A "CORRIDA" DOS PAPAS
Como nos enche de alegria sentir que o novo Papa Francisco foi aceito pela grande maioria dos povos do mundo inteiro.
Acompanhando noticiários de diversas fontes, as referências ao Papa Francisco
são de otimismo, esperança, tranquilidade, paz, num mundo melhor. Até nas redes
sociais, acompanhei listas enormes de manifestações de contentamento vindo até
de irmãos de outras crenças e de católicos “não praticantes”.
E o que ele fez de extraordinário? Afinal, começou esses dias!
Existe um ditado que diz: “O que é bom já nasce feito”.
Mas, e os Papas que antecederam?
Pensando no assunto, lembrei-me de um esporte que exemplifica bem a presença
dos Papas a partir de Jesus Cristo.
Esse esporte é o de revezamento ou corrida com bastão onde os atletas juntam-se
e formam uma equipe sob o comando de um técnico ou orientador. É a arte de
correr com um bastão repassando-o de um atleta para outro até chegar a linha
final com o bastão. “O objetivo fundamental do revezamento é movimentar o
bastão ao redor da pista e cruzar a linha de chegada com a mais alta velocidade
possível sem se desqualificar”. “O corredor somente recebe o bastão, porém deve
saber como terminar a corrida de forma efetiva”.
Esses atletas são escolhidos dentre os melhores. Apesar disso, sempre existirão
os mais velozes, os mais fortes, mas todos percorrerão a distância com o mesmo
ideal: vencer a corrida e entregar o mesmo bastão no ponto de chegada. Os
atletas são alternados, mas o bastão é o mesmo e cada um espera a sua vez num
determinado marco para o revezamento que iniciou evidentemente num ponto e
terminará noutro previamente estabelecidos.
Mas o que isso tem a ver com os Papas?
Há dois mil anos um técnico inigualável veio a este mundo e escolheu doze
atletas: Simão a quem deu o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu; João,
André, Felipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago filho de Alfeu, Tadeu, Simão e
Judas Iscariotes, formando sua equipe, a quem ensinou toda a sua arte. O nome
do orientador era JESUS que traçou um rumo a ser percorrido e foi o primeiro a
conduzir o bastão.
Indicou o ponto de inicio da partida: “Ide por todo o mundo ....” (Mc
16,15), e assegurou que estaria presente em todo o percurso: “Eu estarei
convosco todos os dias, até ao fim do mundo” (MT 28,20).
Para revezá-lo nessa caminhada, da sua equipe Jesus escolheu o primeiro atleta
para passar-lhe o bastão: Pedro! Ponto de partida: Jerusalém. Destino: o
mundo!
O percurso, portanto, era maior do que a da corrida com bastão. O revezamento
desse primeiro atleta, Pedro, e dos demais, deveria acontecer no momento em que
se fizesse necessário, sem distância, sem contagem de tempo previamente
marcado.
E assim seguiu Pedro carregando seu bastão dos anos de 32-67, que devido sua
morte passou o báculo para São Lino de 67-76, que passou para St. Anacleto de
76-88, que passou para São Clemente de 88 a 97 etc. até que foi passado para João
Paulo II de 1978-2005, que passou para Bento XVI de 2005-2013, e por ultimo,
para Francisco neste ano de 2013.
Foram 266 atletas de Jesus. 266 Papas da Igreja Católica que durante a corrida
passaram o báculo de um para outro, ininterruptamente. Estamos no ano de 2013 e
a corrida ainda não terminou. Muitos outros papas virão.
Como os atletas da corrida com bastão, também alguns papas foram
melhores, outros nem tanto, mas todos, cada um do seu jeito, com suas virtudes
e defeitos humanos tiveram o mesmo ideal evangelizador que tornaram possível
percorrer o trajeto pela Igreja Católica apresentando Jesus à humanidade.
Como entender isso?
É a fé no técnico. É a fé em Jesus que pelo Espírito Santo sempre soube
escolher um papa para cada tempo. Podemos não entender bem alguns deles nas
suas respectivas épocas, mas todos, mesmo com suas limitações humanas foram os
que mantiveram Jesus na história e os valores cristãos nesses mais de dois mil
anos e possibilitaram que hoje milhões de pessoas, inclusive fora da Igreja Católica,
pudessem dizer que conhecem Cristo e que fazem parte do seu rebanho.
Os antecessores, como João Paulo II e Bento XVI fizeram suas partes, e agora o
Espírito Santo nos presenteou com o Papa Francisco conquistando corações,
trazendo um novo alento para a Igreja.
E assim continuará a Igreja Católica transferindo o bastão papal até um dia que
não sabemos quando, mas sempre caminhando ao encontro da linha final que Deus
escolher para o Juízo Final aonde Jesus, o bom técnico e Bom Pastor reunirá
todos os seus bons atletas e seus acompanhantes para a grande e eterna festa
celestial.
E que
pela Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e pela voz do escolhido
pastor Papa Francisco, faça com que o entusiasmo dos homens e mulheres
transforme-se em fé evangélica perseverante com todos os crentes colaborando na
missão comum dos cristãos que é alcançar o Reino de Deus.
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