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domingo, 27 de outubro de 2013

COMBATI O BOM COMBATE



REFLEXÃO DOMINICAL
30º DTC – Ano C – 27.10.2013
Eclo 35,15b-17.20-22ª; 2Tm 4,6-8.16-18; Lc 18,9-14

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
         Como sempre, mais uma vez a Sagrada Escritura direciona o homem para a igualdade, fraternidade, para a humildade e para a vitória.
         Quando refletimos sobre as leituras bíblicas dominicais não estamos  lendo jornais ou revistas ou ouvindo e assistindo programas de televisão cujos escritores na maioria das vezes querem superar o Sagrado para fazer valer o mundano ou fé interesseira em “curas milagrosas” ou riquezas.
         Daí a importância do cristão de acompanhar, sim, os periódicos dos noticiários e tudo o mais que faz parte da cultura humana, porém, sem jamais deixar de colocar em primeiro plano  os Ensinamentos de Deus para que sua cultura não seja irracional.
         O Eclesiástico ensina que Deus tem a todos num mesmo  nível. Para Ele as raças, os pobres ou ricos, os inteligentes ou ignorantes, as pessoas lindas ou feias, e até mesmo pessoas de crenças diferentes merecem o mesmo respeito e igualdade de direitos. Todos devem ser tratados igualitariamente. Deus espera que cada um sinta-se responsável através de seu próprio exemplo como luz aos irmãos oportunizando-lhes uma vida digna, que mesmo com suas diferenças naturais possam alcançar os direitos a uma vida feliz conforme Deus planejou aos homens. 
         Ora, se Deus faz tal afirmação é porque a desigualdade existe e o que Ele quer, então, é dizer que o homem deve saber administrar o tratamento que deve ser dado a cada um. Portanto, irmãos, somos responsáveis pelo equilíbrio social, moral, religioso, familiar, enfim, da cidadania  dos homens para que todos sejam tratados com a mesma medida e oportunidade.
         Deus dá o seu exemplo quando afirma que não despreza as suplicas dos oprimidos, ouve os pobres, não despreza os órfãos e tem paciência para ouvir os desabafos e magoas da viúva sintetizando na sua fala todos os que Dele necessitam.
         A conversa com Deus se faz pelas obras e pelas orações que chegam com certeza aos seus ouvidos ressalvando que mesmo demorando segundo o nosso critério de contagem do tempo, nossos pedidos atravessam as nuvens  e chegam a Ele numa sugestão evidente de que devemos confiar, ter fé, paciência, e que no momento oportuno a justiça será feita àqueles que esperam e confiam em Deus.
         Contudo, irmãos, uma advertência faço: Deus quer que os homens, por tudo aquilo que aprenderam e pela formação religiosa que tiveram, colaborem com o Reino fazendo a parte que lhes compete, pois quer que você, meu irmão, seja um dos instrumentos do Pai para que cessem as discriminações, as injustiças, os sofrimentos, as desigualdades, as maldades. Você, meu irmão, é convidado pelo Criador para fazer parte desse milagre esperado e tornar realidade a vida plena dos homens já aqui na terra como primeiro passo para a eternidade.
2ª PARTE
         Jesus veio a este mundo para fazer a sua parte na missão confiada pelo Pai. Uma vez perdidos pelo pecado, fomos restaurados pela graça de Deus pela entrega de seu Filho Jesus Cristo.
         Sem Cristo, portanto, não alcançaríamos a salvação.  Você será capaz de apontar algo maior e melhor do que isto?
         Somente os que se fazem de cegos ignoram que a vida existe, que nós existimos em função de Deus. Somos criaturas de Deus. Sem Deus a nossa vida terrena seria uma inutilidade. Nenhum tesouro material, nada, absolutamente nada se compara ao tesouro do Céu.
         Daí a razão da preocupação que devemos ter no sentido de que a busca por esse futuro real junto de Deus deve ser uma ação ou atitude constante separando as ações do mal para reter consigo somente as ações do bem, assim como quem separa o joio do trigo.
         Vejam o que São Paulo testemunha na carta de hoje. Que expressão maravilhosa que me causa inveja no bom sentido.
         Todos sabem que o homem vale por sua conduta ilibada humanamente falando. Mas, mais do que isto valerá se alcançar o Reino dos Céus.
         Estamos sujeitos ao julgamento crítico de nossos irmãos e muito nos agrada quando somos reconhecidos como pessoas queridas. Contudo, o importante é que cada um reconheça-se a si mesmo, pois abaixo de Deus somos os nossos melhores juízes.
         São Paulo foi juiz de si mesmo quando, seguro da sua fé e de suas boas ações, pôde certificar a seu respeito colocando-se como um homem pronto para o sacrifício, isto é, para corajosamente entregar-se ao martírio. “Quanto a mim, já estou preparado para ser oferecido em sacrifício”. E até poeticamente registra o seu reconhecimento: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim ma coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa”.
         Observem, irmãos, que São Paulo não chamou somente para si o prêmio do Céu, mas ressalvou que a coroa da justiça está reservada a todos os que, como ele, souberam humildemente chegar a conversão e se tornaram cristãos exemplares e servidores da causa de Cristo. Que satisfação, irmãos, saber por São Paulo que por Cristo Deus Pai está a minha espera e a espera de vocês. 
         Mesmo que em determinados momentos tenhamos nos sentido sem defesa, Deus dá forças suficientes para a superação e vitória em Cristo.
3ª PARTE
         São Lucas transcreve a parábola de Jesus ensinando que a humildade está acima de tudo. Não somente em nossas condutas humanas, mas principalmente em nossas atuações religiosas.
         Rezar é uma atitude de fé interior, um momento de conversa com Deus.
         Rezar em público, testemunhar a fé diante dos homens é um ato corajoso, honroso e digno porque revela que não temos vergonha de testemunhar que somos cristãos.
         O que Jesus reprova, é fazer de nossos momentos de oração ou de trabalhos de Igreja motivos de soberania ou prepotência sobre os demais. É querer aparecer diante dos outros até escondendo a presença principal de Jesus. Quem assim age está chamando a atenção não para Deus, mas para si mesmo. E nesses casos nada se aproveita. Ainda mais quando o agente tem o firme propósito de afastar irmãos do ministério, ou fiéis da Igreja como se fossem descartáveis ou desnecessários.
         Maravilhoso para Deus é ver que o homem dedica-se à sua missão colaborativa material, porém, sem perder a humildade. A oração e o trabalho dignificam o homem, mas devemos deixar que esses reconhecimentos partam dos outros e não de nós mesmos.
         Por isto que na parábola Jesus mostra que agradou mais a Deus aquele cobrador de impostos que encabulado por suas ações batia no peito dizendo: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!”.
         Irmãos queridos. Que a reflexão de hoje permita-nos rever nossas atitudes.  Que sejamos transformados em homens e mulheres melhores cúmplices na prática do bem para que haja paz e harmonia entre os homens, que nossos corações assemelhem-se ao de São Paulo e que estejamos prontos para declarar quando chegar nossa hora: “Combati o bom combate ...”
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diác. Narelvi.

