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domingo, 10 de janeiro de 2016

BATISMO DO SENHOR - 10.01.16



REFLEXÃO DOMINICAL
Is 42,1-4.6-7; At 10,34-38; Lc 3,15-16.21-22
BATISMO DO SENHOR
Ano C – 10.01.2016
 Queridos irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo.

        A leitura que fazemos hoje do livro de Isaias, como sempre, nos leva ao ponto central da bíblia mesmo o AT, que é JESUS.

        Isaias escreveu pelos anos 701-681 aC., e seu anuncio sempre está na preparação para que o povo um dia recebesse Jesus.

        Certamente que o profeta não tinha plena visão de quem seria o “Servo” mencionado no v.1, e até hoje estudiosos da bíblia não chegaram ao conhecimento concreto dessa pessoa. Entretanto, desde o inicio do cristianismo a conclusão e aceitação é de que essa pessoa é Jesus. 

        O nome de Isaias significa “O Senhor salva”. Muito apropriado para uma pessoa que de fato recebeu de Deus o dom da profecia.

        Segundo Isaias essa pessoa que Deus chama de meu servo “2Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. 3Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento para obter a verdade. 4Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na terra”.

        Jesus durante sua missão foi justamente assim. Um homem que nunca precisou levantar sua voz ou de se fazer ouvir pelas ruas com a intenção de sobrepor-se ou humilhar os outros como se quisesse exibir-se ou se revelar como alguém superior, mas apenas ensinar a verdade, a justiça, o amor, e pregar a salvação.

Ao mesmo tempo, esse Servo do Senhor segundo o profeta, jamais desistiria de fazer de tudo para que os homens não fossem abandonados ou condenados pelas suas ações erradas, mas insistiria em recupera-los em todos os sentidos da vida seja na material ou espiritual. É a figura da cana rachada e do pavio que ainda fumega que o Servo não quebra logo ou deixa o pavio apagar. 

        Para nós, insensíveis, rachando-se a cana ela seria jogada fora e destruída como algo imprestável, irrecuperável; se um pavio estivesse apagando, desistiríamos permitindo que se extinguisse.

Para Jesus nada pode ser eliminado, expurgado, principalmente quando se trada de vida humana que para Ele jamais será abandonada. Não importa o estagio em que se encontre a religiosidade, por mais que o homem aparente se encontrar no fundo do poço, corroído pelo pecado, Deus não o desampara, mas tenta por todos os meios recuperá-lo, transforma-lo em nova vida, novo homem.  Para Deus nós não somos descartáveis. 



Aprendemos lições maravilhosas com Isaias a respeito do Servo do Senhor de um tempo longínquo, antes do nascimento de Jesus mostrando que esse servo amava profundamente o povo de Deus.

E agora ouvimos de Pedro no Ato dos Apóstolos que
Deus ama a todos indistintamente. Esse amor infinito do Pai foi que nos trouxe Jesus para anunciar a toda a humanidade a boa nova da justiça, da paz e da salvação que tomou força após o batismo de João com o Messias andando por toda a parte fazendo o bem e curando porque Deus estava com ele no sentido de que Ele era Deus.



No Evangelho narrado por Lucas sentimos a presença do povo já a procura do Messias mesmo ainda sem conhecê-Lo. E João era confundido com Ele.

Mas João que era precursor de Jesus não se aproveitou da situação e como humilde e sincero servidor ressalvou sua pequenez diante do Nazareno.

João enaltece a pessoa de Jesus ressalvando que o seu batismo era com água enquanto que Jesus batizaria no Espírito Santo e no fogo.

Irmãos e irmãs. O batismo de João não perdoava os pecados, mas simbolizava o banho da pureza para os arrependidos enquanto que o Batismo instituído por Jesus acolhia o crente e perdoava os pecados.

O respeito e reconhecimento da grandiosidade de Jesus levou João a confessar sua pequenez diante dele a tal ponto de não se considerar digno de desamarrar a correia de suas sandálias.

 Nesta passagem do Evangelho vemos a declaração do Pai chamando Jesus de seu Filho Amado em quem pôs todo o seu bem querer confirmando pela revelação que Jesus é o Deus vivo.

Concluímos a reflexão lembrando que o batismo de Jesus foi mais simbólico, como exemplo que deveria ser seguido, pois Jesus sendo Deus não tinha pecado nem necessidade de ser batizado.

Portanto, façamos do batismo um momento solene, sacramental, de profundo respeito, recolhimento e alegria pela presença de Deus no batizando que o acolhe como cristão, Filho de Deus e herdeiro do céu.

Cristo Jesus, Vós sois a minha ajuda e meu Redentor.

Dc Narelvi

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