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domingo, 29 de junho de 2014

TU ÉS PEDRO E SOBRE ESTA PEDRA EDIFICAREI A MINHA IGREJA




REFLEXÃO DOMINICAL
Solenidade de São Pedro e São Paulo - 29.06.2014 – Ano A
1ª Leitura - At 12,1-11;
2ª Leitura - 2Tm 4,6-8.17-18;
Evangelho - Mt 16,13-19
Evangelho:  Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a MINHA IGREJA.

Queridos amigos e irmãos em Jesus Cristo.
         Cristianismo e religião cristã. Tanto faz como tanto fez? Não é bem assim!
         Em que pese cristianismo significar doutrina dos seguidores de Cristo, é indispensável reconhecer o Senhorio e a Maestria de Jesus Cristo[1], o que forçosamente leva a uma religião cristã.
         Para discernir, é preciso conhecer a origem e a própria história do cristianismo. E inegavelmente no inicio  só havia cristãos ou cristianismo. A confusão foi criada séculos depois por Lutero.
         Entretanto, ninguém pode duvidar de que Jesus é o inspirador do cristianismo e fundador da religião cristã.
         Tudo começou quando Jesus escolhe dentre os apóstolos, um que pudesse representar sua Igreja. Pedro foi o escolhido.
         Lá estava Jesus com os apóstolos, na região de Cesaréia de Filipe e lá sabatinados seus  discípulos (apóstolos):  "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?"
         E das respostas algumas foram registradas na bíblia como “João Batista, Elias, Jeremias ou algum outro profeta”. Então Jesus questiona Pedro que responde: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo".
         Pedro, então, foi o que melhor respondeu a Jesus a tal ponto que pela sua resposta a revelação somente poderia ter vindo do Pai que está no Céu.  Já de plano compreendemos que Jesus queria saber como era reconhecido no plano divino e não humano, o que O levou a escolher Pedro como chefe da sua Igreja que acabava de fundar.  “Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus".
       
Jesus constituiu Pedro seu representante aqui na terra com plenos poderes das chaves do Reino dos Céus assegurando-lhe que todas as decisões tomadas por ele aqui na terra seriam aceitas no Céu. Por ele e, evidentemente seus sucessores porque a Bíblia nos assegura essa sucessão e a tradição também pelos Papas.
         É compreensível que tendo Deus criado tudo perfeitamente, e o causador da quebra da aliança tenha sido o próprio homem, Deus, na sua infinita sabedoria, por Jesus Cristo tenha querido que os homens participassem da nova Aliança, da restauração do Reino, da Conversão. Como um pai que vendo seu filhinho estragar um presente diga-lhe: ”você estragou, agora ajude a arrumar!”
        Nasceu, então, o cristianismo sob a égide de Cristo e chefia de Pedro e seus sucessores. Em principio, então, todos os que crêem em cristo são cristãos, porém, nem todos seguem seu senhorio e doutrina que se encontra não na livre interpretação da bíblia, mas no que nela contém, na tradição e no magistério da Igreja.
        A religião cristã única e verdadeira é a Católica Apostólica, enquanto que as demais, são religiões ou  seitas cristãs que, seguidores de Lutero e não de Jesus, adotaram o critério Sola scriptura e com liberdade de interpretação, levou a múltiplas divisões transformando a única Igreja de Cristo em milhares de denominações cristãs (todas dizendo-se verdadeiras) desde as tradicionais e sérias  como a Luterana, Anglicana, Metodista, etc. até as mais debochadas e irreverentes  como  Igreja Evangélica Jesus é Lindo e Cheiroso, Assembléia de Deus Batista A Cobrinha de Moisés, etc. etc.
         Por isso irmãos, o Evangelho de hoje chama a nossa atenção para a religião cristã que tem a sucessão apostólica como, em primeiro lugar a Católica, Apostólica Romana, depois a Ortodoxa, a Igreja Católica Apostólica Brasileira, por exemplo.
         Irmãos e irmãs. o Evangelho ora refletido comprova que Jesus não quer divisão de igrejas, mas uma só cristã e que pelas circunstâncias do protestantismo dividiu, restando como representante confiável a sucessora do cristianismo primitivo a Católica e Apostólica, sucessora dos apóstolos.
         Porém irmãos e irmãs, não estou reprovando nem sacrificando aqueles que fizeram opções por outras igrejas cristãs, mas reconhecendo que historicamente uma só é a religião criada por Jesus. E mais, atrevo-me a reconhecer  que muitos adeptos dessas novas denominações ou deixaram o catolicismo por falta de boa formação católica, ou até impulsionados pelos maus exemplos de católicos ou dirigentes.   
         De qualquer forma, que o Evangelho de hoje nos leve a refletir sobre a seriedade do cristianismo, e que reine entre todos,  paz e bons propósitos e quiçá, um dia, se cumpra a vontade de Jesus: Um so pastor, um só rebanho.  E aceito que aqueles que já nasceram nas outras denominações cristãs sem conhecer a doutrina cristã católica, não se encontram em pecado e devem fazer com que o Reino de Deus se realize.
Que Deus seja louvado.
Dc Narelvi


