SAGRADA MISSA USADA COM CUNHO POLITICO.
Inicio
tranquilizando os bons católicos de que a Igreja Católica como instituição
religiosa na qual confiamos e amamos, não é culpada por deslizes ministeriais
improvisados de alguns dos seus clérigos quando agem ao arrepio das orientações
eclesiásticas conforme ocorreu no caso aqui exposto.
Vamos ao
tema.
Missa é
Missa. Não importa quem seja o celebrante e todos eles, bispos e presbíteros
foram ungidos e estão revestidos do Sacramento da Ordem e contam com a
presunção de plena idoneidade cristã. O alcance da Missa é infinito chegando a
todos os recantos do universo.
Entretanto,
essa magnitude exige respeito, tem o seu local próprio, e por ser uma
celebração cristã católica dirigida a DEUS PAI e celebrada por JESUS CRISTO nas
pessoas do bispo e presbítero, não pode ser emprestada para endeusar pessoas em
eventos não afinadas com as virtudes da religiosidade. Missa é Ação de Graças.
É Eucaristia.
Não se celebra
Missa em homenagem a pessoas, pois o homenageado por excelência sempre e somente é Deus.
Pode a Missa
ser celebrada em ação de graças, pedidos de intenções a Deus em auxilio a
pessoas vivas ou falecidas, ou por necessidades humanas e até cívicas. Mas a isso não se
chama de “homenagem”. Para pessoa falecida, reza-se pela alma porque
pode estar no purgatório (não sabemos) necessitando das nossas orações,
porquanto que aquelas que estão no Céu não precisam de orações e para as que estão
no inferno não adianta nenhuma Missa ou oração.
MAS JAMAIS PARA HOMENAGEAR UMA PESSOA conforme erradamente se divulgou no episodio prisão
de Lula: “EM
HOMENAGEM A FALECIDA MARISA, MULHER DE LULA”
justamente naquele local e momento contaminado pelas agitações politicas
envolvendo o condenado Lula.
Não quero
entrar nas intimidades religiosas de Lula/Marisa, mas não me parecem suficientemente
católicas que pudessem justificar essa Missa tal qual aconteceu.
Na verdade,
no caso a Missa foi desvirtuada da sua profunda essência, chegando até as vias
do sacrilégio, visto que transformada em momento político de despedida de um
cidadão condenado pela justiça e na iminência da prisão.
Lamenta-se
que o celebrante - um bispo emérito (inativo) Dom Angélico, amigo intimo e partidário de Lula,
tenha se prestado a esse “espetáculo” que desgosta o bom católico e a todos em
geral pelo inconveniente momento. As palavras do bispo foram apaixonadas pelo
esquerdismo petista e por seu amigo Lula. Aliás, nada o proibia de manifestar-se, mas o fizesse como cidadão comum despojado das vestes liturgias e sem Missa.
Se a
intenção era sinceramente orar pela alma de dona Marisa ou alguma ação de
graças, nenhum impedimento ou estranheza causaria se fosse dentro de uma Igreja
e em outro momento sem nenhuma conotação política conforme ocorreu lá
escancaradamente para vitimizar e promover Lula explorando a memória da sua
mulher.
O que se deu
foi um tom de resistência política com Lula ladeado por seus correligionários
que demonstraram não estarem nem um pouquinho interessado na Missa.
Concluo
ressalvando que a Igreja não rejeita pedidos de orações, de intenções nas
Missas, nem discrimina pessoas. Contudo, é preciso um mínimo de coerência e
respeito à Santa Missa. Quem não é católico, quem não acredita na vida eterna, na Eucaristia, que Jesus é Deus,
e pensa que Missa é uma apresentação teatral não deve pedir Missa, e ao bispo
ou padre com maior razão ainda, por consciência ministerial e obediência à Igreja não deve
ceder a esses pedidos essencialmente materiais e políticos.
Perdoem-me,
mas o momento era improprio para uma celebração Eucarística uma vez que o
centro das atenções não foi Jesus, mas Lula.
Não
culpo a Igreja como instituição porque sou diácono e nela confio, mas ao bispo
aposentado que com certeza deixou falar mais alto a sua simpatia pelo Lula.
Dc Narelvi.
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