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domingo, 11 de outubro de 2015

QUAL É O MEU TESOURO? 11.10.15

REFLEXÃO DOMINICAL

28º DOMINGO Tempo Comum
Sb 7,7-11; Hb 4,12-13; Mc 10,17-30
QUAL É O MEU TESOURO?

Amigos e irmãos em Jesus Cristo.
Sabedoria:
      Mais uma vez vem à tona o assunto riqueza. E nos deixa um tanto perturbados porque, afinal de contas, procuramos a riqueza material até como condição de sobrevivência nos dias de hoje também.
Acredito que isso já começou quando o próprio Deus castigou Adão em forma de desafio: “De agora em diante, com o teu trabalho tirarás da terra o necessário para o teu sustento. Comerás o teu pão com o suor do teu rosto”. (Gn 3,17-20). Certamente que os anos seguintes foram de trabalho gerando economia de utilidades básicas de sobrevivência até que no futuro veio a troca, o mercado, a moeda, o patrimônio, enfim, a riqueza material em termos econômicos para o bem estar de uns e desatino de outros.
Daí então, que precisamos considerar até que ponto a riqueza pode beneficiar ou prejudicar a convivência do homem.
O autor do Livro da Sabedoria, um judeu de língua grega lá pelo século I aC, já alinhavava dois prismas norteadores: a prudência e a sabedoria.
      Não importa irmãos, se vivemos hoje a pobreza ou riqueza, ou se estamos nos preparando para a prosperidade. O que importa é que não façamos da proposta milionária um meio de vida, um objetivo principal e acima de tudo.
      Um homem prudente e sábio sabe muito bem que esses dons imateriais que vem de Deus valem muito mais do que o ouro e as pedras preciosas, pois que nunca se apagam e sobrevivem a todos os obstáculos que acontecem no cotidiano.
      A riqueza conseguida com o suor do rosto, com trabalho honesto, e até mesmo como o aproveitamento da prudência e sabedoria não é pecado nem condenado por Deus. Diferente é quando a riqueza é conseguida tendo por fonte a desonestidade, a corrupção, a exploração do irmão.
      Numa linguagem bem simples, tudo se torna fácil e possível, até a riqueza, na medida em que colocamos Deus sempre em primeiro lugar.
São Paulo:
      São Paulo nos chama, então, a confiar nos ensinamentos de Deus que pela sua Palavra ensina, aconselha, dirige nossos passos com firmeza mesmo que se caminhe às vezes por vias tortuosss.
A Palavra de Deus é eficaz diz São Paulo, e penetra em nossa alma e dirige as intenções do coração.
Quem ouve a Palavra de Deus exercita a sua conduta para o bem e consegue fazer deste mundo um mundo perfeito e alegre que aponte um só destino: o Céu.
Evangelho:
São Marcos fala de um homem que se ajoelha diante de Jesus chamando-o de “Bom Mestre”, aflito porque queria saber como conseguir alcançar o Reino dos Céus.  
Jesus lança como primeira resposta a obediência aos mandamentos da Torahnão mates; não cometas adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe” (vers. 19) como condição para se alcançar a vida eterna.
O homem então atesta essa obediência, mas Jesus ainda recomenda desfazer-se da sua riqueza, dar aos pobres. Contudo, sua reação foi desistir de continuar ouvindo Jesus.
A conduta do homem fez com que Jesus se referisse aos ricos como uma classe daqueles que dificilmente entrariam no Reino de Deus, com uma citação que soa mal: “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!”.
Porém, Jesus alivia nos versículos seguintes com a ressalva de que para Deus tudo é possível.
Sim irmãos, é possível para todos, pobres ou ricos desde que amoldem suas vidas na prudência, na sabedoria, e acima de tudo na Palavra de Deus.  
Pedro orgulha-se por ter abandonado tudo por Jesus que sela uma afirmação confortando e recompensando todos aqueles que por causa do Evangelho desapegam-se de seus laços materiais e familiares sem perder o amor por eles, como uma opção de vida, preferencialmente pela vocação de servir, a exemplo dos sacerdotes católicos e tantos outros voluntários que assumem esse compromisso de fielmente levar a Palavra de Deus aos necessitados de um modo geral.
Irmãos e irmãs. Se vocês refletirem bem verão que nas suas paróquias existem muitas pessoas que muito bem poderiam ser instrumentos da Palavra de Deus sem precisar abdicar da sua família, do seu trabalho, e até mesmo da sua riqueza.
Os ricos que não se aflijam pelo provérbio do camelo passar pelo buraco de uma agulha, pois seus significados podem ser outros. O problema não está nas riquezas em si, mas no apego indevido a elas. Basta refletir sobre qual é o seu melhor tesouro.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.

Dc Narelvi

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