[1] Conforme dicionário.

COMBATI O BOM COMBATE - DEDICADO A DOM MOACYR JOSE VITTI




REFLEXÃO DOMINICAL
Solenidade de São Pedro e São Paulo - 29.06.2014 – Ano A
1ª Leitura - At 12,1-11;
2ª Leitura - 2Tm 4,6-8.17-18;
Evangelho - Mt 16,13-19
2ª Leitura: Combati o bom combate -  Dedicado a Dom Moacyr José Vitti.
         São Paulo  não se refere aqui ao inicio da evangelização, mas o final, o cumprimento da sua missão.
         Vimos na primeira leitura dos Atos, assim como sabemos pelas instruções catequéticas e evangelizadoras que aprendemos, do quanto sofreram Jesus e seus seguidores para nos deixar a Igreja e mostrar o caminho da salvação.
         Com São Paulo, neste momento, vemos a coroação do trabalho do apóstolo missionário.
         No fim da sua vida faz a sua avaliação e conclui que fez o que devia ter feito. Uma missão lhe foi dada por Jesus e ele a cumpriu com dignidade. Prevendo sua morte deixa um registro em forma de oração:
“Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; não somente a mim, as também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa.”
         No dia 26, quatro dia atrás, faleceu Dom Moacyr José Vitti, Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba. Foi ele quem no dia 28 de novembro de 1999 ministrou o Sacramento da Ordem ordenando-me Diácono da Igreja Católica em nível permanente, lá na Paróquia de Nossa Senhora da Salette, Curitiba, quando fui incardinado na Arquidiocese e provisionado na Igreja, hoje Santuário Nossa Senhora da Salette.
         Dom Moacyr foi um desses vocacionados que atendendo ao chamado de Jesus foi ordenado diácono, depois presbítero, depois bispo da Igreja e por ultimo nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba.
         Suas qualidades e virtudes são tantas e conhecidas, mas quero destacar pela importância que tem para a Igreja de Cristo, o seu carinho e respeito pelo diaconato permanente. Jamais criou qualquer obstáculo ou preconceito contra a ordenação de homem casado para o diaconato. Foi meu professor na Escola Diaconal São Filipe.
         Quero oferecer a Dom Moacyr a carta de Paulo e reflexão de hoje. Não sei se ele pressentia sua morte porque nos pareceu repentina. Porém, uma coisa é certa, Dom Moacyr foi um servidor exemplar e digno da messe de Jesus e soube com toda a dignidade honrar o episcopado e estava preparado para a morte. 
          Com toda a certeza as palavras e oração de Paulo exprimem o sentimento de Dom Moacyr: Combati o bom combate,
completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia”.
         Obrigado Dom Moacyr. E que o senhor interceda por nós e pelos diáconos permanentes. 
 
