Evangelização

Artigos

Perguntas e Respostas

Comentário sobre os temas nas respectivas postagens

Para outros comentários e sugestões clicar o link COMENTÁRIOS DIVERSOS

domingo, 30 de dezembro de 2012

SAGRADA FAMÍLIA



REFLEXÃO DOMINICAL
 Festa da Sagrada Família – Jesus, Maria e José
Ano C – 30.12.12

Eclo 3,3-7.14-17ª; Cl 3,12-21; Lc 2,22.39-40

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo:
        
1ª PARTE


Ainda vivendo o tempo de Natal, neste ultimo domingo do ano civil de 2012 a Igreja festeja solenemente a Sagrada Família de Jesus, Maria e José. Encontramo-nos ainda sob o calor do amor e da amizade que o menino Jesus nos trouxe.
         Além do principal acontecimento que é o nascimento do Salvador, somos convidados a também refletir hoje sobre a família.      
         Abro com uma pergunta: Como vai a sua família?

      Posso prever que nem todos conseguirão responder: Muito bem!
         Antes, tomemos como ponto de partida o nascimento de Jesus Cristo lembrando que Deus completou a criação formando a primeira família: Adão, Eva e seus filhos.
         Sendo Deus onipotente podia muito bem ter escolhido outra maneira de vir a este mundo, mas preferiu se encarnar e nascer de uma mulher, e passar por todo o processo da vida. E Deus sabia que Maria era comprometida com José, mas a preferiu assim mesmo por saber que o casal era digno e viviam em santidade.
         O SIM de Maria contribuiu para a continuidade do Plano de Deus. E Jesus nasceu e foi logo apresentado ao Senhor.no Templo. E Jesus crescia forte e cheio de sabedoria”, certamente também porque Maria e José souberam educá-lo.
         Jesus, Maria e José tornaram-se, então, modelos, símbolos de família para toda a humanidade. A Sagrada Família, pois que mesmo com seus costumes, jamais se desrespeitaram.

2ª PARTE

         O Eclesiástico fala exatamente sobre o relacionamento familiar. Revela a importância do amor recíproco entre os pais, mães e filhos e o prêmio que Deus oferece aos que vivem virtuosamente. O perdão dos pecados, a rejeição aos atos pecaminosos, a oração, são algumas recompensas concedidas aos membros de uma família ajustada segundo os planos de Deus que se agrada ao ver como resultado a alegria entre eles colocando-se como Senhor que zela e protege os que vivem harmoniosamente. 
         Mas Deus que tudo conhece, sabia que a paz e a unidade nem sempre reinam em todas as famílias como, aliás, testemunhamos ainda hoje. 
         Não precisamos de noticiários porque percebemos onde quer que estejamos que infelizmente ainda existem filhos que maltratam seus pais e pais que abandonam e corrompem seus filhos, marido e mulher que se desrespeitam. Já antes de Cristo, na história do Antigo Testamento, o autor do Eclesiástico aconselhava: Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida, a caridade feita a teu pai não será esquecida, mas servirá para reparar os teus pecados e, na justiça, será para tua edificação”.

3ª PARTE

         Não desconhecemos que muitas famílias têm dificuldade para superar as desavenças do lar. Mas além de todas as escolas sociais, São Paulo dá destaque para a prática da “misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência”, e que “suportem-se uns aos outros e que se perdoem reciprocamente”.
         A paz de Cristo, o amor, a oração, o exemplo, a religiosidade, são instrumentos de condutas familiares que auxiliam na formação de uma família sólida, edificada sob o lema do amor, sem afastar a importância da admoestação educada e fraterna sempre que se fizer necessária.
São Paulo finaliza a carta aos Colossenses recomendando a cada grau familiar: “Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas. Filhos obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor. Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem”.
         Irmãos e irmãs, muito embora a formação deva iniciar na própria casa, não vejo hoje alternativa para a permanência ou reconquista dos valores familiares que não seja pela prática religiosa, colocando todas as demais atividades educativas e sociais como complementação.
         Pais, mães e filhos que sentarem juntos nos bancos das Igrejas, com toda a certeza saberão como se comportar nas cadeiras ao redor da mesa de encontro da família em casa.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL - 2012



