Reflexão dominical
2º domingo da Páscoa - 15.04.2012 - Ano B
At 4,32-35; 1Jo 5,1-6; Jo 20,19-31
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE:
“Um só coração e uma só alma!” Assim começa a liturgia da Palavra deste domingo.
Para nós, hoje, parece uma utopia. Podemos nos justificar dizendo que os tempos mudaram, a população multiplicou-se extraordinariamente, que antes as comunidades eram formadas por pequenos números de famílias, que havia o costume da troca de mercadorias entre si, etc. etc.
Mas a lição daqueles cristãos principiantes nos traz um modelo de vida que não se tornou utópico. O Cristo ressuscitado é o mesmo. Como eles, também anunciamos o Ressuscitado e nos deixamos envolver pelo profundo sentimento de unidade e reconciliação que a paixão, morte e ressurreição de Jesus nos inspirou nesta Páscoa.
De uma forma um tanto diferente deles, fazemos parte de um Município, Estado e Nação que no conjunto nos faz comunidade e nos chama ao exercício da cidadania.
É possível, sim, partilhar um pouco do que é nosso com os nossos irmãos mais necessitados. É possível educar-se para que, mesmo sem colocar tudo em comum, participemos dentro do nosso território residencial ou de trabalho como cidadão politizado, cristão, atuando de uma maneira tal que predomine dentro da nossa sociedade a honestidade, o direito a vida, a família, a educação, a saúde, a liberdade, enfim, tudo o que se possa resumir no ideal de servir segundo as lições do mestre Jesus Cristo e exemplos daqueles nossos religiosos do Ato dos Apóstolos, animados pelo sentimento do amor como dom perpétuo de Deus que o Espírito Santo implantou em todos os seres humanos como essência da vida que nunca muda.
Sabemos que o sistema de se viver a vida em comunhão uns com os outros já nasceu com os primeiros homens e mulheres quando Deus os criou e o Criador assim projetou para sempre, não sendo, portanto, nenhuma invenção cristã nem de qualquer outra religião antiga.
Entretanto, houve “desvio de percurso”, digamos assim, que desviou o homem desse rumo fadando-o ao pecado. Aqui entra o Cristo reconquistando os pecadores com um único lema: AMAI-VOS UNS AOS OUTROS.
2ª PARTE:
Compreendemos, então, a primeira carta de João de hoje. Se crê que Jesus é o Cristo, então você está no caminho certo, acredita em Deus Pai. E como tudo vem de Deus, em Jesus devemos colocar a nossa vida mediante a fé de que Ele é o próprio Deus, e a observância da sua doutrina e dos mandamentos, levará a viver em comunhão com todos e a transformar este mundo numa comunidade de paz a caminho do Reino. Vejam no Evangelho de João, que num dia de domingo, Jesus aparece no meio dos discípulos e os saúdam dizendo: “A paz esteja convosco”. E em seguida concede aos seus eleitos um mandato: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.
Como Tomé não estava lá naquele momento, necessitou que Jesus o convencesse pessoalmente. Depois viu e acreditou. “Meu Senhor e meu Deus” foi o seu ato de reconhecimento. Evidentemente que Jesus alegrou-se, mas destacou aqueles que acreditaram sem terem visto.
Irmãos. Jesus continua conosco e tudo é possível para quem nele crê. Agora com Jesus temos uma única Igreja dirigida pelos sucessores daquele mandato primeiro, uma única religião, uma única crença, uma única fé que resume toda a história da Salvação, que abre caminho para que sejamos iguais, irmãos com um só coração e uma só alma.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diác. Narelvi
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