Na paz de Cristo
Dc Narelvi.

LIBERTAR-SE DOS PODRES MALIGNOS - 1ª LEITURA.



REFLEXÃO DOMINICAL

Solenidade de São Pedro e São Paulo - 29.06.2014 – Ano A

1ª Leitura - At 12,1-11;

2ª Leitura - 2Tm 4,6-8.17-18;

Evangelho - Mt 16,13-19

1ª Leitura: Libertar-se dos poderes  malignos
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.



         Desde tenra idade somos impulsionados a conviver com sentimentos. Um deles, é o dom da vida lutando pela sobrevivência, capeado pelo dom do amor. Para uns, os diversos dons ou sentimentos fluem com mais facilidade, enquanto que para outros já é mais dificultada  por tantos motivos de ordens sociais, religiosas, familiares, políticas como se fossem contingências naturais que destroem ou atrasam as conquistas e ideais.  Mas por detrás desses coletivos estão as pessoas que nutrem o prazer de destruir, de prejudicar, submissos mais ao poder do demônio do que de Deus.

         A questão está em livrar-se desses poderosos, verdadeiros  Herodes que na busca de fama, de ostentações, de vantagens e de status praticam o mal por instinto. Essas pessoas tomadas por mentes doentias  ou são possessas do demônio ou precisam de profissionais que tratam da mente humana. Mas, de uma forma ou de outra, precisam de Deus: “Agora sei que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes”, é o chamado da primeira leitura de hoje.

         A Igreja iniciava seus passos. Os Apóstolos cumpriam os ensinamentos de Jesus e isso não agradava o poderoso Herodes que mandou prender e torturar alguns membros da Igreja e mandou matar Tiago.

          Como essa medida agradou a alguns judeus aproveitou o embalo e mandou prender Pedro com a intenção de mostrá-lo ao povo como prova do seu poder.

         Pedro, acorrentado e vigiado pelos guardas, na mesma noite é surpreendido por um anjo iluminado que o acordou: “Levanta-te depressa” e as correntes desataram, veste-se,  e sem saber o que estava acontecendo na realidade seguiu aquela luz e obedeceu à voz de comando conseguindo passar pelos guardas, pelo portão e alcançou a liberdade.   Somente nesse momento Pedro se convence de que foi o Senhor que o libertou do poder de Herodes e da sede de vingança dos judeus.

         Irmãos e irmãs. Neste pequeno trecho dos Atos dos Apóstolos tomamos contato com a luta daqueles homens que seguiam Jesus e tinham a missão de dar continuidade à Igreja de Cristo. Havia os perseguidores, mas Deus tinha uma Missão para Pedro e todos os seus escolhidos. Não podia abandoná-los.

         Esse paradigma serve para todas as práticas de maldade que afligem a sociedade humana em todos os seus segmentos, e também dentro da própria Igreja. Basta ler um pouquinho da história e veremos quantas incoerências foram praticadas “Em nome do Senhor”.

         Por favor, não estou generalizando, mas fazendo uma constatação, pois a Igreja é de Deus, fundada por Jesus Cristo, conta com a proteção do Espírito Santo, Jesus prometeu estar com ela até o final dos tempos e é necessária para a salvação da humanidade.

         Mas a questão apontada mostra duas faces: de um lado um apóstolo de Cristo que chegou a ser Papa sofrendo perseguição e sendo retalhado em suas ações, algemado e calado, que representa a Igreja, e de outro, o perverso Herodes que representa o maligno.

         Hoje ainda acontecem coisas assim no mundo todo com cristãos perseguidos, martirizados e mortos porque seguem a Jesus. E se não nessa proporção, perto de cada paróquia não faltam pessoas mesmo revestidos de seus ministérios ordenados ou leigos, agem como Herodes, perseguindo, dificultando, colocando algemas  e mordaças  em tantos outros Pedros que foram escolhidos por Jesus.

