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domingo, 29 de setembro de 2013

A MELHOR RECOMPENSA ESTÁ NO CEU.




REFLEXÃO DOMINICAL

26º DTC – Ano C – 29.09.2013

Am 6,1a.4-7; 1Tm 6,11-16; Lc 16,19-31

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

 1ª PARTE

        O profeta Amós,  homem rude que vivia dos seus serviços braçais como lavrador não era formado em nenhuma escola mas tinha o dom da profecia. Não era nenhum adivinho, mas um homem que falava em nome de Deus para edificação, exortação e consolação conforme diz São Paulo em I Cor 14,3.

        Na leitura de hoje Amós não fala à toda a humanidade, mas em particular as pessoas da sua região.

        Importante essa colocação porque muitas vezes as pregações são dirigidas a outros.

        Amós demonstra sua indignação com os bom vivant que estão aí apenas para gozar a vida do bom e do melhor. Comem, dormem, cantam, enfim, divertem nos seus ambientes privativos alheios com o que possa estar acontecendo ao seu redor. Na base da sombra e água fresca. Não estão preocupados se existem doentes, pobres, miseráveis, bandidos, vítimas, corruptos, abortos, separações conjugais, brigas entre pais e filhos, guerras químicas, assassinatos em família, drogas . . .  O problema não é meu, dizem!

        Amós na sua pobreza, mas dotado de inteligência sagrada sentia à sua volta a indiferença dos poderosos.  Não é bem assim, queria ele dizer. Ai dos que vivem despreocupadamente em Sião, os que se sentem seguros nas alturas de Samaria!”. "Ai dos que não se preocupam com a ruína de José”.

        Sião é Jerusalém e Samaria uma capital do Reino do Norte (Israel) bem próxima de Jerusalém. E José significava a ruína de Israel, e seriam tomados pelos inimigos os assírios que incendiariam seus palácios e destruiria a cidade. E nessa hora ninguém escaparia e os indolentes arrancados de suas luxurias para a miséria e sofrimentos tal qual aqueles antes desprezados.

        Irmãos, sempre costumo em minhas pregações como diácono mostrar que embora muitos de nós tenhamos uma vida mais tranquila, fazemos parte de uma comunidade, de uma sociedade humana. Não somos seres isolados, ainda mais na atualidade num mundo globalizado.

        Devemos deixar nossos egoísmos e olhar para as pessoas, como elas vivem, quem são, do que necessitam. E então constataremos que talvez nosso vizinho encontre-se deprimido, enfermo, carente de amor, precisando conversar com alguém ...

         Não pensemos em converter a China por exemplo, se não estamos convertendo os irmãos da nossa cidade, nossos vizinhos, nem conseguindo fazer valer a nossa fé dentro de nossas próprias casas, dentro de nossas próprias igrejas. As vezes, nem a fé de nós mesmos cuidamos.

        O Papa Francisco insiste que padres e bispos saiam mais de dentro da Igreja para alcançar o povo. Que deixem de ser servidores de plantão plantados em casa para sairem à busca dos que estão lá fora como ovelhas perdidas.

        O primeiro passo deve ser dado pelos bispos e padres para que todos os fiéis animem-se e formem juntos uma comunidade de fé animada pelo Espírito Santo. Existem os diáconos permanentes como ministros ordenados, dêem a eles também o lugar que lhe é reservado na Igreja.
    Afinal, se não houver unidade em torno do nome de Jesus, e se a fraternidade, a humildade, a caridade, enfim, os compromissos que todos assumimos seja no batismo, seja na ordenação, seja como lideres leigos, não forem colocados em prática, seremos culpados pela crise de fé e pelo relativismo religioso em nossas comunidades.

2ª PARTE

São Paulo com sua experiência de vida e como bom mestre, cuida de Timóteo ensinando-lhe sobre como vencer na vida para Cristo.

Se nós somos homens de Deus, assim como Timóteo, devemos fugir de tudo o que possa prejudicar a nossa conduta moral e santa, enfim, fugir de todas as situações que possam nos colocar em risco de pecado para dar espaço às boas obras pela fé, piedade, justiça, amor.

Procurar uma viva honrada e digna significa nas palavras de São Paulo, “combater o bom combate da fé”.

Vivemos envolvidos pelos maus exemplos. Não apenas o mundo, mas até mesmo nossa cidadezinha do coração já vive contaminada pela corrupção, drogas, vícios, indisciplinas, infestadas de malfeitores. Isso nos impõe zelar mais fortemente pelo que acreditamos.

Temos nossas profissões, compromissos, encargos. Cada um procura escolher o que acha melhor para sua vida. Cada qual recebe, digamos assim, um mandato, isto é, um modelo de atuação que deve ser exercido com dignidade, respeito e ética sejam na vida civil ou religiosa. São as nossas vocações que São Paulo aconselha mantê-las íntegra porque mesmo exercendo-a materialmente, é para Deus que tudo deve convergir aguardando a manifestação gloriosa de Jesus. Coloquemos em prática nossos dons.    

