1. O Brasil e alguns países
festejaram no dia 31 de outubro os 500 anos da reforma protestante. Um direito
que merece nosso respeito. Contudo a Reforma causou um trauma no cristianismo, por
isso merece uma reflexão: Exaltação ou circunspecção?
Se olharmos
somente para lado dos protestantes nas suas diversas denominações, certamente que foi
motivo de alegria e euforia bastante festejado com razão pelos que lá
nasceram e pelas coisas boas que realizaram.
2. Não vai aqui nenhum desrespeito às pessoas a quem consideramos e amamos. Entretanto, não
devemos nos esquecer de que a questão é CRISTIANISMO, de
seguidores de Jesus Cristo que obrigatoriamente devem levar em conta a missão
de Jesus, sua vida, paixão, morte na cruz e ressurreição e o legado que nos
deixou através dos Apóstolos. De levar em conta que ser CRISTÃO não é
apenas gostar do homem Jesus, considera-lo um “cara” legal, alguém que trouxe
um novo sentido para a humanidade. Ser cristão implica necessariamente e muito
mais em aceita-lo como DEUS e SALVADOR. Quem não O aceita assim, NÃO
É CRISTÃO!
3. Então
estamos falando de uma DIVINDADE REVELADA E CONHECIDA. E divindade não é
um estado de quem propaga ideias fragmentárias, controversas, problemáticas, mas DEUS
com seus atributos: onisciência, onipresença e onipotência (Aquele que
possui todo o conhecimento, toda a ciência; Aquele que está
presente em toda parte; Aquele que pode todas as coisas, de
forma completa e plena).
4. Em sendo
Jesus DEUS, tem Ele esses atributos por isto que seus ensinamentos não podem
ficar a mercê de qualquer um que lendo a bíblia ou não se ache no direito de
criar um conceito próprio de Cristo, interpretar as Sagradas Escrituras segundo
suas conveniências ou capacidade intelectual e até criar novas religiões.
5. A
consequência dessas “faculdades” abertas pelo padre (monge) católico Martinho
Lutero decorre do principio da “sola scriptura” e “livre interpretação da
bíblia” agravadas pela retirada da bíblia de 7 livros do AT e de trechos de
Ester e Daniel, prejudicial para os cristãos da sucessão apostólica rompendo
com mais de 1.500 anos de união.
6. Ora,
se Jesus é perfeito, infalível, sua doutrina não pode ser diversificada, fora
de um único contexto de fé e moral conforme confiou aos Apóstolos e à Igreja
por Ele instituída.
Jesus disse: “Quem
não está a meu favor, está contra mim, e quem não ajunta comigo, dispersa” (Bíblia de Jerusalém, Mt 12,
30; Lc 11,23); ”Jesus, porém, penetrando nos seus pensamentos, disse:
Todo reino dividido contra si mesmo será destruído. Toda cidade, toda
casa dividida contra si mesma não pode subsistir” (Mt 12,25).
7. Destarte, é relevante
a afirmação de Jesus: "haverá um só rebanho e um só pastor."
Jo 10,16; "Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo." Ef.
4,5, e vejo na Tradição Apostólica, na Igreja formada no
ano 33 por Jesus na pessoa dos Apóstolos, e no Magistério da Igreja Católica
que comemora no dia de Pentecostes o seu início – hoje mais de dois
mil anos, a importância da unidade cristã, e confesso que me sinto no mínimo constrangido (e assim deveriam se sentir
todos os seguidores de Jesus) pela falta de diálogo e tolerância na Reforma, e pela divisão
que a Reforma causou entre os CRISTÃOS levando o segmento protestante a
milhares de seitas todas elas falando cada uma por si e todas “em nome de
Jesus” e usando da mesma bíblia muitas vezes desarmoniosamente. É a
divisão multiplicada. Por isso que a MULTIPLICAÇÃO DA DIVISÃO MULTIPLICA A
DESUNIÃO DO CRISTIANISMO COMO UM TODO.
8. A comemoração
da Reforma sem dúvida trouxe alegria aos protestantes e serviu para
reconhecerem mesmo aos que antes rejeitavam: que a IGREJA CATÓLICA É
VERDADEIRAMENTE A IGREJA MÃE; QUE O PADRE MARTINHO LUTERO, AO SER RECONHECIDO
COMO O PAI DO PROTESTANTISMO CONFIRMOU A PRÉ-EXISTÊNCIA DA IGREJA CATÓLICA
o que lhe assegura a condição de Igreja primogênita de Jesus.
9. Aliás, Martinho
Lutero não desejava a separação da Igreja Católica, mas, no seu entender, curar
algumas feridas, assim como Lutero não queria ver a sua Reforma transformada em
criadora de facções religiosas e seitas como está hoje. Mas o inesperado também acontece . . .
São
fatos que devem levar a uma reflexão mais firme por aqueles que desconhecendo a
história e a religião imigram para o protestantismo e no protestantismo
“navegam” entre uma e outra denominação.
10. Por isso vale a pena o esforço da Igreja Católica que depois da Reforma caminhou para algumas correções, e hoje juntamente com outras Igrejas Cristãs unidas no CONIC - Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, e todos os cristãos, buscam encontrar dentro do ecumenismo uma aproximação salutar e quem sabe, um dia, com a lealdade religiosa a que somos obrigados, todos os cristãos venham a fazer parte novamente como antes desses cinco séculos de separação, do mesmo redil de Jesus Cristo.
10. Por isso vale a pena o esforço da Igreja Católica que depois da Reforma caminhou para algumas correções, e hoje juntamente com outras Igrejas Cristãs unidas no CONIC - Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, e todos os cristãos, buscam encontrar dentro do ecumenismo uma aproximação salutar e quem sabe, um dia, com a lealdade religiosa a que somos obrigados, todos os cristãos venham a fazer parte novamente como antes desses cinco séculos de separação, do mesmo redil de Jesus Cristo.
Que Deus nos ajude!
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