Uma das grandes alegrias dos católicos morretenses foi a chegada das irmãs Passionistas – Congregação das Irmãs Passionistas de São Paulo da Cruz. Lembro-me dos comentários entusiasmados da comunidade: “Chegaram as irmãs!”. Era o ano de 1955.
Desde que se instalaram em nossa paróquia, as irmãs iniciaram um extraordinário trabalho pastoral que muito colaborou na educação cultural e religiosa de nosso povo, com curso primário, aulas de música, datilografia e outras atividades, sem descuidarem-se das pastorais tão importantes e principais para a vida religiosa que muito colaborou para a formação cristã, principalmente dos católicos.
Com o passar do tempo uma série de dificuldades forçaram o encerramento dessas atividades, mas jamais deixaram de se dedicar ao propósito do carisma da Congregação: “de viver, testemunhar e promover a memória da Paixão de Jesus e das Dores de Maria. Inseridas na missão de Cristo, as Irmãs Passionistas testemunham o poder da Cruz na força do Espírito, empenhando-se a serviço da missão educativo-evangelizadora da Congregação na Igreja, para levar as mulheres exploradas, os ignorantes, os pobres, os pecadores ao coração de Jesus Crucificado”.
Mulheres consagradas dedicadas ao serviço do Senhor, testemunhando e ensinando sobre Jesus e Maria, tiveram uma vida toda em nossa paróquia atendendo todas as comunidades celebrando cultos, exéquias, encontros de formação religiosa, dirigindo a CLP, a catequese, liturgia, pastoral da criança, pastoral das gestantes, destacando-se em nossa sede o movimento familiar chamado de “Grupo de Reflexão” com dezenas de grupos e centenas de participantes que se reuniam em suas casas, sob a direção da idealizadora e dinâmica Irmã Lucina.
No domingo passado, dia 29 de julho, participamos da Missa em Ação de Graças presidida pelo bispo da diocese Dom João Alves dos Santos concelebrada com o Pe. Luis Gonzaga Peres, pároco, e o visitante e convidado Pe. morretense Renato Gnatta, agradecendo a Deus pela permanência das Irmãos Passionistas em Morretes, contando com a presença de grande número de irmãs de outras localidades e que por aqui já passaram.
Foi uma linda celebração e depois a confraternização onde pudemos sentir a gratidão e amizade dos católicos por todas as irmãs de todos os tempos, sem esquecer daquelas que já deixaram este mundo e se encontram na paz do Céu.
Dentre as últimas das irmãs que permaneceram em nossa paróquia está a irmã Lucia C. Mottin que foi a primeira pessoa a me falar sobre o diaconato permanente.
No fundo mesmo, fica uma tristeza enorme pela perda das irmãs desfalcando as forças vivas da nossa Igreja particular de Morretes, e um chamado de atenção para as vocações, no caso femininas para a sobrevivência das congregações das religiosas consagradas.
Resta-nos prestar a nossa homenagem com esta mensagem e mais uma vez dizer às queridas Irmãs Passionistas, muito obrigado e que o Cristo da Paixão e sua mãe Maria recompensem todos vocês, lembrando do convite de Dom João: “Voltem logo. As portas desta paróquia estão abertas para vocês”.
Abraços.
Diac. Narelvi e Belisa
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