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domingo, 26 de janeiro de 2014

PAINEL 3 - DROGAS



Pois é!

Parece incrível, mas é verdade. Essa declaração até chocante entre pessoas viciadas demonstra a distorção do amor no sentido verdadeiro da palavra tal qual sua origem que vem de Deus. O amor não foi inventado, mas ensinado e manifestado primeiro pelo próprio Deus e por isso, dentre tantas definições escolhi esta: “ligação intensa de caráter filosófico, religioso ou transcendente (ex: amor a Deus)”[1].

         A religiosidade e transcendência da palavra é o que dá melhor sentido ao amor. Esse amor deve ser sincero e retrato de uma afinidade que faça a pessoa crescer nos seus sentimentos sadios e se desenvolve no núcleo familiar, de amizade com o respaldo sempre importante da religião.

         Impossível essa sinceridade nos agrupamentos de delinquentes ou viciados que ocorrem ocasionalmente, de acordo com a conveniência sendo, portanto, temporário, porque são pessoas desestruturadas e que, de um momento para outro essa “afinidade” pode se transformar em ódio, traição, vingança, e .... morte. Então não é amor!!!

         São elementos que se aliam pelo vício e não pelos bons princípios.  Preste atenção, amigo, como os vícios unem os viciados.   Quem são os frequentadores de botecos, de bocas de fumo, de pontos de assaltantes . . . ?? Quem são os que lá se encontram??  O que se esperar deles?? Amor?? Certamente que não, mas corporativismo na maldade.

         Naturalmente que devemos odiar o pecado e amar o pecador, porém isto não significa adesão ao pecado mas tomar atitude de conversão dos pecadores.

         Amor é desejar o bem, algo impossível de acontecer nos piqueniques, nas poeiradas, nos pirados[2] .

         “Eu te amo” é uma das mais belas expressões de carinho que não pode ser confundida com declaração de amor à droga, ao fumo, ao vicio em geral, mas às pessoas que nos deram a vida e educaram e que realmente nos amam e querem nosso bem, pois é um sentimento inclinado e ditado por laços de família principalmente.

         A lição de Jesus é cheia de sabedoria: “O meu mandamento é este: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei; Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos; (Jo, 15, 12-13).

         «Não deis aos cães o que é santo, nem atireis pérolas aos porcos; eles poderiam pisá-las com os pés e, virando-se, despedaçar-vos» (Mt 7,6). Troque o destinatário dessa saudação pelos que amam realmente você: “Eu te amo, Pai” “Eu te amo, mãe” Eu te amo, meu filho”. “Eu te amo, Deus”.

Diac. Narelvi.



[1] http://www.priberam.pt/dlpo/amor
[2] Piquenique - Reunião em que todos os participantes fumam maconha.
Pirar - Enlouquecer por consumo excessivo de tóxicos.
Poeirada - Reunião em que todos os participantes utilizam cocaína.











RESPEITO AOS ESCOLHIDOS




REFLEXÃO DOMINICAL
3º DTC – Ano A – 26.01.2014
Is 8,23b-9,3; 1Cor 1,10-13.17; Mt 4,12-23

