Dc. Narelvi. Li sua matéria sobre
Queermuseu e achei interessante. Recentemente um artista apresentou-se
completamente nu no centro de um tablado de um museu de São Paulo para ser
tocado ou apalpado. Consta que uma menina que aparentava ter cerca de quatro
anos de idade interagiu com o homem que estava deitado de barriga para cima,
com a genitália à mostra. Dizem que famosos estão defendendo essa arte. Poderia
retornar ao assunto abordando a liberdade?
Prezado
leitor.
1. Vi
uma foto do artista nu sendo tocado, cercado de pessoas bem vestidas com
olhares atentos para aquela maravilhosa espécie rara. Não vi a foto a que você
se referiu, mas imagino que essa menina de quatro anos de idade, com toda a sua
pureza não compreendia o que estava fazendo e apenas saciou a lasciva dos
observadores daquele espetáculo deprimente. Domingo no Fantástico da Globo, uma
reportagem falou mais em pinturas de nu artístico e das tendências a essa “arte”
para a exposição de corpo nu ao vivo.
2. Primeiramente,
ressalvo que a pintura pura e simples de pessoas nuas, ai sim como arte, é
aceitável e até decoram salas e outros ambientes de visitação pública. E não
escandalizam. Aí pergunto se existirá alguém neste mundo que não conheça seu
próprio corpo e de outras pessoas macho e fêmea, nuas? Mas são pinturas
artísticas que não têm por objetivo escandalizar nem deprimir e são admiradas
até como se fosse de uma natureza morta. Veja a diferença que há entre uma pintura
artística em tela de uma pessoa nua e a foto ou pintura de mulher ou homem pelados
nessas revistas dedicadas a homens e mulheres que desejam estimular seus
instintos sexuais olhando para corpos de “famosos”. Veja que até o adjetivo muda. No primeiro
caso admira-se a obra, no segundo estimula-se o erotismo.
3. Então
querem os defensores da exposição queermuseu
(Queer,
usualmente relacionado com pessoas gays, lésbicas, bissexuais ou transgêneros)
e outras que estão pipocando por aí, defende-la e acusam quem não aceita de
intolerantes. E como tantas coisas ruins que o brasileiro inventa ou copia,
agora é a vez do nu erótico que vai se expandindo aos poucos como quem come
mingau pelas beiras para fazer com que logo vire rotina. Mas a reação, o
enfrentamento, são respostas adequadas.
4. Sim porque ninguém é tão ingênuo ou
tolo para se deixar levar pelas lábias dos defensores dessa pseuda liberdade.
Querem eles que acreditemos que exibir em museu ou em qualquer outro lugar
publico homem
pelado sendo tocado por crianças (meninas?) ou até mesmo adulto (até agora não
ouvi falar em mulher nua tocada por menino), desfiles repugnantes de feministas
e gays praticando masturbações com imagens religiosas, haste de cruz e até introduzindo
parte dela no ânus e na vagina, deboche a Nossa Senhora mãe de Jesus com quebras de imagens e atos
obscenos, inscrições em hóstias (não consagradas), indução de crianças à
iniciação sexual que poderá estimular a pedofilia, pinturas de homens brancos
submetendo passivamente o negro ao sexo oral e anal ao mesmo tempo, sexo com
animais, desenhos de crianças “viadas”, e tantas outras aberrações com a
finalidade de atingir o decoro, o cristianismo, as famílias, a sociedade, a
moralidade, num ataque infame contra princípios do bem que dignificam o homem,
cujos “artistas” querem sepultar a boa cultura chamando joça de “arte”,
precisam ser repreendidos para que não contaminem o que de bom tem no ser
humano.
5. E
gerenciando tudo isso, dizem eles que assim agem pelo exercício da LIBERDADE, da DEMOCRACIA, para quebrar tabus. E contam com o apoio de “famosos”.
Mas
até onde? Qual o limite?
6. Certamente
que LIBERDADE é um direito natural, constitucional
e acima de tudo uma dadiva de Deus. O homem deve ser LIVRE e FELIZ.
7. Entretanto,
o que estamos testemunhando é um desvirtuamento anarquista dos valores que o
homem buscou desde sempre na cultura e na fé e que com o decorrer dos tempos
chegou-se a um grau de consciência do bem e do mal que favorece o esforço em
favor deste mundo num plano melhor de acordo com o Plano de Deus e dos próprios
homens.
8. Portanto
somos atingidos por uma exceção a regra motivada por uma minoria pelo mau uso
da liberdade e pela interpretação equivocada do que seja a democracia, pela
quebra de alguns úteis tabus, pelo relativismo religioso que desviado do seu
centro bagunçou a fé de muitos, a falta de patriotismo, civismo e civilidade
que destroem a civilização, a desonestidade dos homens que administram o país,
o descuido da educação escolar e familiar, a falta de fraternidade e amor ao
próximo, os crimes que imperam nos morros e ruas, enfim, uma gama enorme de coisas
erradas que se espalham em nosso país e que devem ser combatidos duramente por
cada um de nós.
9. E
quando manifestamos com liberdade nossos direitos religiosos, culturais,
constitucionais, legais como o código penal, o Estatuto da Criança e do
Adolescente, para defender os direitos de crença, das crianças, dos negros, da
família, de todos, enfim, contra manifestações contrárias a esses princípios,
lá vem o escudo de defesa: “querem
implantar a censura!”.
10. E
em socorro vem os “famosos”. Famosos por quê? Porque cantam, fazem
representações teatrais, são conhecidos das televisões? Isso realmente é um
mérito reconhecido, mas não infalibilidade enciclopédica, moral e cultural,
pois que o conceito de famoso é bem mais amplo e se aplica igualmente a outras
personalidades de todas as categorias e segmentos de forma positiva ou negativa
dependendo do ser de cada um.
11. Ainda,
cuidado para não se apontar para tantas outras condutas também reprováveis para
justificar o injustificável do episodio em questão, pois UM ERRO NÃO JUSTIFICA O OUTRO. Que se combatam todos!
12. Que
se use do direito de LIBERDADE, mas
dentro dos limites éticos, morais e legais levando em conta que a liberdade de um termina quando inicia o
direito e liberdade do outro. Existe então uma barreira intransponível para
que não se conflitem os interesses e a melhor recomendação é que não se
confunda LIBERDADE com
LIBERTINAGEM.
13. Assim
a liberdade artística também depende do bom senso do artista que não pode se
achar superior a ponto de provocar o sensato com seus desafios visivelmente
tendenciosos e imorais muitas vezes motivados por suas próprias frustrações
recolhidas para atingir a harmonia das pessoas de bem que procuram ter uma vida
moldada em fortalecida experiência de vida.
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