domingo, 20 de outubro de 2013

OUVIR A IGREJA. A FORÇA DA ORAÇÃO.



 REFLEXÃO DOMINICAL
29 DTC – ANO C – 20.10.2013
Ex 17,8-13; 2Tm 3,14 - 4,2;  Lc 18,1-8

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE
        No Êxodo ouvimos sobre um combate dos amalecitas contra Israel e nessa batalha acontece a intercessão de Moisés, cuja parte inspira-me para a reflexão de hoje.
        Moisés protegia Israel e se pôs em forma de oração lá no alto da colina. Levou com ele Aarão e Ur. Enquanto Moises mantinha as mãos levantadas, Israel vencia; quando baixava as mãos, os amalecitas é que venciam.
        Irmãos e irmãs.
        A lição que tiramos hoje é a força da oração. E aprendemos mais ainda: Se a oração individual já vale por si mesma, imaginem a força que toma quando oramos juntamente com outros, em família, em grupos de oração, nas Missas, enfim, em comunidade. Juntos não nos cansamos nem desanimamos.
        Quando Moisés abaixava a mão pelo cansaço, os seus protegidos perdiam espaço na batalha.
        Aarão e Ur perceberam essa situação e passaram a apoiar Moises dando-lhe um assento de pedra para descansar e, um de cada lado, sustentava as mãos de Moises levantadas até que vitória chegou.
        Lembra-me neste momento pretexto de muitos católicos ausentes da prática religiosa que se justificam dizendo “rezo em casa”. Ótimo! Precisamos muitas vezes nos recolher para em silêncio ouvirmos a voz de Deus. Precisamos nos retirar dos ambientes tumultuados para nos entregarmos melhor a Deus. Precisamos fazer nossos Retiros. Mas isso não quer dizer que devamos viver solitariamente o nosso relacionamento com Deus.
        Imagine você participando de um jogo de futebol como único torcedor; ou você e sua esposa ou esposo dançando sozinhos da sala da casa. Não seria melhor a presença de uma numerosa torcida no estádio? E dançar num salão de baile juntamente com tantos outros casais de amigos?
        Como a celebração se torna maravilhosa quando a Igreja está repleta de fiéis dando as mãos uns aos outros e todos dando as mãos a Jesus na Missa! E quando damos nossas mãos à Nossa Senhora na oração do rosário ou de uma Ave Maria?
        São nesses momentos, irmãos, que sentimos o apoio que necessitamos quando estamos cansados, enfraquecidos na fé, desanimados pelas dificuldades que enfrentamos em nossas vidas sejam por questões financeiras, de saúde, de relacionamento familiar . . .
Diz o v. 12 que devido ao apoio que Moisés recebeu de Aarão e Ur suas mãos não se fatigaram até ao pôr do sol”. Também nós, com apoio dos irmãos, jamais cansaremos de orar e de com nossas orações interceder pos nós mesmos e para os irmãos, pela honra e glória de Jesus Cristo e pelo crescimento espiritual da comunidade.
  PARTE
        Muitas vezes somos levados a reações raivosas quando desafiados em nossos costumes e argumentos. O bom senso manda que contemos até dez antes de qualquer agressão contestatória.
        Do ponto de vista da cidadania, do exercício da democracia, da vida em sociedade, devemos ser firmes em nossos posicionamentos sem que isto implique em irreversibilidade.
        Somos filhos de Deus e criaturas deste mundo. Separamos o material do espiritual, porém sem radicalidade porque nossa existência converge para Deus daí porque a espiritualidade deve ser nossa bússola.
        Por isso São Paulo recomenda que sejamos firmes naquilo que aprendemos e aceitamos como verdade, não dos homens, mas de Deus manifestada pelos homens que Lhe servem.
        O material e o espiritual devem conviver em comunhão e para os crentes na fé católica a confiança absoluta está em Jesus Cristo e na estrutura que nós chamamos de Igreja por ele fundada.