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
A Profecia de Isaías aconteceu pelos anos 700 aC e sua primeira parte foi tema para o Natal apontando para a vinda de Jesus que já se encontra conosco como grande luz a iluminar nossas vidas.
         Uma parte histórica fala sobre as tribos de Zabulon e Neftali que ocupavam a Galiléia, região norte de Israel e sofriam violências, perseguições devidas a ataques dos exércitos assírios, uma situação dramática.
         Foi quando Isaias profetizou um sinal de esperança, um brilhar de luz crescente até eliminar as trevas centradas na situação política da época na expectativa de um rei com a missão de mudar o panorama de sofrimentos do povo que esperavam fosse de efeito imediato. Mas o relato conduzia a outra expectativa de luz, Jesus que não aconteceu para aquelas tribos mesmo porque não mantinham afinidade com Deus e não tinham como entender a profecia, mas demorou cerca de 700 anos.   
         A historia apresentada ensina que muitas vezes queremos que as profecias, a vontade de Deus, aconteçam agora, imediatamente para que possamos contemplá-las. Mas desconhecemos os desígnios de Deus. Não sabemos quando que Deus fará acontecer todas essas coisas pois Ele é quem sabe do momento oportuno. Resta-nos confiar e esperar!
2ª PARTE
         Na Carta de Paulo já estamos vivendo a presença de Cristo não mais com expectadores de um tempo novo, mas vivendo esse tempo com luz que já ilumina a todos.
         Está claro na carta que Paulo sabe sobre disputas internas entre os cristãos a ponto de criar conflitos. E já no v. 10 é enfático: “Que sejais todos concordes uns com os outros e não admitais divisões entre vos”.
         Vejam, irmãos, o assunto não diz respeito a uma ou outra pessoa, mas grupos de pessoas que mesmo permanecendo em Cristo fazem suas igrejinhas particulares fazendo escolhas de lideres para segui-los em detrimento dos outros. Ah, “Eu sou de Paulo”, “Eu sou de Apolo”, "eu sou de Cefas”, “Eu sou de Cristo”. E o que é pior, muitas vezes levados mais pela simpatia do que pela sinceridade e espiritualidade.”
         Quantos de nós testemunhamos preferências pelas condutas recreativas ou obreiras de dirigentes espirituais só porque um joga futebol, outro joga cartas, outro é construtor, outro é cavaleiro, outro partilha uns tragos, ou outros pertencem ao mesmo partido político, sem colocar em relevo o que seria mais importante, o que fazem pelo bem das almas, pela unidade da igreja, pela partilha, pela fraternidade, pela defesa da Igreja, do clero, dos paroquianos, dos doentes, dos necessitados, dos vocacionados, ou até aqueles que se satisfazem proclamando-se Carismáticos, do Apostolado, Mariano, Ministro Extraordinário da Eucaristia, membros de comissões da Igreja, catequistas, vivendo um ministério isolado cada um por si e como se fossem melhores do que os outros, sem levar em contra o principal que é estar a serviço do Evangelho e da Igreja.
           São Paulo pergunta no v. 13: “Será que Cristo está dividido”? E ainda pergunta: alguns desses “lideres” foi crucificado por amor aos irmãos?
         A lição que tiramos da carta de Paulo é de que todas as funções e ministérios da Igreja Católica são importantes e necessárias e demos graças a Deus que a igreja se preocupa com a distribuição de missões aos bispos, presbíteros e diáconos, e a todos os fiéis, mas espera-se que o individualismo, a soberba, o orgulho e o egoísmo não prejudiquem as tarefas para que todos, como verdadeiros irmãos em Cristo, colaborem pelo Reino como um só povo,uma só congregação paroquial colocando acima de tudo os ensinamentos os Santos Evangelhos e a voz que vem tradicionalmente dos Apóstolos. E como lição derradeira, todos devemos nos convencer de que estamos aqui para pregar a boa nova da salvação sem valer-se dos recursos da oratória ou de outras circunstâncias intelectuais para ofuscar a cruz de Cristo e sua própria força.Cristo, sempre em primeiro lugar.
         E se algum irmão for tentado a oprimir ou excluir da Igreja de alguma forma pessoas de boa vontade, não é feio denunciar ao superior na hierarquia da Igreja, pois foi isto que fizeram pessoas da família de Cloé a Paulo conforme v. 11 para que cessem as contendas.
3ª PARTE
         Mateus narra Jesus deixando Nazaré para morar em Cafarnaum no território de zabulon e Neftali na Galiléia dos pagãos, cumprindo a profecia de Isaias que lemos na primeira leitura, quando soube que João estava preso.
         Jesus como a luz profetizada pregou aos que se encontravam nas trevas tirando-os da escuridão da morte.
         Conversão, foi o que Jesus pediu. E enquanto caminhava dizendo que o Reino de Deus estava próximo começou a formar seu grupo de apoio enxergando logo os irmãos de sangue Pedro e André, pescadores: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”, e eles aceitaram! Mais adiante Jesus viu Tiago, filho de Zebedeu e seu irmão João que igualmente aceitaram o chamado.
         Foi o começo do grupo dos doze Apóstolos. Todos foram chamados e deixaram tudo, trabalho e família porque acreditaram em Jesus e enquanto caminhavam por todos os lugares aprendiam e ensinavam sobre o Evangelho do Reino. 
         Irmãos e irmãs podem imaginar a felicidade que tomou conta dos escolhidos por Jesus? Sofreram por causa do Evangelho? Sim, sabemos que sim! Mas foi esse Colégio Apostólico recém constituído sob a liderança de Jesus e mais tarde de Pedro que conservou viva a memória de Cristo e a Salvação confiada à Igreja católica.
         É interessante observar  que Jesus não quis cumprir sua missão sozinho embora pudesse. Mas iniciou com doze homens pecadores, pobres, de pouca ou quase nenhuma cultura mas que acabaram transformando-se nos maiores conhecedores e pregadores do Reino. Ora, quem motivou o pecado após a Criação foram os homens. Nada mais justo, portanto, do que Deus incluir também os homens  a serviço da conversão.
         Os Apóstolos aceitaram o chamado de Jesus e deles saíram os bispos católicos.  Assim foram chamados os diáconos e presbíteros (padres) e dentre eles me incluo como diácono tristemente aguardando espaço na Igreja da diocese da minha residência mas esperançoso porque Jesus não abandona os por ele escolhidos.
         Irmãos e irmãs. Assim caminha a Igreja de Jesus que passa por dificuldades, dúvidas, contendas conforme a família de Cloé denunciou a Paulo, mas tudo se superando pela providência divina sendo que pela força do Espírito Santo  e a promessa da presença de Jesus em nosso meio até o final dos tempos,  apresenta um balanço espiritual  com superávit incomparável revelador de que a sobrevivência por mais de dois mil anos, logo nascida com Jesus e com ele até a eternidade, prova a sua legitimidade cristã e continua aberta para o Plano de Deus  e sob a direção do queridíssimo Papa Francisco mostrando caminhos novos para que a Bíblia e a Tradição sob a sabedoria do Magistério da Igreja levem todos os povos à unidade e à Salvação.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

ESTÃO CONFUNDINDO AS COISAS. "Rolezinho"



        Quosque tandem abutere “anarquistas” patientia nostra?[1]


             Sabemos que a Constituição assegura os direitos e deveres individuais e coletivos, como a livre manifestação do pensamento,  liberdade de consciência e de crença e seus cultos religiosos, a livre expressão da atividade intelectual, artística, cientifica e de comunicação, de locomoção, de reunião, mas também assegura além dos direitos, as obrigações, a intimidade, a vida privada, a honra, a imagem das pessoas, a casa como asilo inviolável, o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, o direito de propriedade, etc. pois que “Todos são iguais perante a lei ... inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.


        Também não se olvide que o Poder Judiciário está aí para  apreciar e julgar as rebeldias que a Constituição e leis apontam como “qualquer descriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”. Portanto, esses direitos são recíprocos e não podem ultrapassar ou invadir direitos dos outros indivíduos.

        Preparo, aqui, para falar sobre movimentos populares que estão deflagrando no país ferindo o estado democrático de direito.

        Sabemos que os movimentos populares foram responsáveis por transformações sociais e pelo direito de cidadania que com seus ideais asseguraram a democracia e defendem uma sociedade mais justa e solidária. Reconhecidamente é um exercício da própria democracia cuja mobilização leva à praça publica reivindicações, manifestações de apoio e também de repúdio a favor ou contra o governo e seus governantes, extensivas até mesmo aos indivíduos da mesma sociedade.

        Entretanto, o que vemos no momento, são desvios da sua finalidade com manifestações algumas sérias e outras banais das quais se aproveitam os baderneiros e anarquistas com infiltração de bandidos e arruaceiros que de cara limpa ou protegidos por máscaras e até armados maculam a legitimidade dos movimentos a tal ponto que já passamos a vê-los com maus olhos, antipatia e receio.

