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domingo, 8 de abril de 2012

PASCOA DA RESSURREIÇÃO - 2.012



Reflexão: Páscoa da Ressurreição 2.012
Domingo, 08.04.2012 – Ano B
Mc 16,1-7; At 10,34a.37-43; Cl 3,1-4; Jo 20,1-9

 Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

Esta nascendo hoje uma nova igreja. Religiões sempre existiram com seus fundadores que procurando interpretar o divino ditavam suas idéias. Alguns ligados a deuses ou espíritos que segundo a história habitavam as rochas, as árvores, os rios, animais, deuses gregos e deuses romanos, de quem se esperavam compensações através de oferendas, canções, danças, sacrifícios, magias, até de sacrifícios humanos e tantos outros rituais.
         Sintonizamos-nos em Abraão que em obediência a Deus deixou o politeísmo e foi fundador do judaísmo considerada a primeira religião monoteísta (adorava um único Deus, Javé, Senhor absoluto do céu e da terra, Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis) de onde derivaram o cristianismo e o islamismo. A profecia do Messias consta do Antigo Testamento, transmitida por homens como Isaias, Moisés e Abrão. O cristianismo surgiu com Jesus Cristo revelado que foi como o Messias prometido, não aceito como tal pelo judaísmo e islamismo que ainda aguardam “o seu messias”.
“A fé cristã professa que o Deus revelado a Abraão, a Moisés e aos profetas envia à terra seu filho como messias salvador. Ele nasce numa família comum, morre, ressuscita e envia o Espírito Santo para permanecer no mundo até o fim dos tempos. Desde o início o Cristianismo organiza-se como Igreja, sob a autorizada dos apóstolos e dos seus sucessores. Os discípulos espalham-se pelas regiões do Mediterrâneo, inclusive Roma, e fundam várias comunidades”.
         De inicio Jesus poderia não ser o Messias, afinal, como reconhecê-lo como o Filho de Deus prometido?
         É uma história bíblica longa que se soma a tradição e ao magistério da Igreja. O marco final e incontestável de que Jesus é verdadeiramente o Messias esta na sua ressurreição uma vez que antes, tantas profecias já apontavam para Ele, inclusive pela participação de Maria no Plano de Deus, escolhida para gerar humanamente um Filho sob a ação do Espírito Santo, cujo nome escolhido foi JESUS.
         O Novo Testamento, então, para os cristãos, é uma conclusão do Antigo Testamento que tem toda a sua história direcionada para Jesus.
         Portanto, o NT marca exatamente a historia de Cristo, escrito que foi sob a inspiração de Deus por homens que conviveram com Jesus como os apóstolos e discípulos, e também por seguidores contemporâneos.
         Nenhum dos grandes filósofos, religiosos ou fundadores de religiões da antiguidade e da modernidade chegou à ressurreição. Nasceram, cresceram e morreram. Cristo foi o único profetizado que nasceu, cresceu, morreu e ressuscitou.
         Portanto, a Páscoa da Ressurreição tornou-se para os cristãos a maior e expressiva data da cristandade, maior até do que o próprio Natal de Jesus porque se o seu nascimento trouxe uma expectativa de fé na sua divindade, a sua ressurreição deixou a certeza de que é verdadeiramente o Messias, o próprio Deus encarnado.
         Hoje somos conduzidos à alegria do Ressuscitado, convencidos pela Tradição, pelo Magistério da Igreja e principalmente pela Bíblia. E encontramos nos textos do AT e NT provas alicerçadas na fé, principalmente nos Evangelhos, Palavra viva de Jesus, testemunhada por quem com Ele conviveu até Pentecostes e assistiu a sua ascensão, de que de fato Ele é o Messias Ressuscitado, nosso Deus e Salvador.
         Páscoa cristã, portanto, é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida, a Ressurreição. Para uma vida nova, convertida, deixando para trás o pecado e tudo o que desagrada a Deus. 
         O Papa Bento XVI na Vigília Pascal de sábado, assim pregou:

“A Páscoa é a festa da nova criação. Jesus ressuscitou e nunca mais morre. Arrombou a porta que dá para uma nova vida, que já não conhece doença nem morte. Assumiu o homem no próprio Deus. (…) Abriu-se uma nova dimensão para o homem. A criação tornou-se maior e mais vasta. A Páscoa é o dia De uma nova criação, mas por isso mesmo, neste dia, a Igreja começa a liturgia apresentando-nos a criação antiga, para aprendermos a compreender bem a nova.”

         São Paulo em 1 Cor 15, 14 coloca a ressurreição como o alicerce da nossa fé num Jesus Messias, Deus e Salvador: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”.
         No Evangelho de Mc 16, 5-7, Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago, e Salomé, foram as primeiras pessoas a saber da ressurreição. Ao visitarem o túmulo o encontraram vazio e um anjo lhes disse: “Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou. Não está aqui ... Ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele irá à vossa frente, na Galiléia. Lá vós o vereis, como ele mesmo tinha dito”.

A Igreja também conta nos tempos de hoje com seus anjos anunciadores nas pessoas dos bispos, padres e diáconos, religiosos e religiosas, e um número enorme de fiéis leigos evangelizadores que fazendo o papel daquelas mulheres,  e convictos do Ressuscitado, cumprem a missão de correr atrás dos amigos de Jesus com o mesmo propósito de encontra-Lo, não na Galiléia mas nas Missas, principalmente as dominicais pois que ressuscitou num domingo, onde Ele já espera, no Sacrário. Afinal, “tendo você ressuscitado com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus”. Cl 3,1-4

Feliz Páscoa
Diác. Narelvi

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