Evangelização

Artigos

Perguntas e Respostas

Comentário sobre os temas nas respectivas postagens

Para outros comentários e sugestões clicar o link COMENTÁRIOS DIVERSOS

sábado, 24 de março de 2012

SER IRMÃO

    
    Sabem, nesses últimos anos tenho sofrido involuntariamente uma “temporária abstinência ministerial” que têm me levado a algumas meditações interessantes sobre a religiosidade católica. Uma delas é a  conduta que deveria ser extremamente fraterna. 
       A palavra “irmão” que estamos acostumados a ouvir em aberturas de celebrações e pregações como saudação inicial e que deveria ser, aliás, a nossa identidade cristã, é uma raridade ouvi-la entre nós quando nos encontramos dentro ou fora da igreja. Fugimos daquele jeito de amar todo especial dos nossos primeiros cristãos que o Atos dos Apóstolos 2, 42.44-47 assim descreve:

“Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações. Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e os seus bens, e dividiam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um. Unidos de coração freqüentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia lhes ajuntava outros que estavam a caminho da salvação”.
         
       Muitas vezes nos sentamos lado a lado nos bancos do templo e não nos enxergamos; nem um oi, bom dia, até logo ou tchau. Apesar do discreto abraço da paz quantos mantém indiferença, inimizade ou antipatia com alguém la de dentro, ou com vizinhos, familiares ... Temos até ministros ordenados que não gostam de outros ministros ordenados, outros não gostam de freiras, outros de carismáticos ...
Talvez você esteja pensando: “exagero seu, diácono!”. Aceito e torço para que seja, ressalvando que tais comportamentos são exceções à regra, pois reconheço que a maioria  procura viver a sua religiosidade modelada em Jesus Cristo. Mas infelizmente o que marca e fere é justamente a exceção negativa, os que estão do lado avesso. E nessa misturança de acertos, conflitos e incoerencias vamos levando a nossa vida religiosa. Mas não podemos jamais esquecer de que necessitamos de uma melhor formação doutrinaria cristã para fazer das nossas convivências celebrativas verdadeiros momentos de unidade, amor e fraternidade tão fortes que ultrapassem as paredes da Igreja e se espalhem pelo lado de fora penetrando nos corações de todos os que ocupam os nossos mesmos espaços para que possamos nos considerar verdadeiramente IRMÃOS.  
     Afinal, se religião significa religação com Deus impõe-se a busca da perfeição e não do mais ou menos. 
Diac. Narelvi

Nenhum comentário:

Postar um comentário