Natal do Senhor - Missa do Dia
Is 52,7-10; Hb 1, 1-6; Jo 1, 1-18 - Ano C


Queridos amigos e irmãos em Jesus Cristo

        Feliz natal, feliz natal, feliz natal, é a saudação que ouvimos às vésperas e no dia 25 de dezembro.
         Que evento será esse? Quem será o nascido?
        João diz no Evangelho de hoje que “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. No princípio estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens . . . “,  “E o verbo se fez carne e habitou entre nós...”
         Então, hoje nasceu Jesus, Deus feito Homem. É o seu aniversário de nascimento humano. O menino Jesus é a Palavra, o Verbo que existe desde o principio, a vida que veio trazer luz para os homens.
         O Natal verdadeiro é o que transforma os votos de “Feliz Natal” numa mensagem concreta de fé e que propõe transformar o mundo num mundo melhor. É uma convocação para assumirmos a responsabilidade cristã e obedecermos ao que disse São Paulo (Ef 4,5): “Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo”.
         Este Natal cai exatamente no Ano da Fé decretado pelo Papa Bento XVI que convoca os católicos a refletirem sobre a fé.
         Jesus poderia ter se apresentado de outra forma, mas preferiu ter a sua natureza humana igual a nossa. Nasceu de uma mulher, foi criança, jovem e adulto.
         Transformemo-nos neste dia novamente em crianças para recomeçar tudo de novo fazendo da nossa crença cristã e católica um escudo contra o mal e uma bandeira para que reine a paz entre os homens e seja aplainado o caminho que nos conduz à Salvação.
         De mãos dadas com Jesus e Maria, tenham todos UM FELIZ NATAL.

Diac. Narelvi e  Belisa


1. Adeste fideles, laeti triumphantes:
Venite, venite in Bethlehem:
Natum videte Regem angelorum.
Venite adoremus, venite adoremus,
venite adoremus Dominum.

2. Cantet nunc io, Chorus angelorum
Cantet nunc aula caelestium
Gloria, gloria, in excelsis Deo
Venite adoremus , venite adoremus
Venite adoremus Dominum.

3.Ergo qui natus, Die hodierna
Jesu, tibi sit gloria,
Patris aeterni, Verbum caro factus
Venite adoremus, Venite adoremus
Venite adoremus Dominum.

domingo, 23 de dezembro de 2012

CONCENTRAR A MOTIVAÇÃO DO NATAL EM JESUS


REFLEXÃO DOMINICAL
4º DOMINGO DO ADVENTO – Ano C - 23.12.12
Mq 5,1-4a ; Hb 10,5-10; Lc 1,39-45

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo

1ª PARTE

Ultimo domingo do Advento.
É hora de fazermos uma profunda reflexão sobre se aproveitamos ou não este tempo de  penitencia, conversão e de espera do  Senhor.
     Sabemos que muitos estão aproveitando para fazer compras, combinar viagens, passar o Natal em outras cidades do pais ou do exterior onde dizem que  “Lá o Natal é muito lindo!!!”. Esquisito, mas nada contra se colocarem Jesus em seus planos e em primeiro lugar, se buscarem a Igreja para agradecer, celebrar e adorar o Deus menino. Caso contrário, será um desperdício espiritual, religioso e familiar.
         Examinem o que narrou o profeta Miquéias. Quando Deus “pensou” em vir a este mundo visivelmente como homem tinha por objetivo tirar o seu povo do abandono e do pecado. E para isso não se preocupou de encontrar uma cidade grande, famosa. O profeta “cantou a pedra”: Deus sairá de uma pequena vila, Belém – Efrata “pequenina entre os mil povoados de Judá”. Lá nascerá aquele que dominará Israel. Tirará o povo do abandono, os homens viverão em paz. Era só esperar pela mulher que daria à Luz o Filho de Deus (sic).
         Ao mesmo tempo Miquéias faz dois grandes anúncios: os de Jesus e de Maria.
         Eu vos asseguro. Viva em grande metrópole ou em pequeno e pobre vilarejo, é no lugar em que vive que você preferencialmente deve se preparar para assumir uma vida nova em Cristo Jesus, junto com sua família, próximo aos amigos e irmãos da sua comunidade.

