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domingo, 24 de agosto de 2014

ANUNCIAÇÃO DE NOSSA SENHORA - Ilha Rasa - 23.08.14



Queridos amigos e irmãos em Jesus Cristo.

        Hoje a Igreja celebra o reconhecimento de que Nossa Senhora, imaculada, foi elevada ao céu sem passar pela experiência da morte. Por isso ela foi assunta ao Céu, isto é, conduzida para o Céu, diferentemente da ascensão de Jesus que significa voltar para o Céu por sua própria ação.
        A Igreja reconheceu que Maria, por ser mãe de Jesus, nascida sem pecado e assim permanecida durante toda a sua vida, que chegado o momento, sem morrer, foi chamada e conduzida ao Céu em corpo e alma conforme dogma que assim definiu solenemente: "44. Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos s. Pedro e s. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial"[1].
        O dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950 e o Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 966 ensina:  Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo." A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos”.
        Na leitura do Apocalipse de hoje sentimos a presença de Maria como uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas”, que deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro”, cujo filho, diz o v. 10: "Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo".

        E de fato, Maria gerou e deu à luz seu filho Jesus e foi reconhecida por sua prima Isabel “Mãe do meu Senhor”. E foi a própria Isabel autora de parte da oração Ave Maria que devotamente recitamos sempre, v. 42 Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre!"
e Maria entoou o lindo canto do Magnificat conforme está no Evangelho, Lc 1,39-56.

        São Paulo narra a grandiosidade de Jesus como o primeiro a ressuscitar e que, se por um homem, Adão, veio o pecado, por um homem, Cristo, veio a redenção.
        Cristo, segundo o apóstolo, é o Rei que destruiu a morte e todos nós, por Ele, seremos entregue ao Pai “para que Deus seja tudo em todos”.

        Queridos irmãos e irmãs.
        Maria é partícipe do maior gesto de amor de Deus Pai por nós, pois com o seu SIM permitiu a Deus Sua encarnação na segunda pessoa da Santíssima Trindade, o Filho Jesus.
        Não duvidamos do dogma da assunção, primeiramente porque assim devemos crer, e porque reconhecemos em Maria a mais digna de todas as pessoas, homens ou mulheres de todos os tempos  inclusive dos patriarcas e profetas que antecederam visto que esses apenas anunciaram enquanto que Maria gerou, criou, cuidou, educou e serviu ao anunciado por vontade de Deus.
        Bendita és tu, Maria! Nossa Igreja e toda a humanidade são felizes e seguras porque têm a Senhora como Mãe, até mesmo em favor daqueles que ofensivamente a repudiam em desrespeito ao próprio Jesus, seu filho.
        Maria assunta ao Céu, rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. AMÉM.
Com Jesus e Maria.
                                                                                                Diac. Narelvi.



[1] CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA DO PAPA PIO XII - MUNIFICENTISSIMUS DEUS

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