as pessoas lindas ou feias, e até mesmo pessoas de crenças diferentes merecem o mesmo respeito e igualdade de direitos. Todos devem ser tratados igualitariamente. Deus espera que cada um sinta-se responsável através de seu próprio exemplo como luz aos irmãos oportunizando-lhes uma vida digna, que mesmo com suas diferenças naturais possam alcançar os direitos a uma vida feliz conforme Deus planejou aos homens. 
         Ora, se Deus faz tal afirmação é porque a desigualdade existe e o que Ele quer, então, é dizer que o homem deve saber administrar o tratamento que deve ser dado a cada um. Portanto, irmãos, somos responsáveis pelo equilíbrio social, moral, religioso, familiar, enfim, da cidadania  dos homens para que todos sejam tratados com a mesma medida e oportunidade.
         Deus dá o seu exemplo quando afirma que não despreza as suplicas dos oprimidos, ouve os pobres, não despreza os órfãos e tem paciência para ouvir os desabafos e magoas da viúva sintetizando na sua fala todos os que Dele necessitam.
         A conversa com Deus se faz pelas obras e pelas orações que chegam com certeza aos seus ouvidos ressalvando que mesmo demorando segundo o nosso critério de contagem do tempo, nossos pedidos atravessam as nuvens  e chegam a Ele numa sugestão evidente de que devemos confiar, ter fé, paciência, e que no momento oportuno a justiça será feita àqueles que esperam e confiam em Deus.
         Contudo, irmãos, uma advertência faço: Deus quer que os homens, por tudo aquilo que aprenderam e pela formação religiosa que tiveram, colaborem com o Reino fazendo a parte que lhes compete, pois quer que você, meu irmão, seja um dos instrumentos do Pai para que cessem as discriminações, as injustiças, os sofrimentos, as desigualdades, as maldades. Você, meu irmão, é convidado pelo Criador para fazer parte desse milagre esperado e tornar realidade a vida plena dos homens já aqui na terra como primeiro passo para a eternidade.
2ª PARTE
         Jesus veio a este mundo para fazer a sua parte na missão confiada pelo Pai. Uma vez perdidos pelo pecado, fomos restaurados pela graça de Deus pela entrega de seu Filho Jesus Cristo.
         Sem Cristo, portanto, não alcançaríamos a salvação.  Você será capaz de apontar algo maior e melhor do que isto?
         Somente os que se fazem de cegos ignoram que a vida existe, que nós existimos em função de Deus. Somos criaturas de Deus. Sem Deus a nossa vida terrena seria uma inutilidade. Nenhum tesouro material, nada, absolutamente nada se compara ao tesouro do Céu.
         Daí a razão da preocupação que devemos ter no sentido de que a busca por esse futuro real junto de Deus deve ser uma ação ou atitude constante separando as ações do mal para reter consigo somente as ações do bem, assim como quem separa o joio do trigo.
         Vejam o que São Paulo testemunha na carta de hoje. Que expressão maravilhosa que me causa inveja no bom sentido.
         Todos sabem que o homem vale por sua conduta ilibada humanamente falando. Mas, mais do que isto valerá se alcançar o Reino dos Céus.
         Estamos sujeitos ao julgamento crítico de nossos irmãos e muito nos agrada quando somos reconhecidos como pessoas queridas. Contudo, o importante é que cada um reconheça-se a si mesmo, pois abaixo de Deus somos os nossos melhores juízes.
         São Paulo foi juiz de si mesmo quando, seguro da sua fé e de suas boas ações, pôde certificar a seu respeito colocando-se como um homem pronto para o sacrifício, isto é, para corajosamente entregar-se ao martírio. “Quanto a mim, já estou preparado para ser oferecido em sacrifício”. E até poeticamente registra o seu reconhecimento: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim ma coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa”.
         Observem, irmãos, que São Paulo não chamou somente para si o prêmio do Céu, mas ressalvou que a coroa da justiça está reservada a todos os que, como ele, souberam humildemente chegar a conversão e se tornaram cristãos exemplares e servidores da causa de Cristo. Que satisfação, irmãos, saber por São Paulo que por Cristo Deus Pai está a minha espera e a espera de vocês. 
         Mesmo que em determinados momentos tenhamos nos sentido sem defesa, Deus dá forças suficientes para a superação e vitória em Cristo.
3ª PARTE
         São Lucas transcreve a parábola de Jesus ensinando que a humildade está acima de tudo. Não somente em nossas condutas humanas, mas principalmente em nossas atuações religiosas.
         Rezar é uma atitude de fé interior, um momento de conversa com Deus.
         Rezar em público, testemunhar a fé diante dos homens é um ato corajoso, honroso e digno porque revela que não temos vergonha de testemunhar que somos cristãos.
         O que Jesus reprova, é fazer de nossos momentos de oração ou de trabalhos de Igreja motivos de soberania ou prepotência sobre os demais. É querer aparecer diante dos outros até escondendo a presença principal de Jesus. Quem assim age está chamando a atenção não para Deus, mas para si mesmo. E nesses casos nada se aproveita. Ainda mais quando o agente tem o firme propósito de afastar irmãos do ministério, ou fiéis da Igreja como se fossem descartáveis ou desnecessários.
         Maravilhoso para Deus é ver que o homem dedica-se à sua missão colaborativa material, porém, sem perder a humildade. A oração e o trabalho dignificam o homem, mas devemos deixar que esses reconhecimentos partam dos outros e não de nós mesmos.
         Por isto que na parábola Jesus mostra que agradou mais a Deus aquele cobrador de impostos que encabulado por suas ações batia no peito dizendo: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!”.
         Irmãos queridos. Que a reflexão de hoje permita-nos rever nossas atitudes.  Que sejamos transformados em homens e mulheres melhores cúmplices na prática do bem para que haja paz e harmonia entre os homens, que nossos corações assemelhem-se ao de São Paulo e que estejamos prontos para declarar quando chegar nossa hora: “Combati o bom combate ...”
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diác. Narelvi.

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