2ª PARTE

         Realmente irmãos e irmãs, neste advento firmem-se em suas consciências e seus corações que Jesus é Paz. Que a sua missão salvifica se opera não pelos sacrifícios cruentos dos holocaustos nem para fazer vítimas embora os homens tenham sacrificado Jesus na cruz, mas pela sua entrega espontânea para a remissão dos  pecados, cujo calvário se atualiza nas Santas Missas servindo o altar de mesa onde acontece o sacrifício incruento de Jesus milagrosamente presente na Eucaristia.
         Jesus veio fazer a vontade do Pai ganhando dele um corpo e a ele submeteu-se até o fim.  É para isso que devemos nos preparar neste advento e é assim que recebemos de Jesus graça e santificação que transformam nossas vidas de uma vez por todas.

3ª PARTE

         No Evangelho São Lucas falando em nome de Jesus nos enche de orgulho porque fala sobre a mulher mais bendita entre as mulheres, Maria. E como nós a amamos! Afinal, quem se atreveria desonrar a mãe de Jesus?
         Costumamos dizer que Maria foi a primeira missionária porque logo anunciou Jesus para sua prima Isabel, filha de Zacarias, num lugarejo da Judéia.
         E foi justamente lá, diante de Isabel cheia do Espírito Santo, que aconteceu o primeiro reconhecimento da divindade de Jesus: Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?”
E não é só. Por uma reação natural das crianças no útero materno, o menino João que se preparava para nascer, sentiu a presença de Jesus e pulou no ventre de sua mãe. Não foi coincidência. Foi uma manifestação de aprovação e de alegria. E para completar aquele momento histórico da vida de Jesus, Isabel compôs uma parte da oração “Ave Maria” que hoje repetimos em louvor a Maria:  “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!”
A vida em Cristo passou pelo advento.  Hoje o advento é teu. Complete-o com o coração aberto para Jesus. Reconcilie-se com Deus. Reflita sobre seus erros e pecados e liberte-se deles. Prepare o seu coração para abrigar Jesus neste Natal.
Onde você estiver, concentre toda a motivação do Natal em Jesus e terá a garantia de uma vida feliz e cheia de paz.  
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.
 

domingo, 16 de dezembro de 2012

ALEGREM-SE PARA A CHEGADA DE JESUS



 REFLEXÃO DOMINICAL
3º DOMINGO DO ADVENTO – 16.12.2012
Sf 3,14-18ª; Fl 4,4-7 ;  Lc 3,10-18

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.
1ª PARTE
Para entendermos melhor o que nos diz o profeta Sofonias devemos voltar para o inicio do capítulo 3 onde ele anuncia catástrofes contra o povo de Jerusalém pela sua rebeldia e não aceitação nem confiança no Senhor.
Vejam, irmãos e irmãs, quão terrível foram as ameaças: “Destruirei tudo sobre a face da terra; farei perecer homens e animais; farei desaparecer os homens da face da terra” conforme interpretação que se dá aos versículos 6,7,8, mas que na sequencia narra o profeta uma mudança de atitude do povo dada as oportunidades oferecidas pelo Senhor, até que Iahwed revoga as ameaças levando o mesmo povo a soltar gritos de alegria e exultar de todo o coração.
Podemos não entender a possibilidade de o Senhor fazer ameaças terríveis. Mas isso toma sentido na medida em que entendemos que Deus não odeia o pecador, mas o pecado. Portanto, a indignação de Deus é contra o pecado e para que o homem se livre dele. Aí a ameaça tem sentido, pois o medo muitas vezes colabora para a correção. E Deus sabe muito bem como e quando aplicar a lógica do medo, principalmente quando sabe que os duros corações dos pecadores cederão à prática do amor e do encontro com a conversão transformando seus corações de pedra em corações de carne.
Muitas vezes fico a me perguntar se o nosso mundo, o nosso Brasil, e talvez até a nossa paróquia não esteja precisando de uma sacudida por alguma ameaça divina que coloque um pouco de respeito, medo, temor ou receio em decorrência de tantas traições e infidelidades que estão sendo cometidas por cristãos ou desatentos aos Mandamentos e Sacramentos, desobedientes à fé e sendo infiéis ao catolicismo, cujos sacrilégios se espalham pelos diversos segmentos da sociedade humana.
Mas Deus continua. A Igreja permanece firme nos seus propósitos ensinando e pregando a bondade e a misericórdia de Deus que na verdade não quer que ninguém se perca, mas que se convertam e se reencontrem como povo santo de Deus. E então Deus nos dirá: “Alegra-te, a sentença está revogada. Eu estou no meio de vocês que nunca mais temerão o mal. Não desanimem!” 
2ª PARTE
São Paulo revela Jesus e também manda que nos alegremos sempre no Senhor. E pede mais: que o nosso testemunho, o nosso exemplo, o nosso amor e obediência ao sagrado e naturalmente à Igreja a qual pertencemos sejam conhecidos por todos os homens através do anúncio e do convite à conversão e responsabilidade na fé assumida, isso tudo sem nenhum medo.
3ª PARTE
Vejam a missão extraordinária de João e a sua liderança espiritual e religiosa ao falar sobre Jesus e convidar para a conversão. Falava para multidões. Realizava o batismo que era de penitência, não ainda sacramento, que atraia pessoas de todas as classes e que queriam também receber seus conselhos e como respostas ouviam falar na caridade, na partilha, na honestidade, um não à violência e a corrupção, sem jamais pensar em superação mantendo-se nos limites da humildade fazendo questão de colocar acima de si o anunciado Jesus a quem assim se referiu: “Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo”.
Irmãos e irmãs. É a este mesmo Jesus anunciado por João que hoje, no tempo do advento, abrimos os nossos corações para esperá-lo e acolhe-lo como nosso Deus e Salvador.
Mas leve-se a sério que receber Jesus exige responsabilidade cristã, pois quem se desvia do seu caminho depois de conhecê-lo e de ter a experiência da Igreja verdadeira fazendo pouco caso da religiosidade,  prejudicando os ensinamentos evangélicos, lembre-se que o trigo será aproveitado, mas a palha será queimada no fogo que não se apaga.
A profecia de Sofonias ainda ecoa, e a revogação da sentença também para aqueles que com fidelidade abraçam a causa de Cristo e se esforçam para se manter como um só povo, convertidos e fiéis anunciando e vivendo a Boa-Nova.   
Confiem em Jesus e alegrem-se!
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi

sábado, 15 de dezembro de 2012

Pe. ANACLETO - 58 ANOS DE PADRE

 

EU ESTIVE LÁ!

          Pois é, minha gente.
          Completar 58 anos de padre, é uma dádiva de Deus.
        O Pe. anacleto com seus 87 anos de idade é um exemplo vivo em que devemos nos espelhar porque quase completando a Bodas de Diamante sacerdotal ainda está aí, esbanjando vontade e dinamismo à frente da sua paróquia.
          "Emprestei" a foto de meu amigo Dorival que está no blog www.missasalette.com.br com uma bela matéria sobre o acontecimento que como sempre contou com a participação da comunidade, com Missa presidida pelo Pe. Angelo e concelebrada pelo Pe. Joãozinho que tambémcompletou no dia 22 anos de sacerdócio. O diac. Honorival e eu auxiliamos nos serviços do altar. 
           Foi ótimo, espero poder partilhar sempre desses momentos maravilhosos da Salette aonde continuo provisionado.
               Convido para visitar o blog da Paroquia da Salette www.missasalette.com.br que conta com excelente trabalho dos dedicados Dorival Leite e Sergio Guedes e outros colaboradores.
                Parabéns Pe. Anacleto.
Diac. Narelvi e Belisa 








DIACONOS PERMANENTES - Bispo Dom Orani João Tempesta*, O. Cist.


