REFLEXÃO DOMINICAL
3º DOMINGO DO ADVENTO – 16.12.2012
Sf 3,14-18ª; Fl 4,4-7 ; Lc 3,10-18
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
Para entendermos melhor o que nos diz o profeta Sofonias
devemos voltar para o inicio do capítulo 3 onde ele anuncia catástrofes contra
o povo de Jerusalém pela sua rebeldia e não aceitação nem confiança no Senhor.
Vejam, irmãos e irmãs, quão terrível foram as ameaças: “Destruirei tudo
sobre a face da terra; farei perecer homens e animais; farei desaparecer os
homens da face da terra” conforme
interpretação que se dá aos versículos 6,7,8, mas que na sequencia narra o
profeta uma mudança de atitude do povo dada as oportunidades oferecidas pelo
Senhor, até que Iahwed revoga as ameaças levando o mesmo povo a soltar gritos
de alegria e exultar de todo o coração.
Podemos não entender a possibilidade de o Senhor fazer
ameaças terríveis. Mas isso toma sentido na medida em que entendemos que Deus
não odeia o pecador, mas o pecado. Portanto, a indignação de Deus é contra o pecado e para que o homem
se livre dele. Aí a ameaça tem
sentido, pois o medo muitas vezes colabora para a correção. E Deus sabe muito
bem como e quando aplicar a lógica do medo, principalmente quando sabe que os
duros corações dos pecadores cederão à prática do amor e do encontro com a
conversão transformando seus corações de pedra em corações de carne.
Muitas vezes fico a me perguntar se o nosso mundo, o nosso
Brasil, e talvez até a nossa paróquia não esteja precisando de uma sacudida por
alguma ameaça divina que coloque um pouco de respeito, medo, temor ou receio em
decorrência de tantas traições e infidelidades que estão sendo cometidas por
cristãos ou desatentos aos Mandamentos e Sacramentos, desobedientes à fé e sendo
infiéis ao catolicismo, cujos sacrilégios se espalham pelos diversos segmentos
da sociedade humana.
Mas Deus continua. A Igreja permanece firme nos seus
propósitos ensinando e pregando a bondade e a misericórdia de Deus que na
verdade não quer que ninguém se perca, mas que se convertam e se reencontrem
como povo santo de Deus. E então Deus nos dirá: “Alegra-te,
a sentença está revogada. Eu estou no meio de vocês que nunca mais temerão o
mal. Não desanimem!”
2ª PARTE
São Paulo revela Jesus e também manda que nos alegremos
sempre no Senhor. E pede mais: que o nosso testemunho, o nosso exemplo, o nosso
amor e obediência ao sagrado e naturalmente à Igreja a qual pertencemos sejam
conhecidos por todos os homens através do anúncio e do convite à conversão e
responsabilidade na fé assumida, isso tudo sem nenhum medo.
3ª PARTE
Vejam a missão extraordinária de João e a sua liderança
espiritual e religiosa ao falar sobre Jesus e convidar para a conversão. Falava
para multidões. Realizava o batismo que era de penitência, não ainda
sacramento, que atraia pessoas de todas as classes e que queriam também receber
seus conselhos e como respostas ouviam falar na caridade, na partilha, na
honestidade, um não à violência e a corrupção, sem jamais pensar em superação
mantendo-se nos limites da humildade fazendo questão de colocar acima de si o
anunciado Jesus a quem assim se referiu: “Eu
vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou
digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito
Santo e no fogo”.
Irmãos e irmãs. É a este mesmo Jesus anunciado por João
que hoje, no tempo do advento, abrimos os nossos corações para esperá-lo e
acolhe-lo como nosso Deus e Salvador.
Mas leve-se a sério que receber Jesus exige
responsabilidade cristã, pois quem se desvia do seu caminho depois de
conhecê-lo e de ter a experiência da Igreja verdadeira fazendo pouco caso da
religiosidade, prejudicando os ensinamentos evangélicos, lembre-se que o
trigo será aproveitado, mas a palha será queimada no fogo que não se apaga.
A profecia de Sofonias ainda ecoa, e a revogação da
sentença também para aqueles que com fidelidade abraçam a causa de Cristo e se
esforçam para se manter como um só povo, convertidos e fiéis anunciando e
vivendo a Boa-Nova.
Confiem em Jesus e
alegrem-se!
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi
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