        O resultado negativo dessas passeatas com danos ao patrimônio público e particular, e à própria integridade física das pessoas, todos conhecemos porque aterrorizam a comunidade ultrapassando e desrespeitando os limites dos direitos alheios provocando a necessária intervenção policial que alternativa outra não tem ante as provocações, de agir com seus aparatos estratégicos que levam fatalmente ao uso da força.

           Sem dúvida que os movimentos, manifestações ou passeatas fora dos limites da lei e da razoabilidade, aproveitadas até por políticos e partidos políticos de sangue antidemocrático para demagogicamente levarem vantagens, estão a merecer uma séria advertência, de que na medida em que a conduta comportamental dos participantes passe a crescer desenfreadamente sob a influência da desordem anarquista, o efeito poderá levar a outros caminhos não desejados e contrários à vontade do povo, abrindo as portas para os regimes totalitários ou autoritários, não podendo ser esquecido o da ditadura brasileira.     

        E agora, com toda essa confusão, vem os adolescentes e jovens
brincar de uma maneira tão imprópria, inventando o apelidado “rolezinho” nos Shopping Centers onde se encontram centenas deles depois de combinado pela internet e escolhido o estabelecimento para “divertirem-se”, dizem eles, fazendo correrias dentro do recinto.
        Que brincadeira é essa que se transforma em confusão, provoca medo e cenas de pânico, perturba a ordem, irrita os clientes e frequentadores normais, põem em risco o patrimônio, as mercadorias, os proprietários dos estabelecimentos comerciais e a própria segurança? Como eles se selecionam?

        Não resta nenhuma dúvida de que esse propósito não tem nenhuma lógica de entretenimento e já começou de forma perigosa tanto que baderneiros já  se infiltram com seus hinos de guerra, invasão, práticas de crimes, uso de drogas, saques, expulsão dos clientes que fogem amedrontados,  colocando em risco não somente o patrimônio, mas a integridade física e moral dos cidadãos.

        Nada justifica essa “brincadeira” que revela estupidez.        Desculpem-me a ironia, mas se a intenção deles é brincar, por que não estabelecem grupos menores, por exemplo, de vinte ou trinta participantes, para se encontrarem na casa de moradia de um deles e lá dentro gritarem, pularem, correrem, entrarem e saírem dos quartos, salas, cozinhas, escadas, banheiros, sob os olhares felizes e contentes de seus pais?

        Lamentavelmente são tantos os maus exemplos jogados em cima do povo e de um modo especial sobre as crianças, adolescentes e jovens, desde governantes, meios de comunicações e formadores de opinião, com endeusamento da riqueza, do liberalismo inconsequente, da imoralidade, do desajuste familiar, do menosprezo à vida, que muitos adolescentes e jovens não têm mais respeito por seus pais e educadores e são direcionados à desobediência e descomprometimento com a vida, e chamados a gozarem suas faixas etárias nos moldes da libertinagem, das novelas e dos big brothers espalhados por aí,  aprendendo que vale mais o interesse de cada um rejeitando a disciplina estatal democrática, a educação dos pais e orientações religiosas, num achismo de que tudo é livre ...

        Infelizmente os desvios de formação e educação estão fazendo com que constantemente, no Brasil, precisemos da intervenção policial e das autoridades judiciárias para defender e garantir os direitos contra as minorias que pelo desrespeito e violência querem impor suas regras sem limites contra as pessoas de bem.

        Resta-nos também fazer nossos movimentos para que nosso futuro que será realidade com os jovens de hoje, seja melhor, quem sabe tentando endireitar as veredas de nossa casa. 

  Diac. Narelvi


[1] Texto original: “Quosque tandem abutere Catilina patientia nostra”,  frase de Cícero em seu discurso proferido no ano 63 aC acusando Lucio Sergio Catilina, que pode ser traduzida como “até quando Catilina abusarás da nossa paciência?”