Diáconos Permanentes
Uma excelente mensagem de Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ,  que deve entusiasmar bispos e padres das dioceses que ainda não aderiram ao diaconato permanente.
Diac. Narelvi.
“Neste sábado que antecede ao domingo “gaudete” do Advento, tive a alegria de impor as mãos em 18 novos diáconos permanentes para serviço da caridade e do Evangelho em nossa cidade do Rio de Janeiro. Diante desse momento de júbilo para a Igreja em nossa Arquidiocese, percebemos, todavia, que ainda há muitos que se perguntam "o que é o diaconato permanente?"
Esta indagação, certamente, é feita tendo em vista várias dimensões fundamentais do ministério ordenado que talvez ainda não estejam claramente assimiladas por não poucos de nossos irmãs e irmãos, e cabe a nós, como pastores do rebanho que o Senhor nos confia, iluminar-lhes o entendimento diante desses questionamentos.
Antes de adentrarmos nas particularidades do ministério ordenado, observemos primeiramente no que ele se constitui pela recepção do Sacramento da Ordem, um dos sete sacramentos da nossa Igreja. Esse sacramento possui três graus de ordem – o Diaconato, o Presbiterado e o Episcopado – mediante os quais o “varão”, após ter reconhecidas em si as virtudes próprias de um cristão destinado ao serviço do povo de Deus por meio do ministério ordenado (cf. I Tm 3,3-7), torna-se respectivamente “diácono”, “padre” ou “bispo”, dependendo do grau que lhe é conferido.
A palavra "diácono" vem da palavra grega diaconos, que é encontrada diversas vezes no Novo Testamento, e caracteriza “aquele que é destinado ao serviço”. Desse modo, é necessário entendermos que o Diaconato foi instituído pela autoridade apostólica com a finalidade de que os bispos e presbíteros pudessem comprometer-se mais eficazmente com a pregação evangélica e o governo da Igreja, conforme vemos em At 6,1-7, destinando, assim, o serviço mais direto da caridade a tais colaboradores. O diácono, portanto, é aquele que se destina ao serviço do povo de Deus, cuja característica fundamental é a caridade.
O Sacramento da Ordem no grau do Diaconato, entretanto, não confere o sacerdócio, mas imprime um caráter sacramental que infunde permanentemente uma consagração própria por meio da qual o ordenado é essencialmente destinado à função do serviço da caridade para com o povo de Deus. Portanto, apesar de não receber o sacerdócio com a ordenação, o ordenado ao diaconato deixa sua condição de leigo e passa a fazer parte do clero, cabendo-lhe, por isso, todas as responsabilidades próprias dessa condição.
Apesar de constituírem um só e mesmo grau do Sacramento da Ordem, ou seja, o grau do Diaconato, existem dois tipos de diáconos, que se distinguem pela sua finalidade: o diaconato chamado "transitório", (recebido como uma etapa na caminhada para a recepção do presbiterado); e o diaconato "permanente", que é recebido por aqueles que assim foram chamados e o buscam como finalidade de seu serviço à Igreja, tendo em vista não estarem destinados ao sacerdócio e que, por isso, ficarão “permanentemente” como diáconos.
Enquanto para todos os diáconos transitórios é necessária a vivência do celibato, tendo em vista estarem destinados ao Sacerdócio, para aqueles que se destinam ao diaconato permanente é diferente: os solteiros são ordenados só dentre os que têm o carisma do celibato.
O diaconato, como vimos, tendo sua origem na autoridade apostólica, progrediu na Igreja em seu exercício, assumindo tanto o serviço da caridade para o qual foi instituído quanto incorporando ao seu ofício funções litúrgicas de assistência às celebrações como a de serem ministros dos sacramentos do Batismo e do Matrimônio. 
Todavia, no decurso dos séculos, o diaconato permanente, apesar de ter existido nos primórdios do Cristianismo, foi sendo esquecido permanecendo somente o diaconato transitório. 
O Concílio Vaticano II, observando os sinais dos tempos e a necessidade de uma pastoral mais eficaz diante das circunstâncias da modernidade, viu por bem empreender os esforços necessários para tal eficácia, enxergando assim a necessidade de determinar a restauração do diaconato permanente. Tal restauração foi inicialmente regulamentada em 1967, pelo Papa Paulo VI, por meio do Motu Próprio Sacrum Diaconatus Ordinem, sendo posteriormente promulgadas, pela Congregação para o Clero, as "Normas Fundamentais para a Formação dos Diáconos Permanentes" e o "Diretório do Ministério e da Vida dos Diáconos Permanentes". 
Estes documentos deixam explícitos que "a restauração do diaconato permanente numa nação não implica a obrigação da sua restauração em todas as dioceses. Compete exclusivamente ao Bispo Diocesano restaurá-lo ou não." Todavia, em nossa Arquidiocese, desde que a implantação do diaconato permanente foi empreendida pelo nosso antecessor Cardeal Eugenio Sales, há 25 anos, temos muito que agradecer a Deus pelo bem que tal ministério tem realizado na missão de proclamar o Evangelho, assistir os necessitados e colaborar nas atividades que exercem nas diversas paróquias da nossa cidade.
Não poucos são os desafios que atualmente nossa sociedade impõe à Igreja, dentre eles algo que está no cerne da questão é certamente o fundamento da própria sociedade, ou seja, a família. Em sua maioria, os homens que se destinam ao diaconato permanente são casados e, por isso, dão um testemunho de que, além da responsabilidade a seus deveres como pais de famílias, são capazes de contribuir de maneira mais comprometida e consagrada com a missão da Igreja no pastoreio do rebanho que o Senhor lhes confia.
Numa realidade em que o testemunho fiel e coerente com as palavras do Evangelho é a chave de como evidenciar Cristo ao mundo, a ação dos diáconos permanentes nas diversas situações sociais em que estão inseridos tornam-se “faróis” a refletirem a “luz de Cristo”. Na realidade secularizada de nossos dias, eles exercem um testemunho da importância e integridade da família (de fundamental importância para a sociedade) e da santificação do trabalho cotidiano (como profissionais nos vários ramos de atividades). O recente Motu próprio que o Papa Bento XVI sobre a questão social demonstra a importância do tema e a necessidade desses homens de Deus que se colocam a serviço dos irmãos e irmãs.
Portanto, cientes de que o que é o diaconato permanente e de sua missão no papel evangelizador da Igreja de Cristo, alegremo-nos por nossos novos diáconos permanentes e oremos por estes nossos irmãos que, além do cuidado de suas famílias, consagram-se, por meio do Sacramento da Ordem, para o cuidado e o serviço para com o todo o Povo de Deus, a fim de que sejam eles verdadeiros colaboradores de nossa ordem episcopal, para que em tudo concorramos para a maior glória de Deus e difusão do Evangelho”.
† Orani João Tempesta*, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