         A esses somente resta confiar em Deus,  gritar, denunciar, lutar pelos seus direitos e rezar para que, de um momento para outro, Jesus mande um anjo conceder-lhes a liberdade para que cada um de acordo com seus dons e ideais, como cidadãos ou religiosos, possam exercer a prática do bem. E sem dispensar os anjos celestes, muitos anjos humanos existem que poderiam colaborar com essa libertação. Faltam-lhes coragem para arrancar os grilhões do medo e da dependência para auxiliar que todos possam continuar suas missões confiadas por Deus. Isso é possível, e acontecerá!  

Amém!

Dc Narelvi

domingo, 22 de junho de 2014

O QUE ESCUTAIS AO PÉ DO OUVIDO, PROCLAMAI-O SOBRE OS TELHADOS!




REFLEXÃO DOMINICAL

12º Domingo do Tempo Comum – 22.06.14 – Ano A

Jr 20,10-13; Rm 5,12-15;  Mt 10,26-33
EVANGELHO: o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados!
Irmãos e irmãs, louvado seja N.S. Jesus Cristo.
       Já pensou o que vale mais? O corpo ou a alma?
       E faço mais uma pergunta aos meus queridos crentes católicos: você acredita realmente em corpo e alma-espírito? Certamente que sim!
       Mas a questão que o Evangelho nos leva a refletir é se cuidamos mais do corpo ou da alma.
       O corpo é o invólucro da alma assim como a alma é o invólucro do espírito. E como fomos criados por Deus e somos suas criaturas prediletas, Deus nos ama por inteiro, isto é, nosso corpo e nossa alma: “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que está em vós e vos foi dado por Deus?” 1 Co 6,19.
       O corpo é mortal e a alma, imortal. A alma no corpo é a vida que imediatamente após a morte do corpo gozará da alegria celeste ou sofrerá as penas do inferno, e o corpo então reencontrará essa mesma alma no dia da ressurreição.
       Mateus, no Evangelho de Cristo de hoje, justamente alerta para a atenção especial que nossa alma merece sempre em primeiro lugar, recomendando o uso do corpo como a parte visível que também deve ser colocado em ação como mecanismo da vida interagindo com a alma. Corpo e alma são inseparáveis a não ser pela morte.
       Pelo corpo nós nos revelamos uns aos outros, caminhamos, ouvimos, aprendemos e ensinamos e até sofremos fisicamente.  Por isso o corpo deve ouvir a alma.
       Quando Jesus fala em medo dos homens refere-se a atitude material, comportamental. Quem rouba, mata, corrompe, blasfema ou de alguma forma peca, está desobedecendo a ordem natural da alma, pois não é a alma que rouba, mata, corrompe, blasfema, peca, mas o corpo que assim agindo faz também a alma sofrer.
       Por isso o conselho de Jesus: ”não tenhais medo dos homens, pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido. E o conselho vai mais longe ainda mandando: O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados!”.
       A voz de Jesus é a vós que chega ao nosso interior, à nossa alma e recomenda como proceder para salvar o corpo e a alma.
       Quanta coisa útil e bela silenciosamente você ouviu e aprendeu que poderiam muito bem auxiliar na formação da conduta humana e espiritual das pessoas, e são guardadas para si mesmo. Isto me faz lembrar  de certos costumes como o de não ensinar pra ninguém receitas culinárias ou obras de arte que com a morte do agente deixarão de existir sem que essas riquezas possam ser aprendidas ou aperfeiçoadas pelos nossos sucessores.
       A Palavra de Deus é essa maravilha que de tão profunda virtude não pode ficar guardada em segredo porque não é nossa propriedade intelectual  mas bagagem espiritual que nos conduz para uma vida eterna devendo ser partilhada com nossos irmãos. Isto foi o que Jesus quis dizer: o que você de bom  aprendeu na escuridão conte aos outros à luz do dia, o que você aprendeu no silêncio transmita com voz forte para que outros escutem e aprendam também. E ainda encoraja: NÃO TENHAIS MEDO, de quem pode matar o corpo, mas não podem matar a alma. O perigo está naqueles que podem destruir o CORPO E A ALMA.
       Deu para sentir que Jesus é exigente. Ele quer cristãos que se manifestem em favor dele, isto é, sejam anunciadores do Evangelho, testemunhem e anunciem a Boa Nova, o caminho da redenção, a conversão e a Salvação, e impõe uma condição: quem negá-Lo diante dos homens, Ele o negará diante do Pai que está no Céu.
       Não permitam irmãos, que matem sua alma. Não permitam que matem o Espírito Santo que está em seu corpo e na sua alma como fortalecedor da fé para que, por Jesus, sua alma seja santificada e seu corpo ressuscitado para a vida eterna na pátria celeste.
AMÉM.
                                                                                                                           Dc Narelvi