domingo, 19 de janeiro de 2014

EIS O CORDEIRO DE DEUS

REFLEXÃO DOMINICAL
2º Domingo do Tempo Comum – Ano A
Is 49,3.5-6;  1Cor 1,1-3; Jo 1,29-34
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
        O profeta Isaias inicia no texto bíblico de hoje com uma mensagem a Israel: “Tu és o meu Servo, Israel, em que serei glorificado”. Isso nos lembra vocação e missão.
        A passagem bíblica ocorreu na Babilônia há mais de cinco séculos antes de Cristo onde se encontrava Israel como prisioneiro com seus sonhos ofuscados. Os babilônicos riam quando os exilados contavam sobre coisas extraordinárias que Deus fazia.
        Apesar da pequenez de Israel  o senhor lembrou dele e o escolheu como seu servo para ser luz das nações e anunciar a salvação a todos os povos.
        Essa luz, a salvação, aquele a quem devemos seguir que as Sagradas Escrituras nos apresentam, apontam para Jesus que durante sua missão e revestido de toda a simplicidade e humildade é levado à morte na cruz que apesar da aparência de derrota transformou-se no maior gesto de heroísmo e no maior ato de ternura e  compaixão pela humanidade.
        O profeta falando em nome do Senhor chama a atenção para a vocação e missão que devem ser assumidas por todos aqueles crentes em Deus, seguidores de Cristo, sejam eles ministros ordenados da Igreja ou fiéis membros dessa mesma Igreja: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”.
        Meus irmãos no ministério e todos os fiéis da Igreja de Cristo, mesmo sendo irrecusável a frequencia à Igreja e às manifestações devocionais, somos chamados a uma participação mais ativa, a sairmos da comodidade do rasinho para lançar as redes em águas mais profundas; Deixar de ser um simples assistente de Missa e de outras atividades litúrgicas para uma atitude mais participativa assumindo nossa vocação de cristãos amando, evangelizando, anunciando Jesus também como luz em nossa paróquia.
2ª PARTE
        Na segunda leitura aprendemos com Paulo e Sóstenes que a vocação e missão devem ser também comunitárias. Faço o meu trabalho individualmente e por ele respondo, mas jamais deverei esquecer de que estar envolvido com Cristo e sua Igreja implica necessariamente em estar envolvido com toda a comunidade. O próprio Jesus podia ter realizado sua missão sozinho, pois como Deus não precisa de ninguém. Entretanto, Jesus tinha um propósito que era ir ao encontro aos povos de todas as nações e os homens precisavam, então, enxergar o Mestre como um homem comunitário, que não fazia distinção entre pessoas. Amava e queria a todos, indistintamente.
        Paulo, evidentemente, trabalhou muitas vezes sozinho na evangelização. Mas com toda a certeza também evangelizava juntamente com seus discípulos e seguidores como, nesta carta, Sóstenes.
        É errado e contraria os princípios cristãos pretender exercer a vocação religiosa como personagem egocêntrica, prepotente, que não partilha nada com ninguém, pois que essa atitude não combina com Cristo, nem com Paulo, nem com os juramentos e compromissos que assumimos no batismo e depois nas vocações escolhidas.
        Os missionários devem sair mais das sacristias e das suas casas, como também devem fazer as forças vivas da Igreja para encontrar-se com os irmãos próximos e afastados a fim de lembrá-los de que todos os que receberam o batismo foram santificados em Cristo e chamados a ser santos.
3ª PARTE
        O Evangelho conclui a reflexão de hoje nos premiando com mais uma das grandes provas de que Jesus é verdadeiramente Deus feito Homem, o Filho de Deus, o Cordeiro de Deus.
        João Batista o grande anunciador de Jesus que preparou os seus caminhos, já não mais sozinho, mas em grupo, ao ver Jesus não titubeou e logo apontou para Ele dizendo:EIS O CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRA O PECADO DO MUNDO”.
        João Batista não assumiu para si nenhum mérito pelo seu trabalho missionário, mas colocou-se na posição de servidor que ao ver Jesus O reconheceu e apresentou aos que estavam perto com uma força de convicção tão forte que ecoa até hoje entre os homens do mundo todo para que se convençam de que Jesus, sendo o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, é, de fato O PRÓPRIO DEUS para desencanto daqueles e de algumas crenças que vêem em Jesus apenas um ser humano sem divindade.
        Irmãos e irmãs, este é o mesmo Jesus que está presente no mundo inteiro, e de uma maneira muito especial e extraordinária, com sua presença real, na Eucaristia fruto do milagre Eucarístico que Ele mesmo instituiu na sua Ceia com os Apóstolos. E como esse privilégio enriquece os católicos por esse milagroso evento que se perpetua até hoje e permanecerá para sempre fazendo com que os corações dos crentes em Jesus abasteçam sua fé num dos Sacramentos mais profundos que acontece na Santa Missa celebrada por Ele mesmo  em todas as Igrejas do mundo.
        Queridos, com a alegria de ver confirmada a minha crença em Jesus vivo, Deus e Homem verdadeiro, é que desejo a vocês,
Graça e paz, de parte de Deus nosso Pai.
Diac. Narelvi.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

DROGAS! SUPERLOTAÇÃO CARCERÁRIA.



Jovem,

        Você já ouviu falar sobre a superlotação carcerária? O que você vê na imagem lembra uma situação, mas nem de longe reflete o que realmente acontece dentro dos presídios.
        Asseguro-vos de que a maioria dos que lá se encontram esteve envolvida com a droga e com o tráfico, e por isso foram condenados. Pessoas que gozavam da liberdade dos cidadãos corretos, religiosos, de família, mas que preferiram o “piquenique”[1], cada um “ligadão”[2], até que se lascaram e caíram porque preferiram ceder à podridão dos vícios.  
        Ah, não sabiam??? Como não???
        Rebelião na penitenciária . . . matança de colegas de cela . . . revezamento por falta de espaço para dormirem, enquanto uns ficam em pé outros deitam para dormir. E sem falar, meu jovem, da submissão passiva dos presidiários, com preferência aos mais jovens forçados ao sexo anal e oral para saciarem os “chefes”, homens mais viris. “A mulherzinha” assim são chamadas as vítimas.
        Tudo por que? Porque não quiseram ouvir a voz da razão, dos conselhos familiares, as mensagens religiosas. E quando lá estiverem se mortos antes não forem, tarde demais, não adiantará reclamar! E a solução? Esperar por 5, 8 ou 10 anos....
        Jovem, eu te pergunto, Valerá á pena? Desista da droga enquanto é tempo, aqui fora, no aconchego dos amigos de verdade, da família, do trabalho honesto, longe das más companhias, apoiando-se sobretudo na vida religiosa.
        Não experimente a droga! Mas se você já for um dependente químico, mesmo assim ainda é tempo de alcançar a verdadeira liberdade. Seja um jovem feliz!
        Diac. Narelvi.


[1] Reunião em que todos os participantes fumam maconha.
[2] Estado em que se encontra o indivíduo durante o efeito da droga.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

DROGAS! SAIA DESSA ENQUANTO É TEMPO.

         O jovem quer descobrir coisas novas da vida. Desde criança muitas novidades surgem na medida em que os pais, como os principais responsáveis pela criação e formação dos filhos vão ensinando. A Religião e a escola fazem suas partes.
           Mas lá fora os desafios são enormes não faltando as más companhias que não satisfeitas com seus próprios fracassos querem derrubar também seus companheiros, amigos e colegas. "Dá uma tragada deste fumo, deixa de ser bobo". Pronto! Com certeza outras puxadas de fumo acontecerão até a dependência progressiva que poderá levar a experiências diversificadas das drogas até pirar abrindo caminho para um possível futuro de desagregação familiar, prisão ou até a morte.  

domingo, 12 de janeiro de 2014

RESPOSTA AO "ANONIMO" ELIABE



Texto integral do Comentário apresentado pelo “anônimo”  Eliabe Barbosa - ”Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "COMO ACONTECEU A SEPARAÇÃO DO CRISTIANISMO?": No link:
http://livrodiacononarelvi.blogspot.com.br/2011/05/como-aconteceu-separacao-do.html do meu blog, que a seguir respondo em parágrafos.

“A Igreja Católica Romana declara que sua origem é a morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo em aproximadamente 30 d.C. A Igreja Católica proclama a si própria como a Igreja pela qual Jesus Cristo morreu, a Igreja que foi estabelecida e construída pelos Apóstolos. É esta a verdadeira origem da Igreja Católica? Pelo contrário. Mesmo uma leitura superficial no Novo Testamento irá revelar que a Igreja Católica não tem sua origem nos ensinamentos de Jesus, ou de Seus apóstolos. No Novo Testamento, não há menção a respeito do papado, adoração a Maria (ou a imaculada concepção de Maria, a virgindade perpétua de Maria, a ascensão de Maria ou Maria como co-redentora e mediadora), petição por parte dos santos no Céu pelas orações, sucessão apostólica, as ordenanças da igreja funcionando como sacramentos, o batismo de bebês, a confissão de pecados a um sacerdote, o purgatório, as indulgências ou a autoridade igual da tradição da igreja e da Escritura. Portanto, se a origem da Igreja Católica não está nos ensinamentos de Jesus e Seus apóstolos, como registrado no Novo Testamento, qual a verdadeira origem da Igreja Católica?
Pelos primeiros 280 anos da história cristã, o Cristianismo foi banido pelo Império Romano, e os cristãos foram terrivelmente perseguidos. Isto mudou depois da “conversão” do Imperador Romano Constantino. Constantino “legalizou” o Cristianismo pelo Edito de Milão, em 313 d.C. Mais tarde, em 325 d.C., Constantino conclamou o Concílio de Nicéia, em uma tentativa de unificar o Cristianismo. Constantino imaginou o Cristianismo como uma religião que poderia unir o Império Romano, que naquela altura começava a se fragmentar e a se dividir. Mesmo que isto aparente ser um desenvolvimento positivo para a igreja cristã, os resultados foram tudo, menos positivos. Logo Constantino se recusou a abraçar de forma completa a fé cristã, mas continuou com muitos de seus credos pagãos e práticas. Então, a igreja cristã que Constantino promoveu foi uma mistura de verdadeiro Cristianismo e paganismo romano.
O padre não se casa porque foi criado o Celibato que nada mais é uma criação humano e sem teses bíblica, ao criarem tal doutrina esqueceram do que se está escrito: Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento;
Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? ); 1 Timóteo 3:1-5, logo sem dúvida alguma o Padre tem que ser casado, não há nada que derrube provas, episcopado é aquele que tem sobre si a liderança de uma igreja, e olhe de novo o que dizem o versículo 5, pois é, contra fatos não há argumento, o povo se faz cego as questões espirituais. Eliabe Barbosa”
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RESPOSTAS:
1. “A Igreja Católica Romana declara que sua origem é a morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo em aproximadamente 30 d.C.”
Resposta: A data está quase certa. A correta é 33 d.C. Mas origem na “morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo?”. De onde você tirou isso??? A origem está no próprio Jesus pessoalmente, conforme a Bíblia, a tradição, e a própria História. "Tu és Pedro... a minha Igreja..."
2. “A Igreja Católica proclama a si própria como a Igreja pela qual Jesus Cristo morreu, a Igreja que foi estabelecida e construída pelos Apóstolos. É esta a verdadeira origem da Igreja Católica?”
Resposta: Realmente a Igreja Católica foi fundada por Jesus na pessoa dos escolhidos Apóstolos e assim mantida pelos seus sucessores.
Digo sucessores porque senão a Igreja teria acabada com a morte do último Apóstolo.
3. “Pelo contrário. Mesmo uma leitura superficial no Novo Testamento irá revelar que a Igreja Católica não tem sua origem nos ensinamentos de Jesus, ou de Seus apóstolos.”
Resposta: Como não? E se você pretende encontrar tudo na Bíblia (NT), então aponte onde estará escrito que não.
Jesus não começou tudo com os Apóstolos que receberam de Jesus os primeiros ensinamentos? Ora, em assim sendo a Igreja Católica é depositária da fé e da doutrina apostólica por isso que ela tem sucessão apostólica e, via de conseqüência, de Jesus.
3. No Novo Testamento, não há menção a respeito do papado[1].
Resposta: A palavra Papa ou papado não está escrita na bíblia porque é uma palavra que vem do grego “pappas” = “pai”, titulo atribuído aos Bispos como expressão afetuosa.
Mas já no ano 220 aproximadamente o chefe da Igreja já era chamado de PAPA conforme Tertuliano escreveu no seu livro De pudicitia XIII7, onde se lê “Benedictus papa”. Existe ainda referência a palavra PAPA numa inscrição do diácono Severo, anos 296-304, encontrada nas catacumbas de São Calixto, traduzindo: “por ordem do Papa ou pai Marcelino”. No fim do século IV a palavra PAPA passou a ser aplicada ao Bispo de Roma mais como título. Existem também infinitas referencias históricas, tradição e, evidente, cultura religiosa...
Papa, portanto, é o título dado ao Bipo de Roma, chefe da Igreja Católica, cujo primeiro chefe foi Pedro conforme Mt 6,18.
4. “Adoração a Maria[2]
Resposta: Primeiro, largue mão de ficar insistindo em “adoração” a Maria. É um pobre argumento que só serve de engodo para aumentar as fileiras protestantes. A Igreja Católica e os católicos jamais adoraram Maria no sentido que você quer dar. O simples fato dos católicos afirmarem que não “adoram” Maria já concluiu o assunto, pois quem adora não nega, não é?
5. “ou a imaculada concepção de Maria, a virgindade perpétua de Maria.”
Resposta: Maria foi virgem antes, durante e depois do parto. Por favor, leia Is 7,14; Lc 1,26-27; 34.  Observe ainda que Adão e Eva foram criados DO NADA, sem prática sexual.
Logo, assim como Deus fez com eles, também podia fazer com Maria. Por isso ela é imaculada. Sugiro, dentre tantas outras fontes doutrinárias, que leia a respeito de Maria[3].
6. “a ascensão de Maria ou Maria como co-redentora e mediadora).”