        Ser autodidata em religião é arriscado e se perde quando se prega o absolutismo da bíblia sob o argumento luterano do sola scriptura.
        Viver segundo o que se aprendeu implica necessariamente na tradição e bíblia sob a garantia do Magistério da Igreja que só a católica tem[1].
Quando a instituição Igreja se manifesta o faz sob a autoridade que lhe foi dada seguindo a direção primeira de Jesus e a colaboração dos apóstolos e sucessores legítimos sob a luz do Espírito Santo. Por essa legitimidade é que nos obrigamos a ouvir e a seguir a Palavra de Deus, sem o frágil individualismo que muitas vezes prejudica a fé.
 Aliás, a Bíblia como uma das fontes da revelação cristã, traz segundo São Paulo, a permissão à Igreja divinamente constituída de “ensinar, argumentar, corrigir e educar na justiça para que os homens sejam perfeitos e qualificados para toda boa obra”.
Contudo, cuidado, irmão, para não pensar que esse ensinamento está aberto à livre interpretação de cada um como se estivesse lendo uma receita culinária. Ler e interpretar a Bíblia é importante e necessário com a ressalva de que a interpretação maior e centralizada está com o Magistério da Igreja para que não se divida nem se perca como aconteceu com o protestantismo.
Amigos, é justamente o que pede São Paulo no capitulo 4, versículo 1: “Proclama a palavra, insiste oportuna e importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda paciência e doutrina”. Essa admoestação não se aplica aos que lêem reservadamente para si, mas àqueles escolhidos por Cristo para o ministério ordenado na estrutura eclesiástica do papa, bispos, presbíteros e diáconos, a quem em primeiro lugar foi confiada a Pregação da Palavra.
Por isso irmãos e irmãos, é que devemos ouvir a Igreja para que nossa caminhada para a vida eterna não corra o risco de tropeçar nos falsos profetas, nas falsas metas doutrinárias e arriscadas interpretações bíblicas.
Permanecer firme no que aprendemos significa honrar o batismo, a crisma, a Eucaristia, as Missas e demais Sacramentos e todas as devoções cristãs que se encontram impressas indelevelmente em nossas almas como uma marca cristã católica que deve ser respeitada e irrenunciável.  
3ª PARTE
        Retornamos aqui, irmãos, à força da oração testemunhada por Moisés. Enquanto Moisés intercedia Deus protegia, significando que a insistência na oração é recomendada por Deus. Deus tudo pode sem depender de ninguém, mas gosta e quer que suas criaturas participem de seu Plano no dialogo da oração.
        A parábola apresentada por Jesus segundo Lucas dá uma lição simples e até comum para nós.
        Imagine você mãe, ouvindo seu filhinho pedindo insistentemente algo que a principio não te impressiona mas pela insistência e porque no seu julgamento o que ele pede é razoável, acaba dando-lhe dizendo: “pega, pega de uma vez!!!”
        Foi o que aconteceu na parábola. A viúva tanto insistiu junto ao juiz pedindo julgamento rápido e justo sobre seus direitos que o magistrado resolveu agilizar e julgar dando-lhe ganho de causa.
        Primeiramente, o juiz não fez favor nem julgou injustamente pois que ele disse “vou fazer justiça”. Apenas cumpriu com seu dever de julgar levado pelo clamor da viúva.
        A parábola nos ensina que Deus é nosso juiz e sabe muito bem “dos nossos direitos”, isto é, ouve nossos pedidos e diferentemente do juiz humano não se aborrece e atende às nossas necessidades apresentadas por meio de orações se julgá-las justas e necessárias, e no momento em que entender ser a melhor oportunidade.
        Fé e confiança em Deus, meus irmãos. O tempo é dele e não nosso.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi


[1] Eu não creria no Evangelho, se a isto não me levasse a autoridade da Igreja Católica
(St. Agostinho - Contr. Epist. Manichaei. v, 6)

domingo, 13 de outubro de 2013

VOLTAR PARA AGRADECER



REFLEXÃO DOMINICAL
28º DTC – Ano C – 13.10.2013
2Rs 5,14-17; 2Tm 2,8-13; Lc 17,11-19
 
Prezados amigos e irmãos em Jesus cristo.
1ª PARTE
        A nossa primeira leitura deste domingo dá-nos uma lição de como confiar em Deus, converter-se e crescer na fé.
        Naamã era um homem doente, portador de lepra e idólatra que não conhecia Javé. Mas a necessidade de cura fez procurar por Eliseu, conhecido homem de Deus. Queria ser curado!
        Mas sentiu-se indignado quando Eliseu, ao invés de tocá-lo, de fazer algum ritual,  manda limpar-se no rio Jordão. Então pensa em desistir, ir embora,  mas alguns servos seus o convencem a cumprir a recomendação. Entra no rio, é curado, e diz o v. 14 que “sua carne tornou-se semelhante a de uma criancinha”.
O milagre o convenceu da existência de um único Deus. Tenta gratificar Eliseu que não aceita nenhum presente porque a obra milagrosa é de Deus.
Certamente que Deus opera milagres como no caso de Naamã. Mas os milagres de Deus devem ter uma amplitude maior, não pode ficar no plano material porque o Senhor não veio como médico do corpo, mas da alma. É errado fazer da sua crença apenas oportunidade hospitalar, pois o importante não é a cura do corpo, mas a salvação da alma.
Irmãos, quantos de nós andamos imundos por dentro, como se nossa alma estivesse contaminada pela lepra-pecado?
Busquemos, sim, a cura de nossas doenças físicas que embora Deus querendo possa curá-las, não nos esqueçamos que Deus deu inteligência e capacidade para muitos homens atuarem na medicina aptos a tratar das enfermidades guiados por Deus.
Mas a enfermidade espiritual exige um desejo interior, e essa cura, sim, vem de Deus diretamente ou através também de seus servidores vocacionados para a espiritualidade, para a formação religiosa, enfim, de homens que revestidos do Sacramento da Ordem ou simplesmente dotados de profunda fé, caridade e religiosidade são capazes de, através de um gesto simples  como o de mandar banhar-se no Jordão, aconselhar que se busque a Deus pela humildade, pelo arrependimento, pela penitência, pelo desejo de conversão. Quando o homem alcança esse ideal sua alma é purificada, perde a mancha do pecado e torna-se um homem novo, não apenas com jeito de criança, mas também com alma de criança como se estivesse, digamos assim, zerando a vida para reiniciá-la de forma correta, gradativamente, fazendo de cada novo dia da sua vida mais um passo para o aprofundamento da fé num único e verdadeiro Deus.
2ª PARTE
 São Paulo sempre que se dirige a alguém ou a alguma comunidade apresenta Jesus e anuncia a sua doutrina. Mas não O apresenta na condição de curioso ou especulador, mas como um verdadeiro mensageiro de Jesus que se coloca na posição ativa de evangelizador e faz questão de se declarar comprometido com Cristo, amarrado a Ele como se estivesse algemado.    
Mas o interessante é a ressalva do v. 9 quando ressalva que ele está algemado a Cristo, mas que a Palavra de Deus não se algema, não se prende.
Irmãos, nós não podemos simplesmente manter escrito em alguma folha de papel que somos católicos. Precisamos demonstrar, testemunhar que somos de Cristo, que somos católicos, que não temos vergonha de professar nossa fé.
E ninguém pode alegar que não sabe bem sobre religião, sobre as coisas de Deus, porque os instrumentos sacramentais, pastorais, litúrgicos, estão à disposição de todos desde a nossa infância e por isso somos capazes, sim, de defender nossa fé, nossa crença, e de anunciar Jesus. É só querer!
