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domingo, 26 de agosto de 2012

A QUEM IREMOS, SENHOR?



 Reflexão dominical – 21 DTC – ano B – 26.08.2012
Josué 24,1-2a.15-17.18b; Ef 5,21-32; Jo 6,60-69

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

         Vivemos num tempo empurrados por tantas informações que muitas vezes chegam a nos confundir. Mas assim é a evolução e aos poucos o homem vai se transformando e atualizando para crescimento pessoal e das convivências humanas. Isto é bom!
          Contudo, mesclam-se as boas e as más intenções. Não faltam aqueles que a pretexto de uma modernidade progressista, manipulam a humanidade com suas idéias materialistas e desumanas, seja nos parlamentos, nos meios de comunicações, nas entrevistas com pseudos intelectuais, com forte dose de influência negativa da televisão mantida por grupos poderosos que criam programas, novelas e opiniões que em doses homeopáticas vão contaminando o subconsciente e o consciente das pessoas principalmente dos jovens, levando-os para os caminhos que eles quiserem. E isso tudo está gerando um modismo de desvios morais, dos valores, das tradições de fidelidade à família, à sociedade, à honradez, à política, à religião ...  Somos livres”, “Estamos numa democracia”, dizem, e assim vão ditando suas idéias interferindo na vida das pessoas.   
              São os “donos do mundo”, esquecendo que dono do mundo é Deus.
       Significa meus irmãos e minhas irmãs, que muito embora Deus tenha concedido ao homem a liberdade, o livre arbítrio, jamais abdicou do seu Senhorio deste Mundo. E como Senhor, tem suas regras definidas.
         O livro de Josué que a Igreja nos apresenta neste domingo, mostra bem que os homens devem colaborar na administração deste mundo conforme autorizado por Deus (Gn 1,28; 9,7; Sab 6,2), porém, sem esquecer que o dono é Deus e que nós nos encontramos aqui porque Ele nos criou e aqui nos colocou. Nada nos pertence, tudo pertence a Deus  (1 Cr 29, 11-12).
         Somos seus obreiros e por isso todos devemos lembrar que o que fizermos aqui deve estar em consonância com a vontade de Deus. Então se pergunte sempre antes: “Deus quer?”, “Será do agrado de Deus?”.
         Por isto que Josué reuniu as tribos de Israel, anciãos, chefes, juizes e magistrados e os questionou: A quem quereis servir? Aos deuses? Eu e minha família serviremos o Senhor!” E o povo aderiu ao que disse Josué reconhecendo que tudo o que haviam aprendido e adquirido veio do  único Deus e Senhor.
         A voz de Josué precisa chegar aos ouvidos de muita gente que está por ai manipulando os incautos, desviando-os da vontade de Deus.

2ª PARTE

         Dando uma guinada para a família São Paulo nos aplica um susto com o costume machista da época recomendando que as mulheres sejam submissas aos seus maridos. Infelizmente algumas pessoas e  religiões fundamentalistas continuam fazendo essa pregação colocando a mulher na inferioridade.
         Compreendamos irmãos e irmãs, que a interpretação correta dos versículos é a solicitude de uns para com os outros.
         O marido, mesmo que com restrições até hoje tenha a chefia da sua família, o fundamental na lição de São Paulo é que marido e mulher devem se amar e respeitar mutuamente. Não se pode imaginar amor conjugal com submissão da mulher em nível de subalterna. O que Deus quer, e para isso abençoa no casamento, é a reciprocidade de respeito. Se Paulo aconselha os maridos a amarem suas mulheres como o Cristo amou e entregou-se pela Igreja,   assim também as mulheres amem seus maridos.  
         E é justamente pelo respeito mutuo entre marido e mulher que um não manda mais do que o outro, mas juntos decidem. E justamente para isto que foi dito: “os dois serão uma só carne”.

