Sete de Setembro!
Ah, lembrei: Independência do Brasil
Dc Dr. Narelvi
Um
pouco de ironia no título para chamar a atenção visto que eu não havia
esquecido.
Quero registrar minha tristeza pela falta de patriotismo que retiraram
do povo brasileiro. Sou de um tempo em que além do que se aprendia em casa, aprendi
também nas escolas como respeitar a família, o meio ambiente, a religião, as
datas cívicas, e de um modo muito especial a PÁTRIA.
Não
se passava um “dia da árvore”, por exemplo, sem cantar: Cavemos a terra, plantemos nossa árvore, que amiga e
bondosa ela aqui nos será!... E não apenas cantávamos, mas com pá na mão
orientados pelos professores, juntos, sempre uma árvore era plantada como símbolo
de preservação e amor pela natureza.
Todas
as semanas, nas escolas e colégios, uniformizados, se perfilava no pátio com
respeito diante da Bandeira, diretora e professores da maior dignidade que
orgulhava os alunos, e juntos cantávamos o Hino Nacional, o Hino Morretense, da
Independência..., e como brado de oração e bairrismo pela nossa cidade e pelo
Brasil terminava com o coração cheio de orgulho sentindo-nos importantes.
Desfiles
comemorativos, todos presentes, Professores, alunos, e o povo.
De
repente o Brasil passou a ser comandado por civis que vestiam roupas da
democracia, mas tinham o coração enamorado pelos comunistas. Veio a ditadura
militar que apesar dos excessos deu um chega pra lá até que entregou de volta o
país aos civis.
Uma nova era nascia com novas esperanças,
mas que caminhou para a corrupção chancelada no governo petista substituindo os
movimentos cívicos, literários e patrióticos democráticos por movimentos de
classes sindicais, dos sem terra, sem teto, bolsas esmolas que dá o peixe mas
não proporciona meios para pescar, mas que por contaminação transformou-se em
movimentos dos cegos descomprometidos, educados por governos populistas que
exploram os pobres em troco de apoio, como se fossem os “coronéis” do passado, com seus ”pacíficos” quebra-quebra, destruição
do patrimônio particular e público, agressivos, como robôs satisfazendo a
estratégia petista com nova bandeira vermelha da revolta e rivalidade entre
classes sociais. O Ensino mudou sua estratégia de ensinar, aboliram-se as
grades curriculares cívicas, alunos diplomados mal formados muitos se
transformando em professores. E que professores! A cultura deformou-se. O
patriotismo foi relegado às traças. Corrupção em todo o país fazendo o povo bom
conviver com essa agressividade social. Autoridades governamentais moralmente
podres sustentando em suas mãos a Constituição Federal e a Bandeira brasileira.
Ninguém canta o Hino Nacional e quando improvisam é para comemorar uma infâmia.
Já vi nossa bandeira cobrindo caixão de traficante e decorando corpos seminus.
Pouquíssimos amam o
Brasil de verdade. A Bandeira passou a ser usada por torcidas esportivas apenas
pelo esporte, plano de fundo para reuniões de ideologias antipatrióticas, para fotos
de inimigos da democracia, e até queimadas em publico por baderneiros que não
representam a cultura brasileira nem têm consciência do que reivindicam, mas
que foram ensinados a destruir.
Hoje,
7 de Setembro, margens do Ipiranga, o brado de Independência ou Morte que já
não está significando muita coisa pela ausência, omissão e desinteresse dos “patriotas” ausentes ao hasteamento das bandeiras na praça.
Ausência de alunos e professores que como educadores deveriam dar exemplo,
fecham seus colégios para greves por interesses pessoais financeiros e para
lembrar na Capital, assiduamente, como “data sagrada” e como se fosse feriado, um evento já superado, mas não se esforçam para participarem um momento cívico na cidade.
Percorri
a cidade e não vi nenhuma bandeira hasteada nos prédios públicos e nas escolas.
Passamos uma por “Semana da Pátria” completamente despercebido. Educação? Cultura? Com orgulho declaro:
Na porta do meu escritório está a Bandeira do Brasil.
Hoje,
7 de Setembro, pela manhã na Praça Rocha Pombo, apenas o hasteamento das
bandeiras com hinos sob o som de gravações timidamente cantado pelas dezenas de abnegados
que lá compareceram. Nada mais aconteceu. Nada mais se viu. Democracia, amor à Pátria, não existem sem
sinceridade e gesto concreto.
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