        Resposta. É um dogma da Igreja Católica, única que tem poderes e autoridade para isso. Dogma é uma verdade que a Igreja reconhece com base em estudos bíblicos, doutrinários, tradição, enfim, no Magistério que detém, e os católicos aceitam por fidelidade e crença religiosa.  
        Ademais, a pena do pecado não é a morte? Por isso que os homens morrem. Como Maria, a Nossa Senhora, sempre foi imaculada, isto é, sem pecado, não precisou passar pela experiência da morte e já se encontra no Céu em corpo e alma.
        Co-redentora: Aqui exige um estudo mais profundo. Mas leve em  consideração, por respeito a Jesus, que ela é sua mãe. Assim, em poucas pinceladas, sendo Maria mãe do redentor, esteve ao seu lado o tempo todo, foi escolhida por Deus que precisou ouvir dela o seu SIM e que sem o seu SIM não teria havido a redenção, MARIA indiretamente está ligada ao mérito da redenção por Jesus, como co-redentora.   Isto não significa que Maria seja por si mesma, redentora, cuja obra sempre foi de Deus por Jesus Cristo. A Igreja tem o legitimo magistério e pode interpretar com autoridade expor suas verdades e você, como não católico, não é obrigado a aceitar.
Quero reproduzir três itens[4],[5]: “a) Chamando Maria? co-redentora?[43], entendemos que ela é cooperadora na redenção, efetuada só por Ele. Não queremos, evidentemente, dizer que Maria nos tenha resgatado por uma ação própria e independente, mas somente por sua união com a ação de Jesus. b) A ação de Jesus é independente; ela não tem necessidade duma outra ação, ela se basta a si mesma plenamente. A ação de Maria é dependente, é eficaz somente pelas relações com a eficiência de Jesus; c) Não há um Redentor e uma redentora; há um único Redentor: Jesus de Nazaré. Maria é co-redentora”.
7. “petição por parte dos santos no Céu pelas orações.”
        Resposta: Você quis dizer intercessão.  Jesus é o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2,5). Mediador não significa necessariamente intercessor. Mas podemos, sim, pedir aos santos que intercedam junto a Jesus por nós. E por que não pedir a Deus por si e pelos outros? Para que servem, as orações? Leia, por favor, Ex 8,9.29; Jo 2,3ss; Col 1,1-9; 1 Tm 2,1-4; Lc 16,23-25.27, etc. etc. Maria é a grande intercessora (veja Bodas de Cana).
        Aliás, uma das coisas que os protestantes fazem seguidamente é interceder pelos irmãos. Se os protestantes podem, porque não os Santos que já se encontram no Céu? Ou serão eles mais honrados ou justos do que os Santos?   
8. “sucessão apostólica:”
        A tradição, a Bíblia, a história, e a cultura religiosa provam que somente a Igreja Católica é sucessora legitima dos Apóstolos. Não se pode negar o óbvio.
9. “as ordenanças da igreja funcionando como sacramentos:”
        Resposta: Ordenanças da Igreja??? Não entendi!
10. “o batismo de bebês:”
Resposta: O batismo de crianças está implícito na bíblia.
Primeiro, há um só batismo cf. Ef 4,5. Portanto, o segundo batismo que os protestantes obrigam quando um católico adere à uma das suas denominações é inválido e desnecessário.
Onde está na bíblia que é proibido batizar crianças??? Só adultos???
Veja em At 16,33 o batizado do carcereiro e toda a família. Logo, também das crianças. E o de Lidia em At 16,14-15. E 1 Cor 1,16 da família de Estéfanes, etc.
Justino Mártir, no ano 130, in apol. 1.15, Irineu ano 180, Orígenes ano 230, todos d.C dizem que batizavam crianças, etc.
As crianças também têm direito de, pelo batismo, receber a graça santificante e fazer parte do cristianismo. E de ser salva se vier a falecer criança!
11.”a confissão de pecados a um sacerdote:”
Resposta: Todos concordamos que para obter o perdão dos pecados é preciso arrependimento e confissão. 
No AT somente Deus perdoava os pecados. Com a vinda de Jesus (NT), apareceu alguém como Deus com poder de perdoar os pecados: Jesus. “O Filho do Homem tem poder de perdoar os pecados na terra" (Mc 2,10). " E em verdade Jesus exerceu seu poder divino:"quando Jesus viu a fé daquela gente, disse ao paralítico: Filho,teus pecados te são perdoados"(Mc 2,5).
Certamente que Deus Pai e Filho perdoava o pecado sem ouvir confissão porque conhecia a intimidade, o coração do penitente.
Também é certo que os homens devem perdoar uns aos outros (MT 18,15-17). Mas esse perdão reconcilia os homens entre si e não os homens com Deus.
Jesus escolheu os apóstolos como seus sucessores a concedeu-lhes poderes especiais: “...Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós” Jô 20,21; “Quem vos ouve, a Mim ouve, e quem vos rejeita, rejeita-Me a Mim; mas quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou». Lc 10,16.
Só nesses versículos pode-se sentir o quanto foram ilimitados os poderes que Jesus concedeu aos Apóstolos. Uma verdadeira procuração perpétua.
Pois bem! Os penitentes arrependidos precisam sentir que estão sendo perdoados e isto sentiam diante de Jesus. Mas Jesus ressuscitou e voltou ao Céu e a Missão continuou. Precisou dos homens escolhidos para em seu nome anunciar o Evangelho, para aconselhar, admoestar, batizar e, evidentemente, para ouvir as confissões dos arrependidos.
Disse Jesus ao soprar sobre os Apóstolos: “Recebei o Espírito Santo. Os pecados daqueles a quem perdoardes serão perdoados. Os pecados daqueles a quem não perdoardes não serão perdoados». Jo 20, 22-23. Ora, esta permissão foi logo em seguida aos poderes que assim pode ser dito: Assim como o Pai me enviou eu vos envio também.
Nas mãos dos Apóstolos, a decisão: perdoar ou não perdoar. Logo, eles precisavam ouvir os pecados para fazerem suas avaliações.
Imagine, amigo anônimo, alguém desconhecido chegando pra você pedindo “perdão!” . Qual seria a sua atitude? Logicamente que você antes perguntaria por que, para saber que ofensa seria essa e qual a intensidade dela.
Humanamente falando entende-se a razão da confissão auricular e espiritualmente é plenamente aceitável e benéfica porque o presbítero, no confessionário, está não por vontade própria, mas para fazer aquilo que Jesus e a Igreja o incumbiu.  E o bom de tudo é que o pecador ao assim confessar pode ouvir a resposta do perdão: “Eu te absolvo de teus pecados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. Veja, Deus é quem absolve e não o padre como pessoa, ser humano.