PECADO, SÓ O DESCUMPRIMENTO DA LEI?




REFLEXÃO DOMINICAL
12º Domingo do Tempo Comum – 22.06.14 – Ano A
Jr 20,10-13; Rm 5,12-15;  Mt 10,26-33
2ª Leitura: Pecado, só o descumprimento da Lei?
Irmãos em Cristo.

       São Paulo nos leva a refletir sobre a origem do pecado.

       Sabemos que pecado é todo ato de desamor a Deus e aos irmãos. Entretanto, o que marca o pecado? A Lei?

       Originariamente o pecado veio de Adão (e Eva) pela desobediência. Não foi porque “comeu a maçã”, evidentemente, papo de quem não tem noção do que diz.

       Por isso que São Paulo diz que o pecado entrou no mundo por um só homem, e devido o pecado veio a morte, destino de todos os homens porque todos pecam.

       O primeiro homem criado por Deus, a matriz, de onde se sucederam os outros, digamos assim, como cópia que apesar da individualidade e de cada um ter sua própria alma, o protótipo por ação própria manchou deliberadamente sua identidade humana tão profundamente que nós, seus descendentes, já nascemos contaminados por esse “defeito”. Por isso, pecado original que é perdoado pelo Batismo. Mas como o primeiro pecado, mesmo que perdoado no batismo enfraqueceu a resistência espiritual, por consequencia outros são cometidos como pecados derivados pelas nossas próprias ações negativas voluntárias contra Deus.

       Logo, o pecado sempre existiu e a humanidade, tentada pelo demônio, passou a conviver com essas faltas de forma indiferente a tal ponto que o pecador acostuma-se tanto com o pecado ao que chamamos de iniquidade, que passa a não ter vergonha dele, aceita o pecado como algo natural, perde o pudor.  Peca e nem percebe, como mentir, roubar, adulterar, entregar-se ao vício em geral, etc. etc. 

       Quando Deus colocou suas Leis, como os Mandamentos, por exemplo, foi para que houvesse à disposição dos homens normas alertadoras do que é certo ou errado. Uma forma de consciência escrita.

       Na narração de Paulo, quando fala no cumprimento da lei, pode-se refletir com a Lei de Moisés observada pelos cristãos oriundos do mundo pagão com os cristãos oriundos do mundo judaico. Pela origem judaica, além da fé em Jesus era necessário cumprir as obras da Lei de Moisés para alcançar a salvação, mas já os de origem pagã recusavam aceitar as práticas judaicas, como, v.g, a circuncisão que os judeus convertidos ao  cristianismo julgavam necessária por força da lei conforme está no Levitico 12,3. No concilio presidido por Pedro (At 15,4) Paulo e Barnabé questionaram Pedro sobre a necessidade da circuncisão tendo respondido que pela graça do Senhor seremos salvos sem necessidade da circuncisão, bastando o batismo. Judeus e não judeus, são chamados de igual forma por Deus à Salvação.  

       Portanto, antes da lei já havia pecado, mas o dom da graça de Deus é muito maior do que a falta de Adão e da própria Lei, sendo que por um homem só, Jesus Cristo, o dom da salvação veio a todos.