3ª PARTE

         Trabalhar pelas coisas deste mundo segundo a vontade de Deus, viver o matrimônio tendo como bandeira o amor conjugal, faz parte de tudo o que Jesus veio nos trazer e ensinar completando a vontade do Pai.
         Quantas vezes nos sentimos perdidos e confusos diante de tantas idéias desconcertantes que ouvimos que até dá vontade de fugir dos nossos propósitos. Mas, a quem iremos?
         Quando Jesus falou em comer a sua carne e beber o seu sangue, foi difícil de entender para os discípulos por isso escandalizados disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escuta-la?.  Jesus falou ainda sobre a sua ascensão ao Céu. Mais susto aos discípulos fazendo com que muitos o abandonasse. Então Simão Pedro é questionado pelo Mestre se também queria ir embora. Pedro responde: A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.
         Irmãos e irmãs. Realmente somos livres para decidir sobre nossas vidas. Temos os nossos profissionais, conselheiros, professores, nossos dirigentes espirituais e tantos outros líderes a quem podemos recorrer, mas para que tudo aconteça sem riscos, sem erros, é preciso que todos estejam em sintonia com Jesus Cristo. Nada acertaremos nos rumos das nossas vidas se não tivermos como Luz, a pessoa humana e divina de Jesus Cristo.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi.










domingo, 19 de agosto de 2012

SE NÃO FOSSE MARIA . . .



 REFLEXÃO DOMINICAL
Solenidade da Assunção de Nossa SenhoraAno B – 19.08.2012

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

Hoje, solenidade da Assunção de Maria.
Assunção de Maria significa que ela foi elevada aos Céus, assumida por Deus na glória eterna, em corpo e alma. Entendemos que Maria não teve a experiência da morte e isso é compreensível,  pois, afinal, sabemos que a morte é consequência do pecado (Rm 6, 23); cremos que Jesus ressuscitou; que após a morte haverá um julgamento com os justos indo para o Céu  e os pecadores não arrependidos, para o inferno; cremos na imortalidade da alma e que todos ressuscitaremos um dia. Então significa que morremos porque pecamos. Logo, se não pecássemos não morreríamos.
Pois bem! Os cristãos sabem que Nossa Senhora nasceu sem pecado, sempre foi imaculada, daí logicamente não precisaria morrer. Mas a  bíblia não fala a respeito dessa situação, assim como não esgotou tudo sobre a infindável essência de Deus e história divina  (Jo 21,25).
Aqui entra o Magistério da Igreja ao reconhecer pela fonte da revelação Bíblia e Tradição, que Maria foi assunta ao Céu em corpo e alma conforme dogma, pelo Papa Pio XII, por isso aceito pelos católicos visto que é uma verdade revelada por Deus e proposta pela Igreja à nossa crença". Portanto, como predestinada e mãe de Jesus, sem pecado, é perfeitamente aceitável que Maria não precisou morrer nem ressuscitar, antecipando o que acontecerá com os salvos após a ressurreição: o corpo glorificado se unirá à sua alma e seremos como Maria, corpo e alma vivendo na plenitude celeste.
 No Apocalipse deste domingo podemos sentir Maria sendo revelada como a mulher que daria à luz um filho que viria para salvar o mundo, implicitamente dando destaque às virtudes de Nossa Senhora e seus merecimentos conforme cantado no Magnificat apresentado no Evangelho de João.
 
2ª PARTE
São Paulo confirma a ressurreição apontando Jesus como o primeiro ressuscitado lembrando que, se por um homem (Adão) veio a morte (pecado), também por um homem (Jesus) vem a ressurreição (a vida e a salvação) e que a morte será, então, destruída. Jesus venceu a morte ao ressuscitar.  
Ainda no Evangelho, Maria é mostrada como a primeira missionária a apresentar Jesus quando visitou Isabel que grávida, sentiu no seu ventre o pulo de João (Batista) que se formava como sinal de reconhecimento do menino Jesus que estava em Maria.
E Isabel movida pelo Espírito Santo fez a conhecida exclamação que deu origem à parte da oração Ave Maria”:  “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!", ao mesmo tempo em que reconhece Maria como a mãe do Senhor e Salvador.
Queridos irmãos e irmãs, como é salutar poder contar com Maria, respeitá-la e amá-la de uma forma muito especial porque mesmo reconhecendo-se pequena serva Deus fez nela maravilhas tornando-a conhecida como bendita por todas as gerações. Maria proclamou a bondade infinita de Deus enaltecendo os humildes e os sofredores e acolhendo os que O respeitam.
Amamos e veneramos Maria simplesmente porque ela é MÃE DE JESUS!
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.






domingo, 12 de agosto de 2012

LEVANTA-TE E CONTINUE!