 3ª PARTE

         O Evangelho coroa todas as leituras porque fala justamente do homem rico e sem humildade, preconceituoso, prepotente,  do tipo bom vivant que o profeta Amós se referiu, e de outro lado Lázaro, um pobre cheio de feridas, faminto que vivia à espera de migalhas que sobravam do rico.

        Na parábola Jesus deu um nome para o pobre, mas não ao rico para chamar a atenção de que, na situação apresentada, Lázaro é mais valorizado.

        Ambos morrem.  Lázaro é conduzido pelos anjos junto de Abrão enquanto que o anônimo rico é simplesmente enterrado junto com outros mortos atormentados.

        O rico avarento sofria as dores do inferno enquanto que Lázaro contemplava a paz. Agora já não estão mais na terra, mas num lugar por eles escolhido. Uma alerta, irmãos, para nós que continuamos vivos.

        O inverso acontece. Agora é o rico que implora misericórdia e precisa da ajuda do pobre Lazaro. “Por favor, ao menos a ponta do dedo molhado para refrescar a língua aquecida pelos sofrimentos”.

        Abrão então lembra ao rico avarento de todo o sofrimento que causou ao pobre sem nenhuma piedade. Não se tratava de vingança, mas da justiça divina que a todos é reservada.

        E ainda previne que a oportunidade para a reconciliação, para a conversão, para o abandono do mal esta aqui, nesta terra, enquanto estamos com vida. Com a morte física cessam as oportunidades para a Salvação.

        Nenhuma alma/espírito (morto) desce para interferir na formação de cada um. O rico queria que Abrão mandasse Lázaro falar com seu pai e irmãos. Agora não! Para isso, diz Abrão, eles tem Moises e os Profetas referindo-se àqueles que profetizavam,  ensinavam e preparavam o caminho para Jesus.

        Hoje a Igreja tem seus bispos, presbíteros, diáconos, religiosas (freiras), e uma legião de leigos engajados. Que o escutem!

Louvado seja N.S Jesus Cristo

Com Jesus e Maria

Diac. Narelvi.

domingo, 22 de setembro de 2013

NOME DA IGREJA e ALMA MORRE?



Caro DIACONO NARELVI gostaria que respondesse pra mim o porque da mudança do nome da igreja e se tem algum respaldo bíblico. Outra duvida minha o que é alma e se ela morre,é certo comunicar-se com ela. (ANONIMO)

Irmão ou irmã anônimo(a).
1.    Nome da Igreja. Afirmamos que Jesus é o fundador da Igreja Católica porque ela tem sua origem nos Apóstolos.
Como você sabe, Jesus iniciou a sua missão escolhendo doze apóstolos e neles confiou a continuidade, sob a chefia de Pedro que mais tarde foi chamado de Papa (o primeiro).
Assim, a Igreja de Cristo no inicio não tinha nenhuma denominação especial e os seguidores eram conhecidos e chamados simplesmente de CRISTÃOS. Então havia somente um grupo de cristãos que seguia as orientações dos bispos auxiliados pelos presbíteros (padres) e diáconos. Isso continuou até o ano de 1517 (século XVI) quando um padre (ou monge) chamado Martinho Lutero revoltou-se contra o Papa e provocou o chamado movimento REFORMA PROTESTANTE  causando uma ruptura na Igreja.
Os que seguiram LUTERO passaram a se chamar de PROTESTANTES, enquanto que a Igreja primitiva, cristã, passou a se chamar de IGREJA CATÓLICA, APOSTÓLICA ROMANA.
Católica porque o alcance na igreja é universal. Apostólica porque é sucessora dos Apóstolos, e Romana porque sua sede era Roma.
Por isso dizemos que a Igreja Católica foi fundada por Jesus, e é a  verdadeira, enquanto que a Protestante que deu origem a diversas denominações que no Brasil passaram a ser conhecidas pelos substantivos “Evangélicos” ou “Crentes”,  foi fundada na origem por Martinho Lutero, um padre, e as posteriores por diversos homens (leigos). Nós católicos também somos evangélicos e crentes (adjetivos) em razão do seguimento do evangelho e porque cremos em Deus e no que a Igreja ensina.
Portanto, na Bíblia não se encontra nada que diga como deve ser o nome de uma religião cristã principalmente porque não se esperava que houvesse a divisão.
2.    ALMA. Não encontrei uma definição exata sobre “o que é alma”, mas explicações que nos fazem compreender.
O homem é dotado de CORPO e ALMA. O corpo é material e a alma é espiritual e juntos formam uma única matéria, o corpo. O corpo é resultado da matéria por isso facilmente o reconhecemos, pois é um ser visível, palpável, enxergamos seu contorno,  seu cheiro, sua forma, sua dimensão ...
Alma é algo que existe, tem vida, principalmente inteligência e vontade, mas que não vemos, não sentimos,  e ultrapassa o limite da matéria.
 A alma é o principio vital que anima os seres vivos, a essência imaterial da vida humana. É a alma (espírito) imortal e inteligente em nosso corpo que nos faz participar da dignidade de imagem de Deus que é Espírito[1].
O corpo material surge na fecundação (homem/mulher) e se desenvolve até morrer. Com a morte o corpo deixa de existir. Antes da morte a alma não se separa do corpo.
A alma não morre por isso ela é IMORTAL. Ensina o Catecismo da Igreja Católica que A alma espiritual não vem dos pais, mas é criada diretamente por Deus e é imortal. Separando-se do corpo no momento da morte, ela não perece; voltará a unir-se novamente ao corpo, no momento da ressurreição final”.
“Alma é o motor que anima o ser vivente”, por isso que corpo e alma coexistem. A morte do corpo registra o momento em que a alma imortal se separa. O corpo vai para a sepultura e alma retorna para Deus e assim permanecerá até quando ocorrer a ressurreição dos corpos (ou dos mortos) quando o mesmo corpo (glorificado) se reunirá à mesma alma.
Portanto, o homem e a mulher geram o ser humano filho, e no mesmo instante da fecundação Deus cria para essa pessoa uma alma personalíssima e dentro da alma está abrigado o espírito. Por isso se diz que alma e espírito é a mesma coisa, uma esta integrada ao outro.
Dentro do corpo visível está a alma invisível, e dentro da alma invisível está o espírito invisível.
Irmão anônimo. O importante é você estar convencido de que tem dentro de si uma alma que é imortal. E que essa alma se desprenderá do corpo no instante da morte e se apresentará diante de Deus para receber a sua recompensa.
 3. COMUNICAÇÃO COM AS ALMAS. Podemos sim, nos comunicar com as almas. Chamamos a isso de comunhão dos santos. A nossa comunicação com as almas se dá pela oração. Nós não a vemos, mas elas (santos) nos veem, mas não aparecem a não ser que Deus por alguma razão sua queira.

