6º
DTC – Ano B – 11.02.18
Lv
13,1-2.44-46; 1Cor 10,31-11,1; Mc 1,40-45
Nas
leituras de hoje, Moisés no livro de Levítico nos assusta quando dá a entender
que o Senhor de certa forma pratica ato de preconceito contra leprosos. Mas
essa não é a realidade ao compararmos com o Evangelho de Mc 1,40-45. São dois momentos a considerarmos:
a) No primeiro momento no Levítico mostra-nos que
muitas vezes o homem é capaz de inventar situações de discriminação e rejeição como
se fosse por vontade de Deus. Naquele tempo a lei castigava os leprosos e assim
faziam como se fosse pela vontade de Deus. O leproso era avaliado por um a
sacerdote (Aarão) e se confirmada a lepra o doente era considerado impuro e obrigado
a vestir-se com roupas rasgadas, cabelos despenteados, barbas crescidas, e
forçado a afastar-se do convívio familiar e da comunidade passando a morar
separado de todos e ainda obrigado a denunciar-se para os outros gritando: IMPURO,
IMPURO, numa extrema humilhação.
b)
No segundo momento, no NT
e Evangelho de Marcos, Jesus que é o mesmo Deus do AT mostra sua verdadeira
face bondosa e misericordiosa, de alguém que não discrimina, ao contrário, que convida
para participar da comunidade dos filhos de Deus.
Jesus apresenta um momento em que um leproso aproxima-se dele e de
joelhos suplica: “SE QUERES, TEM O PODER DE CURAR-ME”. Jesus responde
que sim e o curou fazendo a lepra desaparecer.
Observamos que o leproso não desafiou Jesus nem determinou a
cura, mas simplesmente colocou em suas mãos o milagre da cura. SE QUERES,
ressalvou o homem, servindo de lição para nós de que podemos pedir a Deus a
cura das nossas enfermidades ou dificuldades, mas sem jamais impor a nossa
vontade: SEJA FEITA, SENHOR, A VOSSA VONTADE.
Jesus operou o milagre estendendo sua mão e tocando no corpo do leproso
numa demonstração de desprendimento de tudo o que diz respeito ao preconceito
colocando acima de tudo o amor pelos que sofrem.
Confirmamos, assim, que Deus pela sua infinita bondade jamais apoiaria
uma discriminação como a narrada no Levítico, e por Jesus somos colocados
diante de uma realidade atual a nos impulsionar a respeitar as pessoas seja por
suas enfermidades, seja por suas condições de cor, raça, religião, diferenças
ou até ideologias politicas sem que isso signifique deixar de cultivar dentro
de si conhecimentos suficientes para discernimento entre o que é bom e o que é
ruim colocando em prática um ensinamento que se não está escrito na bíblia simplifica
um preceito: “DEUS AMA OS PECADORES MAS ODEIA O PECADO”.
São Paulo, então, arremata de certa maneira
ensinando de como acertar nas regras cristãs de modo a nos tornar mais
fraternos e tolerantes em nossas condutas: não importa quem sejamos ou o que
façamos. Não escandalizar ninguém e fazermos tudo para a gloria de Deus. Basta
que nos tornemos imitadores de Jesus Cristo.
Na paz de Cristo. Dc Narelvi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário