REFLEXÃO DOMINICAL
2º Domingo do Advento
– 09.12.2012 – Ano C
Br 5,1-9; Fl
1,4-6.8-11; Lc 3,1-6
1ª PARTE
Baruc transmite uma mensagem de otimismo que a Igreja nos oferece hoje,
neste tempo de advento.
Era costume na época as mulheres quando ficavam viúvas ou perdiam um
filho de “vestirem hábitos de luto, cobrirem a cabeça com um véu, e abatidas
pela dor sentavam-se no chão, não preparavam comida, não tomavam banho, nem se
ungiam com perfumes”. Era assim que demonstravam o seu desespero.
É possível imaginar o papel da mulher – já que o texto não cita o homem
– que além da inferioridade a que se submetia, devia externar desse modo a dor
que a morte de alguém da família causava.
Baruc, então, estimula uma mudança de atitude. Não que sugerisse pouco
caso aos que morreram, mas que essa dor fosse superada por algo que trouxesse
esperança tanto para os que deixaram esta vida como para os que aqui continuaram.
Não faz muito tempo, o luto era
demonstrado por roupas pretas ou escuras que as viúvas usavam por muito meses,
os homens usavam gravatas pretas ou uma tarja preta na manga da camisa. A viúva
e parentes mais próximos recolhiam-se em casa por algum tempo. Até na Igreja
preparava-se um catafalco preto para colocar o féretro e nós, padres e
sacristãos, também com nossas vestes pretas ... Tudo para lembrar que a morte
era algo tenebroso.
Mas pelos reflexos do escrito de Baruc
e tantas outras fontes doutrinárias, fomos mudando porque a própria Igreja já
vinha anunciando a morte como a visão de uma nova vida para se chegar à gloria
de Deus.
Tira Jerusalém, tira cristãos de hoje
“a veste de luto e de aflição e reveste, para sempre, os adornos da gloria
vinda de Deus”.
É o que o Advento nos aponta. Esperança
em Deus! Cubramo-nos com o manto da justiça. Levantemos nossas cabeças, vamos
nos reunir pela voz de Jesus. Vamos cantar “Paz-da-justiça e
glória-da-piedade”. Vamos endireitar os nossos caminhos, retirar os montes e
colinas que obstacularizam o nosso caminhar.
Jesus é o Deus esperado que irá fazer
parte de cada um de nós e com seu exemplo nos confortará e ensinará que para os
justos, a morte não arrepia nem derrota ou abate, mas aponta a direção para o
alto, para uma nova vida celeste que não terá fim.
2ª PARTE
Esperamos
o Messias no Advento. Mas sempre alguém anuncia. Foi para isso que existiram os
patriarcas, os profetas, e hoje temos os nossos Ministros de Deus liderados
pelos ungidos pelo Sacramento da Ordem, sucessores dos Apóstolos.
Ainda não alcançamos territorialmente o
mundo todo, mas boa parte dele tem lá sua igreja com seus bispos e presbíteros
e nas dioceses mais abertas ao Plano de Deus os seus diáconos, anunciando a
cada ano um advento cheio de esperanças em Cristo Jesus.
Esses ministros trabalham pelo Reino,
dedicam-se à oração e rezam por cada paroquiano para que sintam-se unidos num
só coração e coloquem acima de tudo o Evangelho, lembrando daqueles que
auxiliando na catequese primária, plantaram nos corações de tanta gente a
semente da fé que levaram e ainda levam os aprendizes à perfeição até ao dia de
Jesus, diz São Paulo.
Mostra-nos ainda o Apóstolo, que os
dirigentes de uma paróquia ou comunidade, devem primar pela amizade, pela
caridade, pelo respeito, ter um apego tão sincero que faça permanecer neles saudades
recíprocas e um forte elo entre todos.
Que todos cresçam sempre mais, ensina
Paulo, e que de Jesus venha toda a gloria.
3ª PARTE
E do Evangelho de Lucas tiramos a lição do mensageiro que ama o que faz
e divide com os irmãos o dom de servir.
João percorreu toda a região do Jordão
“pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados”, confirmando a
profecia de Isaias.
Quantos de nós não nos sentimos como se
estivéssemos de fato num deserto? Muitas vezes somos calados. Mas Deus é
insistente e de repente algo muito mais forte ecoa lembrando Jesus a nos
convidar para seguirmos adiante porque não vivemos num deserto vazio e árido,
mas num espaço em que pessoas se entrelaçam cumprindo os seus compromissos
materiais do dia a dia quase que se esquecendo de Deus, carentes de espiritualidade,
Precisamos dar as mãos, bispos,
presbíteros, diáconos e os fiéis leigos numa investida missionária preparando o
caminho do Senhor para que Jesus possa caminhar e se expor convidando a cada um
para segui-lo e para retornar à Igreja e à religiosidade convidando: quero
levá-lo à felicidade e à Salvação!
Já é o segundo domingo do Advento. O
Natal está bem próximo. Que seja este momento de forte ventania do Espírito
Santo iluminando ao mesmo tempo pregadores e todo o Povo de Deus para uma
permanente penitência e conversão.
Louvado seja N.S.
Jesus Cristo
Diac. Narelvi.
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