Irmão anônimo. Ficou longo, mas espero que você tenha tido paciência para ler. Continuo à sua disposição.
Fique com Deus.
Diac. Narelvi.


[1] Não confundir com Espiritismo.

SEJA FIEL



Reflexão Dominical – 25 DTC – Ano C – 22.09.2013

Am 8,4-7;  1Tm 2,1-8; Lc 16,1-13

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE

        Irmãos, um susto que mostra o lado safado do ser humano que vive descomprometidamente  com as coisas de Deus. 
      Ficamos muitas vezes a pensar que os pilantras, os corruptos, os oportunistas, os aproveitadores dos fracos são personagens da nossa época. Engano! Esses sempre existiram embora as lições de antes e de hoje mostrem que não vale a pena pertencer a essa categoria de gente. 
        A narrativa do profeta Amos data do ano 750 a.C e já naquele tempo a riqueza era conseguida mais à custa das espertezas larapiais do que pelo trabalho honesto. 
        Para que os ricaços não se sintam ofendidos ressalvo, como sempre, que nada existe de vergonhoso ou demérito em ser rico quando o resultado é fruto da honestidade, da dedicação ao trabalho, da inteligência administrativa, enfim, do sucesso decorrente do suor de seu rosto seja pelo labor físico ou intelectual. São muitos, felizmente, os donos de fortunas que não se deixaram levar pelo endeusamento do dinheiro, são religiosos, humildes, auxiliam os pobres e até dedicam-se a entidades assistenciais procurando minimizar os que sofrem. E quantos patrões, sabem recompensar seus operários. A esses, obrigado e glórias a Deus! 
        Porém, o que pesa a desfavor são os desonestos que como aqueles citados por Amós continuam por aí maltratando os humildes. Quantos existem programando-se para as suas artimanhas, preparando-se para o bote seja pela balança, pelas mercadorias, pelos cargos políticos, pelos seus ministérios religiosos sugando migalhas ou fortunas dos fiéis em proveito próprio, por corruptos militares ou civis, pelos mensaleiros e quadrilheiros que não são diferentes dos criminosos, assaltantes, gangs, pivetes,  dos morros, favelas e até dos grandes centros, e um leque de tantas outras delinquencias que estamos acostumados a ouvir a respeito. 
        Amós fala no domínio dos pobres com dinheiro e os humildes com sandálias (v.5). Isso não vos lembra, por exemplo, da compra de votos? Dos engodos aos humildes para perpetuarem-se no poder? 
       Esquecem os desviados do caminho que o Senhor afirmou: “Nunca mais esquecerei o que eles fizeram”. Podemos interpretar hoje como “Não esquecerei o que vocês (desonestos) fizeram aos próprios irmãos” 
 2ª PARTE 
        São Paulo ao escrever a primeira carta a Timóteo parece indicar a receita para fazer desaparecer ou, ao menos, diminuir a corrupção humana: Preces e orações, suplicas e ações de graças, ensina. E não somente aos desviados, mas para todos os homens chamando atenção para os que governam e ocupam altos cargos não somente na política, mas na religião, no trabalho, e em todos os lugares onde houver comandante e comandado. 
        Os ensinamentos de Paulo nesse sentido são bons e agradáveis a Deus que espera que todos, eu e vocês, cheguemos ao conhecimento da verdade. 
        Mostra-nos o apóstolo a necessidade de que uns intercedam pelos outros, que as almas falecidas santas ou não também ofereçam suas orações pela conversão da humanidade. Essa participação a que chamamos de comunhão dos santos está na mesma direção do v. 5 quando fala que há um só Deus, um só mediador entre os homens, que é Jesus Cristo. E para que não caiamos na censura dos protestantes sobre intercessão não desconhecemos em Jesus o único mediador, e os nossos pedidos são apresentados a Ele que os repassa ao Pai. 
        Como hoje invejo São Paulo que chamado por Jesus aceitou, assumiu sua vocação e lhe foi permitido trabalhar pelo Reino como apóstolo praticando o bem, para que todos os homens vivam em harmonia, sem ira e sem discussões. 
3ª PARTE 
        O Evangelho também apresenta Jesus falando em parábola sobre um rico que tinha por administrador um homem desonesto e não titubeou, despedindo logo o mau empregado que passou a arquitetar um plano de corrupção para garantir um emprego futuro. 
        O administrador que reconhecia faltar-lhe competência para o trabalho, aproveitou de seus últimos dias na administração para negociar a consciência com os devedores clientes do patrão e passou a fazer “acertos”. Ao que devia cem barris de óleo sugeriu falsificar a anotação diminuindo para cinquenta; ao outro que devia cem medidas de trigo mandou adulterar para oitenta e assim o administrador foi conquistando a simpatia de alguns possíveis futuros patrões. Conchavos! 
        Na parábola o senhor patrão até elogiou o administrador desonesto pela sua “esperteza” o que de inicio nos parece contraditório. 
        Porém, a moral da história é outra. A parábola por Jesus tem por finalidade ensinar que em qualquer circunstância deve existir fidelidade. “Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes”. E lança uma pergunta: “Quem confiará naquele que é injusto até mesmo quando faz uso do que não lhe pertence?” Esse será sempre injusto e inconfiável ainda mais. 
        Mas o Evangelho termina com a lição de que o homem não deve viver com duas consciências, uma para o bem e outra para o mal. Somos chamados a fazer uma opção: Ou escolhemos o caminho de Deus ou o caminho do pecado, do demônio, pois “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro.  Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. 
        Portanto, irmãos, saber identificar o lado bom não é difícil.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.

