REFLEXÃO DOMINICAL
3º Domingo da Páscoa –
22.04.2012 – Ano B
At 3,13-15.17-19; 1Jo 2,1-5ª; Lc 24,35-48
1ª PARTE
Prezados amigos e
irmãos em Jesus Cristo
O Atos dos Apóstolos é um livro pratico
sobre as atividades dos apóstolos. “São compendio e prática do Evangelho,
porquanto descrevem a vida da Igreja nascente, e os triunfos da graça e das
virtudes cristãs” (Bíblia Ave Maria, 7ª edição, Paulinas).
O autor (Lucas) cita Pedro fazendo uma
ligação entre o Deus de Abrão, de Isaac e de Jacó à pessoa de Jesus Cristo como
sendo o mesmo Deus. Lembra aos algozes sobre a atitude errada que tiveram
entregando à morte Jesus, preferindo Barrabas a ele. Acusou-os de matadores do
autor da vida que vencendo a morte, ressuscitou diante de testemunhas,
inclusive de Pedro.
E aqui vemos Pedro agindo sob a ação do
Espírito Santo e obediente a tudo o que aprendeu do Mestre como
um sacerdote que aprendeu a amar e perdoar: “Eu sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes”, chamando-os, assim, para o
arrependimento.
Não somos tão diferentes
daqueles. Continuamos responsáveis pela morte de Cristo em razão do pecado
original. E quantos ainda trocam Jesus pelos barrabás de hoje optando
livremente pela vida pecaminosa deste mundo descomprometidos com a moral, com a vida política, social,
familiar e religiosa; rejeitam de um dia para outro os Sacramentos e os
sacramentais, o respeito aos Santos, a Maria e tantos outros fundamentos que o
catolicismo ensina, preferindo a ceia simbólica, os carnês que definirão o
tamanho do amor por Cristo de acordo com a contribuição ($$$) que se dá, as sessões de “milagres” a granel e festivos, a riquezas e tantas outras conveniências
materiais necessárias e importantes, sim, entretanto, releganado a um segundo plano o maior projeto divino que é a busca e o
encontro com Deus na eternidade.
Os ministros sucessores de Cristo e dos Apóstolos estão aí há dois mil anos anunciando o
Cristo e a Salvação, agindo in persona
Christi reconhecendo “sei que muitos agem por ignorância religiosa”, e sem
desanimarem continuam com a Missão evangelizadora outorgada por Jesus e com a
mesma alerta de Pedro: “Convertei-vos e arrependei-vos”.
2ª PARTE
O pecado é a tona de toda
a preocupação de Jesus. Entretanto, não é uma ferida incurável, pois o antídoto
foi inserido nos homens por Cristo na
sua morte na cruz. Contudo, as recaídas
existem, sabemos, mas o arrependimento, o perdão, a conversão são oportunidades
abertas e superáveis pelo infinito amor de Deus
que perdoa sempre (Mt 18, 21-22) porque Ele coloca acima de tudo a
virtude do amor e abre a porta do Céu pára todos.
O tratamento carinhoso de João
evangelista é o mesmo que todos esperamos ouvir dos ministros ordenados da
Igreja: “Filhinhos, (digo) isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo”, sem lhes faltar
a firmeza da necessária advertência: “Quem diz: 'Eu conheço a Deus', mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. Naquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado”.
3ª PARTE
Pois é, meus irmãos. Que
preocupação nos causa muitas vezes aproximarmo-nos de Jesus. Ora parece fácil,
ora parece difícil!
Os discípulos de Emaus
servem para mostrar que Jesus chega sempre de forma mansa e tranqüila, quando
até menos esperamos.
Aparentando em principio um estranho, a sua saudação
já foi um atrativo para ouvi-lo: “A paz esteja convosco!”. “Por que estais preocupados, e porque tendes dúvidas no coração?” E aos poucos vai se revelando, até que juntos, à
mesa, acontece a Eucaristia: “tomou o pão, abençoou-o, depois partiu-o e distribuiu-o a eles” e eis que Jesus é reconhecido.
Em certa ocasião, um amigo
meu de saudosa memória, não muito religioso, presenciou numa MIssa o ato da
Consagração sem entender do que se tratava e comentou comigo que havia sentido
no momento em que o padre elevou o pão e o vinho uma sensação diferente que o
causou arrepio pela emoção. O amigo teve uma experiência parecida com a que
tiveram os discípulos de Emaús: “Não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras?”,
disseram.
Aos que abrem o coração para dar
oportunidade à espiritualidade e religiosidade e para ouvir a voz de Jesus, tudo
se torna muito mais fácil.
Sabem como Jesus tocou o coração de Levi
(Lucas)? Simplesmente olhou pra ele e disse: “Segue-me!”.
Louvado seja N.S. Jesus
Cristo.
Diác. Narelvi.
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