domingo, 9 de dezembro de 2012

A NOSSA VOZ VENCE O DESERTO



REFLEXÃO DOMINICAL
2º Domingo do Advento – 09.12.2012 – Ano C
Br 5,1-9; Fl 1,4-6.8-11; Lc 3,1-6

1ª PARTE

Baruc transmite uma mensagem de otimismo que a Igreja nos oferece hoje, neste tempo de advento.
Era costume na época as mulheres quando ficavam viúvas ou perdiam um filho de “vestirem hábitos de luto, cobrirem a cabeça com um véu, e abatidas pela dor sentavam-se no chão, não preparavam comida, não tomavam banho, nem se ungiam com perfumes”. Era assim que demonstravam o seu desespero.
É possível imaginar o papel da mulher – já que o texto não cita o homem – que além da inferioridade a que se submetia, devia externar desse modo a dor que a morte de alguém da família causava.
Baruc, então, estimula uma mudança de atitude. Não que sugerisse pouco caso aos que morreram, mas que essa dor fosse superada por algo que trouxesse esperança tanto para os que deixaram esta vida como para os que aqui continuaram.
         Não faz muito tempo, o luto era demonstrado por roupas pretas ou escuras que as viúvas usavam por muito meses, os homens usavam gravatas pretas ou uma tarja preta na manga da camisa. A viúva e parentes mais próximos recolhiam-se em casa por algum tempo. Até na Igreja preparava-se um catafalco preto para colocar o féretro e nós, padres e sacristãos, também com nossas vestes pretas ... Tudo para lembrar que a morte era algo tenebroso.
         Mas pelos reflexos do escrito de Baruc e tantas outras fontes doutrinárias, fomos mudando porque a própria Igreja já vinha anunciando a morte como a visão de uma nova vida para se chegar à gloria de Deus.
         Tira Jerusalém, tira cristãos de hoje “a veste de luto e de aflição e reveste, para sempre, os adornos da gloria vinda de Deus”.
         É o que o Advento nos aponta. Esperança em Deus! Cubramo-nos com o manto da justiça. Levantemos nossas cabeças, vamos nos reunir pela voz de Jesus. Vamos cantar “Paz-da-justiça e glória-da-piedade”. Vamos endireitar os nossos caminhos, retirar os montes e colinas que obstacularizam o nosso caminhar.
         Jesus é o Deus esperado que irá fazer parte de cada um de nós e com seu exemplo nos confortará e ensinará que para os justos, a morte não arrepia nem derrota ou abate, mas aponta a direção para o alto, para uma nova vida celeste que não terá fim.

