REFLEXÃO
DOMINICAL
4º DTC – Ano
B – 01.02.2015
2ª Leitura -
1Cor 7,32-35
Ser casado ou
solteiro?
Irmãos em Cristo Jesus.
Antes do Evangelho façamos uma breve
reflexão sobre o conselho de Paulo sobre ser solteiro ou casado.
Todos sabemos que a condição da Igreja
Católica para que uma pessoa seja padre é o celibato. Sabemos, também, que essa
exigência não provém da Bíblia, mas trata-se de uma norma da própria Igreja
Católica dentro da sua autonomia disciplinar, pois no inicio do cristianismo
não era assim.
Portanto, essa preocupação do padre ser solteiro
não diz respeito a todo o mundo, nem aos de outras religiões e menos ainda
àqueles que não querem ser padres, mas somente aos católicos.
Ser padre é uma vocação, um chamado de
Jesus que passa pela Igreja Católica. O homem que se sentindo chamado ao
sacerdócio tem consciência da condição celibatária e por colocar o amor supremo
a Jesus Cristo e sua Igreja acima de tudo, renuncia ao matrimônio para
dedicar-se somente à Igreja e ao rebanho do Senhor.
A Igreja pode, quando o Papa quiser,
desfazer essa condição e voltar a permitir padres casados.
Para aqueles mais exaltados, lembrem que
Jesus não casou e vejam o que São Paulo disse aos coríntios justamente a
respeito do homem ou mulher aconselhando-os a uma vida de solteiros.
Paulo fala claramente sua preferencia pela
vida solteira àqueles que pretendem trabalhar pelas coisas do Senhor comparando
que o solteiro está mais livre de preocupações familiares e para uma dedicação
exclusiva ao Senhor enquanto que os casados precisam dedicar-se as coisas deste
mundo e principalmente aos seus cônjuges.
A experiência da Igreja nesse sentido tem
dado certo desde os primeiros séculos e podemos perceber a dificuldade que
seria a transferência de um padre de uma paróquia para outra e as vezes para
dioceses diferentes e longínquas até mesmo para outros países tendo que
conciliar os interesses familiares e da Igreja.
Afinal, não existem por aí pessoas que não
sendo padres optaram pela vida celibatária?
A segunda leitura de hoje serve para que
entendamos melhor a preferencia pelos solteiros no ministério presbiteral sem
os rancorosos comentários que fazem impulsionados por meros palpites.
Contudo, na Igreja existe o ministério
diaconal ao qual pertenço, fruto do mesmo sacramento da Ordem, permitido a
pessoas casadas ou solteiras. Está aí uma bela experiência para a Igreja
Católica que conta com o diácono “permanente” casado. Fica aqui o desafio aos
padres e paroquianos: aceitem o diaconato casado como legitimo ministério
ordenado da Igreja e tirem deles experiências. Quem sabe, num futuro não tão
distante, a Igreja Católica possa, a exemplo dos diáconos, permitir aos padres
que casem?
Amém!
Dc
Narelvi
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