HOJE É DIA DA PADROEIRA DE MORRETES PR, NOSSA SENHORA DO PORTO
REFLEXÃO DOMINICAL
23º DTC - Ano C – 08.09.2013
(Sb 9,13-18; Fm 9b-10.12-17; Lc 14,25-33)
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
Desígnio quer dizer, desejo, vontade, projeto,
intenção, propósito.
Quando falamos em desígnio de Deus
entramos num espaço desconhecido para nós. O v. 16 da primeira leitura
(Sabedoria) nos coloca numa posição de pequeninos diante da grandeza de Deus: “Mal podemos conhecer o que há na
terra, e com muito custo compreendemos que está ao
alcance de nossas mãos; quem, portanto, investigará o que há nos céus?”.
Contudo,
uma coisa é certa: mais do que um simples desejo, desígnio é um propósito de
amor de Deus para conosco. Mas para que possamos descobrir o que Deus quer para
nós precisamos nos aproximar e confiar Nele.
Deus
quer o melhor para nossa vida material mais especialmente para a via
espiritual. O desígnio de Deus nada tem a ver com o ser rico ou pobre, ou com a
desonestidade, mas quer que todos nós tenhamos vida plena e em abundância
dentro da justiça.
Portanto, nas mãos de Deus
estão nossos desígnios. A questão é usar da sabedoria para colocar em prática
as regras do bem alcançáveis quando nos colocamos em comunhão com o Senhor. Os
instrumentos estão ao nosso alcance e disposição nas regras de condutas dos
Mandamentos, e do maior deles, o do amor ao próximo e em tudo aquilo que Jesus
veio completar para mostrar o caminho que leva o homem de volta a Deus. E a
Igreja não está excluída de seu Plano como luz inspiradora e orientadora das
nossas consciências sem nos privar do livre arbítrio sob a responsabilidade de
cada um.
Quando
o homem pensa que já sabe tudo, quando dificulta a influência dos desígnios de
Deus afastando-se do Sagrado, endeusando o dinheiro e a riqueza, desprezando ou
fechando os olhos para os necessitados, poderá não viver os seus desígnios.
Em Jr
29,11, o Senhor garante: "Bem
conheço os desígnios que mantenho para convosco - oráculo
do Senhor -, desígnios de prosperidade e não de calamidade, de vos garantir um
futuro e uma esperança".
Tenho certeza, irmãos, que Deus reservou
para mim, dentre tantos outros, os desígnios
da família e do ministério diaconal que eu senti e respondi. Contudo, o sentido
das leituras de hoje e a realidade que conheço mostra que muitas vezes os
desígnios que nos foram traçados são dificultados por ações de terceiros que
intervém negativamente, que os vv. 14-15 explicam: “Na verdade, os pensamentos dos mortais são tímidos e nossas reflexões incertas: porque
o corpo corruptível torna pesada a alma e, tenda
de argila, oprime a mente que pensa” Mas força de Deus é superior
e quando você se esforça para alcançar os seus ideais sadios, no momento certo
tudo acontecerá.
2ª PARTE
O Evangelho nos brinda com uma das
maravilhas divinas, a humildade e a vontade de servir.
Sabemos que estamos num mundo
contaminado pelo pecado que mesmo encravado em todos pelo pecado original, por
Jesus fomos libertados. Porém, a mancha permanece não como uma marca irremovível
porque Cristo nos ensinou como perseverar na fé e no caminho do bem que pela
graça sacramental somos capazes de refazer nossas vidas sempre para melhor e
para a santidade.
Lucas narra o que Jesus ensinou para
segui-Lo: A RENÚNCIA a todos os males que possam prejudicar a nossa vida
social, familiar ou religiosa.
A linha de frente da Igreja, como
discípulos, estão os bispos, presbíteros e diáconos, mas nunca, em tempo algum,
isto foi privilegio dos ordenados uma vez que toda a humanidade é chamada a ser
discípulo de Cristo.
O Evangelho mostra claramente no mal a
oposição ao bem. Daí decorrem as
dificuldades, os entraves que se tornam cruzes em nossas vidas que cada um
sente por si mesmo. Porém, nada do que é contrário nos priva da comunhão com
Deus. É preciso que mesmo carregando
nossas cruzes percorramos o caminho traçado pelos desígnios de Deus. Quem não
enfrenta as dificuldades acovarda-se e não pode ser então, discípulo de Cristo.
Para viver como Filhos de Deus,
seguidores de Cristo, o Evangelho destaca que precisamos de uma sólida preparação.
Precisamos aprender bem nossos primeiros passos com o batismo seguido de toda a
caminhada sacramental da Igreja. É o projeto para uma construção, são os
guerreiros para a batalha conforme Jesus se expressa oferecendo a alternativa
da paz.
Quem não renunciar seus prazeres
mundanos, a sua descrença, as suas maldades, as suas dificuldades para optar
por uma vida justa, consagrada e religiosa não poderá ser digna de Cristo nem
segui-lo.
3ª PARTE
São
Paulo deixou um exemplo extraordinário de vida depois que renunciou seu passado
pecaminoso. E que belo testemunho dele ouvimos quando se apresenta a Filêmon
como um homem velho que está prisioneiro de Cristo pelo vínculo do amor.
disposição da comunidade para reuniões e
celebrações. Um dos seus escravos, Onésimo, roubou dinheiro e fugiu mas foi
descoberto e preso. Coincidentemente foi na prisão que Onésimo conheceu Paulo.
Vemos aqui dois presidiários: um, Paulo, preso por seguir a Jesus, e Onésimo
preso pela prática de um crime. Presos, criaram amizade e companheirismo tendo
Onésimo contado o que fizera na casa do patrão Filêmon, que para surpresa de
Paulo era o seu amigo convertido. Onésimo também se converte.
Onésimo mostrou arrependimento e
confidenciou sua vontade de retornar para a
casa de Filêmon. Ao sair da prisão, Onésimo leva uma carta escrita por
Paulo recomendando a Filêmon que acolhesse “aquele
que fiz nascer para Cristo na prisão” a quem carinhosamente chama de “meu
filho”, não mais como escravo,
mas como irmão.
E como Paulo foi gentil e amoroso em sua
carta. Com que respeito dirige-se a Filêmon.
Vejam irmãos, Filêmon, Onésimo e Paulo
souberam descobrir os desígnios de Deus e os colocaram em prática. Eu e você
também temos os nossos, vamos favorecer para descobri-los!
Falei anteriormente sobre a intervenção de terceiros que pode ser de
efeitos positivos ou negativos. No caso dos três, Paulo foi o primeiro a por em
prática positivamente um de seus desígnios em favor de Filêmon, depois em favor
de Onésimo que mesmo tendo ferido a confiança do patrão voltou a ser acolhido
como irmão.
Saibamos irmãos, descobrir o que Deus
espera de cada um. Mas Deus espera também que nós não sejamos empecilhos aos
nossos irmãos impedindo-os de viver as suas vocações.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.
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