Jesus quis que o pecador passasse pelo caminho da reconciliação não apenas com Deus, mas com a Igreja, com os próprios homens, e pudesse ouvir uma resposta de perdão, coisa que nas Igrejas protestantes, na chamada “confissão direta com Deus”, não acontece. O sacerdote ouve, conversa, aconselha, consola, avalia e impõe penitência e absolve, ao contrário do sistema protestante onde, mesmo que seja gravíssimo o pecado (aborto, assassinato, roubo, assalto, adultério, etc.) fica na base do “pecou, olhou para cima, orou e pronto”.
Amigo, a confissão teve uma evolução. Mas já no tempo da Igreja primitiva (antes de ser chamada de católica, Apostólica) São Paulo falava como encarregado do ministério da reconciliação (2 Cor 5,18) que junto com Jo 20,23, mais a tradição e o magistério da Igreja permitem aos bispos (católicos) como sucessores dos apóstolos e aos presbíteros como auxiliares colaboradores a ouvirem as confissões e perdoarem “em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. 
E não se esqueça do que Jesus disse a Pedro em Mt 16,19 e também aos demais apóstolos conforme MT 18,18.  Naturalmente que esses poderes foram transmitidos aos sucessores.  Convém que lhe diga, que somente os pecados mortais ou graves é que estão sujeitos à confissão auricular, os pecados leves, não. 
Saiba também que a Igreja Católica não despreza nem impede a confissão pessoal diretamente a Deus de cujo ato de arrependimento devemos aproveitar sempre independentemente da confissão através do sacerdote. Ressalva-se ainda que na ausência de um sacerdote e em situação de risco de morte a pessoa pode e deve usar dessa confissão direta com Deus e será perdoado.
Amigo, o tema vai mais além ainda, mas é o suficiente para ter esclarecer.
12.  “O purgatório:”
Resposta:  A doutrina sobre o purgatório não está bem explicita na Bíblia, daí porque a dificuldade dos protestantes, inclusive porque não contam com a Tradição Apostólica nem com o Magistério da Igreja. No entanto, já se constituía em crença deste o Antigo Testamento e podemos encontrar algumas passagens que dão as idéias fundamentais de sua existência.
Um dos livros da Bíblia que mais indica a existência do purgatório é 2 Mc 49-45, livro que Martinho Lutero retirou da Bíblia verdadeira.
“A palavra PURGATÓRIO não se encontra na Escritura Sagrada, assim como também não encontramos nela as palavras Sacramentais "Eucaristia" e "Crisma", e tantas outras expressões usadas na linguagem religiosa.  No entanto, na Bíblia descrevem-se situações, estados ou lugares que fazem alusão ao conceito (idéia de purgatório) no Antigo e Novo Testamento, bem como na tradição da Igreja.
Pode-se definir PURGATÓRIO como um estado transitório de purificação. É o estágio em que as almas dos justos completam a purificação de suas PENAS, devidas pelos pecados já cometidos, antes de entrar no céu.
Esse estágio purificatório, ou seja, o purgatório pressupõe sua localização no tempo ESCATOLÓGICO, que significa OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTO pertencente ao Tratado Teológico chamado ESCATOLOGIA, termo grego que trata do fim do homem (humanidade), após cumprimento de nosso destino temporal (vida), no sentido de missão ou vocação que se expressa no contexto dos termos: morte, juízo, inferno ou paraíso.
A Igreja (Teologia) Católica ensina que o purgatório é um ESTADO DE PURIFICAÇÃO MORAL, em que as almas, ainda não completamente puras, serão purificadas mediante uma PENA, tornando-se dignas do céu. Isto é uma verdade de FÉ”[6].
        Você deve saber que a recompensa de estar no céu ou ir para o céu depende da santidade da tua vida. Ninguém entra no céu sem que esteja na plenitude da santidade, sem nenhum resquício do pecado. Também, deve ter notado que tanto os católicos como os protestantes, seja pela confissão direta a Deus, ou a Deus por intermédio do padre, estão a repetir pecados e seguidamente a confissão? Não deveriam! Mas então por que a volta à confissão? Porque somos fracos, somos pecadores por natureza, justamente porque dentro de nós existe uma forte tendência a pecar. Mal ceamos ou comungamos e pronto, pecamos novamente. Errado! Mas isso é causado por essa tendência pecaminosa. Por mais que o homem seja um bom cristão é frequentemente tentado a repetir os pecados e até desejá-lo.
        Isso significa que se o homem arrependido e perdoado dos pecados morrer nesse estado, com sua alma tão santa que nem mesmo sente a influencia dos resquícios ou tendências pecaminosas,   sua alma irá diretamente para o Céu. Entretanto, se ao morrer, mesmo perdoado continuar com a tendência ao pecado, também será salvo e irá para o Céu, mas antes, porém, deverá passar por um processo digamos assim de purificação, bastante plausível, ao que chamamos de PURGATÓRIO para que “lá” purifique-se, liberte-se dessa tendência e então, irá em seguida para o Céu sem nenhuma mancha do pecado ou sem nenhuma vontade de pecar.
         “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu.”
        Recomendo que leia sobre o assunto em meu livro “Conhecer para não ceder aos atrativos protestantes” divulgado no meu blog, no link abaixo[7].
13. “as indulgências”
Resposta: Indulgência “é a remissão - total ou parcial - da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa que o fiel alcança por meio da Igreja, sob determinadas condições”.
O fiel perdoado quanto à culpa não está necessariamente perdoado quanto à pena. Essa pena temporal pode ser atenuada ou apagada  pela indulgência concedida pela Igreja também através da oração ou obras de piedade, penitência ou caridade.  
Lembre-se que a indulgência é concedida pela Igreja  Católica aos católicos pela sua autoridade como detentora do Magistério legitimo e como depositária da fé dos apóstolos. Sua aplicação portanto é sustentada nessa legitimidade e como resultado de profundos estudos bíblicos e tradicionais o que nos dá a credibilidade e confiabilidade na doutrina da indulgência.
Compare com o que falamos sobre o purgatório.
Para se conhecer bem uma religião ou crença é preciso ir mais além da bíblia sem desprezá-la e aprender com quem tem autoridade para ensinar. Por isso recomendo ler a respeito no link.8] .
14.          “ou a autoridade igual da tradição da igreja e da Escritura. Portanto, se a origem da Igreja Católica não está nos ensinamentos de Jesus e Seus apóstolos, como registrado no Novo Testamento, qual a verdadeira origem da Igreja Católica?”
Resposta: Tire suas conclusões pelo que já foi respondido.
15.          “Pelos primeiros 280 anos da história cristã, o Cristianismo foi banido pelo Império Romano, e os cristãos foram terrivelmente perseguidos. Isto mudou depois da “conversão” do Imperador Romano Constantino. Constantino “legalizou” o Cristianismo pelo Edito de Milão, em 313 d.C. Mais tarde, em 325 d.C., Constantino conclamou o Concílio de Nicéia, em uma tentativa de unificar o Cristianismo. Constantino imaginou o Cristianismo como uma religião que poderia unir o Império Romano, que naquela altura começava a se fragmentar e a se dividir. Mesmo que isto aparente ser um desenvolvimento positivo para a igreja cristã, os resultados foram tudo, menos positivos. Logo Constantino se recusou a abraçar de forma completa a fé cristã, mas continuou com muitos de seus credos pagãos e práticas. Então, a igreja cristã que Constantino promoveu foi uma mistura de verdadeiro Cristianismo e paganismo romano.”
Resposta: Você colocou aleatoriamente esse comentário histórico que está num rumo mais ou menos certo. Parabéns por ter procurado informações fora da bíblia.
O que se extrai da “sua” matéria é que realmente a Igreja Católica tem sua origem lá no inicio com o cristianismo. Portanto, cristianismo e Igreja Católica se completam porque é a mesma Igreja-religião, sendo que os cristãos passaram a ser chamados de católicos, ou Igreja Católica Apostólica Romana.
Até o Concilio de Nicéia que você citou foi um evento católico. Isto é o que importa, que vocês reconheçam a Igreja Católica como a primeira, fundada por Jesus. E o papel de Constantino foi muito importante, sim, para o cristianismo e consolidação da Igreja Católica, não  como “fundador” ou algo parecido,  visto que a religião como tal já existia antes dele (Constantino).
Sem duvida Constantino favoreceu o desenvolvimento do cristianismo. Talvez se ele não tivesse aderido ao cristianismo, mesmo com as ressalvas que você apresenta, certamente nem você teria a oportunidade de ser cristão. Aliás, falhas, dificuldades, e até desacertos sempre houve no cristianismo, mas o simples fato da Igreja Católica ter resistido por 2.014 anos, atesta que ela é verdadeira e protegida pelo Espírito Santo.
16.          “O padre não se casa porque foi criado o Celibato que nada mais é uma criação humana e sem tese bíblica, ao criarem tal doutrina esqueceram-se do que se está escrito: Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; Não dado ao vinho,  não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? )” 1 Timóteo 3:1-5[9] (texto do original apresentado por você). - Logo sem dúvida alguma o Padre tem que ser casado, não há nada que derrube provas, episcopado é aquele que tem sobre si a liderança de uma igreja, e olhe de novo o que dizem o versículo 5, pois é, contra fatos não há argumento, o povo se faz cego as questões espirituais. Eliabe Barbosa.”
17.          Resposta: São Paulo tinha razão quanto ao que escreveu para Timóteo. Você sabia que Paulo era solteiro? Parece que não sabe! Paulo até sugere ao homem não tocar em mulher, veja em 1 Cor 7,1. Ah, sabia que Pedro  (o primeiro Papa) era casado???  E que Jesus era solteiro???
      Você tem razão quando disse que o celibato é uma “criação humana”, certamente você queria dizer, da única igreja cristã que existia, a CATÓLICA.
No inicio os bispos, presbíteros e diáconos eram de fato casados ou solteiros. Com o passar de alguns séculos a Igreja foi gradativamente suspendendo a ordenação de bispos e presbíteros casados até que passou a ordenar somente solteiro (ou viúvo), mas celibatários, sendo que apenas os diáconos até hoje podem ser casados. Eu, por exemplo, sou um diácono casado. A Igreja teve e tem suas razões para manter assim e poderá quando quiser e quando for conveniente, voltar a ordenar presbíteros e bispos casados.
Portanto, é uma disciplina eclesiástica que só interessa à Igreja Católica e uma opção de vida por amor a Cristo e sua Igreja, evidentemente, para quem é católico e aspira a ordenação presbiteral. A nenhum outro interessa.
Concluo dizendo que você está errado ao afirmar que “padre tem que ser casado”. Quando São Paulo escreveu a Timóteo “marido de uma mulher” conforme você redigiu, na verdade usou da expressão “casado uma só vez” ou “esposo de uma única mulher” e jamais quis dizer que deve casar, mas que, se casado, deve ter uma só mulher, isto é, não duas, três ou quatro, ou amantes ou concubinas (nem “casar com outro homem” evidentemente, o que observo para evitar que venham com maluca interpretação nesse sentido também).
E, afinal, não existem pastores solteiros por opção???
Obrigado e fique com Deus.
Diac. Narelvi.


[3] http://www.tradicaoemfococomroma.com/2011/12/co-redentora-e-mediadora-de-todas-as.html - http://www.santissimavirgemaria.com.br/dogma_assuncao_maria.html
[4] http://www.veritatis.com.br/antigo/8848-maria-co-redentora
[6] http://www.rainhamaria.com.br/estatico/mortos.htm
[8] http://www.paginaoriente.com/enciclicasbentoxvi/indulgenctiarumdoctrina.htm#1[9] - Qual tradução bíblica você usou? Embora o texto de 1 Tm 3,2-5 apresentado goze de verossimilhança não está ipsis litteris  com as Bíblias Católicas versões  “A Biblia de Jerusalém” e “Ave Maria”, nem com as protestante versões  “Biblia de Referência Thompson” e “João F. Almeida”?