Existe uma compensação para quem vive do jeito que Cristo quer: se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele ficamos firmes, com ele reinaremos. Se nós o negamos, também ele nos negará. Se lhe somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo”.
Amigo e irmão, não vá nessa conversa de que religião não se discute, pois não se trata de discutir no mau sentido, mas de defender os ideais cristãos católicos.  
3ª PARTE
        Compromisso! Compromisso irmãos é o que necessitamos ter com nossa religiosidade.
        Vimos o que aconteceu com Naamã e a evangelização heróica de São Paulo.
        Agora Lucas revela mais uma passagem envolvendo leprosos, terrível doença da época que excluía os enfermos do convívio da sociedade e da própria família.
        Jesus caminhava para Jerusalém e quando passava entre a Samaria e a Galiléia dez leprosos pediram-lhe compaixão. Queriam ser curados.
        Jesus não quis quebrar os costumes nem desacreditar os sacerdotes, por isso mandou-os antes que se apresentassem a eles. Mas nem chegaram aos sacerdotes e ficaram curados já no percurso.
        Evidente que todos perceberam suas curas. Mas somente um, justamente um samaritano voltou glorificando e agradecendo a Jesus.
        E os outros? Perguntou Jesus.
        A esse único samaritano chamado de estrangeiro foi a quem Jesus sentenciou: Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.  Jesus não se referia à sua cura física, mas principalmente à salvação espiritual.
        Irmãos, a fidelidade de Eliseu, a pregação firme de Paulo, e o próprio Evangelho de hoje nos levam, então, a responder pela nossa fidelidade a Jesus.
        No Evangelho dez leprosos procuraram Jesus, todos foram curados, e apenas um retornou para agradecer.
        Hoje existem outras lepras que conspiram contra Jesus e sua Igreja.
        Se você se situar na história -  nem precisa ser a do AT, nem mesmo a do inicio do cristianismo há mais dois mil anos – basta olhar para o Jesus brasileiro daquela primeira Missa no solo brasileiro no dia 26 de abril de 1500 como marco do catolicismo que cresceu sob a direção de Cristo, desenvolveu-se com todas as dificuldades mas alcançou os objetivos cristãos tornando este pais um pais cristão e católico para cujo povo a lição da fé, da esperança, da confiança em Deus, da evangelização, das devoções populares, do prazer devocional das Missas, dos terços, das procissões, das devoções aos santos e amor especial por Maria mãe de Jesus representaram os alicerces da fé do povo brasileiro, agraciados com todas as bênçãos, para nas ultimas décadas nos depararmos com tantas traições, infidelidades, perdas de valores morais, agressões contra o catolicismo, com tanta gente agindo como aqueles leprosos mal agradecidos.
        Felizmente a proporção do fato acima não alcança o um por dez da realidade brasileira, mas precisamos retomar a alegria de ser católico a começar pelo animo de nossos bispos e padres estimulados por nosso querido Papa Francisco repassando aos fieis uma doutrina firme, que alcance a todos, saindo a procura dos afastados e desiludidos, abrindo espaços para os diáconos permanentes e estimulando os fiéis a assumirem suas religiosidades com coragem como Paulo ensinou a Timóteo, buscando as ovelhas extraviadas.
        O que precisamos fazer, meus irmãos, é inverter o numero dos que se afastaram ou se perderam depois de séculos de tantas bênçãos e  graças recebidas para, ao contrario daqueles leprosos, se não todos, ao menos a grande maioria  retornem e se convertam ao rebanho de Cristo.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi.