        Assim, qualquer atitude consciente que contrarie os princípios de Deus são pecados independentemente de qualquer Lei.

Salve Maria
                                                                                                                           Dc Narelvi

DENUNCIAI-O, DENUNCIEMO-LO



Profeta Jeremias


REFLEXÃO DOMINICAL

12º Domingo do Tempo Comum – 22.06.14 – Ano A

Jr 20,10-13; Rm 5,12-15;  Mt 10,26-33
 1ª Leitura: “DENUNCIAI-O, DENUNCIEMO-LO”.
Queridos amigos e irmãos em Jesus Cristo.
       Jeremias exerceu sua missão de 627/626 a.C até 586 a.C. Viveu durante os reinos de Josias em Jerusalém, que morto em combate e sucedido por Joaquim e depois por Sedecias.
       O rei Josias preocupava-se com a defesa política e religiosa do Povo de Deus e chegou a fazer uma importante reforma religiosa com a intenção de acabar no país com os cultos aos deuses estrangeiros. Nesse período Jeremias dirigia suas mensagens ao apelo à conversão, à fidelidade a Jahwéh e à aliança. Morto Josias, Joaquim, seu sucessor provoca um tempo de desgraça e de pecado, para Jeremias um tempo de incompreensão e sofrimento o que fez com que ele reativasse suas mensagens proféticas criticando as injustiças sociais até do rei, a infidelidade religiosa que Joaquim aceitou pelos interesses e alianças políticas cuja atitude demonstrava que a ajuda dos egípcios entendia-se como falta de confiança em Deus.
       Não foi difícil para Jeremias perceber que Judá havia perdido seus limites e se encontrava prestes a uma invasão da Babilônia com sofrimento ao Povo de Deus. Essa profecia foi anunciada por Jeremias aos habitantes de Jerusalém que acabou acontecendo em 597 a.C quando Nabucodonosor invadiu Judá e deportou para Babilônia uma parte da população. Com essa invasão o trono foi ocupado por Sedecias que anos depois voltou à aliança com o Egito, situação que não agradou Jeremias porque se confiava mais nos exércitos estrangeiros do que em Jahwéh, mas não era ouvido e sentia-se vazio, inoperante. E assim um exército egípcio socorre Judá e os babilônios retiram-se deixando o povo eufórico. Quando Jeremias passa a anunciar o recomeço do cerco e a destruição de Jerusalém, não compreendido é acusado de traição e preso. Então acontece a previsão profética. Nabucodonosor toma de fato Jerusalém, destrói a cidade e deporta a sua população para Babilônia[1].

       A reflexão de hoje da 1ª  leitura de Jeremias tem a ver com a história acima extremamente por mim resumida, e o texto bíblico.
       Jeremias era um homem de paz, afeito ao sossego da família e convívio com os amigos, longe de ser homem de violência de qualquer natureza. Mesmo assim Deus o chama para reagir. E Jeremias conta que ouviu ofensas de tantos homens que espalhavam medo ao redor de si. E brada encorajando os perseguidos: “DENUNCIAI-O, DENUNCIEMO-LO”.
       Sabia dos riscos, pois sua conduta era conhecida e poderia ser apanhado a qualquer momento. Mas encorajava-se reconhecendo que o Senhor, como forte guerreiro, encontrava-se ao seu lado, conhecia as suas angustias, e os perseguidores cairiam vencidos e envergonhados.    Foi assim que colocou nas mãos de Deus pedindo justiça.
Irmãos e irmãs. Ainda hoje os homens de todas as  regiões do mundo passam pelas mesmas angustias. Estamos sujeitos a governos e governantes que se revezam periodicamente e a experiência nos mostra de como são volúveis às conveniências políticas internas e externas. E nesses “reinados” o que a nação e o povo esperam é o estabelecimento de uma vivência e convivência de paz e felicidade. Entretanto nem sempre as coisas são assim. Quantos poderosos procuram seus próprios interesses esquecendo-se do respeito à população principalmente a mais pobre. E isso não acontece somente nos segmentos políticos, administradores das coisas terrenas, mas também nos religiosos que têm sob seus ombros a obrigação, responsabilidade moral e espiritual de fazer com que o homem encontre aqui na terra plena felicidade e acima de tudo, o caminho da Salvação eterna nos Céus junto de Deus.
       Isso mostra irmãos, que precisamos de muitos Jeremias para apontar o nariz daqueles que ocupam cargos civis ou religiosos, chamando suas atenções quando desviados da verdade e humildade, proclamando com coragem: “DENUNCIAI-O, DENUNCIEMO-LO”.
       Essa atitude não se avalia como rebeldia, mas de aconselhamento e ajuste para que o Evangelho tenha o efeito que Cristo espera, para que possamos, como Jeremias, recomendar: “Cantai ao Senhor, louvai o Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus”.
Louvado Seja o Senhor
Dc Narelvi


