LEVANTA-TE. EU, TAMBÉM, SOU APENAS UM HOMEM.

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

        

         Somos desafiados a examinar a nossa conduta em relação ao próximo.

         No exemplo de Pedro como evangelizador, chama-nos a atenção para o fato de que ele reagiu de imediato a uma atitude que, embora de respeito de parte de Cornélio, não deixou de ser, também, um gesto de humildade ao se prostrar diante dele reconhecendo-o como alguém  importante e famoso pelas suas palavras como homem de Deus.

         Cornélio era bastante religioso e queria ouvir mais sobre o Deus que ele seguia e sobre Jesus. Pedro era a pessoa indicada para através das suas palavras crescer mais espiritualmente.  Daí a sua emoção ao vê-lo, contida pelo apóstolo: “Levanta-te. Eu, também, sou apenas um homem”.

         A atitude de Pedro foi de quem estava para servir e não para ser servido conforme lhe ensinou Jesus Cristo. Se a sua missão era de levar a mensagem de Jesus a todas as criaturas, atender ao chamado de Cornélio dispensava agradecimento e manifestação quase que devocional.  E já de inicio Pedro coloca todos em igualdade de condições reconhecendo que Deus não faz distinção entre as pessoas.

         Podemos ampliar essa maneira de proceder para fora da Igreja templo e aplica-la indistintamente a qualquer um no meio em que vivemos, pois que também é uma forma de igreja quando incluímos Jesus.

         A lição de Pedro é bem oportuna para que ninguém, seja evangelizador consagrado ou leigo, se deixe levar pelo orgulho discriminatório só porque faz alguma coisa diferente dos outros.   

         Deus aceita a todos que tenham o desejo de aproximar-se Dele e praticar a justiça. E essa mensagem foi dada a todos aqueles convidados por Cornélio – parentes e amigos- que atentamente ouviram e foram tocados pelo Espírito Santo e chamados para Cristo a iniciar pelo batismo.

2ª PARTE

         São João destaca bem em sua carta o simples fato de que Deus ao ter enviado seu Filho ao mundo, já foi prenuncio da importância da unidade e da aproximação entre os povos mediante a prática do amor que somente é experimentado e enraizado na medida em que se conhece melhor Deus já que foi Ele quem nos amou primeiro e pede que consideremos a vivência do amor recíproco entre os homens.  

         Naturalmente que Pedro era o exemplo vivo do servidor que não impõe porque sabia que fora escolhido por Deus para a diaconia do serviço.

         A recíproca é verdadeira quando se trata de relacionamento entre pessoas.

        No caso de Pedro, como apóstolo, não foi ele que procurou Jesus, mas foi por Ele escolhido para o exercício do ministério ordenado e pregar a Palavra de tal maneira que produzisse bons frutos, e mais ainda, que os frutos permanecessem no irmão.

Respeito, acolhida, disponibilidade, acreditar no que está fazendo,  e muito amor são alguns predicados inafastáveis para que os chamados por Jesus para os serviços do Altar e toda a comunidade seguidora possam, juntos, sem rivalidades e preferências, com um só coração, ouvir e aceitar o que Deus tem a nos oferecer.

Não deixemos a vaidade prejudicar os nossos planos e os Planos de Deus, mas também não deixemos de reconhecer e de agradecer os valores daqueles que de um modo ou de outro, na vida religiosa ou comunitária, são lideres corretos e bem intencionados que voluntariamente estão a serviço do Evangelho e colocam acima de tudo, o Projeto de Deus.

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.

Diac. Narelvi.