Leonardo, amigo e irmão em Cristo, assíduo leitor das minhas matérias no
fac e no blog, pessoa bem formada como cristão católico com quem frequentemente
trocamos conhecimentos.
Obrigado
pela sugestão para falar sobre SUPERSTIÇÃO.
Peço desculpas pela demora e justifico que na sexta
feira, dia 13, iniciava o texto quando um gato preto passou na minha frente e
então interrompi a redação.
“Do latim superstitĭo, a superstição é uma crença que é contrária
à razão e alheia à fé religiosa. O supersticioso crê que certos fenomenos têm
uma explicação mágica ou mística”.
Outro conceito: "crença ou noção sem base na razão ou no conhecimento, que leva a criar falsas obrigações, a temer coisas inócuas, a depositar confiança em coisas absurdas".
Outro conceito: "crença ou noção sem base na razão ou no conhecimento, que leva a criar falsas obrigações, a temer coisas inócuas, a depositar confiança em coisas absurdas".
No Catecismo da Igreja Católica, a superstição é apresentada como um pecado contra o primeiro mandamento da lei de Deus: "A superstição é o desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Pode afetar também o culto que prestamos ao verdadeiro Deus, como por exemplo quando atribuímos uma importância de alguma maneira mágica a certas práticas, em si mesmas legítimas ou necessárias. Atribuir eficácia exclusivamente à materialidade das orações ou dos sinais sacramentais, sem levar em conta as disposições interiores que exigem, é cair na superstição" (CIC 2111.
Os
conceitos já dizem bem a respeito da superstição a que hoje muitos se submetem
porque de fato são medrosos, fracos, dependentes e que preferem confiar mais em
coisas e não em Deus. Outros, ao contrário, confiam em Deus e em si mesmo e não
necessitam desses subterfúgios para enfrentar os desafios do dia a dia nem se lembrando
de que existe a tal de superstição.
Outros
ainda, mesmo que pertencentes ao segundo grupo, na base da brincadeira
descomprometida, por divertimento entre amigos lançam um ou outro gesto
supersticioso como bater três vezes numa madeira, ou entrar em algum lugar “com
o pé direito”.
Não
vejo em principio, em certos gestos, sinais comprometedores de superstição
gerados mais por costume e quase inconsciente como o chutar as traves pelo
goleiro antes de iniciar o jogo de futebol.
Mas
sem duvida, a intenção de quem faz o gesto supersticioso é que deve levar a
analise ou avaliação da sua seriedade ou conduta. Deixar de passar por debaixo
de uma escada porque dá azar, é errado, mas se deixar de passar por debaixo de
uma escada para evitar que algum balde de tinta ou ferramenta caia sobre sua
cabeça, é prudência.
Até
em costumes ligados a crença religiosa pode acontecer superstições sem que o
agente tenha consciência disso.
Se uma pessoa usar uma medalhinha ou imagem
de um santo, um terço pendurado no retrovisor do veículo, uma fitinha enrolada
no pulso por exemplos
por confiar mais no objeto como poderoso por si mesmo, é superstição, uma forma de idolatria, e pecado
contra o primeiro mandamento da Lei de Deus.
Contudo, não será superstição nem pecado,
se esses artigos forem usados como apoio para fins
devocionais, aumentar a fé, e lembrar acima de tudo da presença e poder de
Deus, que somente Deus é onipotente e pode fazer as coisas acontecerem.
Vejo, também, por exemplo, crentes católicos
ou não, em funerais rodopiarem o caixão de um lado para outro para acertar a
posição de entrada na igreja, se com a cabeça ou os pés do falecido direcionado
para frente. Também temos o uso de ferradura na porta da casa, pé de coelho, figa,
etc. etc. Bobagens e superstições inaceitáveis!
De qualquer forma a prática de superstição
por não ter sentido racional pode muitas vezes atrapalhar a vida dos indivíduos
tornando-os sujeitos dessa imaginaria proteção e frágeis no seu autodomínio,
privando-os até da liberdade de agir.
Cabe a cada acostumado a essas crendices deixar de lado as superstições
inúteis na sua essência, evitando assim ser levado a uma dependência
psicológica muito prejudicial para o desenvolvimento da sua vida pessoal seja material ou espiritual.
Dc Narelvi
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