[1] Fonte histórica: Sacerdotes do Coração de Jesus - Dehonianos  http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=416

sexta-feira, 20 de junho de 2014

A ALEGRIA DO EVANGELHO - DOC. 198 - PAPA FRANCISCO

Exortação Apostólica  Evangelii Gaudium
A ALEGRIA DO EVANGELHO
Ao Episcopado, ao Clero, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos

domingo, 15 de junho de 2014

SAUDAÇÃO DE PAZ


REFLEXÃO DOMINICAL

Santíssima Trindade – Ano A – 15.06.2014

2ª Leitura: 2Cor 13,11-13

Evangelho: Jo 3,16-18

Saudação de paz

 Caríssimos amigos e irmãos em Cristo Jesus.

       Mais uma vez a mensagem é de Alegria. E para aqueles não acostumados com as celebrações católicas, ou acostumados não perceberam, tudo o que se celebra segundo os rituais seguem rigorosamente a Bíblia Sagrada enriquecida também por preces e orações que levam e elevam nossas almas em direção a Deus por Jesus Cristo.

       A saudação inicial: Saudai-vos uns aos outros com o beijo santo”.  “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós” estão nos vv. 12 e 13.

       São Paulo, coerente com a saudação nos convoca a todos para uma vivencia alegre, para um trabalho dedicado ao aperfeiçoamento, para que haja amizade e paz entre todos os homens, e assim Deus estará conosco e ainda contaremos com  a saudação dos santos.

       E no Evangelho, João faz lembrar do enorme amor do Pai para conosco a ponto de nos enviar seu próprio filho Jesus para que em nosso lugar fosse levado à cruz. E o resultado do sacrifício cruento de Cristo se repete nas Missas de forma incruenta justamente para que todos os homens possam ter a vida eterna, mediante uma única condição: que creiam em Jesus.

       Muitas vezes lamentamos os horrores que acontecem no mundo e particularmente também em nosso Brasil, inclusive nossos municípios. Inimizades, ódios, rancores, desamor, famílias desajustadas, Jesus retalhado em tantas seitas muitas delas desprezando o caminho do céu para o caminho da riqueza, da prosperidade, transformando templos em salões de curandeirismo; corrupção; adolescentes, jovens e adultos matam irmãos pelo simples prazer de matar manchando de sangue famílias e famílias; autoridades governamentais dando maus exemplos; incapacidade até de religiosos do exercício do dom da caridade, de perdoar ou pedir perdão; ausência de fraternidade, e um rol imenso de pecados que levam a injustiças e muitas vezes até a perda da fé e da sensibilidade do amor de tal maneira que as vezes somos tentados e perguntar se o mundo não estará condenado.

       Porém, o Evangelho não se desvia e por João somos convencidos de que quem crê em Jesus não será condenado, e que o mundo será salvo por Ele.

