REFLEXÃO DOMINICAL
Is 42,1-4.6-7; At 10,34-38; Lc 3,15-16.21-22
BATISMO DO SENHOR
Ano C – 10.01.2016
Queridos irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo.
A
leitura que fazemos hoje do livro de Isaias, como sempre, nos leva ao ponto
central da bíblia mesmo o AT, que é JESUS.
Isaias
escreveu pelos anos 701-681 aC., e seu anuncio sempre está na preparação para
que o povo um dia recebesse Jesus.
Certamente
que o profeta não tinha plena visão de quem seria o “Servo” mencionado no v.1,
e até hoje estudiosos da bíblia não chegaram ao conhecimento concreto dessa
pessoa. Entretanto, desde o inicio do cristianismo a conclusão e aceitação é de
que essa pessoa é Jesus.
O nome
de Isaias significa “O Senhor salva”. Muito apropriado para uma pessoa que de
fato recebeu de Deus o dom da profecia.
Segundo
Isaias essa pessoa que Deus chama de meu servo “2Ele não clama nem levanta a
voz, nem se faz ouvir pelas ruas. 3Não quebra uma cana rachada nem apaga um
pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento para obter a verdade. 4Não
esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na terra”.
Jesus
durante sua missão foi justamente assim. Um homem que nunca precisou levantar
sua voz ou de se fazer ouvir pelas ruas com a intenção de sobrepor-se ou
humilhar os outros como se quisesse exibir-se ou se revelar como alguém
superior, mas apenas ensinar a verdade, a justiça, o amor, e pregar a salvação.
Ao mesmo
tempo, esse Servo do Senhor segundo o profeta, jamais desistiria de fazer de
tudo para que os homens não fossem abandonados ou condenados pelas suas ações
erradas, mas insistiria em recupera-los em todos os sentidos da vida seja na material
ou espiritual. É a figura da cana rachada e do pavio que ainda fumega que o
Servo não quebra logo ou deixa o pavio apagar.
Para
nós, insensíveis, rachando-se a cana ela seria jogada fora e destruída como
algo imprestável, irrecuperável; se um pavio estivesse apagando, desistiríamos permitindo
que se extinguisse.
Para Jesus
nada pode ser eliminado, expurgado, principalmente quando se trada de vida
humana que para Ele jamais será abandonada. Não importa o estagio em que se
encontre a religiosidade, por mais que o homem aparente se encontrar no fundo
do poço, corroído pelo pecado, Deus não o desampara, mas tenta por todos os
meios recuperá-lo, transforma-lo em nova vida, novo homem. Para Deus nós não somos descartáveis.
Aprendemos
lições maravilhosas com Isaias a respeito do Servo do Senhor de um tempo
longínquo, antes do nascimento de Jesus mostrando que esse servo amava
profundamente o povo de Deus.
E agora
ouvimos de Pedro no Ato dos Apóstolos que
Deus ama a todos indistintamente. Esse amor infinito do Pai foi que nos trouxe Jesus para anunciar a toda a humanidade a boa nova da justiça, da paz e da salvação que tomou força após o batismo de João com o Messias andando por toda a parte fazendo o bem e curando porque Deus estava com ele no sentido de que Ele era Deus.
Deus ama a todos indistintamente. Esse amor infinito do Pai foi que nos trouxe Jesus para anunciar a toda a humanidade a boa nova da justiça, da paz e da salvação que tomou força após o batismo de João com o Messias andando por toda a parte fazendo o bem e curando porque Deus estava com ele no sentido de que Ele era Deus.
No Evangelho
narrado por Lucas sentimos a presença do povo já a procura do Messias mesmo
ainda sem conhecê-Lo. E João era confundido com Ele.
Mas João que
era precursor de Jesus não se aproveitou da situação e como humilde e sincero
servidor ressalvou sua pequenez diante do Nazareno.
João
enaltece a pessoa de Jesus ressalvando que o seu batismo era com água enquanto
que Jesus batizaria no Espírito Santo e no fogo.
Irmãos e irmãs. O batismo de João não perdoava os
pecados, mas simbolizava o banho da pureza para os arrependidos enquanto que o
Batismo instituído por Jesus acolhia o crente e perdoava os pecados.
O respeito e
reconhecimento da grandiosidade de Jesus levou João a confessar sua pequenez
diante dele a tal ponto de não se considerar digno de desamarrar a correia de
suas sandálias.
Nesta passagem do Evangelho vemos a declaração
do Pai chamando Jesus de seu Filho Amado em quem pôs todo o seu bem querer
confirmando pela revelação que Jesus é o Deus vivo.
Concluímos a reflexão lembrando que o batismo de
Jesus foi mais simbólico, como exemplo que deveria ser seguido, pois Jesus
sendo Deus não tinha pecado nem necessidade de ser batizado.
Portanto,
façamos do batismo um momento solene, sacramental, de profundo respeito,
recolhimento e alegria pela presença de Deus no batizando que o acolhe como
cristão, Filho de Deus e herdeiro do céu.
Cristo Jesus, Vós sois a minha
ajuda e meu Redentor.
Dc Narelvi
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