2ª PARTE

         Esperamos o Messias no Advento. Mas sempre alguém anuncia. Foi para isso que existiram os patriarcas, os profetas, e hoje temos os nossos Ministros de Deus liderados pelos ungidos pelo Sacramento da Ordem, sucessores dos Apóstolos.
         Ainda não alcançamos territorialmente o mundo todo, mas boa parte dele tem lá sua igreja com seus bispos e presbíteros e nas dioceses mais abertas ao Plano de Deus os seus diáconos, anunciando a cada ano um advento cheio de esperanças em Cristo Jesus.
         Esses ministros trabalham pelo Reino, dedicam-se à oração e rezam por cada paroquiano para que sintam-se unidos num só coração e coloquem acima de tudo o Evangelho, lembrando daqueles que auxiliando na catequese primária, plantaram nos corações de tanta gente a semente da fé que levaram e ainda levam os aprendizes à perfeição até ao dia de Jesus, diz São Paulo.
         Mostra-nos ainda o Apóstolo, que os dirigentes de uma paróquia ou comunidade, devem primar pela amizade, pela caridade, pelo respeito, ter um apego tão sincero que faça permanecer neles saudades recíprocas e um forte elo entre todos.
         Que todos cresçam sempre mais, ensina Paulo, e que de Jesus venha toda a gloria.

3ª PARTE

E do Evangelho de Lucas tiramos a lição do mensageiro que ama o que faz e divide com os irmãos o dom de servir.
         João percorreu toda a região do Jordão “pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados”, confirmando a profecia de Isaias.
         Quantos de nós não nos sentimos como se estivéssemos de fato num deserto? Muitas vezes somos calados. Mas Deus é insistente e de repente algo muito mais forte ecoa lembrando Jesus a nos convidar para seguirmos adiante porque não vivemos num deserto vazio e árido, mas num espaço em que pessoas se entrelaçam cumprindo os seus compromissos materiais do dia a dia quase que se esquecendo de Deus, carentes de espiritualidade,
         Precisamos dar as mãos, bispos, presbíteros, diáconos e os fiéis leigos numa investida missionária preparando o caminho do Senhor para que Jesus possa caminhar e se expor convidando a cada um para segui-lo e para retornar à Igreja e à religiosidade convidando: quero levá-lo à felicidade e à Salvação!
         Já é o segundo domingo do Advento. O Natal está bem próximo. Que seja este momento de forte ventania do Espírito Santo iluminando ao mesmo tempo pregadores e todo o Povo de Deus para uma permanente penitência e conversão.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo
Diac. Narelvi.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

OSCAR NIEMEYER + 05.12.12



              OSCAR NIEMEYER, “um homem comunista, declaradamente ateu, sem crença religiosa, que não acreditava em nada a não ser na natureza e não sabia como tudo começou nem como, que gostaria de acreditar em Deus, mas não; que achava que o mundo era injusto”[1],  (sic) e que neste mundo se revelou como inegável e brilhante arquiteto, faleceu, obteve nesta data a oportunidade concedida aos grandes e pequenos homens. Hoje ele foi conhecer DEUS acabando com suas incertezas espirituais,  alguém infinitamente superior que sozinho criou a natureza e edificou o universo, e a Ele se apresenta na Sua casa para julgamento, a CASA DE DEUS, e então se curvará ao maior CRIADOR e conhecerá de perto a única obra perfeita e esplendorosa que existe: O REINO DE DEUS. 
Diac. Narelvi

jHoHojH


[1] http://g1.globo.com/platb/geneton/tag/brasilia/

domingo, 2 de dezembro de 2012

ADVENTO - MOMENTO DE RECONCILIAÇÃO -1-



REFLEXÃO DOMINICAL
1º Domingo do Advento – Ano C – 02.12.12
Jr 33,14-16; 1Ts 3,12-4,2;  Lc 21, 25-28.34-36

Prezados amigos e irmãos em Jesus Cristo.