       A história nos ensina dos erros da humanidade em todos os tempos, mas por Jesus a paz não é apenas uma meta, mas plenamente possível e que todos os erros presentes, por mais que leis humanas e cientistas tentem resolver, jamais serão eficazes se a Lei de Deus não for cumprida prioritariamente. E a religião é formada pela comunidade orante, daqueles que querem salvar-se a si mesmos e também a todos os homens.

       A vida santa é possível e já acontece aqui na terra, bastando aceitar e assumir o papel de cristão e fazer com que as saudações de paz sejam ouvidas, gravadas e praticadas, alimentadas pelas práticas religiosas de todas as crenças do bem, sem se deixar levar pelas exibições externas, mas para a espiritualidade que reside no interior de nossas almas.

Que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam sempre com vocês.

Dc Narelvi.

PERTENCEMOS A DEUS




 REFLEXÃO DOMINICAL

Santíssima Trindade – Ano A – 15.06.2014

Ex 34,4b-6.8-9; 2Cor 13,11-13; Jo 3,16-18

1ª LEITURA:  Ex 34,4b-6.8-9.

Pertencemos a Deus

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

       Deus, pouco antes, havia escrito os mandamentos nas tábuas devido a indisciplina dos israelitas que estavam fugindo do Egito sob o comando de Moisés. Descida a montanha Moisés se depara com seu povo em revolta, dançando e adorando o bezerro de ouro o que lhe deixou tão irado que chegou a quebrar as tábuas e destruiu o ídolo.  

       Deus manda Moisés talhar duas tábuas de pedra idênticas àquelas que quebrara,  escritas com as mesmas palavras e novamente subir ao monte Sinai para encontrar-se com o Senhor. Assim Moisés fez, e ainda noite subiu ao monte e ao ver o Senhor invocou seu nome em forma de oração inicialmente reconhecendo e exaltando suas reconhecidas qualidades e virtudes, prostra-se em sinal de adoração e respeito para lançar um pedido especial por aquele povo revoltado e desorientado. Quase o desafia: “Se é verdade que gostas de mim, caminha conosco!” e ainda pede que Deus o perdoe e intercede pelo perdão dos irmãos a quem chama de “cabeça dura”, e que sejam acolhidos como propriedade sua.

       Algumas lições tiramos desta leitura. Primeiro não era a tabua de pedra que era importante, mas o que nela Deus havia escrito. Por isso Deus mandou Moisés fazer outra, outra tábua, mas não outras palavras. A Palavra de Deus é única e vale pela sua essência, fazendo lembrar a Bíblia. Não é a bíblia como material de impressão que vale, mas o seu conteúdo. Por conter a Palavra de Deus ela é respeitada como objeto sagrado, mas é a Palavra que deve ser adorada e não o livro como tal. Atrevo-me a dizer que a bíblia é a IMAGEM DE DEUS que se manifesta pelas palavras escritas, assim como aquelas tabuas de pedra e as imagens de nossos santos que não adoramos, mas veneramos porque representam, lembram e ensinam sobre os virtuosos santos, valendo, portanto, não a imagem que pode se quebrar, mas o que elas representam catequeticamente como modelo de vida cristã a ser seguido.

       Aprendemos que quando nos dirigimos a Deus devemos nos colocar na posição de servos, obedientes e humildes, daí o prostrar-se, lembrando agora como fizemos quando fomos ordenados diáconos e também os bispos  e presbíteros.  Nas orações de pedidos ou de agradecimentos, devemos nos sentir reciprocamente vinculados a Deus, confiantes de que o dialogo entre nós será possível dentro do mesmo plano de amor. Devemos ainda reconhecer que não somente os outros, mas todos nos comportamos como cabeças duras e precisamos pedir perdão dos nossos erros e interceder pelos irmãos que pecam orando e rezando individualmente ou com a intercessão dos falecidos.

       Por ultimo, não somos donos do mundo, mas filhos de Deus usufruindo das maravilhas terrenas que nos foram confiadas, conscientes de que tudo pertence a Deus, que NÓS PERTENCEMOS A DEUS.

Com Jesus e Maria.
                                                                                                                        Dc Narelvi.