REFLEXÃO DOMINICAL
30º D.T.C – Ano B –
25.10.2015
Jr 31,7-9; Hb 5,1-6; Mc 10,46-52
O QUE VOCÊ PEDIRIA A JESUS?
Amigos e irmãos em Jesus
Cristo.
Jeremias.
A narrativa
de Jeremias se passou entre os anos 650 a 586 aC quando testemunhou um dos
momentos mais dramáticos da caminhada da historia de Israel quando o povo
parecia sem liberdade e sem expectativa melhor de vida. Contudo, Deus estava
presente e preocupava-se com eles. Queria conduzi-los pela mão e com amor de
pai leva-los para uma vida plena
Por isso o chamado para a
alegria, por Jacó e pela nação. Tocai,
cantai e dizei “SALVA, SENHOR, TEU POVO, O RESTO DE ISRAEL”.
O Senhor assegura que
acolherá os cegos, aleijados, grávidas isto é, todos, e que mesmo que cheguem
entre lagrimas, o Senhor os acolherá com preces e alegria e os conduzirá para
um lugar seguro.
O Povo
de Deus hoje não é mais somente Israel, mas todas as nações do mundo. E nós
fazemos parte dessa enorme comunidade. E mesmo numa proporção bem menor passamos
por dificuldades e muitas vezes não enxergamos nenhuma luz para iluminar nossos
caminhos. E desesperamos!
É preciso
então que nos lembremos ou que alguém nos faça lembrar de que Deus é
infinitamente bom e está bem junto de cada um estendendo sua mão e como luz
guiando nossos passos. Nesse momento de encontro com Deus, o convite é para a
alegria porque o calor amoroso do Senhor nos colocará a salvos assim como a
todos os homens deste mundo.
São Paulo.
O apóstolo São Paulo falando aos
hebreus faz ecoar seus ensinamentos ao mundo todo.
Para nós crentes cristãos, não
vemos separação entre o Senhor do AT e o JESUS contemporâneo porque é o mesmo
DEUS.
Agora, por Jesus Cristo, encontramos
muito mais fortemente a luz que faltava aos povos antigos. Jesus é o sumo
sacerdote que dirige e celebra todas as ações da humanidade.
São Paulo nos fornece ainda uma
catequese que todos os católicos deviam saber: Temos os nossos sacerdotes a
quem chamamos de presbíteros ou padres. Porém, o sacerdócio por excelência é
exercido pelo próprio Cristo. Esses devem estar revestidos de imensas graças
para exercerem seus ministérios em favor dos homens nas coisas de Deus, esforçarem-se
para que os pecados sejam dissipados da face da terra. O exercício do
sacerdócio pelos homens deve ser nutrido pelo amor, pela caridade, pela
compaixão para que os sofridos possam chegar à conversão e ter uma vida digna e
repleta de santidade.
Aqui irmãos, não posso deixar de
aproveitar dos vv. 4-5 para advertir que a ninguém é permitido atribuir para si
a honra do sacerdócio senão aos que foram chamados por Deus.
Destarte, para o exercício do
ministério episcopal, presbiteral e diaconal, além do verdadeiro chamado de
Jesus é preciso que o vocacionado ore bastante e submeta-se ao arbítrio da
Igreja (católica) para que, sob as luzes do Espírito Santo, possa ele ver
concretizado o chamado e receba o Sacramento da Ordem que é ministrado pelo
bispo imprimindo no candidato um caráter que fica impregnado no íntimo do homem
que dele jamais será removido.
É o ministério ordenado que
classifica o vocacionado para o exercício do sacerdócio que nasceu pessoalmente
de Jesus quando ordenou seus apóstolos e estes os presbíteros e diáconos.
Portanto, a validade do
sacerdócio tem sua confirmação somente na Igreja Católica e pela sucessão apostólica.
Significa irmãos, e
respeitosamente me refiro que ninguém fora da Igreja Católica pode autodenominar-se
bispo, presbítero ou diácono, por faltar-lhes a presença viva de um ordenante
que seja sucessor legitimo de Jesus Cristo e dos Apóstolos.
E assim mesmo, o
sumo sacerdote sempre é e será Jesus Cristo, o único e principal celebrante em
nome de quem exercemos nossos ministérios. Logo, quando se celebra a Santa
Missa e os Sacramentos, na verdade é Jesus quem celebra usando da pessoa física
do bispo, padre ou diácono para expressar ou visualizar sua ação celebrativa.
Evangelho:
No Evangelho
narrado por São Marcos nos ensina o quanto é importante ter fé, não se deixar
abalar pelos infortúnios que atingem nossas vidas.
Bartimeu, cego e
mendigo, portanto, portador de imenso sofrimento, bastou ouvir falar na
presença de Jesus e começou a gritar pelo seu nome e a suplicar: “JESUS, TEM
PIEDADE DE MIM!”. Mesmo barrado pelos que estavam juntos, insistia na suplica
até que Jesus mandou chama-lo.
E Bartimeu, ouvindo
o recado CORAGEM, LEVANTA-TE, JESUS TE
CHAMA, jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. Aproximando-se Jesus pergunta: “O QUE QUERES QUE EU FAÇA?”. “QUE EU VEJA!”,
pediu. E Jesus imediatamente o curou.
Irmãos e irmãs.
Jesus curava os
enfermos, disto não temos dúvida. Porém, as Sagradas Escrituras não se destinam
a revelações de milagres de curas físicas, mas tem um propósito bem mais profundo,
que é a cura da alma, a conversão das pessoas para que sejam levadas à salvação
como meio de viver a eternidade com Deus.
Bartimeu foi
curado, sim. Mas algo mais profundo deve ser destacado para a nossa
espiritualidade.
A cegueira e a
pobreza físicas de Bartimeu devem ser comparadas com a cegueira e pobreza
espiritual dos homens.
Pode ser que
Bartimeu estivesse acostumado a esse tipo de vida. Mas bastou saber que alguém poderia
muda-la para melhor, despertou-se e passou a pedir ajuda em Jesus. E quando é
chamado, atira longe sua manta como quem quer se despojar da vida antiga,
pecaminosa, das lembranças do mal e ter uma vida nova digna e santa. Suplica e
é atendido. Mostra sua fé e pela fé foi curado.
De certa forma
irmãos, também somos como Bartimeu. Se estivermos enfermos fisicamente, Jesus
de alguma maneira saberá como curar ou confortar. Mas se nossa enfermidade está na alma, ferida
pelas dores do pecado, da fragilidade, da debilidade, devemos ouvir a voz de
Deus, orar e insistentemente repetir para Jesus nos escute e nos mande chamar e
pedir.
Bartimeu queria
ver. E você, meu irmão, qual será o seu sofrimento físico, religioso e
espiritual? O que você gostaria de pedir a Jesus?
Busque a fé que
está dentro de você e que de graça recebeu de Deus no batismo, tome coragem,
levante-se desse chão e olhe e escute Jesus com a certeza de que você também
ouvirá: “VAI, MEU IRMÃO, TUA FÉ TE CUROU”.
Amém.
Dc Narelvi
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