 Reflexão dominical
19º DTC – Ano B – 12.08.2012
1Rs 19,4-8; Ef 4,30-5,2; Jo 6,41-51
 Prezados amigos, irmãos e irmãs em Jesus Cristo

PARTE 1

Vocês alguma vez, já se sentiram cansados e desanimados para as tarefas e compromissos desta vida? Falo num sentido geral seja na família, na sociedade, no trabalho, na religião, na sua profissão, no seu apostolado ...
         Elias foi um desses que por amor a Deus, combatia a injustiça, defendia os oprimidos, a acima de tudo, combatia a adoração dos falsos deuses, no trecho bíblico de hoje, Baal. Até certo ponto foi bem sucedido nos seus conselhos e ensinamentos. Mas a influência de uma perversa rainha que pela astúcia e pela força dominava o povo desfez o seu trabalho e traiçoeiramente voltaram ao costume de antes. Os que perseveraram foram mortos, e Elias perseguido pela perversidade de Jezabel que prometera matá-lo também, cai em desânimo e foge. Abrigando-se sob uma grande árvore, quer entregar-se à morte: “Agora basta, Senhor! Tira a minha vida”.
         Como Deus precisava de Elias, assim como precisa de todos os profetas, manda um anjo reanimá-lo: “Levanta-te e come!”. Mas não foi suficiente para ele que voltou a dormir. E mais uma vez o anjo o despertou: “Levanta-te e come! Ainda tens um caminho longo a percorrer”.
         Fortalecido fisicamente, e mais do que isto, fortalecido na fé, retomou a sua missão profética e continuou anunciando o Deus único ao seu povo.
         Como a lição de Elias cai bem para nós. A incompreensão, a injustiça, o orgulho, o ciúme, a inveja, o poder e tantos outros meios de perseguição já alcançaram a muitos de nós. Como dói você querer fazer alguma coisa útil para os seus irmãos, e depois de tantos bons testemunhos e de mostrar que é capaz, de repente vê o seu trabalho perdido ou esquecido a ponto de sentir vontade de parar, de “jogar a toalha no ringue” como se diz no boxe.
         Mas Deus que a tudo vê e faz o bem prevalecer sobre o mal, que dá força aos desanimados, que sabe do teu esforço, também te faz ouvir: “Levanta-te e come!” ou “Levanta-te e continue! Ainda tens um caminho longo a percorrer”.

PARTE 2

         A lição nos faz sentir que somos marcados pelo Espírito Santo para que cada um siga com a sua missão e vocação. O desânimo, o abandono, entristece o Espírito Santo no dizer de São Paulo, e as fraquezas devem ser superadas pelo amor a si mesmo e ao próximo. Quem pratica a maldade peca e prejudica os propósitos de Cristo. Daí o conselho de Paulo para que sejamos imitadores de Deus e fiéis amigos e seguidores de Jesus Cristo.

PARTE 3

         Elias foi alimentado pelo anjo com “um pão assado debaixo da cinza e um jarro de água”.
         Jesus veio agora como o verdadeiro pão que alimenta e dá vida, apresentando-se como “o pão que desceu do céu”.
         De inicio parece que desprezavam a pessoa de Jesus e como a fazer pouco caso dele comentavam: "Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer que desceu do céu?”.
         Mas Jesus responde colocando-se como Deus que é, falando em ressurreição, na crença na vida eterna, e chamando a todos a serem seus discípulos. E mais fortemente ainda, confirma que é o “Pão da Vida”.
         Por isso amados irmãos, somos chamados para a Eucaristia. Por isso comungamos não um pão e vinho simbólicos, mas milagrosamente e verdadeiramente o corpo e sangue de Cristo porque Jesus assim afirmou. E ao comermos e bebermos o pão e o vinho consagrados nos alimentamos do próprio Jesus Cristo, e somos fortalecidos para continuar como fiéis cristãos católicos a serviço do Evangelho a caminho da Salvação. 

Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi

domingo, 5 de agosto de 2012

JESUS, O PÃO DO CÉU


Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE

          No Êxodo, somos convidados a admitir que a ingratidão a Deus já vem desde os velhos tempos.
          Escravizados no Egito por aproximadamente 400 anos, o povo hebreu finalmente é libertado sob a liderança de Moisés e marcham pelo deserto na busca da terra prometida.
          Peregrinam durante 40 anos e, certamente, enfrentando grandes dificuldades. Cansados, começam a se revoltar e como que esquecendo dos sofrimentos que passaram durante a escravidão passam a preferir que tivessem morrido no Egito, justificando que lá, pelo menos tinham o que comer, numa comparação à vida difícil no deserto.
          E Deus que tudo vê, avisa Moisés que alimentaria aquele povo com pão que mandaria do Céu sob condição de recolherem diariamente o necessário para o dia, a fim de testá-los sobre a obediência à Sua Lei. Era preciso que os israelitas continuassem acreditando de que Deus é o único e verdadeiro Senhor.
          De fato, conforme prometido, no solo apareceram em forma de grãos, o esperado alimento. E Moisés explica: Isto é o pão que o Senhor vos deu como alimento”. 

PARTE

         Irmãos e irmãs, quantas vezes não deve ter acontecido conosco passar por um tempo de sofrimento com enfermidades, falta de dinheiro, difícil relacionamento familiar, incompreensões, perseguições, injustiças ...  E de repente somos libertados por Deus de todos esses sofrimentos e caminhamos para a transformação das nossas vidas.
         Entretanto, mesmo na vida nova, uma ou outra dificuldade pode aparecer e mesmo que plenamente suportáveis e infinitamente menor do que os sofrimentos de outrora,  nos queixamos, e o que é mais grave, nos esquecemos das graças e benefícios recebidos anteriormente e desafiamos a Deus ofendendo-O dizendo que antes, era melhor.
Deus quer o nosso bem. A nossa e  gratidão a Ele deve ser tamanha, que nos permita fazer uma opção definitiva pela obediência à Sua vontade, na certeza de que estamos caminhando na direção certa para uma vitória com os justos no Reino Celeste que inicia aqui. Não devemos nos apegar às futilidades da vida, ao incoerente sincretismo, ou viver como aqueles que não acreditam em Deus e que viajam por esta terra para chegar ao nada.
         Cristo veio justamente para nos assegurar esse futuro santo, dependendo apenas que tenhamos firmeza para renunciar ao passado sem e pecaminoso, despojando-nos do homem velho que vivia na mentira, revestindo-se de um homem novo" para viver a justiça e santidade que Deus quer de nós, conforme ensina São Paulo.

PARTE

São João, escrevendo o Evangelho de Jesus, e lembrando o saciar da fome material, revela a passagem em que Jesus, que se encontrava em Cafarnaum no outro lado do mar, recebe a multidão que o procurava, mas repreende-os porque sabia que não foram os sinais da espiritualidade doutrinária que pregava que os levaram até , mas o desejo de conseguir mais alimentos que matam a fome física.
          Logicamente que Jesus sabia da necessidade do pão como alimento saciador da fome. Mas lembra Jesus que existe um alimento melhor ainda, que não se perde e que é necessário para a Salvação, referindo-se ao alimento espiritual que é a comunhão do Corpo e o Sangue do próprio Cristo na Eucaristia.
Lembramos de quantos ainda não conhecem a Jesus, e quantos, tendo-O conhecido, parece tê-Lo esquecido. Por isso a sua recomendação: Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará  fazendo lembrar ainda que o pão verdadeiro não é aquele do deserto, e que quem manda este pão Verdadeiro não é Moises, mas o Pai que está no Céu para dar vida ao mundo, e assegura que Ele, Jesus, é o verdadeiro pão da vida: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede.
A Eucaristia que recebemos em todas as Missas, é o próprio Jesus presente saciando-nos da fome espiritual mantendo-nos como crentes firmes na , cada vez nos transformando em pessoas melhores, responsáveis, cidadãos prontos para formar uma sociedade humana melhor e herdeiros do Céu. A exemplo daquele povo que procurou Jesus do outro lado do mar em Cafarnaum, procuremos o mesmo Cristo nas Missas e digamos sempre:
 Senhor, dá-nos sempre desse pão”.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi