REFLEXÃO DOMINICAL
28º
DOMINGO Tempo Comum
Sb 7,7-11; Hb 4,12-13; Mc 10,17-30
QUAL É O MEU TESOURO?
Amigos e
irmãos em Jesus Cristo.
Sabedoria:
Mais uma vez vem à tona o assunto riqueza.
E nos deixa um tanto perturbados porque, afinal de contas, procuramos a riqueza
material até como condição de sobrevivência nos dias de hoje também.
Acredito
que isso já começou quando o próprio Deus castigou Adão em forma de desafio: “De agora em diante, com o teu trabalho
tirarás da terra o necessário para o teu sustento. Comerás o teu pão com o suor
do teu rosto”. (Gn 3,17-20). Certamente que os anos seguintes foram de
trabalho gerando economia de utilidades básicas de sobrevivência até que no
futuro veio a troca, o mercado, a moeda, o patrimônio, enfim, a riqueza
material em termos econômicos para o bem estar de uns e desatino de outros.
Daí
então, que precisamos considerar até que ponto a riqueza pode beneficiar ou
prejudicar a convivência do homem.
O
autor do Livro da Sabedoria, um judeu de língua grega lá pelo século I aC, já
alinhavava dois prismas norteadores: a prudência e a sabedoria.
Não importa irmãos, se vivemos hoje a
pobreza ou riqueza, ou se estamos nos preparando para a prosperidade. O que
importa é que não façamos da proposta milionária um meio de vida, um objetivo
principal e acima de tudo.
Um homem prudente e sábio sabe muito bem
que esses dons imateriais que vem de Deus valem muito mais do que o ouro e as
pedras preciosas, pois que nunca se apagam e sobrevivem a todos os obstáculos
que acontecem no cotidiano.
A riqueza conseguida com o suor do rosto,
com trabalho honesto, e até mesmo como o aproveitamento da prudência e
sabedoria não é pecado nem condenado por Deus. Diferente é quando a riqueza é
conseguida tendo por fonte a desonestidade, a corrupção, a exploração do irmão.
Numa linguagem bem simples, tudo se torna fácil
e possível, até a riqueza, na medida em que colocamos Deus sempre em primeiro
lugar.
São Paulo:
São Paulo nos chama, então, a confiar nos
ensinamentos de Deus que pela sua Palavra ensina, aconselha, dirige nossos
passos com firmeza mesmo que se caminhe às vezes por vias tortuosss.
A
Palavra de Deus é eficaz diz São Paulo, e penetra em nossa alma e dirige as
intenções do coração.
Quem
ouve a Palavra de Deus exercita a sua conduta para o bem e consegue fazer deste
mundo um mundo perfeito e alegre que aponte um só destino: o Céu.
Evangelho:
São
Marcos fala de um homem que se ajoelha diante de Jesus chamando-o de “Bom
Mestre”, aflito porque queria saber como conseguir alcançar o Reino dos Céus.
Jesus
lança como primeira resposta a obediência aos mandamentos da Torah “não mates; não cometas
adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra
pai e mãe” (vers. 19) como condição para se alcançar a vida eterna.
O homem então atesta essa obediência, mas Jesus
ainda recomenda desfazer-se da sua riqueza, dar aos pobres. Contudo, sua reação
foi desistir de continuar ouvindo Jesus.
A conduta do homem fez com que Jesus se referisse
aos ricos como uma classe daqueles que dificilmente entrariam no Reino de Deus,
com uma citação que soa mal: “É mais
fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino
de Deus!”.
Porém, Jesus alivia nos versículos seguintes com a
ressalva de que para Deus tudo é possível.
Sim irmãos, é possível para todos, pobres ou ricos
desde que amoldem suas vidas na prudência, na sabedoria, e acima de tudo na
Palavra de Deus.
Pedro orgulha-se por ter abandonado tudo por Jesus
que sela uma afirmação confortando e recompensando todos aqueles que por causa
do Evangelho desapegam-se de seus laços materiais e familiares sem perder o amor
por eles, como uma opção de vida, preferencialmente pela vocação de servir, a
exemplo dos sacerdotes católicos e tantos outros voluntários que assumem esse
compromisso de fielmente levar a Palavra de Deus aos necessitados de um modo
geral.
Irmãos e irmãs. Se vocês refletirem bem verão que
nas suas paróquias existem muitas pessoas que muito bem poderiam ser
instrumentos da Palavra de Deus sem precisar abdicar da sua família, do seu
trabalho, e até mesmo da sua riqueza.
Os ricos que não se aflijam pelo provérbio do
camelo passar pelo buraco de uma agulha, pois seus significados podem ser
outros. O problema não está nas riquezas em si, mas no apego indevido a elas. Basta
refletir sobre qual é o seu melhor tesouro.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Dc Narelvi
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