REFLEXÃO DOMINICAL –
17.02.2013
1º domingo da Quaresma
Dt 26,4-10; Rm
10,8-13; Lc 4,1-13
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
Introdução:
Neste primeiro domingo da Quaresma
tenhamos em conta que Quaresma é um tempo de reflexão, penitencia e
reconciliação. Lembra 40 dias. Quarenta dias antes da festa da Páscoa
(Ressurreição de Jesus). Começa na 4ª feira de cinzas e termina na quarta-feira
da semana santa. Quarenta é um número simbólico tantas vezes citado na bíblia e
que a Igreja escolheu para determinar um tempo antes da Páscoa justamente para
a preparação pascal.
Depois virá o tríduo
pascal, 5ª feira, 6ª feira e sábado, com a Ressurreição no domingo.
Os
católicos devem nesse tempo aproveitar para fazer retiros e mais orações
preparando o coração para a acolhida do Cristo vivo, Ressuscitado no dia da
Páscoa. A Igreja veste-se de roxo para lembrar a tristeza e a dor pela Paixão
de Cristo.
1ª PARTE
No Deuteronômio, quem escreveu narra um episódio
comovente de uma família que vem de fora com algumas pessoas, ocupam um espaço
na cidade e nela vivem como comunidade inexpressiva e mesmo assim superam as dificuldades e crescem embora
maltratadas e escravizadas pelos
moradores que lá já se encontravam.
Apesar
da discriminação esse povo mantém a fé e jamais deixou de clamar ao Senhor, o
mesmo Deus de outrora, de seus pais, de sempre. E o Senhor ouviu seus pedidos e
sensibilizou-se com a opressão, angustia e miséria em que viviam.
O
Senhor os tirou daquela cidade e mesmo com a dor dos sofrimentos deixaram-se
conduzir para outro lugar, outra cidade, para uma terra “onde corre leite e
mel”. E com seus trabalhos a terra produziu bons frutos e veio a gratidão. Os
primeiros frutos foram colhidos, colocados numa cesta entregue ao sacerdote que
a colocou diante do altar do Senhor. Uma atitude firme de fé tomou conta deles
e com mais força ainda “inclinaram a cabeça em adoração a Deus”.
Podemos
nos colocar no lugar desse povo. Muitas vezes também somos como estrangeiros em
nossa própria cidade. Também passamos por momentos de angustia e de rejeição. E
lembramo-nos de nossas origens e de nossos pais como “arameus errantes”, não no
sentido moral, mas de quem procuravam algo, um lugar que os satisfizessem, e
também sofreram.
Na dificuldade, é o Senhor Deus quem
nos conduz.
Hoje
não precisamos ser levados para outras terras. Aqui mesmo Deus saberá como nos
mostrar de onde partem as discórdias e um lugar especial será reservado. Deus
favorece aqueles que o procuram e permitirá que o leite e mel corram onde estivermos.
Cada um que confia no Senhor encontrará um lugar especial para viver, e principalmente
para viver a religiosidade e a espiritualidade.
A
quaresma é o tempo litúrgico apropriado para ensinar que devemos oferecer ao
Senhor as nossas mãos para que Ele nos conduza para uma terra nova mesmo que
seja no mesmo lugar, para, então, conhecermos melhor o Cristo Ressuscitado a
quem devemos oferecer os frutos das nossas vidas, assim como fazemos no Ofertório
das Missas.
2ª PARTE
Estamos no
tempo de recordações dos sofrimentos de Jesus. Mas acima de tudo, do que virá
depois, a sua vitória como Ressuscitado.
No
Deuteronômio vemos que aqueles homens curvaram suas cabeças em adoração ao Pai.
Hoje São Paulo destaca as Sagradas Escrituras lembrando que a Palavra está
perto de cada um, perto dos nossos corações como palavra de fé pregada primeiramente
por Jesus, depois pelos Apóstolos e atualmente pelos servos da Igreja e pelo
Povo de Deus em nome do Senhor Jesus.
Espera-se
de nós cristãos católicos que fortalecidos pela fé proclamemos Jesus a todos
como nosso Deus e Senhor, pois está escrito que se revelarmos nossa identidade
cristã seremos salvos.
Irmãos e irmãs, também se assumirmos
a nossa fé católica não seremos confundidos com os infiéis e com os que escondem sua crença.
3ª PARTE
Não
raramente nos encontramos com irmãos que afirmam não haver necessidade de
“ficar falando sobre Jesus e nossa religião”. Cuidado!
São
Lucas narra no Evangelho as tentações sofridas por Jesus. Se a ele a tentação chegou,
imagine a nós.
As
tentações atiradas contra Jesus e que estão no Evangelho de hoje foram derrotadas
pelas respostas simples, mas sábias. “Não só de pão vive
o homem”, “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás”, “Não tentarás o
Senhor teu Deus'.
A lição, portanto, é viver a
espiritualidade, adorar, servir e não tentar o Senhor nosso Deus.
O diabo não é nosso
imperador. Jesus mostrou e nós católicos sabemos que podemos derrotar o maligno
bastando colocar Deus acima de tudo. Assim são os bons católicos. Não precisam de
expulsões teatrais do demônio nem fora nem dentro dos Templos porque de quem
ama a Jesus, vive os Sacramentos, tem Maria como defensora, e a Eucaristia como
alimento de vida, o demônio afasta-se tal qual fugiu de Jesus.
Louvado seja
N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi
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