domingo, 15 de setembro de 2013

A OVELHA PERDIDA



Reflexão dominical
24º DTC – Ano C – 15.09.2013
Ex 32,7-11.13-14 ; 1Tm 1,12-17; Lc 15,1-10

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
                                           1ª PARTE

Um povo escapava da escravidão do Egito caminhando de volta para sua terra guiado por Moisés. O caminho era longo e o cansaço, aflições, dificuldades, desanimam os caminhantes. Alguns suportam enquanto que outros querem desistir e reclamam contra a situação em que se encontram. Mas o desespero toma conta e já não confiavam mais no Senhor e nas promessas, e se deixam levar pela indignação. Talvez lembrando a figura do touro usada pelos povos do antigo Oriente em suas cerimônias como propiciador de soluções mágicas, reúnem as jóias, entregam-nas para Aarão e fazem um bezerro de ouro para ser adorado.
Naquele momento Moises encontrava-se na montanha falando com o Senhor. E o próprio Senhor observa a movimentação dos israelitas em torno do bezerro de outro e se aborrece chamando-os de “cabeças duras” manifestando o propósito de castigá-los e até de exterminá-los.  Mas reserva a Moisés a promessa de através dele formar uma nova e grande nação.
Moisés, mesmo submisso ao Senhor por amor, reage em favor de seu povo como que a lembrá-Lo de que fora o próprio Senhor quem quis a libertação dos israelitas do Egito. E no esforço para tentar salvar seus irmãos sensibiliza o Senhor lembrando-O das promessas feitas a Abraão, Isaac e Israel de que faria de sua descendente herança para sempre.  E o Senhor retrocede desistindo da ameaça.
Irmãos e irmãs. Quantas vezes talvez não tenhamos nos sentindo escravos, não conforme aquela escravidão do Egito, mas numa escravidão local, sem sair da sua terra, e até mesmo uma escravidão interior? E como todas as dificuldades nos aborrecem nos deixamos levar pelo desânimo, pelo descrédito, e até duvidamos do próprio Deus. E a partir daí somos tomados por desejos quase que incontroláveis de procurar alternativas dentre elas até outros deuses. E porque não reconhecermos, de que mesmo mantendo o mesmo Deus, fraquejamos procurando mudanças em outros estilos de vida e de religião?
Muitas vezes somos desafiados a responder pelas maldades humanas, pelos desmandos de nossas lideranças  civis e até mesmo religiosas. Não faltam por ai homens investidos da ordem sacramental trabalharem mais com a capacidade intelectual do que com o coração, dificultando o crescimento de tanta gente justa e de boa vontade. As vezes dá até vontade de chutar o balde, como se diz.
Mas sempre teremos alguém como Moisés em nossa vida que na sua intimidade com Deus intercede por nós, sejam eles os intercessores vivos ou falecidos. O importante é que devemos confiar, pois Deus não nos colocou aqui para desistirmos de nossos ideais, das nossas conquistas, e acima de tudo de nossas esperanças. Pode ser que em alguns casos demore um pouco, mas com Deus sempre venceremos sem precisar de idolatrias, de outras crenças, exercitando nossa fé com orações e bons propósitos de vida, olhando para Jesus e sua Igreja e neles nos apegarmos com todas as forças para continuarmos a nossa caminhada.
2ª PARTE
Vejam, irmãos, o testemunho de São Paulo reconhecendo a sua vida cheia de ignorância e pecado, mas que pela misericórdia de Deus e por Jesus Cristo tornou-se um homem de fé a serviço do cristianismo. E sua afirmação é segura no sentido de que em Jesus Cristo é que encontramos a graça de Nosso Senhor. Que é por Jesus Cristo que encontramos a Salvação. São Paulo chega a colocar-se como o primeiro dos pecadores como que a dizer, se eu pude vocês todos poderão. São Paulo é um modelo de vida que nos leva a acreditar, a ter esperanças, a lutar pelas boas causas materiais e espirituais.
3ª PARTE