sábado, 12 de outubro de 2013

HOMENAGEM A NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA


HOMENAGEM A NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA
12.10.2013

Imagem: Limite entre fé, respeito e devoção.
 Pois é!!!

         Hoje quero homenagear Maria sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida numa linguagem um pouco diferente para respeitá-la mais ainda. 

         A Igreja Católica desde sempre adotou o costume de representar Jesus, seus santos, Maria, suas igrejas, seus bispos, padres e diáconos, suas irmãs religiosas, rosários, coroas, cruz, cravos, e outros adornos simbolizados por figuras, estatuas, bandeiras, estandartes, ícones, etc. cujos objetos são conhecidíssimos por IMAGENS tão alopradamente criticadas pelos protestantes. Até mesmo no Antigo Testamento encontramos citações e citações sobre imagens, de um lado permitindo, de outro impondo limites.

         Portanto, a Igreja Católica utiliza dessas imagens e não abre mão delas porque sempre foram e continuam sendo instrumentos de evangelização e devoção, assim como não abro mão, por exemplo, da foto de meus pais, da minha cidade, dos bustos das personalidades, da bandeira do Brasil porque mesmo sem vida em si, nos ajudam a nos aproximar do que eles representam.

         A respeito de imagens, sugiro ler na Bíblia e em meu blog conforme notas de rodape[1][2][3].

         Mas a questão aqui, agora, é de nos penitenciarmos pelos exageros que levam ao desrespeito e ao descrédito devocional pelo mau uso que muitas vezes são feitos das imagens.  

         Quando o adágio popular diz: “Devagar com o andor porque o santo é de barro”, expressa muito bem a nossa consciência de que a imagem não é divina, não substitui Deus nem os santos. Porém, devidamente benzidas passam a fazer parte dos objetos de uso para devoção, sem perder a sua qualidade original de uma imagem. 