1ª PARTE
 Mais uma vez renova-se o Ano Litúrgico. Agora o Ano C baseado no Evangelho de Lucas. Dois grandes ciclos fazem parte: NATAL e PÁSCOA.
O ciclo do Natal começa com o Advento que inclui o Natal, passa pela Epifania e termina com a festa do Batismo de Jesus.
Advento é tempo de preparação e espera do Messias que irá nascer.
Neste período a Igreja anuncia a vinda de Jesus lembrando a fase longa que se passou em que se esperava a libertação do pecado. Hoje somos convidados a novamente nos colocarmos na expectativa de um novo tempo de penitencia e conversão
Jeremias fala de uma época em que a promessa de um futuro melhor aconteceria referindo-se a pessoa de Jesus quando fala farei brotar de Davi a semente da justiça, que fará valer a lei e a justiça na terra”.             Olhando para Judá e Jerusalém, podemos trazer a mesma idéia ao povo do nosso tempo, com a mesma confiança de que “O Senhor é a nossa Justiça”.
Na realidade aquele advento do Antigo Testamento já se realizou e Jesus, o Messias, já  chegou. Apenas estamos repetindo historicamente e religiosamente o mesmo acontecimento com o sentido de fazer com que o povo de Deus de hoje aproveite para fazer uma reavaliação da sua vida, da sua fé.
Meus irmãos e irmãs, já contaram por quantas vezes em nossas vidas contemplamos o advento?
Simbolicamente ascendemos a cada domingo, uma vela para marcar a passagem do tempo até que chegue o nascimento de Jesus. E o que mudou?
Para uns, o advento serviu e mudou suas vidas para melhor. As reflexões, penitencias, orações, arrependimentos, reconciliações propostas pela Igreja serviram para que muitos católicos se reencontrassem com Jesus e reassumissem uma nova vida comprometida com os irmãos, com a Igreja, e principalmente com Jesus.
Contudo, infelizmente, para outros, o advento tem sido uma repetição perdida, porque não compreenderam o verdadeiro sentido de quem espera por um líder, um amigo, um Salvador e se mantém na mesma passividade cristã e religiosa. 


2ª PARTE
São Paulo, quando falou aos Tessalonicenses, colocou-se como um anunciador do amor entre os membros da comunidade e rogou ao Senhor que esse amor crescesse cada vez mais e alçasse, sobretudo, também no amor e santidade com Deus.
O apóstolo colocou a sua vida como exemplo de amor ao próximo e a Deus e apresentou-se como um anunciador de Jesus que ensinou os seus fiéis a viverem a plenitude da amizade a ponto de fazer com que Deus tenha se sentido amado. E reconheceu que aqueles seus seguidores já estavam vivendo esse grandioso amor por Deus.
Hoje contamos com os nossos paulos, nas pessoas dos bispos, presbíteros e diáconos, e um exército de leigos engajados que continuam anunciando o advento, cada um incentivando a sua comunidade a se reencontrar com Cristo não somente para vê-lo de passagem,  mas para entrar em comunhão com ele, fazer parte da sua vida, integrar-se aos seus ensinamentos.
Portanto, para que o anuncio do Messias alcance o objetivo, os ministros ordenados e todos os comprometidos tem também o compromisso do bom exemplo de Paulo a fim de que os membros da comunidade possam se espelhar e abrir seus corações para conhecerem melhor e seguirem o tão esperado Jesus.


3ª PARTE
Lucas, no Evangelho, inicia de um modo assustador falando em arrepios, desmaios, medos, angustias.   
         Será que é essa a intenção de Jesus? Nos assustar?
         Certamente que não porque a linguagem era de outro tempo.
        O sentido do Evangelho é nos fazer lembrar  que mesmo hoje ainda vivemos num mundo de pecado, do mal e de tantas perversidades e isso cria uma situação insuportável. Mas nada desses pecados perdurará e vencerá se acolhermos e fizermos deste advento oportunidades para a reconciliação e opção por Jesus como alvo de alegria e salvação.
         Somos, assim, convidados a reanimar as nossas forças e a de nossos liderados para uma vida nova em Cristo Jesus.
         Se conseguirmos, e isto é perfeitamente possível, então poderemos conforme diz Lucas no Evangelho, ver  “o Filho do Homem vindo numa nuvem com grande poder e gloria”, levantar do chão do pecado, erguer a cabeça, e viver a certeza da libertação.
         Assim iniciamos o advento deste ano litúrgico C, e a alerta que Lucas nos faz em nome do Senhor Jesus é para que tenhamos cuidado, fiquemos atentos e oremos.
         Se vocês, meus irmãos, inspirados pelo Advento abrirem seus corações para pedirem perdão e perdoar, para a amizade, para a reconciliação com seus familiares, seus próximos, com a Igreja enfim, terão paz nas suas almas e poderão contar com um Natal cheio de luz.
Louvado seja N.S. Jesus Cristo.
Diac. Narelvi.