        Como vocês vêem irmãos, o homem sempre está em conflito com sua consciência, com sua fé, com suas metas. Sempre buscando um ideal o homem luta contra as barreiras e as lições bíblicas demonstram que o encontro da paz e da perfeição são possíveis porque contamos com a força do Espírito Santo e com Jesus que na sua missão salvÍfica não colocou barreiras, ao contrário, apontou os melhores caminhos a serem seguidos sem jamais dividir ou excluir pessoas. Todos, todos são chamados à santidade, ao Céu. E Jesus não quer que nenhum daqueles que o Pai o confiou, se perca.
        Os fariseus e os mestres da lei observaram que Jesus fazia refeição com os publicanos e pecadores, pessoas menosprezadas por eles. Jesus mostra que não faz distinção entre pessoas, não é preconceituoso, e quer conduzir a todas as pessoas para o Reino. Por isso conta-lhes duas parábolas: da ovelha perdida e da mulher que perde uma moeda.
        A perda é a parte triste das histórias. Nenhum pastor de ovelhas aceitaria perder uma de seu rebanho, assim como a mulher não aceitaria perder uma das suas moedas de prata. Todas eram importantes e faziam parte das suas propriedades.
        O da ovelha era proprietário de cem e a mulher de dez moedas. Comercialmente falando, talvez uma ovelha ou uma moeda não fizessem nenhuma diferença. Porém eles queriam manter a totalidade.
        Por isso o pastor de ovelhas foi procurar até encontrar a ovelha perdida, e a mulher ilumina a casa, varre o chão e ambos não param e conseguem encontrar o que haviam procuravam. Aquela festa!
        Jesus quis com as parábolas mostrar que todos somos importantes para Deus. Que todos formamos um só corpo, um só rebanho, e que todos temos um só pastor.
        Lembram que o Papa Francisco convidou os padres e bispos (ou esqueceu dos diáconos ou os diáconos não precisavam ser lembrados)  para que saíssem do recinto fechado de suas casas, de suas igrejas, para saírem em busca do povo, das suas ovelhas?
        Jesus foi bem claro. Os que dirigem a Igreja de Cristo, devem se preocupar com a unidade dos povos em Cristo. Cada bispo, cada pároco, tem sob sua responsabilidade um rebanho. Jesus tem o rebanho do mundo entregue ao Papa, o Bispo, da sua diocese,  e os párocos, de suas paróquias.
        E quem não sabe ou não está percebendo que o rebanho paroquial católico está diminuindo? O que estarão fazendo os pastores de ovelhas para recuperá-las?  Talvez a parábola da moeda perdida surtisse mais efeito pelo resultado.
        Mas a mensagem de Jesus é claríssima e serve também para orientar nossas vidas pessoais, familiares, sociais. Em todos os segmentos da sociedade em que vivemos precisamos marcar a unidade norteada pelo bem, pela moral, pelo respeito humano, e, sobretudo, pelas coisas de Deus.
        Questiono: os nossos pastores bispos e presbíteros serão suficientes para tamanha missão? Respondo: Não! Todos são chamados para a missão de Cristo. Cada um com seu carisma, sua vocação, mas todos somos responsáveis juntamente com os bispos e padres pela divulgação do cristianismo, pela doutrina de Cristo e da Igreja Católica, pelo exercício da Fé.
Estamos quase terminando o Ano da Fé. O que foi feito?
No rebanho de Cristo a humanidade está incluída, até mesmo de outras crenças e religiões. Mas como católicos nos compete aproveitar das parábolas para que nossos padres e bispos abram espaços para os leigos, religiosos consagrados, e especialmente para os diáconos (permanentes) que como ministros ordenados ainda estão sendo excluídos em muitas paróquias contrariando a vontade de Cristo e da própria Igreja.  
Como se vê, irmãos e irmãs, apesar de todas as dificuldades, Jesus deixou nas mãos dos pastores da Igreja o dever e até obrigação de acolher a todos, e de não se contentar com o numero que tem, mas fazer todo o esforço para que a comunidade não diminua que não se perca mais nenhuma ovelha, e principalmente, revestirem-se de humildade para trazer de volta os retirantes, ou ao menos oferecê-los as portas abertas da Igreja. Sejamos todos, bons pastores, a exemplo de Jesus Cristo.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.