         Inegavelmente que  alguns católicos levados pela cultura e religiosidade popular, e até dirigentes, praticam gestos incompatíveis com a imagem exagerando na sua apresentação aos fiéis principalmente quando se trata de festas de padroeiros e procissões. Confiantes demais na sinceridade devocional esquecem-se de alertar ou de separar uma coisa da outra. Imagem de Santo Antonio é uma coisa; Santo Antonio que está no céu é outra apesar da afinidade. 

         Assim e muito mais fortemente acontece com Nossa Senhora com seus inúmeros títulos, sendo o principal deles para nós, o de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, hoje festejada. 

         Entretanto, algumas atitudes denigrem as imagens quando ela é apresentada ou conduzida desrespeitosamente. Quando se esquecem do sentido espiritual que ela traz, do respeito que ela merece como imagem benta, expondo-a sem organização devocional muitas vezes sufocada por diversões impróprias e gritos irritadíssimos e impulsivos, cujas atitudes causam repulsa aos bons católicos e se transformam em prato cheio para críticas e zombarias para as crenças combatentes das imagens.

         Precisamos, irmãos e irmãs católicos, rever, então, com relação a veneração das imagens, os limites da fé, respeito e devoção. E que Nossa Senhora da Conceição Aparecida padroeira do povo católico do Brasil continue sendo lembrada e amada como a escolhida por Deus, a intercessora junto de seu Filho Jesus Cristo, mãe universal da Igreja de Cristo a quem tanto amamos. Que suas imagens continuem a ilustrar nossas Igrejas e nossas famílias, e suas celebrações festivas tenham por objetivo principal o de que, por intermédio delas, Cristo seja fortalecido em nossos corações.

Salve N.S. Aparecida!

Diac. Narelvi.




domingo, 6 de outubro de 2013

AUMENTA NOSSA FÉ



REFLEXÃO DOMINICAL

27º DTC – Ano C – 06.10.2013

Hab 1,2-3; 2,2-4; 2Tm 1,6-8.13-14; Lc 17,5-10
Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE

         Hoje a reflexão nos leva a meditar sobre fé, iniquidade, e cumprimento da missão.

        O ano dedicado pelo Papa para estudo e aprofundamento da fé terminará no dia 24 do próximo mês.

        É impossível compreender uma religião, seja ela qual for, sem estar carregado de fé. Santo Agostinho coloca de uma forma bem simples, o que é a fé: “Fé é acreditar no que você não vê; a recompensa da fé é ver o que você acredita”.

“A fé é um dom gratuito de Deus, oferecido a todos os homens, sem exceção. Chamamos de dons infusos a fé, a esperança, e a caridade.

A fé é como uma semente. Quando nascemos Deus planta em nós a semente da fé, e nós nascemos com esta semente. É">  uma semente em potencial,  que ainda não é ato, mas compete a nós darmos condições materiais para que a fé cresça.  Ou seja, a fé é dom de Deus que não nasce separadamente  da vontade humana, porque ninguém acredita se não quiser. Também ninguém acredita sem que Deus o permita.

 A fé precisa ser estimulada, precisa ser exercitada, e para isto requer algumas atitudes importantes. Podemos tomar como exemplo o dom de tocar violão,  a pessoa tem o dom mas precisa  treinar, estudar,  exercitar[1].

        Esse dom Deus nos concede quando nascemos e no batismo quando é feita a recitação da profissão de fé e o celebrante indaga aos padrinhos se querem que o afilhado (a) seja batizado(a) na fé que professaram, a resposta é afirmativa: QUERO.

        Essa fé, portanto, já existe em nós, mas precisa ser mantida e fortalecida a cada dia mediante nossas atitudes e praticas religiosas.

O profeta Habacuc nos mostra que muitas vezes reclamamos porque nossos pedidos de socorro parece não estarem sendo ouvidos pelo Senhor e duvidamos da fé, mas pela visão que teve tranquilizou que no momento certo Deus não falhará e atenderá, ressalvando a importância da fé ao dizer que “o justo viverá pela fé”.