ABORTO - NA MORAL - COMENTÁRIO CRITICO



PERGUNTA:
Diácono Narelvi. Esses dias no programa da Globo, "Na moral" houve um debate sobre o ABORTO. Gostaria ter do sr. um comentário crítico sobre o debate. Grato, Alfredo.

        Amigo, assisti ao programa e fiz algumas anotações do vídeo para esse trabalho.
O programa “Na moral” do dia 29 de agosto na Rede Globo p.p. apresentado por Pedro Bial abordou o tema ABORTO e quando se esperava um debate senti mais uma forma de apoio à sua pratica.

Um cenário tendo por convidados especiais Dom Antonio Augusto, bispo auxiliar da arquidiocese do Rio e médico pediatra, Regina Soares da organização “Católicas pelo Direito de Decidir” e o médico Dráuzio Varella. Presentes as atrizes Claudia Abreu e Emanuelle Araújo, e algumas mulheres anônimas que prestaram depoimentos.

Como debate, achei limitado o tempo e que o programa ficou sob o domínio do apresentador e do medico Dr. Dráuzio com suas ideias já preconcebidas expondo suas opiniões claramente favoráveis ao aborto.
        As atrizes, nas oportunidades de intervenção que tiveram, conflitando com o enorme amor que confessaram ter por seus filhos nascidos e instinto materno, deixaram transparecer a tolerância ao aborto. O Aborto deveria ser um assunto sepultado literalmente falando porque trata da morte de nascituros por violência que a ética, a moral, a lei de Deus e a  (boa) consciência não aceitam.

Soluções práticas
Mas já estamos quase nos acostumando com ideias de soluções práticas para situações aparentemente incontroláveis pela incompetência. Se as autoridades não podem impedir o jogo do bicho ou o tráfico ou consumo de drogas, por exemplo,  então defendem que sejam liberados e oficializados. Para acabar com abortos provocados e aborteiros particulares e clínicas clandestinas, a legalização seria então a solução.
Essas alternativas resolveriam o problema da clandestinidade sim, mas não os abortos assim como no exemplo não acabariam com os traficantes nem desestimulariam o vício das drogas cuja solução está na formação familiar e religiosa, e essencialmente nos diversos segmentos da administração pública. 
Existe um ditado que diz: “Se você não pode combater o inimigo, junte-se a ele”. Outro também interessante: "Já que está no inferno, não custa nada dar um abraço no diabo”.
        Não sou adepto de nenhum destes ditados, mas expressa bem o que estão querendo fazer com o aborto.
        Muitas são as definições dicionárias, mas uma das que bem expressam é: “Aborto ou interrupção da gravidez é a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero, resultando na sua morte”.

O aborto espontâneo
        De inicio, vamos ressalvar e excluir deste comentário o aborto espontâneo, natural, que não é pecado, nem crime, nem desonra embora para a mulher que perde seu filho por esse motivo cause-lhe profunda dor emocional.

Aborto provocado
O aborto provocado, um dos piores crimes que se pode cometer pela inocência e fragilidade da vítima, mas que infelizmente vem sendo defendido sem nenhum constrangimento nos meios de comunicação de massa, notadamente pela televisão e em novelas sob a liderança de pessoas que se consideram semideus da modernidade, a pretexto de dar solução a situações diversas que acontecem em nossa sociedade com gravidez ditas como “indesejáveis”. 

Direito de decidir?  
         Até ONG se formou usurpando a identidade dos fiéis da Igreja Católica ao se denominar de “Católicas pelo Direito de Decidir”, visto que católicas como religião certamente que não são nem estão autorizadas a representá-las, mostrando-se que caminham na contramão de direção do cristianismo levantando a bandeira do direito da mulher decidir sobre o nascimento ou não do filho gerado.
        Antes de tudo, a mulher (nem o homem) não tem direito de decidir sobre o destino de seu filho que está para nascer. Ela é dona do seu corpo, mas não do corpinho da criança. A mulher, indispensável para a geração humana, por natureza da criação cede maternalmente um espaço dentro de si (útero) para que o filho gerado possa se desenvolver. Quando chega o momento do nascimento, nem ela, nem ninguém o segurará lá dentro e a criança é expelida para o nascimento porque não faz parte do corpo da mãe.
        A propósito, lembro aqui da mulher “barriga de aluguel”. Se ela aluga “sua barriga” para gerar filho alheio, é porque a criança não faz parte do seu corpo. Isto é por demais lógico. Aliás, e a propósito, se a teoria das feministas liberais de que são donas do corpo fosse verdadeira, as “locadoras” poderiam abortar as crianças “inquilinas”, expressão que uso constrangido.  

Católicos obedientes?
         A representante feminista, aproveitando da citação de Bial “sobre pesquisa” (???) de que mulheres religiosas “praticam aborto tanto quanto as não religiosas” (ideia insegura), no embalo quis desacreditar a voz da Igreja a que ela chamou de discurso  ao dizer que “Fiéis católicos, mulheres e jovens” não seguem as suas orientações, cuja generalização não é apropriada nem verdadeira uma vez que a Igreja sabe que nesse universo de praticantes e não praticantes nem tudo é assimilado, principalmente pelos descomprometidos com a fé cristã católica conforme parecem ser os membros da ONG. E sobre a informação de resultado do IBOPE sobre “pílula do dia seguinte” (abortiva)  entre “jovens católicos” não pode ser lançada ao ar assim, sem uma verificação dos critérios e alcance “da pesquisa”, e hipocritamente disse que “ninguém é a favor do aborto”, “que a legalização não significa banalização do aborto”. E para ela e Dr. Dráuzio, os pobres são os bodes expiatórios para a almejada legalização.

Mulheres anônimas
        As mulheres anônimas ouvidas, a exceção ao que me lembro de uma que se manifestou contrária ao aborto, todas, numa curiosa coincidência, declararam que ficaram grávidas “sem querer” percebendo-se claramente que foram elas que de uma forma ou de outra assumiram a responsabilidade pela gravidez não se podendo transferir às crianças nascidas ou abortadas, culpa pelos deslizes sexuais dos pais. Apesar das dificuldades, esses filhos foram assumidos e amados.

O debate foi amplo?
        Dom Antonio, personalidade ilustre como bispo e médico por formação acadêmica, também teve prejudicada sua participação no “debate” pela falta de tempo e de maior oportunidade.
Aliás, ele e a sra. Regina foram chamados ao recinto somente lá pela metade da apresentação para poucas intervenções e sucintas intervenções. Quase não puderam falar e quando num momento  Dom Antonio rebateu firmemente ao Dr. Dráuzio, Bial foi logo mudando de assunto.
        Para um tema de tão grande importância onde o apresentador deveria manter-se neutro e limitar-se à coordenação, junto com Dr. Dráuzio (ambos da Globo), tomaram conta do espaço manifestando suas convicções, restringindo a participação dos convidados principais.

Estupro, aborto, proteção à vida?
Ao ser questionado, Dom Antonio ao defender a vida em qualquer circunstância, sufocou o apresentador quando questionado sobre o “negar à mulher o aborto por estupro” com a resposta do bispo de que foi na faculdade de medicina que aprendeu a respeitar vida, fundamento de todos os direitos que, se retirados, os demais direitos se perderiam. Insistindo Bial na autonomia da mulher vítima de estupro com geração de embrião (deveria ter dito gravidez) para abortar, quis colocar em cheque o bispo perguntando-lhe: “que vida o Sr. está querendo proteger?” e o religioso com inteligência e inspiração de imediato respondeu: “as duas porque nenhuma vida é mais valiosa do que a outra”.
Alias, quero demonstrar minha estranheza pela lógica irracional do medico - que reconhecidamente presta serviços relevantes aos telespectadores em suas orientações médicas em programas da Globo – quando exemplificou afirmativamente: “Se você obriga uma mulher que foi estuprada a ter aquele filho você esta dando ao estuprador o direito de fazer uma mulher conceber um filho dele Qualquer homem pode escolher uma mulher estuprá-la e ter um filho com ela. Isto pra mim é absolutamente chocante”, disse.
Eu respondo:  a) A Igreja não obriga nada a ninguém, mas aconselha dentro de seus princípios doutrinários cristãos; b) o estuprador é um criminoso e responde pelo ato praticado com pena de prisão; c) é estupidez imaginar que conselhos morais e religiosos possam se traduzir em permissão para “qualquer homem escolher uma mulher, estuprá-la e ter com ela um filho”.

Quae sunt Caesaris, Caesari.
        Bial enveredou para a camisinha pedindo a opinião do medico Dráuzio sobre a posição da Igreja Católica, entidade que lhe é avessa inclusive por sua formação ateia perdendo-se nos argumentos ao acusá-la de conduta criminosa por  “pressionar e proibir a distribuição”, facilmente desmontado com a resposta clara e evidente do bispo de que a Igreja faz suas recomendações conforme lhe compete, porém, sem jamais proibir e até o ironizou dizendo “eu não vi nenhum piquete, formação de força armada de bispos padres e religiosos diante de um ministério da saúde, nem impedir que as camisinhas fossem distribuídas”, lembrando o bispo sobre as milhares de camisinhas que são distribuídas livremente.      
           Até apelou para um hipotético conflito entre um padre e o prefeito de uma imaginária “pequena cidade do interior” com respeito à camisinha, o bispo respondeu à altura: “Essas autoridades, mesmo que o padre dissesse que não podem distribuir a camisinha,  tem autoridade para exercer o seu papel de prefeito”. Vale aqui o que disse Jesus: “Pois dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus». Mt 22,21.

O limite do livre arbítrio
        Corre por aí um entendimento de que a mulher teria o direito de decidir sobre levar adiante ou não sua gestação. E sobre isso lançou uma pergunta ao bispo que em resposta deixou bem claro não ser favorável ao aborto, mas ressalvou a autonomia das mulheres, a liberdade humana, referindo-se naturalmente ao livre arbítrio enfatizando que ninguém pode impor nada a ninguém, ao mesmo tempo em que ainda em resposta a pegadinha do Bial sobre “cerceamento de liberdade da mulher e aborto ilegal”  disse que a questão do aborto ilegal é de responsabilidade do Estado com relação às clinicas ilegais.

Quando se dá o inicio da vida
        Ponto importantíssimo para o tema foi sobre quando se dá o inicio da vida que Dom Antonio respondeu como sendo no genoma e no zigoto[1]. Quis dizer o bispo que a vida inicia exatamente quando o espermatozóide penetra no óvulo.
        O Dr. Dráuzio, respondendo sobre a mesma pergunta, para mim cometeu um deslize imperdoável. Mesmo admitindo que a vida inicia quando o espermatozóide se liga ao óvulo formando o genoma humano e que o óvulo produzido pela mulher é vida, perdeu-se quando afirmou que  “não se tratava de vida humana”, pois que para ele a vida começa com a atividade cerebral.
        Os conceitos de genoma e zigoto já confirmam que neles já estão
presentes a hereditariedade de um ser codificado no DNA, portanto, o inicio de uma determinada espécie, o ser humano.
        Desculpe-me o doutor, mas o que espera que surja dessa fecundação? Um gato, um peixe, uma árvore? Uma semente de laranja germinada produzirá um pé de jabuticaba?
        Até quando o apresentador perguntou-lhe sobre o feto na 12ª semana, incrivelmente reconheceu a presença de “algo parecido com sistema nervoso, o cérebro, mas sem atividade cerebral” como que a sustentar que ainda na 12ª o feto não é gente.

        Quero aqui lembrar que a referência a 12ª semana usada pelo apresentador tem origem em cogitações sobre a possibilidade do aborto até essa idade do feto. Vejam, ao lado, um feto com essas semanas.


Apologia ao sexo
        Existiu uma verdade reconhecida no debate: que adolescentes desde os seus doze anos engravidam. Logo, “transam” ou “ficam”. E não se negue que a apologia ao sexo está levando a sua prática ate a menor de doze anos para depois chamar os parceiros de pedófilos e resolver o problema das que engravidam com o aborto.

Pensamento do Bial
Concluindo o debate, o apresentador arrematou com um pensamento que merece todo o meu respeito pela sua liberdade de vida e de expressão, mas que exige um reparo que faço com a mesma liberdade de interpretação e questionamento.
 Disse: “Ser a favor da legalização do aborto não significa ser a favor do aborto. E nenhum grupo tem autoridade para se proclamar a favor da vida como se aqueles que pensam diferente fossem contra a vida. O respeito à liberdade e aos direitos individuais é um dos fundamentos da sociedade democrática”.
        1º. “Ser a favor da legalização do aborto não significa ser a favor do aborto” é uma inegável contradição;
        2º. Se existem os que pensam diferente daqueles que se proclamam a favor da vida, é porque esses existem e são contrários à vida. E os direitos de manifestação são os mesmos para um e para o outro;
      3º. Quanto aos direitos individuais e fundamentos da sociedade democrática, a recíproca igualmente é verdadeira, gozando também as pessoas e a religião do direito democrático de exporem seus pensamentos e também de serem respeitados por isso. 

A posição da Igreja
        Com relação a posição da Igreja Católica, certamente incluída no referido grupo, fica o esclarecimento que seu papel religioso e espiritual é orientar segundo os princípios cristãos pela autoridade de Cristo, sem que isso signifique impor obediência o que já está bem esclarecido. Aliás, nem Deus obriga a ninguém, mas todos terão que prestar contas pelas suas escolhas deliberadamente erradas pelo mau uso do livre arbítrio.

E quando passa a existir a alma?
Outro ponto doutrinário que pouco se fala em defesa da vida, é o que a Igreja ensina sobre a existência da alma criada por Deus no mesmo instante da fecundação ligando o ser humano fecundado à vida espiritual. Mais um motivo para dizer NÃO AO ABORTO PROVOCADO. Você já pensou sobre as almas dos abortados?

Conclusão
        Termino minha análise critica ao lado dos que defendem a vida desde o início da concepção, por isto o aborto é crime, é contrário a vontade de Deus e a doutrina cristã conforme a bíblia, já previa o Didaquê – A Doutrina dos Apóstolos, está no 5º mandamento Lei de Deus e em  vários documentos da Igreja e principalmente em nossa consciência, daí o pecado para quem deliberadamente o pratica, além da excomunhão latae sententiae em alguns casos.
        Reconheço que muito mais poderia ser dito e que muitos não concordarão comigo, mas mesmo sem ser dono da verdade faço uso do que acredito e me foi confiado dizer, com a mesma liberdade dos contrários.
Diac. Narelvi


[1]Genoma é um código genético, que possui toda a informação hereditária de um ser, e é codificada no DNA. É o conjunto de todos os diferentes genes que se encontram em cada núcleo de uma determinada espécie. Na dotação cromossômica haploide, um núcleo possui só um genoma”.
Zigoto é a célula formada pela fusão dos gametas masculino e feminino, e que dará origem, por diferenciação e embriogênese, ao novo ser da espécie. No caso específico do ser humano”.