Porém, para se cultivar a fé é necessário que nos entreguemos aos ensinamentos do Senhor pela sua Igreja, para evitar que se caia na iniquidade um dos maiores males que atinge os crentes no Senhor.

 Iniquidade é Tornar normal o que é pecado, não sentir culpa pelo pecado cometido, de tanto uma pessoa cometer o mesmo pecado ou coisa errada, não se arrepender pois já acha o que fez absolutamente normal”.

        A batalha anticristã vem justamente pregando a iniquidade na medida em que os católicos participam das missas dominicais apenas de vez em quando, não confessam, não casam na Igreja, banalizam as separações conjugais, não oram, não levam a sério os Sacramentos, não observam as orientações diocesanas e paroquiais, são favoráveis ao aborto, sem falar ainda naqueles de vida corrompida pelos vícios, pelas desonestidades e tantas outras desventuras que até nas redes sociais são reveladas muitas vezes comprometendo diretamente o nome da Igreja, tudo como se não fossem pecado nem sentimento de culpa achando que é absolutamente normal.  

 2ª PARTE

        Mas, por onde anda a semente da fé? A iniquidade seria capaz de eliminá-la? Não!

        O semeador da semente da fé é Deus e de sua parte não erra e confia no terreno fértil da alma de cada um.

        Para isso está à nossa disposição a Igreja como depositária da fé com seus bispos, presbíteros e diáconos, religiosos e todas as equipes pastorais fazendo o que São Paulo fez: Exortando os fiéis para reavivarem a chama do dom de Deus para que os vocacionados e todo o Povo de Deus perseverem e não tenham vergonha de Jesus, de ser Cristão. Que preguem a Palavra e sejam exemplos. Precisamos nos sentir como Paulo, prisioneiros de Jesus no sentido de enorme entrelaçamento de amor.

        Se dermos oportunidade para que as graças concedidas por Deus  cheguem até nós seremos capazes de formar uma nova comunidade de fé com tanta potencialidade cristã que o pecado não fará mais parte da nossa vida, não pela iniquidade, mas porque realmente nossas atitudes não serão mais pecaminosas.

        3ª PARTE

         São Lucas escrevendo a experiência pessoal com Jesus demonstra que até os apóstolos fraquejavam na fé e pediam: AUMENTA A NOSSA FÉ. E a resposta é o desafio da força da fé como capaz de fazer com que um amoreira, pela simples fé poderíamos transferi-la de um local para outro. Seria uma fé ideal, mas que dificilmente conseguiremos neste mundo. Entretanto, outras obras extraordinárias poderemos realizar pela fé.

        Jesus não espera que nos transformemos em milagreiros ludibriadores da fé, ou até como se fossemos mágicos, mas cristãos sensatos, usando da razão e da fé, da ciência e da fé.

        A receita apresentada por Jesus através de Lucas assenta muito bem.  Usa de um trabalhador para dizer que ele antes deve fazer os preparativos para o jantar do patrão e o servir para somente depois fazer sua própria refeição. E vem uma pergunta: Será que o patrão agradecerá o empregado por isso? Espera-se que sim, mas a resposta do humilde e educado seria “Não precisa agradecer, fiz o que devia fazer”.

        Também estamos aqui para servir. Não somente a Deus, mas aos nossos irmãos. E Jesus sugere como deve ser nossa resposta: “SOMOS SERVOS INUTEIS; FIZEMOS O QUE DEVIAMOS FAZER”.
                  Se nossa vida for moldada nos ensinamentos de Cristo cresceremos na fé e não seremos vitimas da iniquidade, cumpriremos nossa missão como Filhos de Deus formando uma comunidade de crentes amigos e fieis melhorando o comportamento da humanidade, a caminho da eternidade.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.


[1] Padre Reginaldo Manzotti - http://www.padrereginaldomanzotti.org.br/sala_leitura/artigos-padre-reginaldo-manzotti/fe.html